quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Acabou o S. Miguel



Hoje, dia 30 de Setembro, acabaram as festas e a feira de S. Miguel.
Este ano foram doze dias de folia.
O programa foi recheado e o S. Pedro ajudou, não estragando a festa com chuva, mesmo que ela faça muita falta.
Pelo meio tivemos uma campanha eleitoral e outra começou.
Uns aproveitaram a ocasião.
Outros não.
O resultados finais serão o fruto de tudo quanto se faz ou não.
Veremos...
No dia das trocas, vimos os feirantes trocar-nos por Vieira, para onde querem ir fazer a feira da Ladra.
Para o ano haverá mais S. Miguel.
Melhor?
Tenho dúvidas!
A ver vamos...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Primeiras ideias do projecto da Coligação PSD/CDS



Até ao momento não é conhecido publicamente o projecto político que a coligação PSD/CDS, "Pela nossa Terra", vai apresentar aos Cabeceirenses para estas eleições autárquicas.
No entanto, Luís Miguel Gonçalves, primeiro candidato da coligação à Câmara Municipal, deu uma entrevista ao jornal "O Basto" onde expressou as seguintes ideias:
- não faz sentido manter a derrama;
- não agravar as taxas cobradas às famílias;
- direccionar as políticas para a instituição família;
- apostar no mercado de emprego, como forma de resolver o problema do desemprego que grassa no concelho e no país;
- apoiar os mais idosos, os mais jovens, os deficientes ou incapacitados e os desempregados na área da saúde;
- assegurar protecção às franjas mais desfavorecidas da população;
- incentivar a educação e a formação, como meio de garantir o sucesso no futuro;
- apoiar os jovens para a prática do desporto, isentando-os de taxas de utilização de equipamentos e disponibilizar outros apoios (transportes, bolas, equipamentos);
- promover, de forma organizada e estruturada, a região na área do turismo;
- apoiar os agricultores e as explorações agrícolas.
Esperamos a concretização destas ideias e as propostas concretas para o próximo mandato.

Pela nossa Terra

Aí estão as eleições autárquicas. Começou a campanha.
Já expressei aqui e no jornal "O Basto" a minha opinião sobre estas eleições.
No entanto, como militante de um dos partidos da coligação "Pela nossa Terra", não posso deixar de lhe dar apoio e tudo fazer para que obtenha os melhores resultados.
É certo que discordo do processo que levou à situação a que o PSD chegou.
É certo que a solução encontrada resulta de uma relação conflituosa entre os órgãos do partido ao nível concelhio e distrital.
É certo que vivemos dias difíceis na oposição.
É certo que o PSD não fez ao longo dos últimos anos tudo quanto devia e tinha a obrigação de fazer.
O PSD esqueceu-se que é um partido de oposição. Que tinha de ser a voz do povo, a voz da crítica, a voz da alternativa, para o que devia ter gerado um projecto político novo.
Por tudo isto e por muito mais, entendo que a coligação vai passar um mau bocado e os resultados eleitorais do próximo dia 11 irão revelar isso mesmo.
Mas não é por sermos derrotados eleitoralmente que se perde a razão.
E a coligação "Pela nossa Terra" tem muitas razões para combater, para afirmar a sua alternativa e sobretudo para denunciar o quanto de errado vai ocorrendo na nossa Terra.
É essa batalha que eu partilho.
Sempre me bati por Cabeceiras e pelos Cabeceirenses.
Fi-lo sempre, quer o meu partido estivesse no poder ou na oposição, e muitas vezes dentro do próprio partido.
Nunca falhei nenhum combate político. Não é este, por mais difícil que seja, para o partido e para mim mesmo, a excepção.
Isso não implica que eu expresse livremente a  minha opinião, mesmo que ela, por coerente e realista, não agrade a alguns.
Durante este período de campanha, aqui deixarei a minha colaboração.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Contas em Braga



Relativamente aos resultados eleitorais do distrito de Braga, há que fazer as contas internas do PSD.
Em primeiro lugar, este resultado é o pior resultado do PSD a nível nacional. Perdeu um deputado, enquanto o PS manteve os que tinha.
Aqui está uma boa ocasião para Virgílio Costa, presidente da distrital e mandatário da lista, vir assumir os "louros" do resultado.
Depois, não deixa de ser curioso, que na composição da lista houve uma guerra interna devido à inclusão de três candidatos de Guimarães nos lugares cimeiros.
Verifica-se agora que o resultado daquele concelho é o segundo pior do distrito (24,86 %), só ultrapassado pelo de Vizela (18,34 %).
Como é habitual, em Cabeceiras de Basto, o PSD obteve um resultado (32,27 %) superior ao da média do distrito (30,81 %).
Também como vem sendo hábito e aqui já o referi noutro post, o PSD em Cabeceiras de Basto tem resultado mais elevado do que em Braga (28,96 %), Fafe (28,34 %), V. N. Famalicão (29,60 %) e Guimarães e Vizela, como já referi.
Desta vez também superou o resultado de Amares (31,51 %).
No entanto, para a distrital e até para a Direcção Nacional, Cabeceiras continua em "escalão secundário".
Depois admirem-se das consequências, a médio prazo...

O país endoidou e a Nação está doente

Alberto João Jardim considerou, ao seu estilo, que "o país endoidou e a Nação está doente".
Porém, o que dizer de um resultado em que para o PS governar à esquerda precisa dos votos conjugados do BE e da CDU?
Pretensamente, não governará à direita, mas aí bastar-lhe-ia o apoio do CDS.
Assim, as soluções governativas terão de oscilar consoante as circunstâncias e os acordos de momento, feitos de negociações caso-a-caso.
Portugal fica numa situação mais complicada, quanto mais conhecemos os efeitos da crise que existiu, que persiste e que ainda irá perdurar.
A governabilidade fica ainda mais comprometida.
João Jardim tem, de algum modo, razão.
Tal como o imperador romano que já naquela altura entendia que por cá "há um povo que não se governa, nem se deixa governar".
Será mesmo esse o nosso "fado"?

Contradição

É curioso como as coisas, às vezes, têm sentidos completamente opostos.
Ontem, José Sócrates dizia que o PS obteve uma "extraordinária vitória".
É óbvio que venceu as eleições!
No entantó, é o único partido com representação parlamentar que perdeu.
Perdeu cerca de 8,44 % de representatividade.
Perdeu mais de meio milhão de votos (505 234).
Perdeu 24 deputados.
Perdeu a maioria parlamentar.
Perdeu a confiança dos portugueses para governar com o seu programa.
Perdeu a força política de uma vitória assente em perdas significativas, que mais se assemelham a uma pesada derrota.
Como dizia alguém, não passa de uma vitória de Pirro.

Reacções à vitória socialista

Após o conhecvimento do resultado das eleições, chegaram as mensagens de parabéns.
À cabeça Hugo Chávez junta-se ao "ao júbilo dos socialistas" e proclama que "o socialismo é o caminho".
Depois o PSOE - Partido Socialista Operário Espanhol da Estremadura felicita o PS pela vitória eleitoral e afirma que os resultados "são uma garantia para a cosntrução na íntegra" do traçado do TGV entre Madrid e Lisboa.
Segundo o ditado, diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.

