segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entrevista ao Presidente da Comissão Política do PSD de Cabeceiras de Basto

Concedi uma entrevista ao jornal "O Basto", enquanto presidente da CPS de Cabeceiras de Basto do PSD.
Pode ler aqui o trabalho jornalístico publicado na edição de Julho.
Pode também ler a versão integral da entrevista no blogue do PSD Cabeceiras.

Dar nas vistas!

A melhor forma de dar nas vistas é atrapalhar...
Já é costume em meses de verão, para dar nas vistas aos emigrantes.
Desta vez, coube ao Arco de Baúlhe a honra do feito.
As obras na confluência da EN 205 com a 206 e o novo arruamento de acesso ao Caneiro, obras paradas há algum tempo, reiniciaram-se com a construção de uma nova e ampla rotunda.
Ficou foi a faltar espaço para as viaturas passarem.
Pelo meio, e como é hábito, faz-se, desfaz-se, refaz-se, volta a fazer-se.
É assim o planeamento municipal.
Lamentavelmente!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O problema dos milhões

           Os últimos tempos têm sido de grande discussão em torno das questões económicas e financeiras, em resultado da situação a que chegou Portugal.
        Como dizia Cavaco Silva, se um País não deve, não se preocupa com os mercados, mas se está dependente a questão agudiza-se.
            Portugal está “sem tostão”. Endividou-se nos últimos seis anos de forma desmesurada, ficando o país e cada um de nós num verdadeiro nó cego.
            Não há dinheiro para nada, absolutamente nada. Temos de aprender a viver com essa realidade.
            Acresce ainda o facto de na guerra entre as moedas, o dólar e o euro, acabarmos por ser o elo mais fraco e assim o objecto de um ataque selectivo, permanente e castrador das nossas possibilidades de recuperação.
            Mas como é que nós chegámos a este estado de coisas?
            Fundamentalmente por duas razões: a mania das grandezas e o dinheiro fácil.
            Os portugueses nunca perderam o espírito imperial de outrora. Um país, que já foi um considerável império, ganhou tiques de riquismo balofo. Todos temos de ter uma casa, dois carros, muitos telemóveis. Todos temos de fazer férias nos sítios mais “in”. Os nossos hábitos de consumo suplantam de forma abissal os nossos compromissos de trabalho, de criação de riqueza, de poupança.
            Todos nós (a grande maioria) gastamos muito mais do que produzimos. E não vale a pena esconder essa realidade. Alguns fizeram-no ainda dentro de limites suportáveis, outros nem por isso.
            Claro que a existência de dinheiro fácil muito ajudou para esta situação. A banca disponibilizou créditos sem crédito. Os muitos projectos, incentivos, programas operacionais, … disponibilizaram às pessoas e às instituições muitos milhões de euros sem cuidar de saber se havia condições de suportar os respectivos encargos ou se as verbas envolvidas eram devidamente aplicadas e geradoras de riqueza que permitisse acautelar o futuro.
            Muitos milhões de euros gastos, estamos em pré-falência, como diz a Moody’s, somos lixo.
            Claro que no meio disto, muitos há que enriqueceram, que souberam aproveitar os ventos que corriam de feição e o nosso país agravou a disparidade entre os mais ricos e os mais pobres.
            Mas todos vamos ter de pagar a factura e por certo serão os mais pobres a ter de pagar mais e sofrer de forma mais violenta as consequências.
           
A pesada herança
           
            Também por cá é preciso fazer contas.
            Durante este período, na nossa autarquia também se gastaram muitas dezenas de milhões de euros. Quer os resultantes do orçamento ordinário, o das contribuições do poder central, o dos projectos europeus, o dos empréstimos, o das dívidas contraídas. O muito que foi cobrado aos cabeceirenses. Assim num cálculo rápido, muito para cima de cem milhões de euros.
            Está na hora de pedir responsabilidades.
            Não pelo gasto do dinheiro. Isso, sabemos que foi gasto dentro das regras da contabilidade oficial. Isso é atestado pela documentação contabilística.
            Mas pela forma como foi gasto. É urgente analisar as prioridades seguidas. É importante verificar o retorno de riqueza produzida para o concelho.
            Cabeceiras de Basto foi, talvez, dos concelhos mais bafejados com os milhões da benevolência da governação socialista.
No entanto, volvidos estes anos, continuamos com o nosso estrutural atraso, ou até vimos agravada a nossa situação.
Não foi por se ter gasto rios de dinheiro que mudámos de vida, que nos desenvolvemos.
Basta atentar nos índices do desemprego, dos resultados escolares, da qualidade de cuidados de saúde, do crescimento económico, da emigração.
As obras feitas serviram apenas para gastar o dinheiro e deixar-nos uma pesada herança.
Aqui e no país!

