segunda-feira, 31 de outubro de 2011

GOVERNANTE RIMA COM QUÊ?

Recebi este texto que, com a devida vénia e cumprimentando a autora, reproduzo.


Passeando pelo nosso país, encontramos, muitas vezes, edifícios públicos e privados que foram pertença de instituições religiosas.
Antes tinham sido conventos ou mosteiros.
Veio 1834 e extinguiram-se as ordens religiosas.
Ficou o país mais rico? O povo começou a viver melhor?
Veio o 5 de Outubro de 1910 e perseguiram-se furiosamente as instituições eclesiásticas.
Ficou o país mais rico? O povo começou a viver melhor?
Veio o 25 de Abril e houve um tempo de felicidade coletiva.
Quem não aprecia a liberdade? Viva a democracia!
Porém, depressa se viu que as santas e amplas liberdades seriam quase um exclusivo para alguns desgovernantes, que se enriqueceram, se aliaram aos economicamente poderosos e empobreceram o país.
A Nação carece de justiça, escasseia em segurança, desconhece o equilíbrio social, sente-se deprimida perante a incompetência e os abusos de quem tem detido o poder.
Será que governante
terá de rimar com
arrogante,
petulante,
ignorante,
farsante,
degradante,
repugnante,
assaltante?
*************************************************
Parece-me que com tais extinções e perseguições, numa perspetiva de humanidade genuína e de Evangelho autêntico, os únicos que lucraram foram os religiosos e eclesiásticos, porque nisso cumpriram a bem-aventurança que diz:
“Felizes quando, por causa do meu nome, fordes perseguidos”.
Perderam somente os bens materiais, mas estes não fazem parte da essência da sua missão neste mundo. A perseguição que sofreram pode ter contribuído como uma purificação no seu “modus vivendi”.
Mas os tais governantes mostraram claramente a sua pobreza humana, porque apenas buscavam mesquinhamente para eles próprios ou para os amigos uma fortuna surripiada, sem respeito pela liberdade, que só o é totalmente quando respeita todas as suas vertentes, incluindo a religiosa.
E, desgraçadamente, com esses bens surripiados não melhoraram nem o país nem a vida do povo.
Felizmente, graças a muitas instituições religiosas e à colaboração do povo humilde, ainda podemos contemplar obras que valorizam Portugal, como é o Mosteiro de Cabeceiras de Basto. Venham visitá-lo.
Um abraço de quem preza a liberdade, a justiça, a equidade, a harmonia social.
Elias Moreira

sábado, 29 de outubro de 2011

Sociedade do "cunhacimento"

 Fazem parte dos QUADROS da PT os filhos/as de:
- Teixeira dos Santos.

- António Guterres.

- Jorge Sampaio.

- Marcelo Rebelo de Sousa.

- Edite Estrela.

- Jorge Jardim Gonçalves.

- Otelo Saraiva de Carvalho.

- Irmão de Pedro Santana Lopes.

Estão também nos quadros da empresa, ou da subsidiária TMN
  os filhos de :

- João de Deus Pinheiro.

- Briosa e Gala.

- Jaime Gama.

- José Lamego.

- Luis Todo Bom.

- Álvaro Amaro.

- Manuel Frexes.

- Isabel Damasceno.

Para efeitos de "pareceres jurídicos" a PT recorre habitualmente aos
serviços de:

- Freitas do Amaral.

- Vasco Vieira de Almeida.

- Galvão Telles.

Assim não há lugar para os colegas da faculdade destes meninos, que
terminaram os cursos com média superior e muitos estão ou  a aguardar
o primeiro emprego, ou no desemprego, ou a trabalhar numa área
diferente da da sua licenciatura.

É ou não uma PERFEITA DEMONSTRAÇÃO DA
SOCIEDADE DO CUNHACIMENTO? 



será verdade?

