sábado, 30 de maio de 2009

Ter tudo e não ter nada...

Num destes dias recordei em conversa com os meus filhos aquela situação de uma pastora que ganhou algumasdezenas de milher de euros no euromilhões e que as gastou na compra de um Mercedes, que era o seu sonho.
O meu filho concluiu de imediato que tinha tudo (o que desejava) e final não tinha nada, já que continuava a fazer a vida de todos os dias, continuava a andar no seu velhinho Opel, e afinal o novo carro só servia para estar na garagem ou para uma viagem mais afoita.
Encontrei paralelismo neste episódio e na construção da nova variante.
Também ao nosso concelho saíu um jackpot de qautro milhões e meio de contos. Sim, quatro milhões e meio de contos, vinte e dois milhões e qinhentos mil euros.
Que se fez com eles? Uma variante!
Variante feita, o nosso concelho ficou mais rico?
Diminuiu o desemprego?
Melhoraram as condições de saúde?
Criaram-se condições para melhorar o ensino e a educação?
Aumentou o apoio social aos mais desprotegidos?
Cinco questões essenciais para o bem-estar e o desenvolvimento do concelho.
Um milhão de contos em cada uma destas áreas faria seguramente de Cabeceiras um concelho mais rico e propiciava condições de desenvolvimento futuro.
No entanto, como a pastora, continuamos a pastorear... só o fazemos mais rápido (para aqueles que usem aquela via).
Podíamos ter tudo, mas ficámos sem nada ou com muito pouco!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Manifestação de Professores

Amanhã, dia 30 de Maio, realizar-se-á mais uma manifestação de Professores, procurando dar mostra da insatisfação que reina na classe.
Para além da insatisfação de uma classe, está o profundo mal-estar que reina nas Escolas, que vivem sucessivas reformas, sem que delas resultem melhorias na qualidade do ensino, melhores aprendizagens, melhor convivência entre os difererentes agentes envolvidos.
Reformar não é mudar sem medir as consequências.
Reformar é alterar o que está mal, para colocar bem.
Reformar é aceitar e enquadrar as participações de todos.
O que se passa na Educação em Portugal é uma má "revolução" que quebra os alicerces da Escola pública.
Por isso, amanhã é um dia de luta por uma melhor Educação.
Já agora deixo aqui a posdição da ANP sobre esta questão.
http://www.anprofessores.pt/portal/user/documentos/E_NECESSARIO_MUDAR_EDUCACAO_28_MAIO_09.pdf

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Enfim, renunciou

Ontem o Dr. Dias Loureiro renunciou finalmente ao seu lugar no Conselho de Estado.
Como muitos neste país, entendi, desde a primeira hora, que esta deveria ser a atitude a tomar.
Em primeiro lugar, para honrar a confiança que nele foi depositada pelo Sr. Presidente da República.
Em segundo, porque sempre entendi que quem exerce cargos públicos não só tem de ser sério, como parecê-lo.
Ora o Dr. Dias Loureiro esteve e está apenas sob suspeita. 
Não foi pronunciado, nem foi acusado de qualquer crime. 
Os motivos pelos quais está nas bocas do mundo são do domínio privado (gestão de um banco privado), não obstante ter reflexos na sociedade e nos poderes públicos.
Nem por isso e não obstante a presunção de inocência, devia ter pedido, de imediato, a renúncia ao cargo.
Porém não é o único que o devia fazer.
No Conselho de Estado tem assento, por inerência das funções de Primeiro-Ministro, quem está também debaixo de vários processos de suspeição.
Suspeição essa decorrente de actos praticados no exercício de funções públicas e governativas, o que se torna muito mais grave.
Se um grande número de portugueses pediam a renúncia do Dr. Dias Loureiro, como entender que o não façam para com o "Eng.º" José Sócrates?
Como não ter idêntica posição sobre o caso do Procurador Lopes da Mota?
Será que as regras deontológicas e da ética republicana só se aplicam a alguns?
Bem diz o ditado "à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecê-lo".
Neste nosso cantinho, isso não parece...

Dados confirmam

Depois de ter editado o post sobre o desemprego, li no JN de hoje uma peça com os dados sobre a evolução do desemprego no mês de Abril, no distrito de Braga.
Em todos os concelhos aumentou o desemprego, e em muitos deles de forma desmesurada.
Aqui fica o registo.


Pensamentos...

"Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano.                    Só porque existem algumas gotas de água suja nele, 
não quer dizer que ele esteja sujo por completo. "
 Mahatma Gandhi 

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Desemprego vai aumentando

Todos os dias o primeiro-ministro José Sócrates inunda os nossos ouvidos com medidas de combate à crise.
Na maior parte dos casos acenando com milhões de euros de investimento (sem que saibamos de onde vêm, a não ser dos nossos próprios bolsos e das gerações futuras, nem para onde vão) e da promessa de milhares de empregos.
Contudo, volvidos que são já vários meses de crise e de medidas anunciadas, as taxas de desemprego não param de aumentar, atingindo já o patamar dos 8%, o que corresponde a perto de meio milhão de desempregados.
Só este facto contribui de forma excessiva para a estagnação da economia, para o agravar das situações de miséria e de acréscimo de dificuldades.
O que me preocupa é exactamente o alastrar da miséria, dos problemas pessoais, familiares e sociais, sem que alguém assuma um verdadeiro plano de combate às consequências da crise.
O povo votou PS há quatro anos na procura de uma sociedade mais desenvolvida, mais rica e socialista, mas volvidos estes anos encontramo-nos numa sociedade mais pobre, menos desenvolvida, menos solidária e onde os mais pobres são cada vez mais pobres e os mais ricos são cada vez mais ricos.
Não é este o "socialismo" que pretendemos.
Pela minha parte nem tão pouco quero o "socialismo".
Quero justiça social, quero solidariedade, quero humanismo.
Mais do que tudo, exige-se responsabilidade e dignidade, valores tão afastados que estão da nossa governação.
Aproximam-se ocasiões em que nós poderemos fazer novas escolhas.

Pensamentos...



"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam

o mal acontecer."

( Albert Einstein )


terça-feira, 26 de maio de 2009

Balanço insuspeito de um ano lectivo

in: jornal Público, dia 24 de Maio de 2009

António Barreto faz o balanço do ano lectivo, com a frontalidade que lhe conhecemos.A exigir reflexão de todos, a começar pelos pais e encarregados de educação, para evitar que no futuro continue esta política de "faz-de-conta" que muda, que melhora, mas que na prática só piora.Vêm aí ocasiões para que os portugueses acabem com esta prática política.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Enfim inaugurada...




A desiganda variante de ligação à A7, desde o nó da auto-estrada no Arco de Baúlhe a Lameiros, foi ontem inaugurada.
Segundo o Diário Digital / Lusa, disponibilizado no Sapo (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=390025) : 

"Variante que liga A7 a Cabeceiras foi aberta ao trânsito

A variante que liga a auto-estrada A7, em Arco de Baúlhe, a Cabeceiras de Basto, hoje aberta ao trânsito, traz vantagens para o ambiente e a circulação automóvel e para as fábricas sediadas nos parques industriais, disse o presidente do Município.

O autarca Joaquim Barreto, do PS, adiantou hoje à Lusa que a nova via, com quatro quilómetros, retira o trânsito do centro da vila de Arco de Baúlhe, com vantagens para a segurança, já que os veículos passavam, anteriormente, junto a uma escola com crianças.

Melhora, ainda, o ambiente e o comércio local - a nível de emissão de gases e ruído -, e, ao terminar nos parques industriais de Olela e Lameiras, «incrementa as condições de competitividade das empresas locais».

A estrada foi hoje inaugurada, junto ao nó de Basto da A7, pelo secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos.

O acto incluiu a celebração de um protocolo entre a Câmara Municipal e o Instituto de Estradas de Portugal, que prevê os moldes de construção do restante troço de via até à vila de Cabeceiras de Basto, com recurso a fundos comunitários.

Joaquim Barreto acentuou que a variante encurta a distância entre a sede do concelho e a auto-estrada, mas benefícios para as populações da zona Norte do concelho e para algumas zonas vizinhas em Celorico de Basto e em Montalegre.

A Estradas de Portugal (EP) investiu nesta infra-estrutura cerca de 22 milhões de euros, tendo a velocidade-base adoptada sido de 80 quilómetros por hora.

A variante integra um viaduto com 850 metros e várias passagens desniveladas."

Comentário:

Há muito que não se via um tão pobre texto para apregoar uma obra do regime.
Como se compreende que a inauguração da obra mais cara realizada no concelho, mais de vinte milhões de euros, cerca de cinco milhões de contos, ocorra numa cerimónia praticamente incógnita, abrilhantada apenas por um Secretário de Estado Adjunto (leia-se de 4.ª divisão), quando ainda recentemente a inauguração do Centro de Emprego (obra de menor vulto) foi realizada pelo respectivo Ministro, que aliás foi homenagedo e a quem foi atribuído o título de Cidadão Honorário de Cabeceiras de Basto e concedida a Medalha de Ouro do Concelho?
O que se nos está a esconder?
Será que às reivindicações feitas não há respostas positivas?
Está-se a perder peso político ou os socialistas já estão fartos das exigências locais?
À espera de  novos capítulos...

domingo, 24 de maio de 2009

A água mais cara!





















