terça-feira, 30 de abril de 2013

Liberdade e Cidadania


Aproxima-se o “25 de Abril” e todos falam de Liberdade e de Democracia.
Ao longo do ano, estes dois valores essenciais de um Estado livre e democrático são ignorados e torpedeados, mas por esta altura, qual chegada da primavera, enchem os nossos ouvidos de cânticos melodiosos.
Ao longo da minha vida, assumi permanente a defesa destes dois valores supremos para cada um de nós.
A Liberdade significa, para mim, ser livre de escolher, ser independente em relação aos diferentes poderes: económicos, sociais, culturais, políticos. Ter a possibilidade de escolher sem condicionalismos e sem caciquismos. Respeitar os outros para que sejamos respeitados.
A Democracia, é o assumir o poder do povo, aceitando a decisão dos eleitores nos actos eleitorais, depois de confrontar ideias, respeitar as concepções dos outros e cumprir as regras estabelecidas no exercício do poder. Só há democracia num Estado de Direito, onde todos são iguais perante a Lei.
Hoje que assumo a responsabilidade de liderar um projecto político, tenho como um dos objectivos da nossa acção a promoção da Cidadania.
Queremos uma sociedade livre e democrata, onde todos possam livre e democraticamente assumir as suas ideias, expressá-las e defendê-las, sem que isso seja objecto de discriminação, de ataques pessoais, de isolamento.
Desejamos a participação, o empenhamento e a colaboração de todos na construção de uma terra com mais futuro.
Cabeceiras somos todos nós!
Com a multiplicidades de ideias, de projectos, de iniciativas, de objectivos.
Quem lidera um projecto, quem assume a responsabilidade de governar um concelho tem de ter uma relação sã e verdadeira com estes valores, sob pena de só deles se lembrar uma vez por ano, em abril.

Desenvolvimento sustentado

De nada vale falar de democracia e de liberdade quando não há autonomia financeira.
E esta só existe quando se gere os destinos comuns (e até os próprios) de uma forma sustentável.
Vem isto a propósito do permanente desequilíbrio financeiro da nossa Câmara Municipal.
Mais uma vez, verificámos que a Câmara gasta muito mais do que recebe, aumentando o passivo, que atinge já os 40 milhões de euros (oito milhões de contos na moeda antiga).
Isto, independentemente de os Cabeceirenses continuarem a pagar mais pelos serviços prestados pela autarquia, nomeadamente o fornecimento de água e de resíduos sólidos, como também nas taxas e impostos.
Este desequilíbrio orçamental, persistente e contínuo, não promove o desenvolvimento sustentado do concelho e levará os Cabeceirenses a pagar uma factura elevada a médio prazo.  
É com esta orientação política que estamos a hipotecar no presente o futuro.
Em defesa dos nossos filhos e netos, é imperioso mudar de rumo.
É preciso dar sustentabilidade às opções autárquicas do concelho.

Publicado na edição de Abril de "O Basto"

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