Em sentido inverso, Alberto João Jardim não deixou por mãos alheias os ataques à vitória socialista, segundo a edição online do Sol.
«Alberto João Jardim afirmou hoje que os resultados das eleições legislativas nacionais demonstram que «neste momento Portugal está sob um pesadelo» e que «o país endoidou e a Nação está doente».
«Portugal está neste momento sob um pesadelo. Há qualquer coisa de errado neste país. Depois do que foram estes quatro anos de governação de Sócrates e todos os sarilhos em que o primeiro-ministro de um país foi exímio em estar metido, haver um resultado em que ainda lhe dá uma maioria relativa, embora inferior ao número da abstenção nacional, isto significa que o país endoidou», declarou Jardim.
João Jardim considerou ainda que «o PS teve uma vitória de pirro. A situação do país é gravíssima, são os portugueses em parte em contribuir para a situação. Cada povo tem aquilo que merece e da parte da Madeira estamos preocupados em estarmos envolvidos num quadro de pesadelo».

Admitiu que o PSD nacional «também está doente» devido ao «divórcioentre o eleitorado e os quadros que elegem líderes sugeridos pela comunicação social hostil».

Da anedota à realidade

Antes das eleições, andou por aí a circular uma anedota sobre Sócrates, em que este ao morrer teve a oportunidade de escolher entre o céu e o inferno. Depois de visitar um e outro escolheu o inferno, porque durante a visita parecia um paraíso. Depois ao chegar lá encontrou o pior cenário. Questionando a razão da mudança, o diabo disse-lhe que a visita tinha sido em campanha eleitoral.

Agora depois das eleições, parece que está a acontecer o mesmo.
Os resultados eleitorais ainda não têm vinte e quatro horas e já se lê as seguintes notícias:


Lisboa, 28 Set (Lusa) - O novo Governo minoritário de José Sócrates arrisca-se a ter, este ano, o pior défice orçamental dos últimos quinze anos, o que empurra a consolidação das contas públicas para o topo das prioridades económicas.
O Boletim da Primavera da Comissão Europeia revela que o desequilíbrio nas contas públicas, em 2009, pode chegar aos 6,5 por cento, um valor que só é ultrapassado pelos números de 1994, quando o défice chegou aos 7,3 por cento. O Governo, no entanto, é mais optimista e estima que o défice não vá além dos 5,9 por cento, este ano.
A confirmarem-se as projecções de Bruxelas para o conjunto da União Europeia, Portugal terá o sétimo pior défice orçamental dos 27 Estados membros. Assim, o país poderá passar, em apenas dois anos, do melhor resultado (2,5 por cento em 2007), para o pior em 15 anos, caso o défice de 2009 supere a barreira dos 6,1 por cento.



Bruxelas, 28 Set (Lusa) - A Comissão Europeia irá abrir em Novembro um procedimento de "défice excessivo" contra Portugal, uma situação em que se encontram mais de metade dos Estados-membros da União Europeia, que viram as suas contas públicas derrapar com a crise.
Bruxelas irá fazer uma série de recomendações, colocar Lisboa sob "vigilância orçamental" e avançar com um calendário para sair da situação de desequilíbrio das contas superior a 3,0 por cento do PIB (défice excessivo), seguindo as regras que estão estipuladas no Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia.
O período que será dado para corrigir o "défice excessivo" português será negociado com as autoridades nacionais. Os prazos já aplicados a outros Estados-membros variam entre 2010, para a Grécia, e 2013/14 para a Irlanda e Reino Unido.

Preparemo-nos para o inferno!

Esmiuçar os resultados 3

E agora ao nível do concelho de Cabeceiras de Basto.
O PS ganhou com 50,26 %, perdendo 4,38 % e cerca de 600 votos.
O PSD perdeu também 1,73 % e 268 votos, ficando-se pelos 32,27 %.
O CDS manteve no nosso concelho a tendência de crescimento, atingindo 7,17 % e 722 votos, tendo anteriormente 4,69 %, com 485 votos.
O BE cresceu para os 3,69 %, com 372 votos, contra os 1,52 % e 157 votos, em 2005.
Por fim a CDU ficou-se pelos 2,25 %, com 227 votos, mesmo assim aumentando de 1,59 % e 165 votos.
Verifica-se pois que CDS, BE e CDU tiveram ganhos, enquanto PS e PSD perderam eleitorado.
Ao nível das freguesias, regista-se que o PS ganhou em: Abadim, Alvite, Arco, Basto, Cabeceiras de Basto, Cavez, Faia, Outeiro, Painzela, Pedraça, Refojos, Rio Douro, Vila Nune e Vilar de Cunhas;  tendo o PSD ganho em: Bucos, Gondiães e Passos.

Esmiuçar os resultados 2

Há também que analisar os resultados eleitorais ao nível do distrito.
O PS ganhou e conseguiu manter a eleição dos seus nove deputados.
No entanto, perdeu 3,71 % do eleitorado, o que aconteceu em todos os concelhos do distrito, com excepção de Terras de Bouro, onde praticamente manteve o resultado anterior.
O PSD perdeu no distrito de Braga. Perdeu um deputado (para o CDS) e cerca de 2 %. Essa perda registou-se em todos os concelhos com a excepção de Braga e Vizela onde teve ganhos e Fafe onde teve um resultado idêntico ao anterior.
O CDS reforçou os seus resultados com a eleição de dois deputados e cerca de 2 % de votos.
O BE subiu 3,21 % e elegeu o seu primeiro deputado pelo distrito.
A CDU desceu ao quinto lugar, aqui como a nível nacional, mantendo o deputado e a votação.

Esmiuçar os resultados

Agora que são conhecidos os resultados eleitorais, com excepção dos círculos da emigração, podem-se fazer alguns comentários:
- O PSD não conseguiu ganhar as eleições;
- O PS perde a maioria absoluta;
- O CDS é o grande vencedor, aumentando 9 deputados, sobe mais de 3 % e coloca-se na situação de parceiro privilegiado para constituir, com o PS, uma maioria política na Assembleia da República;
- O BE dobra o número de deputados, ao subir 3,5 %;
- A CDU ganha um deputado, praticamente mantendo a mesma votação;
- O PSD ganhou 6 deputados e aumentou a votação;
- O PS perdeu 24 deputados e cerca de meio milhão de votos;
- Vai ser necessário um maior trabalho político na Assembleia da República, já que só há possibilidade de o PS constituir uma maioria com o CDS, ou com o PSD ou simultaneamente com o BE e a CDU.

domingo, 27 de setembro de 2009

Amanhã é ... outra campanha

Sim, amanhã, segunda-feira, começará uma nova campanha eleitoral.
Desta vez, para as eleições autárquicas.
Teremos mais quinze dias de disputa político-partidária.
Aqui irei também fazer os meus comentários e expressar as minhas opiniões.