Publicado na edição de Julho de "O Basto"

sexta-feira, 15 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O QUE SÃO AGÊNCIAS DE RATING?

A brincar também se fala verdade e bem é preciso que comecemos a ter consciência do buraco em que estamos e a que o desgoverno de Sócrates nos levou.
Se assim não for, iremos ainda passar por piores dias.
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Todos os dias o Miguel, filho do dono da mercearia, rouba pastilhas elásticas ao pai para as vender aos colegas na escola.
Os colegas, cujos pais só lhes dão dinheiro para uma pastilha, não resistem e começam a consumir em média cinco pastilhas diárias, pagando uma e ficando a dever quatro.
Até que um dia, quando já todos devem bastante dinheiro ao Miguel, ele conversa com o Cabeças - alcunha do matulão da escola, um tipo que já chumbou quatro vezes - e nomeia-o como a sua agência de rating.
Basicamente, cada vez que um miúdo quer ficar a dever mais uma pastilha ao Miguel, é o Cabeças que dá o aval, classificando a capacidade financeira de cada um dos putos com "A+", "A", "A-", "B"...e por aí fora.
A Ritinha, que já está com uma dívida muito grande e com um peso na consciência ainda maior, acaba por confessar aos pais que tem consumido mais pastilhas do que devia.
Os pais, percebendo que a Ritinha está endividada, estabelecem um plano de ajuda para que ela possa saldar a sua dívida, aumentando-lhe a semanada mas obrigando-a a prometer que não irá gastar mais enquanto não pagar a dívida contraída.
O Cabeças quando descobre isto, desce imediatamente o rating da Ritinha junto do Miguel que, por sua vez, passa a vender-lhe cada pastilha pelo dobro do preço. A Ritinha, já viciada em pastilhas, prolonga o pagamento da sua dívida, dividindo o Miguel o lucro daí obtido com o Cabeças que, sendo o mais forte, é respeitado por todos.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Entrevista na RVB

Hoje dei uma entrevista na RVB, enquanto presidente da CPS do PSD de Cabeceiras de Basto.
Abordei a questão da última Assembleia Municipal, a divulgação pública dos nomes dos principais candidatos do PS e a reorganização territorial.
Pode ouvir aqui a entrevista.

domingo, 10 de julho de 2011

Mas que grande confusão...

O que disseram três banqueiros   portugueses:
 Fernando Ulrich (BPI) (Banco Português de Investimento)
29 Outubro 2010 - "Entrada do FMI em Portugal representa perda de credibilidade"
26 Janeiro 2011 - "Portugal não precisa do FMI"
31 Março 2011 - "... por que é que Portugal não recorreu há mais tempo ao FMI?"

Santos Ferreira (BCP) (Banco Comercial Português)
12 Janeiro 2011 - "Portugal deve evitar o FMI"
2 Fevereiro 2011 - "Portugal deve fazer tudo para evitar recorrer ao FMI"
4 Abril 2011 - "Ajuda externa é urgente e deve pedir-se já"

Ricardo Salgado (BES) (Banco Espírito Santo)
25 Janeiro 2011 - "... não recomendo o FMI para Portugal"
29 Março 2011 - "Portugal pode evitar o FMI"
5 Abril 2011 - "... é urgente pedir apoio .. já!"