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Professores


Ideias 2020 - apresentação

No passado dia 15 de Outubro, decorreu a sessão de apresentação da iniciativa "Ideias 2020 - um projeto para Cabeceiras".
Na altura, a Rádio Voz de Basto efetuou a respetiva reportagem de que aqui se dá conta.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estado de emergência



As empresas só são viáveis quando as receitas cobrem as despesas.
Com as nações passa-se o mesmo: só são viáveis quando o que os seus habitantes produzem paga aquilo que consomem.
Caso contrário, entram numa espiral de dívida insustentável.
E não se diga que não temos muito por onde poupar.
In: Política a Sério, José António Saraiva, Sol, de 14 de outubro

O Governo que iniciou funções, há pouco mais de três meses, viu-se confrontado com uma situação insustentável: as dívidas, pública e privada, batiam todos os recordes; o défice deste ano, em vez de ter baixado, subiu; o financiamento externo estava confinado ao acordo com a troika e com juros avassaladores; e os compromissos desse acordo impõem resultados precisos e em tempo determinado.
Dinheiro não havia, nem há!
Era preciso encontrar soluções. Qualquer delas pior que a anterior.
O incumprimento, por seu lado, é somente o assumir da bancarrota.
Detesto as medidas adotadas pelo Governo.
Mas detesto muito mais todas as ações que contribuíram para chegar ao ponto de estas medidas se imporem como a última saída para o país e para os portugueses.
Como afirmou Passos Coelho, As medidas são minhas mas o défice que as obriga não é meu”.
Portugal chegou a este ponto, depois de muitos anos de esbanjamento, sendo que, nos últimos seis, a situação se agravou de forma desmesurada.
Aqui chegados, temos todos motivos e razões de queixa. Lá diz o ditado que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”. É o que nos acontece, literalmente.
Há muito que prestigiados economistas vinham alertando para o colapso da economia portuguesa. Manuela Ferreira Leite e Medina Carreira eram “insultados” por causa da sua visão realista. Cavaco Silva era ignorado nos seus alertas. Outros comentadores, com a mesma orientação, eram motivo de chacota nas lides socialistas.
No reino cor-de-rosa de Sócrates tudo estava bem. Não eram precisas medidas de contenção, planos de reestruturação, cortes das despesas, enfim entrar nos eixos.
Só tarde e a más horas recorreu ao FMI, ao BCE e à CE. Tarde, tarde de mais, como se previra e com as consequências que hoje vemos.
Portugal vive hoje em estado de emergência.
Não é uma questão de alternativas, de preferências, de gostos. Temos, pura e simplesmente, de cumprir os objetivos que o governo de Sócrates negociou e aprovou com o beneplácito dos partidos que hoje estão no poder.
Se falharmos, falhamos como nação, falhamos como povo.
Se falharmos, teremos ainda uma situação muito pior.
Esta situação é muito dura, excessivamente dura. Recuamos economicamente à década de setenta do século passado. De outro modo, recuaríamos à de vinte, de que nós já nem temos memória.
Infelizmente é este o nosso fado!
           
Continuar a gastar
           
          Dia após dia, são conhecidas as medidas adotadas pelas diferentes entidades públicas no sentido de reduzir as despesas. Tendo presente a situação financeira do país, as obras vão parando, um pouco por todo o lado. Há restrições de todo o tipo: dispensa de pessoal, controlo das despesas de consumo, renegociação de contratos.
Enfim, é tempo de poupar. É tempo de assumir a quota-parte no controlo das finanças públicas.
            Porém, há sempre quem considere que pode continuar a gastar.
        Não sabemos de onde vem o dinheiro, não sabemos quanto está a ficar escondido como dívida futura.
            Depois, alguém se pode admirar de surgirem sucessivos e colossais buracos?!

Publicado na edição de Outubro de "O Basto"

domingo, 23 de outubro de 2011

Mentira ou verdade?