PS ganhou



Ao contrário daquilo que eu defendia como mais positivo, o PS ganhou.
Se decidido está o vencedor, falta ainda saber a extensão da vitória, não obstante já se reconhecer que perdeu a maioria absoluta.
Este facto é uma boa notícia.
Acaba o poder absoluto.
O novo governo terá de dialogar e consensualizar mais.
Terá de ser mais democrata, mais sensível à vontade da maioria, agora representada de forma mais variada.
Face aos resultados apurados até agora, reconheça-se os bons resultados do CDS/PP e do BE, que cresceram e desempenharão no próximo parlamento um papel decisivo nas decisões a tomar.

sábado, 26 de setembro de 2009

Para que serve a Lei?



Hoje, dia 26 de Setembro, é o dia de reflexão, prévio às eleições para a Assembleia da República.
Era suposto que hoje não falasse desse assunto.
No entanto, não posso deixar de criticar o facto de o PS de Cabeceiras de Basto estar a inaugurar, agora, a sua sede de campanha, na Av. Sá Carneiro.
Segundo a CNE - Comissão Nacional de Eleições, no dia de hoje e no de amanhã, são proibidas todas as actividades de índole político, aos partidos e às candidaturas independentes, sob pena de "Aquele que no dia da eleição ou no anterior fizer propaganda eleitoral por qualquer meio será punido com prisão até 6 meses e multa de 2,49 a 24,94 €".
Estou mesmo para ver as consequências...
Também por que é usual dizer que as penas são menores que os benefícios.
Em todo o caso é uma vergonha este procedimento.
E depois dizem que isto é a democracia!

Um país a arder!!!



Já aqui foquei o problema dos incêndios.
Hoje, mal saí de casa, logo avistei dois focos de incêndio nas serras circundantes.
No corrente ano, já batemos os péssimos recordes dos anos anteriores, em área ardida.
Há anos atrás, prometia-se tomar medidas para terminar com este flagelo.
Eram medidas e mais medidas, promessa de novos equipamentos, novas estratégias de prevenção e combate.
Não sei como é que os responsáveis não são obrigados a vir justificar a actual situação.
Onde está a avaliação de desempenho dos mais altos responsáveis deste sector? 
Será que ainda acabam por ser premiados pelos seus maus resultados?
Gastou-se mais, mas estamos pior.
Mesmo por aqui, ainda não consegui perceber qual o contributo da nova pista de aeronaves de Abadim para o combate aos incêndios, tal como foi anunciado como razão e objecto da sua construção.
Enquanto tudo isto, temos o país a arder, temos Portugal pintado de negro.
É esta a herança que deixamos, é este o exemplo que damos, é assim que destruímos o nosso património, a nossa riqueza natural.
Ainda recentemente, ouvi uma conversa em que dois homens, de certa idade, recordavam os planos de arborização das florestas, onde tinham trabalhado, e deitavam conta à riqueza que as florestas constituíam naqueles tempos.
Hoje destruímo-las, ficando mais pobres. Cada vez mais pobres!
É assim que queremos Portugal?!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

No fim da campanha

Ao longo da campanha para as eleições legislativas fiz apelo ao voto no PSD.
É a obrigação dos militantes.
Fi-lo, também, porque entendo que é a melhor opção no actual contexto político.
Apresentei algumas das razões que entendo sustentar a minha opção.
Ao entrar no período de reflexão, apenas quero deixar duas considerações finais:
- Votar é um direito. É também um dever.
Por isso, qualquer que seja o sentido de voto, todos os portugueses devem votar.
Votar segundo a sua consciência.
Votar a pensar no futuro de Portugal e dos Portugueses.
- Não esquecer o passado.
Domingo não vamos votar em proposta eleitorais nas mesmas  condições.
O PS apresenta uma proposta política que tem passado. É o actual governo. Sabemos o que fez e o que propõe. Mais do mesmo.
Como temos memória, sabemos o quanto foi difícil aguentar um governo autista, autoritário e de afronta aos pequenos e fracos para agradar aos grandes e poderosos.

Urge, pois, determinar uma alternativa.
No domingo, só há uma alternativa, conforme todos os estudos de opinião apontam - o PSD.
Das três uma:
- quem quer Sócrates no governo, vota PS;
- quem, mesmo assim, não se importa de ter Sócrates no governo, vota CDS/PP, CDU ou BE;
- quem quer ver Sócrates fora do governo, só pode votar PSD.
Por muitas outras razões que haja, a dura realidade é esta.

Em consciência, VOTEM!

A vez de Angola

Ontem, este blogue foi lido pela primeira vez em Angola.
Com esta visita, reforçou o número de leitores dos países africanos de língua portuguesa, onde já constam de Cabo Verde, Moçambique e agora Angola.
Falta ainda S. Tomé e Principe em África e Timor-Leste, na Oceania.
Fico à espera...

Se o pior aconteceu...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vejam-se as diferenças

Li hoje a edição de Setembro da revista da ANPE - Associação Nacional dos Professores Espanhóis.
Nela se dá conta da audiência do Ministro da Educação Espanhol aos dirigentes da associação e é publicada uma entrevista com o referido Ministro Ángel Gabilondo.
Da entrevista realçam-se duas citações:


"Responsabilidade e esforço são duas palavras inerentes à educação."


"Os professores são a pedra angular sobre a qual se assenta o sistema educativo. E o resto da comunidade educativa, devemos apoiar o seu trabalho."


Resta apenas comparar com a atitude, com o discurso e com a prática do nosso governo e da nossa ministra da educação e da sua equipa.
Fica tudo dito.
Sem mais comentários...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Magalhães por um canudo



Agora o "Magalhães" está suspenso.
Acabou o dinheiro?
Ou é apenas mais uma chantagem com o eleitorado?
Se não votarem PS não há mais computadores...
É a forma de acabar em beleza o processo do computador azul.

