terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Curiosidades


Durante a Idade Média os livros eram escritos pelos copistas, à mão.
Precursores dos taquígrafos, os copistas simplificavam seu trabalho substituindo letras, palavras e nomes próprios por símbolos, sinais e abreviaturas. Não era por economia de esforço nem para o trabalho ser mais  rápido (tempo era o que não faltava, naquela época!). O motivo era de ordem econômica: tinta e papel eram valiosíssimos.
Assim, surgiu o til (~), para substituir o m ou n que nasalizava a vogal anterior. Se reparar bem, você verá que o til é um enezinho sobre a letra.
O nome espanhol Francisco, também grafado Phrancisco, foi abreviado para Phco e Pco ? o que explica, em Espanhol, o apelido Paco.

Ao citarem os santos, os copistas os identificavam por algum detalhe significativo de suas vidas. O nome de São José, por exemplo, aparecia seguido de Jesus Christi Pater Putativus, ou seja, o pai putativo (suposto) de Jesus Cristo. Mais tarde, os copistas passaram a adotar a abreviatura JHS PP, e depois simplesmente PP. A pronúncia dessas letras em sequência explica por que José, em Espanhol, tem o apelido de Pepe.
Já para substituir a palavra latina et (e), eles criaram um símbolo que resulta do entrelaçamento dessas duas letras: o &, popularmente conhecido como e comercial, em Português, e, ampersand, em Inglês, junção de and (e, em Inglês), per se (por si, em Latim) e and.
E foi com esse mesmo recurso de entrelaçamento de letras que os copistas criaram o símbolo @, para substituir a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de casa de.
Foram-se os copistas, veio à imprensa - mas os símbolos @ e & continuaram firmes nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de unidades da mercadoria e o preço. Por exemplo: o registro contábil 10@£3
significava 10 unidades ao preço de 3 libras cada uma. Nessa época, o símbolo @ significava, em Inglês, at (a ou em).
No século XIX, na Catalunha (nordeste da Espanha), o comércio e a indústria procuravam imitar as práticas comerciais e contábeis dos ingleses. E, como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses davam ao símbolo @ (a ou em), acharam que o símbolo devia ser uma unidade de peso. Para isso contribuíram duas coincidências:
1 - a unidade de peso comum para os espanhóis na época era a arroba, cujo inicial lembra a forma do símbolo;
2 - os carregamentos desembarcados vinham frequentemente em fardos de uma arroba. Por isso, os espanhóis interpretavam aquele mesmo registro de10@£3 assim: dez arrobas custando 3 libras cada uma. Então, o símbolo @ passou a ser usado por eles para designar a arroba.
O termo arroba vem da palavra árabe ar-ruba, que significa a quarta parte: uma arroba ( 15 kg , em números redondos) correspondia a 1/4 de outra medida de origem árabe, o quintar, que originou o vocábulo português quintal, medida de peso que equivale a 58,75 kg .

As máquinas de escrever, que começaram a ser comercializadas na sua forma definitiva há dois séculos, mais precisamente em 1874, nos Estados Unidos (Mark Twain foi o primeiro autor a apresentar seus originais
datilografados), trouxeram em seu teclado o símbolo @, mantido no de seu sucessor - o computador.
Então, em 1972, ao criar o programa de correio eletrônico (o e-mail), RoyTomlinson usou o símbolo @ (at), disponível no teclado dessa máquina, entre o nome do usuário e o nome do provedor. E foi assim que
Fulano@Provedor X ficou significando Fulano no provedor X.
Na maioria dos idiomas, o símbolo @ recebeu o nome de alguma coisa parecida com sua forma: em Italiano, chiocciola (caracol); em Sueco, snabel (tromba de elefante); em Holandês, apestaart (rabo de macaco). Em alguns, tem o nome de certo doce de forma circular: shtrudel, em iídisch;
strudel, em alemão; pretzel, em vários outros idiomas europeus. No nosso, manteve sua denominação original: arroba.
 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O dinheiro e a educação dos filhos