Habituámo-nos ao comentário jocoso de que Sócrates era um mentiroso compulsivo.
Tudo quanto dizia, vinha-se a confirmar que nada tinha de verdade.
Chamavam-lhe até o "Pinóquio", comparando-o ao célebre boneco de madeira a quem crescia o nariz por cada mentira que dizia.
Se assim fosse, Sócrates não caberia em nenhum dos salões do poder por onde andou.
Agora, que mudámos de Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho passou também a ser apodado de mentiroso. Na campanha eleitoral disse uma coisa, agora no poder faz exatamente o contrário do que dizia. 
Mentiroso, portanto.
Chegados aqui, fatos assumidos, será que estamos perante a mesma atitude?
Será que de fato estamos perante iguais circunstâncias de mentira?
Analisemos, pois.
Sócrates fugia à verdade para esconder a realidade. Mentia para se manter no poder. Mentia para enganar os portugueses. Mentiu até ao último momento do seu mandato, escondendo a real e avassaladora situação económica e financeira de Portugal.
Sócrates sabia que não dizia a verdade. Sabia também que ao fazê-lo estava a criar um enorme problema para o País e para os Portugueses.
Passos Coelho assumiu um compromisso de verdade. Assumiu a responsabilidade de tirar Portugal do buraco em que Sócrates o deixou.
Para isso, tem de fazer o contrário de muito do que prometeu. Tem de faltar às suas promessas. Isto é, diz a verdade, mas não pode cumprir, para já, parte do que prometeu.
Não se trata assim de ser mentiroso, mas tão somente responsável.
Já se imaginaria o resultado, se face à situação calamitosa que encontrou, resolvesse aplicar as medidas que prometeu, só para que não o pudessem chamar de mentiroso e nos continuasse a empurrar para o abismo?
Passos Coelho poderia nesse caso ser correto com a sua palavra, mas irresponsável perante o país e os portugueses.
Em Portugal, temos de nos assumir pelos atos e não apenas pelas palavras. 
Temos de atender mais aos resultados do que aos percursos.
Temos de validar a verdade dos fatos.
Não se pode comparar a "mentira" de Sócrates, com a "quebra de compromissos" de Coelho.
São níveis de responsabilidade e de rigor diametralmente opostos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ideias2020: Ideias 2020 – um projeto paraCabeceirasA apresenta...

ideias2020: Ideias 2020 – um projeto paraCabeceirasA apresenta...: Ideias 2020 – um projeto para Cabeceiras A apresentação pública da iniciativa “ ideias 2020 – um projeto para Cabeceiras ” teve lugar...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um novo modelo de desenvolvimento


Os tempos estão difíceis.
Muito se fala da necessidade de aumentar a produtividade, ser competitivo, dar espaço ao empreendedorismo.
Porém, como fazê-lo num cenário de fortes restrições, de elevados impostos, de incerteza económica, de conflitualidade social e sindical?
Este é um dilema para o qual não há uma resposta efetivamente positiva.
Mas temos de fazer pela vida. Cada um de nós, cada grupo profissional, cada comunidade, cada país. A Europa e as demais regiões do nosso Mundo.
Da sociedade à rasca, temos de criar uma sociedade que se desenrasca.
Em Cabeceiras de Basto, temos vivido à sombra dos poderes públicos e sob a sua lei.
Ao longo dos últimos anos, muitos!, a sociedade habituou-se a aceitar passivamente a ação da autarquia como o agente económico de desenvolvimento local. O mercado de emprego centrou-se no município e nas empresas ou entidades tuteladas pela Câmara Municipal.
Quando o mercado aconselhava a abertura de novos horizontes, com a possível instalação de empresas, fábricas, hipermercado, hotel, de entre outros, sempre apareceram milagrosos argumentos que o impediram.
O facto é que durante o período de expansão, o período das vacas gordas, como se costuma dizer, nada disso foi feito.
O PROCOM serviu mais a autarquia que os comerciantes.
O PRODER seguiu o mesmo caminho, mais direcionado para a administração local do que para a sociedade civil.
Por outro lado, os recursos naturais não foram valorizados, a agricultura, a pecuária, a silvicultura foram definhando.
Os produtos locais, tantas vezes apregoados, não ganharam expressão significativa na atividade económica local.
Mesmo quando se construíram as zonas industriais de Lameiros e Olela, não se cuidou de assegurar a sua sustentabilidade e a crise veio trazer e acentuar os níveis de desemprego.
Agora, em tempos de crise, fomos informados que a autarquia vai apostar em múltiplas zonas industriais no concelho. Boa medida, em tempo errado. Pode render em popularidade, mas não vai render em resultados. Não estamos em época de crescimento.
Isso não quer dizer que não se tente, que não venha a ser instalada no concelho qualquer unidade industrial. Mas seguramente, nos dias de hoje, não é essa a solução. Já foi o tempo e foi perdido.
Agora exige-se um novo modelo de desenvolvimento, realista e sustentado.
Centrado nos recursos locais, nas potencialidades do nosso património natural, do nosso património arquitetónico, do nosso património cultural. Sobretudo nas potencialidades das pessoas, do seu conhecimento e, das suas capacidades.
É um novo paradigma que urge seguir, sob pena de voltarmos a perder o futuro.
Para isso temos de ter a atitude de partilhar projetos, informar, formar, cooperar, agir em rede, com autonomia e liberdade.
Enfim, mudar de vida, mudar Cabeceiras.

Publicado na edição online de "O Basto"

domingo, 9 de outubro de 2011

Lição de economia...