Razões para votar PSD 5



A campanha eleitoral está a decorrer como as anteriores.
Se recordarmos, nas eleições de renovação do mandato de António Guterres, não houve campanha eleitoral.
Nessa altura nada se discutiu. Apenas se centrou tudo em Timor.
Já havia muito a discutir, precisava-se de fazer escolhas ponderadas. 
No entanto, encaminhou-se lateralmente todo o processo eleitoral e Guterres quase obteve uma maioria absoluta. 
Dois anos depois, o próprio reconhecia que estava no pântano, que ele próprio criou.
As eleições seguintes, Santana Lopes não pode debater as questões do país.
O país estava a contas com as "trapalhadas" que o socialista Jorge Sampaio criou em torno de uma solução que ele próprio tinha aceite.
Mais uma vez nada de fundamental se discutiu. O acessório sobrepôs-se ao essencial. Sócrates vence com maioria, sustentada em múltiplas promessas. Eleitoralistas!
Volvidos quatro anos e meio, nenhuma das promessas mais emblemáticas foi cumprida, com a excepção à regra, que foi o plano tecnológico.
Aumentou o desemprego, aumentaram os impostos, fecharam milhares de empresas, a miséria aumentou, as taxas dos cuidados de saúde aumentaram e até foi criada a taxa de internamento, fecharam-se serviços de saúde, aumemtou a dívida externa, aumentou a criminalidade e a falta de segurança, ...
Em plena campanha eleitoral, o que se discute?
Os problema do país?
As propostas dos partidos?
Não!
Mal foram apresentadas as listas, o PS e os partidos à sua esquerda lançaram uma campanha contra a composição das listas do PSD.
Depois, a falta do programa, a seguir a contestação às medidas que foram apresentadas, depois o ataque pessoal.
Onde fica o debate de ideias?
Quando se discutirá as medidas apresentadas pelo PS?
Quando se discutirá o estado do Estado?
Quando se fará o balanço da governação socialista?
Nunca!
Porque o PS, através da sua máquina de propaganda tem alimentado, como o fez nas eleições anteriores, a opinião pública com inúmeros casos, com distracções, procurando que os portugueses esqueçam a sua governação e simultaneamente se esqueçam de lhe exigir um novo programa político para o próximo mandato.
Esta forma de fazer política, esta forma de governar, esta forma de se desresponsabilizar da sua acção governativa leva o país, mais uma vez para um beco sem saída.
Uma vitória de Sócrates nestas eleições, obviamente sem maioria, coloca o PS em perda, numa posição de fraqueza.
Nada de pior pode acontecer, face aos desafios que temos pela frente.
Daí, urge mudar. 
Dar uma vitória ao PSD é contribuir para que se acabe com uma governação que já perdeu o rumo e permitir que um novo programa possa ser levado à prática.
Muito para lá do ruído que se faz nesta campanha eleitoral.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vêm aí as eleições III

Estamos a pouco mais de oito dias das eleições legislativas.
O PS está a viver dias difíceis, já que o seu mandato, de poder absoluto, deixou profundas marcas no eleitorado.
O discurso, moderado e delicado dos últimos dias de Sócrates, já não convence.
Por outro lado, os casos Freeport e TVI vieram mostrar a falta de credibilidade e a apetência totalitária de um poder que não aceita a pluralidade de opinião, a liberdade de imprensa, enfim que convive mal com a democracia e a liberdade.
Torna-se necessária, portanto, a vitória de Ferreira Leite e do PSD.

Daqui a três semanas, teremos as eleições autárquicas.
Estas eleições têm uma característica mais personalizada e mais próxima.
No nosso concelho temos a recandidatura de Joaquim Barreto (PS), actual presidente da Câmara, e em alternativa o Dr. Luís Miguel Gonçalves (Coligação Pela nossa Terra – PSD/CDS) ou Dr. Baltazar Vilela (CDU).
Ora, numa eleição deste tipo, o eleitorado vota de acordo com vários factores.
Os militantes de qualquer dos partidos têm a vida facilitada. Votam nos seus candidatos. Contudo não determinam a vitória.
Essa depende do sentido de voto da maioria do eleitorado. E este decide-se por quem lhe assegura os seus interesses individuais, por quem dá mostra de mais poder, por quem tem mais credibilidade política, pela qualidade dos respectivos programas.
Chegados aqui, tudo indica que Joaquim Barreto ganhará as próximas eleições com grande vantagem, não obstante o descontentamento que vai reinando e algumas divergências no interior do PS local.
Do lado da oposição, há a falta da dita.
Há já demasiado tempo que o PSD deixou de fazer oposição, de contestar, de propor soluções, de estar ligado à realidade da vida quotidiana dos cabeceirenses.
Daí as dificuldades em organizar as listas. E pior, dar-lhe consistência, dar-lhe credibilidade política. Porque para lá das características pessoais e profissionais de cada um dos candidatos, que não se questionam, está um sentido de grupo, o assumir de um projecto que seja partilhado no interior do grupo e pela sociedade.
Não é o caso vertente. Nem a candidatura de Luís Gonçalves, nem de Baltazar Vilela têm essas características.
Por certo contarão com o apoio dos respectivos militantes, mas não verão alargada a sua influência junto do eleitorado.
Este cenário, a concretizar-se, redundará em idêntico resultado para a Assembleia Municipal e para o conjunto das Assembleias de Freguesia.
Parece, no entanto, emergir uma boa candidatura à Junta de Freguesia do Arco, da coligação PSD/CDS, encabeçada por Ana Celeste Vilas, que augura a possibilidade de um resultado positivo.
Na próxima edição, voltarei ao assunto para comentar os resultados.

Publicado em "O Basto", na edição de Setembro / 2009

Sócrates processa jornalistas



José Sócrates acaba de avançar com o processo judicial contra o jornalista João Miguel Tavares, depois do Ministério Público ter defendido o seu arquivamento.
Com este caso, José Sócrates tem já 9, nove, queixas judiciais contra jornalistas.
Penso que desde o "25 de Abril" que não se via uma coisa destas.
Que eu saiba, nem Mário Soares, nem Cavaco Silva, nem António Guterres, nem mesmo Santana Lopes, alguma vez processaram jornalistas.
Para além disso, os jornalistas da TVI e do Público foram o alvo preferido de Sócrates em diversas entrevistas e até em pleno congresso partidário.
Isto é uma atitude que revela bem a forma como se encara a comunicação social, a liberdade de expressão e o direito à crítica sobre o exercício de um cargo público.
É por estas e por outras que tememos pela liberdade.
Quando não se respeita as opiniões dos outros, quando se põe em causa as instituições, quando se usa o poder para silenciar os outros, estamos necessariamente no mau caminho.
Por isso, dia 27 temos de atalhar ao mal.

Razões para votar PSD 4

Para além das razões mais emocionais, há uma razão objectiva.
Sócrates e o PS têm desenvolvido uma política económica baseada no papel do Estado.
Nos últimos tempos, voltou-se a falar de nacionalizações, de intervenção estatal em empresas.
Esta política centralista, estatizante, já deu mostras de maus resultados.
A ideia de que o Estado tudo pode resolver, de que com o nosso dinheiro, o dinheiro de quem trabalha, de quem investe, se pode pagar mais e mais despesa pública, nunca deu, aqui ou em qualquer lugar do Mundo, bom resultado.
Mais ainda quando se prevê que o PS só governará se aliado ao Bloco de Esquerda, que nesta matéria é ainda mais radical.
Por isso, entendo que Portugal precisa de uma nova política económica.
Uma política que crie condições de confiança, favoráveis ao investimento e às exportações.
Uma política baseada na concorrência e na competitividade.
Uma política que privilegie o aumento do emprego para retomar o crescimento e a convergência com a Europa.
Não é isso que tem acontecido.
Ainda hoje foram conhecidos os mais recentes indicadores económicos, do qual se realça a informação de que a dívida externa ultrapassou 100% do PIB, levando-nos rapidamente para uma situação de dificuldades acrescidas.
Há que inverter a situação.
Isso só se conseguirá votando PSD.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Actos oficiais viram campanha eleitoral

Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues estiveram em Cabeceiras de Basto, em Agosto, numa visita oficial, para visitarem as obras na EB 2 e 3 de Refojos de Basto e o novo Centro Educativo.
Os discursos feitos na ocasião, quer pelo Presidente da Câmara Municipal, quer pela Directora do Agrupamento, quer da Ministra da Educação, quer ainda do Primeiro-ministro, acabaram todos associados ao site de campanha eleitoral de José Sócrates e do PS - "Sócrates2009.pt".
Não sei de quem é a (ir)responsabilidade, mas de certeza que não é assim que se preserva a independência das Escolas e dos seus órgãos da partidarização da Educação.
Se a presença dos responsáveis políticos, Primeiro-ministro, Ministra da Educação e do Presidente da Câmara, que participaram naquelas qualidades no acto, em manifesta campanha partidária, é eticamente condenada, a utilização de um director de uma Escola é inadmissível.