«Por muito que me esforce, não consigo evitar que a minha casa se encha de coisas inúteis. Quando as vi pela primeira vez — tenho de o reconhecer — não duvidei de que eram necessárias. Com o passar do tempo, pelo contrário, vejo que poderia viver perfeitamente sem ter comprado muitas dessas coisas. O problema é que no momento não me lembro disto. Ou melhor, até me lembro, mas convenço-me de que necessito mesmo daquilo — e compro.
«Gostaria, sinceramente, de aprender a comprar com mais sensatez. Ainda mais agora que estamos a viver uma séria crise económica. Há tanta gente a passar necessidades! Gostaria de ter um estilo de vida mais simples, mais austero. No fundo, mais cristão. E ensinar esse estilo de vida aos meus filhos. Dou-me conta de que o excesso de bens estragou-lhes um pouco a educação. A minha mulher pensa o mesmo. E também estamos de acordo em que o exemplo é o primeiro modo de educar. Acho que ainda estamos a tempo de mostrar-lhes na prática que é possível viver melhor com menos coisas».
Palavras de um pai de família que nos fazem pensar. A ideia de consumir com mais ponderação parece estar na mó de cima. Sobretudo em virtude da crise que estamos a atravessar. Muita gente tem o desejo real de controlar melhor as suas despesas. Seria uma pena, no entanto, que fosse somente por este motivo. O consumo prudente não é uma simples medida para economizar — é uma condição fundamental para sermos felizes! Oxalá estas circunstâncias sejam um momento ideal para redescobrirmos isso.
Necessitamos do dinheiro para viver. Disso, ninguém tem dúvidas. Mas identificar a capacidade de gastar com a felicidade é um erro funesto. Uma vida feliz está muito mais relacionada com a qualidade das nossas relações com Deus e com os outros do que com as coisas que tenhamos ou que possamos vir a ter. Para um cristão — e também para qualquer pessoa sensata — não se trata somente de reduzir o consumo, mas de aprofundar em como vai a nossa relação com os bens materiais. Descobrir modos de usá-los como aquilo que são: instrumentos, não fins. Pedir a Deus que o nosso coração não se apegue àquilo que por definição é passageiro e caduco.
O dinheiro não garante a qualidade de vida. Nem garante, evidentemente, a qualidade da educação. Quantas vezes, na educação dos filhos, o problema não é a falta de dinheiro mas o excesso dele? Quantos pais enchem os seus filhos de presentes porque não têm tempo para estar com eles? Talvez a motivação para actuar deste modo seja boa — longe de mim pôr isso em causa! No entanto, não é um modo correcto de educar. Na educação, o tempo não se pode substituir pelo dinheiro nem pelos presentes.
O dinheiro mal gasto estraga a educação dos filhos — e estraga a capacidade dos pais para educarem correctamente. Quantos pais dizem que é preciso ter poucos filhos — um, no máximo dois — para poderem gastar mais com eles e dar-lhes assim uma melhor educação! Mais tarde, dão-se conta de que essa atitude complicou — e muito! — a educação dos seus filhos. Começam a pensar que os filhos teriam sido mais bem educados com menos dinheiro e mais irmãos.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A alternativa é o PSD!