Uma «forma» de a «equacionar»....  
 O Nobel da Economia, Prof. Dr. Wass Catar, explica bem como se deve pensar a economia actual.
1. Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções do Royal Bank of Scotland, um dos maiores bancos do Reino Unido, teriam hoje 29 euros!!
2. Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções da Lemon & Brothers, teriam hoje 0 euros !!!
3. Mas, se em Janeiro de 2010 tivessem gasto 1.000 euros em bom vinho tinto ( e não em acções ) e tivessem já bebido tudo, teriam, em garrafas vazias, 46 euros.
 
Conclusão: No cenário económico atual é preferível esperar sentado e ir bebendo um bom vinho. Não se esqueçam que quem sabe beber vive :
   -Menos triste;
   -Menos tenso;
   -Mais contente com a vida.
   Pensem nisto e invistam na alegria de viver.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Omens sem H


Espantam-se? Não se espantem. Lá chegaremos. No Brasil, pelo menos, já se escreve "umidade". Para facilitar? Não parece. A Bahia, felizmente, mantém orgulhosa o seu H (sem o qual seria uma baía qualquer), Itamar Assumpção ainda não perdeu o P e até Adriana Calcanhotto duplicou o T do nome porque fica bonito e porque sim.Isto de tirar e pôr letras não é bem como fazer lego, embora pareça.
Há uma poética na grafia que pode estragar-se com demasiadas lavagens a seco. Por exemplo: no Brasil há dois diários que ostentam no título esta antiguidade: Jornal do Commercio. Com duplo M, como o genial Drummond. Datam ambos dos anos 1820 e não actualizaram o nome até hoje. Comércio vem do latim commercium e na primeira vaga simplificadora perdeu, como se sabe, um M. Nivelando por baixo, temendo talvez que o povo ignaro não conseguisse nunca escrever como a minoria culta, a língua portuguesa foi perdendo parte das suas raízes latinas. Outras línguas, obviamente atrasadas, viraram a cara à modernização. É por isso que, hoje em dia, idiomas tão medievais quanto o inglês ou o francês consagram pharmacy e pharmacie (do grego pharmakeia e do latim pharmacïa) em lugar de farmácia; ou commerce em vez de comércio. O português tem andado, assim, satisfeito, a "limpar" acentos e consoantes espúrias. Até à lavagem de 1990, a mais recente, que permite até ao mais analfabeto dos analfabetos escrever sem nenhum medo de errar. Até porque, felicidade suprema, pode errar que ninguém nota. "É positivo para as crianças", diz o iluminado Bechara, uma das inteligências que empunha, feliz, o facho do Acordo Ortográfico.
É verdade, as crianças, como ninguém se lembrou delas? O que passarão as pobres crianças inglesas, francesas, holandesas, alemãs, italianas, espanholas, em países onde há tantas consoantes duplas, tremas e hífens? A escrever summer, bibliographie, tappezzería, damnificar, mitteleuropäischen? Já viram o que é ter de escrever Abschnitt für sonnenschirme nas praias em vez de "zona de chapéus de sol"? Por isso é que nesses países com línguas tão complicadas (já para não falar na China, no Japão ou nas Arábias, valha-nos Deus) as crianças sofrem tanto para escrever nas línguas maternas. Portugal, lavador-mor de grafias antigas, dá agora primazia à fonética, pois, disse-o um dia outra das inteligências pró-Acordo, "a oralidade precede a escrita". Se é assim, tirem o H a homem ou a humanidade que não faz falta nenhuma. E escrevam Oliúde quando falarem de cinema. A etimologia foi uma invenção de loucos, tornemo-nos compulsivamente fonéticos.
Mas há mais: sabem que acabou o café-da-manhã? Agora é café da manhã. Pois é, as palavras compostas por justaposição (com hífens) são outro estorvo. Por isso os "acordistas" advogam cor de rosa (sem hífens) em vez de cor-de-rosa. Mas não pensaram, ó míseros, que há rosas de várias cores? Vermelhas? Amarelas? Brancas? Até cu-dejudas deixou, para eles, de ser lugar remoto para ser o cu do próprio Judas, com caixa alta, assim mesmo. Só omens sem H podem ter inventado isto, é garantido.

Por Nuno Pacheco

Jornalista

Ultimamente tenho feito a verificação ortográfica pelo novo acordo, em função da facilidade de escrita no computador. No entanto, concordo com Nuno Pacheco.