O falso arrependido

Não resisto a publicar um post de Paulo Guinote, do seu blogue "A Educação do meu Umbigo", com o título:

Desculpem a insistência, mas é inevitável escrever sobre Sócrates, enquanto os portugueses o não obrigarem a voltar a “ser engenheiro” (Que volte à régua e ao transferidor. Que desenhe casas a sério , seja em Lisboa ou na Covilhã.)
Desculpem, mas aquele ar de falso arrependido que enverga deve ser denunciado até à exaustão. Desculpem lá, mas até domingo, 27, não me posso calar. Porque estou cheio dele. Cheio até aos cabelos!
Ele bem pode vir com aquele ar de “ex-virgem-arrependida” que, agora, é tarde demais. ( Rompeu o “ímen” da credibilidade, santa paciência, que não rompesse).
Ainda se tivesse “pecado” uma única vez… Vá que não vá… Podia ter o benefício da dúvida. ( A coisa passava como um infeliz e ingénuo percalço  …).
O certo é que o homem andou quatro anos a “prostituir-se” politicamente à direita, vergado ao “charme” do “socialismo neo-liberal”  (e autocrático).
E é esse comportamento imoral e dissoluto de “Madalena arrependida” -, que muitos, suponho, irão castigar, sem piedade, no último domingo do mês..
O homem teve todo o tempo do mundo para fazer marcha-atrás na “reforma estapafúrdia e delirante” que tentou fazer no Ensino. Mas não o fez. Preferiu vestir-se de “herói” e “ampará-la” com todo o zelo.
Achou, porventura, que milhares de pessoas unidas contra uma reforma “idiota” defendida apenas por “três”, não passava de  uma “ brisa vinda de leste” ( soprada pelo PCP), que depressa esvaneceria. Julgou que a quantidade numérica de professores insatisfeitos era inversamente proporcional à razão de um hipotético “interesse geral”. E foi esticando a corda a ver se partia do lado daqueles.
Vesgo e obstinado, persistiu na cegueira e no erro. Até que…
Até que a corda lhe rebentou à beira dos punhos… E eis que sente “na pele” o efeito perverso da teimosia.
“Arrependido” (!), caiu de joelhos perante os “esconjurados” de outrora. Pedindo perdão pelos  erros.
Mas será que alguém lhe vai perdoar?
A minha índole cristã até (lhe) perdoaria. Mas o catecismo ensinou-me que o perdão é  um poder só de Deus ou dos sacerdotes. (E como não sou Deus, nem sacerdote…).
“Dos arrependidos está o Inferno cheio” – lá diz o ditado. Sócrates está “publicamente” arrependido. ( Embora, em privado, possa não estar…)
Mas  não desejo que Sócrates se vá “queimar no Inferno”.
Prefiro vê-lo  “queimar-se” ( ou “ser queimado”…) no lume brando da oposição.

domingo, 20 de setembro de 2009

Razões para votar PSD 3



José Sócrates ao longo de quatro anos e meio foi aquilo que os comentadores afirmavam ser um animal (político) feroz.
Desancava nos professores, nos médicos, nos juízes, nos funcionários públicos, nos jornalistas, nas oposições, enfim em tudo quanto era instituições e classes profissionais.
Descobriu na noite das eleições para o Parlamento Europeu que afinal se tinha equivocado e que tinha posto em causa a renovação do seu mandato.
Daí, com o apoio dos seus assessores de imagem, virou "mosca morta", conforme foi apelidado, e passou a ser delicado, compreensivo, atencioso, moderado no tom de voz, deixou de gesticular, enfim mudou de personagem.
Assim, ou estamos perante um caso psiquiátrico de dupla personalidade ou apenas se nos apresenta uma nova versão cosmética da mesma pessoa.
Em ambos os casos, situações que não recomendam a sua eleição para primeiro-ministro.
Por outro lado, Manuela Ferreira Leite tem cara de poucos amigos, não fala bem, tem opiniões; às vezes pouco consensuais, mas é ela mesmo.
Tem personalidade, assume-se tal como é, diz o que pensa, sem cuidar de saber se é o que eleitoralmente mais interessa afirmar.
Sócrates é o produto da imagem fabricada, do oportunismo, do "camaleão" que se adapta, desde que isso sirva os seus interesses e os do seu partido.
Manuela Ferreira Leite é o rosto de uma pessoa séria, profissional, responsável, que está para servir, do modo que entende que é o melhor para Portugal.
Entre estas duas alternativas, como não escolher a segunda?
O que está em causa é o futuro de Portugal, o futuro dos nossos filhos.
Não é a manutenção de um primeiro-ministro que ao fim do seu mandato, de poder absoluto, entende que errou, mas que nada corrige e ainda apresenta, para o futuro, a continuidade da mesma política.
Não é a hegemonia do PS, só pelos interesses que isso representa.
É altura de escolher a pensar no futuro.
Sócrates é já passado, mesmo que eventualmente ainda fique mais algum tempo no governo.
Por isso, entendo que há fortes razões para votar PSD, no próximo domingo.

O vendedor de farturas 2

Acabei de chegar a Cabeceiras e verifiquei que a roulote das farturas mudou de lugar, deixando agora à vista o cartaz de Manuela Ferreira Leite.
Curioso como ninguém tinha dado pelo problema, mas poucas horas depois da chamada de atenção nos blogues, eis que a situação foi corrigida.
Anda bem que, às vezes, os actos de cidadania resultam.

Educação - não vamos desistir!