Muitas vezes ouço falar da necessidade de unidade no PSD para fazer oposição e para ser alternativa ao poder socialista reinante no nosso concelho, há já dezoito anos.
Questiono-me sobre esta tese.
Não é verdade que o PS está muito mais dividido que o PSD e ao longo destes anos teve muitas mais divisões?
Façamos um pouco de história sobre o passado.
O PS chegou ao poder com o apoio de: Dr. Gaspar, Dr. China, Venâncio Campos, Dr. Miguel Teixeira, Dr. Nóbrega Moura, Dr. José Lopes, Dr. Manuel Joaquim Costa, Manuel Fecheira, Zelino Magalhães, Ilídio dos Santos, Dulce Carvalho, Conceição Pacheco, Benvinda Magalhães, Júlia Brito, Emília, Domingos Ramos Pires, Celestino Vaz, …
Pelos entretantos, muitos outros foram chegando e partindo.
Quantos destes e de muitos outros hoje se reveem no projeto político e na equipa que governa a autarquia?
Ainda recentemente a situação interna do PS, segundo notícias vindas a público, foi marcada por uma profunda divisão entre as opções da cúpula dirigente e o Dr. Jorge Machado, alimentando uma provável candidatura independente no seio socialista.
 Ou quem é que ignora as questiúnculas que vão pululando pelos cafés, sobre as posições de alguns dos presidentes de Junta do PS?
Há, nesta história, apenas um dado imutável: o poder está nas mãos de quem tem sempre alguém que lhe vai dando um apoio acrítico, decorrente da dependência em que se encontra.
Porém, pelo PSD não vemos este divisionismo. Mário Campilho, Abílio Alves, Domingos Alves, Marques da Cunha, Dr. Afonso, Dr. José Avelino Lima Leite, Dr. Jorge Barroso, Eng.º Francisco Campilho, António Melo, Dr. José Ramos, Dr. Nuno Boticas, Domingos Monteiro e a quase totalidade dos dirigentes e autarcas do passado continuam a dar o seu contributo ao partido e ao concelho.
A estes junta-se um novo grupo de autarcas, quer nos órgãos municipais (Dr. Luís Miguel, Dr. António Fraga, Eng.º Manuel Teixeira, Dr.ª Custódia Magalhães, Eng.º Duarte Nuno Basto, Dr. Hugo Pacheco, Eng.º André Pereira, André Magalhães, Vítor Teixeira), quer nas freguesias (Abel Barros, Dr. José Joaquim Teixeira, Joaquim Monteiro, Paulo Pereira, Dr. António Carvalho, Dr.ª Fátima Oliveira, de entre outros), e ainda muitos outros militantes de base que sempre se mobilizam em torno do PSD.
Fazem-no em democracia e em liberdade, ao contrário de outros que só servem se for para validar as opiniões de quem manda. Exprimem as suas opiniões, mas todos se mobilizam em torno das posições do PSD, em prol da nossa Terra e dos Cabeceirenses.
O sistema político, o perfil sociológico do eleitorado, o histórico dos resultados eleitorais demonstram à saciedade que a alternativa política ganhadora terá de estar centrada no PSD, conforme verificámos nas últimas eleições legislativas.
Todas as demais hipóteses são apenas para confundir, para, como se costuma dizer, dividir para reinar. Essa é a estratégia do PS.
Mas o nosso concelho precisa de uma nova oportunidade para o desenvolvimento.
Cabeceiras precisa, de novo, do PSD no poder, para ter uma Câmara aberta aos munícipes, uma gestão solidária e respeitadora dos direitos dos trabalhadores e dos utentes, que valorize a democracia e a liberdade.
Uma gestão que defina e partilhe um Plano de Desenvolvimento, integrado e sustentável, que valorize os recursos locais, que aposte nos cabeceirenses.
Está na hora de virar de página.
A alternativa é o PSD!

Ano Novo, vida nova…
           
Costuma-se dizer que Ano Novo, vida nova.
O ano de 2012 iniciou-se com a forte previsão de uma nova forma de vida.
Uma vida que não será tão favorável, com privações, com dificuldades.
Mas é essencial mudar de vida. Ser mais criterioso, mais exigente, mais comedido.
Todos nós almejamos o melhor, sempre desejamos mais, mas é da realidade das nossas vidas que não podemos dar um passo maior do que a perna.
Se não temos meios, se não temos dinheiro, se vivemos de empréstimos, como podemos continuar a viver como se fôssemos ricos?
E o problema não é só do Estado, dos poderes públicos. É também de cada um de nós, nas nossas vidas privadas.
O Estado pediu empréstimos para muitas das obras que quis realizar. Empréstimos convencionais, mas também recorreu a engenharia financeira para se financiar no setor privado, mandando executar obras, com o compromisso de as ir pagando ao longo dos próximos anos. Foi assim que surgiram as PPP, Parcerias Público-Privados.
Também os cidadãos foram fazendo o mesmo. Ora recorrendo ao crédito para a habitação, para a compra de carro, para diversos tipos de compras, ou mesmo para gozar umas férias mais avantajadas.
Tudo somado, deu o resultado que se vê: mau, muito mau!
Por isso, 2012 terá de ser o ano em que temos de inverter esta situação.
Será difícil mas com o empenho de todos, vamos conseguir.