Mas que grande confusão aqui vai...
Afinal estes "homens do dinheiro" não sabem do que falam?
Ou falam de acordo com os seus interesses do momento?
E depois queixam-se do FMI, do BCE, das agências de rating.
E nós pagamos a factura, cada vez mais elevada.

sábado, 9 de julho de 2011

O ataque ao Euro

Há uns meses que a Europa e o Euro estão debaixo de forte pressão dos mercados.
Os países mais vulneráveis, os designados PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), constituíram-se como o cavalo de Tróia dos mercados agressores, nomeadamente o das empresas de notação americanas.
Não que estes países não estejam em má situação económica e financeira, para o que muito contribuíram as políticas seguidas pelos respectivos governos, mas porque o ataque é mais vasto e tem como objectivo destruir o Euro.
Estes países, uns mais do que outros, veja-se o caso da Grécia e agora o de Portugal, estão a sofrer o garrote da asfixia financeira, com consequências sociais nefastas ainda não totalmente mensuráveis.
Enquanto isto, a Europa vai desvalorizando a situação, senão mesmo ignorando-a, esquecendo-se que é a unidade europeia em torno de uma mesma moeda, o Euro, que está verdadeiramente em causa.
A partir da consolidação do Euro face ao Dólar, a economia americana sentiu uma ameaça real.
As diferentes crises oriundas da América são tufões que hoje varrem as economias europeias.
E das duas uma: ou a Europa se reforça, sustenta o Euro e caminha para uma maior integração dos diferentes estados, ou os países periféricos não sobreviverão às crises financeiras e sociais, arrastando a Europa para o colapso, finando as políticas de união política e monetária.
Se assim for, muito piores dias virão.
Exige-se aos líderes europeus, quaisquer que eles sejam, a grandeza de sobrepor os interesses gerais, de todos os países da União Europeia, acima dos interesses de cada um dos países que representam.
Este é o momento crucial para a Europa.

Texto publicado na edição on-line de "O Basto"

sexta-feira, 8 de julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cabeceiras perde população

6,5% de Cabeceirenses abandonaram o concelho nos últimos 10 anos
6,5% de Cabeceirenses abandonaram o concelho
Os resultados preliminares dos últimos censos, aos quais o Jornal “O Basto” teve acesso através do Instituto nacional de Estatística, revelam que o concelho de Cabeceiras de Basto perdeu cerca de 6,5% da sua população activa entre 2001 e 2011. 

Com efeito, em 2001, a população total de Cabeceiras de Basto registava 17846 cidadãos residentes. Em 2011, esse número recuou para 16709 habitantes o que representa uma perda de 6,5% de população.

Os censos de 2011 demonstram no entanto, que desde 2001, apesar de haver menos residentes, o número de famílias aumentou de 5438 (2001), para 5638 (2011).

A dimensão média do número de pessoas existentes por família, também recuou. Em 2001, a dimensão média do agregado familiar cabeceirense era de 3,3 pessoas, em 2011 é apenas de 3 pessoas por família, podendo significar que os Cabeceirenses optam por ter cada vez menos filhos.

Uma das conclusões preliminares que se poderá tirar deste estudo é a de que a Auto Estrada A 7, aberta ao tráfego em 2005, ao invés de se ter assumido como um factor de atractividade e fixação de população, poderá ter facilitado e potenciado a fuga de cidadãos residentes em Cabeceiras de Basto para o litoral e para o estrangeiro.

A falta de emprego e de perspectivas de fixação no concelho de Cabeceiras de Basto fica mais clara com a revelação destes dados. O concelho, apesar de ter uma Auto-Estrada “à porta” e de distanciar apenas 25 minutos de Braga e 45 minutos do Porto, estando apenas a 10 minutos de Fafe e a cerca de 15 de Guimarães, mesmo assim, não consegue tornar-se atractivo, não obstante os inúmeros equipamentos públicos que foram sendo construídos desde 2001, de que são exemplo, o Palácio da Justiça, o Centro de Emprego de Basto, os Pavilhões Gimnodesportivos de Refojos, Arco e Cavez, a Piscina de Arco de Baúlhe, o Centro Escolar de Cabeceiras de Basto, o Centro Hípico e as Piscinas de Vinha de Mouros, entre outros. Uma constatação que concerteza deverá ser objecto de profunda reflexão para os responsáveis políticos a nível local.

In: "O Basto"
Cabeceiras de Basto | 04-07-2011
Por: Redacção

Comentário

Há quantos anos andamos a dizer que as politicas seguidas iriam dar nisto?
Perdemos população, perdemos poder de compra, aumentamos o desemprego, diminuímos a qualidade da educação e da saúde, ...
O investimento feito (e foi muito) foi mal direccionado, mal aproveitado e com as consequências catastróficas  que estes números indiciam.
E o futuro não nos trará melhoras se não se inverter as políticas de municipalização da economia e da vida cabeceirense.