Muito se tem falado de Educação ao longo dos últimos meses.
Principalmente pelo ataque que o governo de Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues fizeram aos professores.
Em Portugal, seguiu-se o caminho do conflito com os profissionais da educação, o facilitismo para com os alunos, a pretensão de satisfazer os interesses dos pais e encarregados de educação.
Aqui ao nosso lado, em Espanha, as diferentes comunidades educativas têm vindo a fazer um trabalho articulado, entre os poderes públicos e as organizações profissionais de professores, no sentido de valorizarem e dignificarem o papel dos docentes.
Já tinha aludido a esta questão, aquando do Encontro Hispano-Luso, realizado em Salamanca, e promovido pela ANPE e ANP.
Agora, a Comunidade de Madrid prepara-se para aprovar uma lei para a dignificação dos professores. (ver post de Telmo Bértolo, in Partilha do Saber)
E para quem tanto fala do exemplo de Obama, como não compartilhar do sentido do seu magnífico discurso, dirigido aos alunos, no primeiro dia de aulas do novo ano escolar. (ver post de Telmo Bértolo, in Partilha do Saber)
Tudo quanto fez, faz e pretende fazer José Sócrates, no campo da Educação, nada tem a ver com estes dois exemplos.
Como poderemos nós rever-nos nas suas políticas educativas.
Quão diferentes são os posicionamentos em Lisboa, Madrid e Washington.
E depois nós, professores, é que estamos errados?!
Só que esta não apenas uma questão de professores.
É uma questão de alunos, da sociedade, do país.
Obama refere: "Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir."
No próximo domingo, temos a oportunidade para demonstrar que não desistimos.

sábado, 19 de setembro de 2009

O vendedor de farturas...


Foto de Marco Gomes, in Remisso

Marco Gomes, no seu blogue "Remisso", editou hoje um post sobre a dualidade de critérios, da Câmara Municipal, para a ocupação de espaço público por duas roulotes de farturas.
Tem toda a razão!
Mas, eu suponho que tem uma outra mensagem subliminar: Sócrates, agora em época de feira de S. Miguel, vendedor de farturas.
São estas as nossas democracia e igualdade de oportunidades consagradas na Constituição.

As festas estão aí!



Entramos hoje em período de festas de S. Miguel, antecipadas pelo fim-de-semana.
O programa das festas é este ano mais cheio e aparentemente mais rico.
Já me disseram que era por causa de haver dois fins-de-semana e um deles prolongado pelo feriado.
Creio que ninguém acredita seriamente nisso.
Há uma outra razão mais evidente!
Também verifiquei que, neste ano, o centro de animação voltou a ser o parque do Mosteiro.
Porquê?
Afinal, tinha razão quem criticou o facto de o ano passado terem sido transferidas algumas das actividades para o centro hípico. 
Bem não querem dar o braço a torcer, mas acabam sempre por fazer mais tarde o que devia ser feito e depois de teimar no erro.
Faria bem um pouco de humildade e de aceitação da opinião dos outros.
Mas que as festas sejam um sucesso.
Cabeceiras e principalmente os agentes económicos locais bem precisam de algo que lhes dê ânimo.
Bom S. Miguel!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Obstrução visual



Todos nós sabemos que em período de campanha eleitoral há muitas regras que são subvertidas.
O respeito pelas regras urbanísticas e de preservação do ambiente, é omitido.
Em alguns sítios mais do que em outros.
No nosso concelho, o PS resolveu invadir tudo quanto é sítio com enormes cartazes.
É um gastar de dinheiro escusado, já que, como diz Luís Filipe Menezes, os cartazes não dão votos.
Mas acredito que o candidato do PS se goste de ver em todos os cantos do concelho, assegurando assim uma presença mais próxima dos cabeceirenses, de modo a que estes o não esqueçam, já que não será candidato para as próximas eleições.
É óbvio que ninguém o esquecerá. Uns por uma razão, outros por outra.
Mas não era necessário atravancar a rotunda do Pinheiro com três desses cartazes e obstruir completamente o monumento (pequeno e mal conservado) que se encontra no interior da mesma.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Águas Santas de Currais


Coloquei aqui um post, no dia 30 de Agosto, sobre a inauguração das obras de beneficiação da área de lazer de Águas Santas de Currais, em Pedraça.
Na altura prometi trazer algumas fotos do renovado espaço.
Aqui estão elas.



Razões para votar PSD 2



A segunda razão que tenho para votar PSD é por uma questão profissional.
O PS, há quatro anos atrás, andou a apregoar que não mexia no Estatuto da Carreira Docente - ECD, limitando-se a regulamentar os aspectos em falta da anterior versão.
Assisti, num encontro de professores, o actual Secretário de Estado António Braga a afiançar esta orientação política.
Contudo, chegados ao governo e com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, passou-se simplesmente ao ataque a uma classe profissional, meramente como pretexto para poder alterar o ECD penalizando-os de forma inadmissível.
Poucos foram, no PS, os que se mantiveram fieis às promessas feitas.
MLR afirmou "perdi os professores mas ganhei a opinião pública".
Claro que, estes anos volvidos, verifica-se que não ganhou a opinião pública e criou a maior crise da educação em Portugal, com resultados negativos que se vão repercutir ao longo de muitos anos.
Esta situação é de si tão evidente, que todos os partidos fizeram um pacto de contestação às medidas de Sócrates / MLR.
O próprio Sócrates já veio reconhecer que errou, que não souberam explicar as coisas, que devia ter havia maior delicadeza no tratamento destes assuntos e até que num novo governo haveria novos ministros, logo demitiu publicamente a sua querida ministra.
Ora assim sendo, como podem os professores votar PS?
Só por masoquismo.
E o mesmo acontece com outras classes profissionais, idênticas vítimas de uma política de dividir para reinar, uma política de destruição da dignidade profissional, que muito contribuiu para degradar a qualidade da nossa democracia.
Pelo que resta votar no PSD para permitir haver uma real alternativa a um governo de Sócrates.
Em linguagem futebolística, não podemos beneficiar o infractor. Tem de ser marcado penalti e dar um cartão vermelho ao infractor.

16 de Setembro

Ontem foi um dia especial para mim.
Por isso, andei afastado do mundo virtual.
Mesmo assim, tive um dia muito cheio, mas muito feliz.
Mais logo, voltarei!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Razões para votar PSD 1

Com a campanha eleitoral em marcha, as posições individuais são assumidas.
Como já sabem sou militante do PSD.
No entanto votar, nesta ocasião, em Manuela Ferreira Leite não é apenas o mero voto militante.
Há várias razões, que enumerarei ao longo dos próximos dias.
Hoje apresento a primeira: a credibilidade.
Como podemos querer para primeiro-ministro uma pessoa que é reconhecida por todos, indistintamente da origem partidária, como mentirosa?
Atributo que lhe adveio do facto de ter feito exactamente o contrário de tudo aquilo que prometeu há quatro anos. Prometeu emprego, deu desemprego, prometeu não subir os impostos, fez o contrário e até criou novas taxas, prometeu melhor educação e criou a maior guerra de que há memória nas escolas.
Como podemos aceitar eleger quem está debaixo de fogo em múltiplas situações não cabalmente esclarecidas (Feeport, Cova da Beira, projectos na Câmara da Covilhã, percurso académico, caso TVI).
Ora, entre Sócrates e Ferreira Leite não há comparação possível neste domínio.
Ela tem um percurso académico, profissional, político de uma muito maior credibilidade.
Todos nós podemos ter melhor ou pior impressão pessoal e política dela. Já teve, enquanto ministra, várias medidas que não foram bem aceites, mas em nenhuma delas esteve em causa a credibilidade pessoal ou política.
Assim sendo, fica a ganhar neste domínio. Por isso merece o meu voto e o meu apoio público.