Publicado na edição de Janeiro/2012, de "O Basto"

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Desemprego

Ao longo dos tempos tenho aqui expresso a minha preocupação pelo aumento do desemprego no nosso concelho.
Agora que foram publicados os números de dezembro de 2011, regista-se uma diminuição que não posso deixar de saudar.
Cabeceiras contabilizava, no fim do ano, 1336 desempregados, menos 40 que em Novembro.
Não sendo um cenário agradável, os níveis de desemprego estão muito acima do que seria desejável, mas pelo menos verificou-se uma inflexão nos números.
Já não é menosprezar.
Esperemos que durante 2012 a situação possa continuar a evoluir...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Na cauda...


Hoje é domingo e acabo de ver os resultados do fim-de-semana desportivo, ao nível dos clubes do nosso concelho.
Os principais clubes, o Atlético Cabeceirense e o Desportivo do Arco, disputam a última divisão da AF de Braga (2.ª), juntamente com o GD de Cavez e o S. Nicolau de Basto, enquanto o Águias de Alvite, milita na divisão superior (1.ª).
Com profunda apreensão verifico que os nossos representantes no futebol federado se atolam na cauda das classificações.
No final da primeira volta, o Águias de Alvite está no limiar da descida, podendo na próxima época regressar à 2.ª divisão, juntando-se aos restantes clubes.
Olhando para aquela divisão, verifica-se que os três últimos classificados são, respetivamente, Desportivo do Arco, Atlético Cabeceirense e S. Nicolau de Basto. O Cavez ainda se encontra em oitavo lugar, a meio da tabela.
Nenhum deles, claramente em situação de discutir uma posição cimeira, pelo que impossibilitados de subir. Verifica-se, pois, que a política definida e executada ao longo dos últimos anos só tem servido para degradar a situação dos nossos clubes, com os resultados que estão à vista.
Não é por falta de investimento. Basta ver o mapa dos subsídios atribuídos pela autarquia. As contas de 2010, registam os seguintes valores:
                - Atlético Cabeceirense – 50.000 €
                - Desportivo do Arco – 38.700 €.
Como se compreende a atual situação?
Quem decide não sabe o que está a fazer? O que está a financiar?
Quais são os critérios para os apoios?
Em contrapartida, como se verifica, os clubes mais pequenos vivem com parcos apoios (G. D. Cavez – 7.750 €, aos outros não especificado).
E como entender que o único clube a militar numa divisão nacional, em futsal, a Contacto pague muito mais à Emunibasto do que os apoios que recebe da autarquia?

Algo está muito mal na área do desporto em Cabeceiras.
É o que dá a politização (partidarização) do desporto.
Redunda em maus resultados desportivos e péssimos efeitos na gestão dos clubes.
Pelo meio, deixam-nos, a todos nós Cabeceirenses, tristes pela imagem que de nós damos.
Cabeceiras de Basto não merecia esta sorte.
Até porque podemos fazer melhor, muito melhor.  


Publicado na edição online de "O Basto"

domingo, 1 de janeiro de 2012

Bom Ano Novo

E já estamos no novo Ano.
Ano de muitas apreensões, mas é um ano igual aos outros.
Terá desta vez 366 dias, afinal mais um para ter ainda mais oportunidades de ser feliz.
E a felicidade depende apenas de nós mesmos. E ainda bem!
Como diria Raul Solnado, façam o favor de serem felizes.
Um bom Ano para todos!