Início do novo ano lectivo

Para a generalidade dos alunos do nosso concelho, começou hoje o ano lectivo.
Um ano que se inicia com algumas dificuldades.
A EB 2 e 3 de Refojos está transformada num enorme estaleiro de obras, sendo os alunos acantonados em contentores.
Estas condições, mesmo que necessárias e justificadas, não deixam de ser um condicionalismo importante.
Por outro lado, a mudança da EB1 e do Jardim de Infância de Refojos para o novo edifício, agora designado Centro Educativo Dr. Joaquim Santos, causa a toda a comunidade educativa alguma instabilidade, enquanto não se der a inevitável adaptação.
Na restante rede escolar, aparentemente não há elementos novos que causem problemas.
Isto não quer dizer que não hajam situações a merecer atenção.
Uma delas tem a ver com os planos de contigência da Gripe A (H1N1).
As recomendações dos serviços de saúde, adoptadas pelo Ministério da Educação, não estão a ser respeitadas nas escolas básicas do 1.º ciclo e nos jardins-de-infância.
Nestes escolas a responsabilidade pela criação das condições de higiene e segurança é da autarquia, que até ao momento nada fez de palpável ao nível dos estabelecimentos de ensino.
Uma das condições para o funcionamento das escolas é que estejam dotadas de meios adequados à lavagem das mãos e que tenham toalhas de papel. Ora nada disto está feito.
Se se cumprissem as normas previstas, nenhuma das escolas tinha aberto as portas.
Mas os professores (essas pestes que povoam as escolas, na versão do governo socialista de Sócrates e Lurdes Rodrigues) mais uma vez passam por cima disso e vão permitindo que o ano lectivo se inicie na data prevista.
Esperemos é que a dita gripe não apareça por aí, porque senão a sua disseminação será exponencial.
E assim vamos começando...

Exposição Biográfica do Dr. Joaquim Santos

Com pedido de divulgação, deixo um comentário enviado:




Luigi Nuno disse...




Se for possível, dentro da informação que se presta neste blog, pedia ajuda na divulgação da Exposição Biográfica do Pe. Dr. Joaquim Santos que abrirá amanhã na Casa da Cultura de Cabeceiras de Basto. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Coligação PSD/CDS promete “lutar com coragem”




"CABECEIRAS DE BASTO (PRESSPOINT) – A candidatura da coligação PSD/CDS à Câmara de Cabeceiras de Basto prometeu “lutar com coragem e determinação” para “libertar o concelho” da “asfixia democrática em que se encontra há 14 anos, por força do poder absoluto dos socialistas”. Na apresentação pública dos candidatos aos órgãos autárquicos do concelho, foram sucessivas as denúncias de “pressões ilícitas” sobre cabeceirenses que se viram “coibidos de poder aceitar o convite para trabalhar pelo desenvolvimento das suas terras”.
Perante mais de três centenas de apoiantes, segundo um comunicado da candidatura, o cabeça-de-lista da coligação “Pela Nossa Terra”, Luís Miguel Gonçalves, defendeu um conjunto de projectos e propostas para “promover a qualidade de vida dos cidadãos”, num concelho “de todos e para todos”. Contou mesmo com o incentivo do líder da lista de candidatos a deputados pelo distrito de Braga, Deus Pinheiro, que defendeu a necessidade de o poder político ser exercido “com transparência e rigor, eliminando o desperdício, em favor das populações e para que o jovens não tenham o futuro hipotecado”.
Na apresentação pública, que teve lugar em Santa Senhorinha, Luís Miguel Gonçalves mostrou-se confiante em poder lutar pela conquista da autarquia, “porque Cabeceiras merece uma alternativa e precisa de esperança no futuro”. “Aqui estou, de corpo e alma, por inteiro. Cabeceiras assistiu ao meu nascimento e ao meu desenvolvimento. É aqui que resido. Não é aqui que trabalho, infelizmente. Mas é aqui que está o meu coração”, declarou o cabeça-de-lista cabeceirense."
Citando PRESSPOINT, de psoares

domingo, 13 de setembro de 2009

Apresentação de candidatos

A "Coligação Pela Nossa Terra" apresentou hoje publicamente os seus candidatos às eleições autárquicas, do próximo dia 11 de Outubro.
As listas, na sua generalidade já as divulguei aquando da sua apresentação oficial no Tribunal.
O acto público contou com a presença dos cabeças de lista do PSD às eleições legislativas, Dr. João de Deus Pinheiro e Dr. Miguel Macedo, e ainda do deputado Jorge Pereira.
O presidente da distrital do PSD, Virgílio Costa, desta vez sempre conseguiu disponibilidade para se deslocar à nossa terra, sem ser para confraternizar com o seu amigo...
Hoje estive presente enquanto militante do PSD, mas não pude assistir aos discursos, onde por certo, foram apresentadas as linhas do programa eleitoral.
Está assim dado o pontapé de saída para a campanha eleitoral autárquica em Cabeceiras de Basto.

Asfixia do desenvolvimento



"O Lado Lunar do Desenvolvimento" é o título de um post do blogue "O Mal Maior" de Vítor Pimenta, que aborda um assunto que já analisei num post no dia 29 de Julho.
O desenvolvimento de Cabeceiras tem sido negativo, conforme o estudo apresentado revela.
Afinal, parece que os críticos locais têm razão na leitura que fazem da situação de falta de desenvolvimento económico e social do nosso concelho.
Vítor Pimenta toca na ferida e põem em causa os fundamentos da estratégia e linha programática desenvolvida ao longo dos já longos dezasseis anos de poder socialista, quando refere:
"Há também a cultura generalizada de que os Paços do Concelho são a origem e a solução dos problemas, agravando-se o sentimento controleiro e de triagem pessoalizada em tudo o que é vida económica e empresarial do concelho. Isto asfixia a livre iniciativa e entorpece qualquer investimento e avanço sociológico, pelo factor psicológico per si."
Nem é preciso dizer mais nada!
Apenas que as medidas, que propõe, têm muito de positivo.
Só que são blasfémias para o poder instituído...

sábado, 12 de setembro de 2009

Sócrates vs Manuela



Enfim, hoje foi o grande debate.
Pela primeira vez, Sócrates confrontou e foi confrontado com Manuela Ferreira Leite.
Havia grande expectativa sobre a capacidade de resposta de MFL, já que todos nós conhecemos a capacidade argumentativa de José Sócrates.
O debate acabou por ser vivo, interessante e muito taco-a-taco.
Cada um dos intervenientes defendeu aguerridamente as suas posições e propostas, trocando, de vez em quando, alguns ataques.
MFL foi, como sempre tem sido, fiel a si própria. Defendeu o que entende melhor, sem rodeios e de forma clara.
Sócrates enumerou, como é hábito, o rol das suas medidas realizadas e procurou desvalorizar a adversária através das possíveis contradições dela entre o passado e o presente.
No fim, ambos estavam satisfeitos.
Ambos tinham cumprido o seu papel, para satisfazer os seus eleitorados.
Falta saber como o eleitorado indeciso acolhe estas prestações.
Um primeiro resultado, deu-nos a SIC a partir de uma votação telefónica, na qual participaram cerca de trinta mil telespectadores, em que 53% deram a vitória a MFL.
As sondagens dão um empate técnico.
Dia 27, teremos o resultado.

Na comunicação social o que parece é


O jornalista Mário Crespo, na sua crónica semanal do JN, publicou este texto na edição da passada segunda-feira, dia 7 de Setembro.
Dada a sua importância, tomo a liberdade de o publicar.


Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates.
35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.
No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.
Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de "O Gordo" que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.
Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, "não quer saber" do seu conteúdo e o Procurador-geral "está farto do Freeport até aos olhos".
Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.
É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.
A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.
O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.
Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.
Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.
O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.
É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates.
É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve
Concordo sem reservas!!!!!!!

Uma beleza!


Há uma dança impressionante, chamada de "As Mil Mãos-Guanyin".
Considerando a grande coordenação que é necessária, a sua realização não deixa de ser surpreendente, mais ainda porque todas as bailarinas são surdas. Sim, é verdade. Todas as 21 bailarinas são completamente surdo-mudas.
Baseando-se sòmente nos sinais dos formadores nas quatro esquinas do cenário, estas extraordinárias bailarinas oferecem um grande espectáculo visual. O seu primeiro grande "début" internacional foi em Atenas na cerimónia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de 2004, mas tem estado desde há muito tempo no repertório da "Chinese Disabled People's Performing Art" e já viajou a mais de 40 países.
A sua primeira bailarina, Tai Lihua, tem 29 anos de idade e possui um BA pelo Instituto de Belas Artes de Hubei. O vídeo foi gravado em Pequim durante o Festival da Primavera deste ano.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sondagens - Portas vs Louçã



O dia de hoje ficou mais marcado politicamente pela publicação de sondagens do que pelo debate entre Portas e Louçã.
As duas sondagens publicadas apresentam valores que indicam um empate técnico, com o PS ligeiramente à frente (1 ou 2 %). 
Nestes resultados, confirma-se o decréscimo do PS e ganho generalizado das restantes forças políticas.
São resultados muito importantes para o PSD, que pretende chegar ao primeiro lugar, no início da campanha eleitoral.
Ambas as sondagens parecem arrumar a questão da maioria absoluta. 
A quinze dias das eleições são resultados que motivam o empenhamento de todas as forças políticas.
Na televisão, vimos outra vez um activo Paulo Portas a demarcar-se bem do programa do BE, de Louçã.
Mas não passou de mais um debate em que cada um disparou para cada lado do eleitorado. Portas à direita e Louçã à esquerda.
Amanhã, será aquele que se espera como o debate decisivo. 
Sócrates, finalmente, irá debater com Manuela Ferreira Leite.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Portas marca Manuela

O debate de hoje ficou marcado pelo cerco que Paulo Portas fez a Manuela Ferreira Leite.
Sabendo-se que esta não tem verbo fácil, Portas esteve todo o debate em forte intervenção.
As questões mais mediáticas e populistas foram repetidas vezes sem conta: segurança, desemprego, rendimento social de inserção, apoios sociais, ...
Manuela F. Leite desafiou-o a apresentar as contas das medidas enunciadas e de onde saía o dinheiro para as pagar. Por outro lado, assegurou que não promete o que não sabe que pode fazer, mas garante que não sobe os impostos, que cessa o pagamento por conta e desce o IRC.
Quando entrou no capítulo do défice democrático, desvalorizou a questão.
No entanto, neste debate, Paulo Portas esteve mais incisivo e teve uma prestação mais viva, o que lhe confere vantagem.

Até que enfim!

Após cerca de seis anos, a Santa Casa da Misericórdia de S. Miguel de Refojos de Basto viu aprovado o seu projecto para a reconversão do antigo Hospital Dr. Júlio Henriques, em Unidade de Cuidados Continuados.
A referida unidade terá 31 camas e será complementada por diversos outros serviços de saúde.
Parece que é desta que a obra vai arrancar.
Para bem dos Cabeceirenses!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ferreira Leite vs Jerónimo de Sousa

Hoje não pude ver o debate.
Por isso, não posso fazer o habitual comentário.
Se entretanto o conseguir ver, talvez faça ainda um post.

Défice democrático

O dia de ontem ficou marcado pelos comentários sobre a visita de Ferreira Leite à Madeira, de Alberto João Jardim.
Não quero ser acusado de só criticar o PS.
É óbvio que não me revejo em muitas das atitudes de AJJ.
Bem sei que tem comportamentos pessoais e políticos reprováveis.
No entanto, há duas coisas que lhe dão crédito:
1- Sendo o mais antigo dirigente político em exercício de funções, nunca foi acusado de exercer o poder em benefício próprio. Coisa que muitos dos dirigentes continentais não podem aduzir.
2- A Madeira pode consumir um orçamento recheado, mas as obras, os benefícios para as populações, a qualidade de vida no arquipélago, estão muito acima daquilo a que estamos habituados pelos nossos lados. Não é por acaso que a esmagadora maioria dos madeirenses apoia AJJ. As verbas são gastas em obras, não em negociatas.
Claro que estes argumentos não são válidos só por si.
A necessidade de cumprir as leis e respeitar as regras democráticas estão para além dos votos.
Mas em política é assim um pouco por todo o lado.
Sócrates não visita outros locais (concelhos ou países) onde há também acusações de défice democrático?
E nesses casos também não fica calado ou até fica satisfeito pelo apoio recebido?
Ou como entender que Jaime Gama, insuspeito socialista, tenha visitado a Madeira, enquanto Presidente da Assembleia da República, e não tenha poupado elogios a AJJ?
Reconheço que todo o poder procura exercer um controlo excessivo.
Nesses casos poder-se-á afirmar que há défice democrático.
Na Madeira, como em qualquer outro local.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sócrates vs Louçã

Hoje decorreu um dos debates mais esperados desta pré-campanha eleitoral.
Sócrates esteve frente-a-frente com o adversário que mais mexe no eleitorado do PS, Francisco Louçã.
Louçã iniciou o debate ao ataque. Na economia criticou os negócios com a Mota-Engil, de Jorge Coelho, e os da GALP.
Por seu lado, Sócrates repetiu à exaustão que no dia das eleições só um de dois candidatos pode ser eleito primeiro-ministro: ele próprio ou Ferreira Leite, acusando assim o BE de fazer o jogo da direita.
Louçã acusou Sócrates de governar só para a propaganda, dando o exemplo da inauguração de um centro de saúde, donde as camas foram levantadas após a cerimónia (caso que não é único, já tinha acontecido com o computador Magalhães numa escola).
Sócrates contra-atacou com a acusação que se nota, no programa do BE, um certo extremismo, nomeadamente na proposta de anulação dos benefícios fiscais, sendo que Louçã teve dificuldade em sustentar a proposta.
A parte final do debate serviu para Sócrates "arrear" em Ferreira Leite.
Louçã não demonstrou a agilidade argumentativa de outras ocasiões. Será que já está a abrir a porta para um entendimento?