Já todos nós sabíamos que a água que consumimos tinha um preço elevado.
Na edição deste fim-de-semana do semanário Expresso, que se anexa, ficámos a saber que é a mais cara da região de Basto e está incluída no segundo escalão mais caro a nível nacional.
Se somarmos o facto de, algumas vezes ao ano, ficarmos sem água sem qualquer aviso prévio e termos dúvidas quanto à sua qualidade, o panorama não é muito agradável.
Curiosamente os concelhos limitrofes do nosso, com excepção de Montalegre e Boticas, também eles têm valores mais baixos do que os nossos.
Porque será que nos havia de tocar a fava?

Campeões!!!!


Hoje permitam-me uma mensagem pessoal.
Os Juvenis da A. D. Fafe sagraram-se campeões distritais de Braga.
Depois de vencerem a sua série, disputaram hoje o acesso ao Nacional com o Gil Vicente.
No prolongamento, marcaram o golo da vitória, que valeu a subida ao Nacional e o título regional.
Nesta equipa figuram dois atletas cabeceirenses: Domingos Fernandes e Mário Leite (filho, entenda-se). 
Depois de há dois anos terem sido campeões distritais no escalão de Iniciados, repetem agora no escalão seguinte.
Parabéns a todos os atletas, treinadores, massagista e directores que ao longo da época fizeram por merecer este resultado!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O nosso património...


Visitei no passado fim-de-semana algumas terras beirãs.
Registei com agrado o trabalho de preservação do património local: 

castelos, casas, percursos, trajes, produtos locais, ...
Não esquecem os seus filhos mais queridos e numa pequena povoação, Póvoa da Atalaia - Fundão, lá criaram uma sala / exposição e um espaço aberto dedicados à obra de Eugénio de Andrade, que aí nasceu.
Pena que nem todos pensem e façam do mesmo modo.

Acredite se quiser

Notícias surpreendentes lá de fora: o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, propôs hoje (19/12/08) a demissão de todo o Governo, na sequência de acusações de alegadas (alegadas, imagine-se!) pressões sobre a justiça. Leterme nega qualquer pressão sobre o poder judiciário e apenas admite ter feito "contactos"; Michael Martin, presidente da Câmara dos Comuns, anunciou hoje (19/05/09) a demissão, após acusações de alegadamente (alegadamente, pasme-se) ter consentido alegados (só alegados) abusos nas despesas de representação de alguns deputados; dois membros da Câmara dos Lordes foram hoje (20/05/09) suspensos (suspensos, a democracia inglesa está maluca!) por alegadamente (outra vez só alegadamente) terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei.

Nenhum deles foi, pasme-se de novo, condenado por sentença transitada em julgado, e mesmo assim, pasme-se ainda mais, tiraram consequências políticas de alegações fundamentadas que os visavam. Então e aquela coisa da "presunção de inocência"? As democracias belga e inglesa têm que comer muita papa Maizena para chegarem aos calcanhares da nossa...

Texto de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 21 de Maio de 2009


Comentários para quê?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cães vadios - Pista de aeronaves - Eleições Europeias

Cães vadios

O centro da vila de Refojos de Basto tem-se tornado no “canil” de vários cães vadios.

Para além de registar a irresponsabilidade dos seus donos, há que chamar a atenção das autoridades competentes para assegurar a segurança pública.

Alguns destes animais já morderam alguns transeuntes, causando-lhes preocupações e prejuízos vários.

Por outro lado, os animais devem ter um tratamento adequado.

O que será necessário acontecer para que se tomem medidas?

Pista de Aeronaves

Está em fase de conclusão as terraplanagens da Pista de Aeronaves de Cabeceiras de Basto, na Serra da Cabreira, na freguesia de Abadim.

É um investimento avultado, que tem vindo a ser feito ao longo de já longos anos, sem que se conheçam orçamentos, estudos de impacto ambiental, planos de engenharia aeronáutica, e estudos de viabilidade, que assegurem a sua rentabilidade.

Para já, os cabeceirenses, todos nós, vamos vendo o delapidar do meio natural, inserido em área natural, e pagando a factura (que aliás desconhecemos).

As “Europeias” estão aí

No próximo dia 7 de Junho, os portugueses são chamados a escolher os seus deputados para o Parlamento Europeu.

É altura de cada um de nós delegarmos o nosso “poder democrático” num conjunto de representantes que, durante cinco anos, irão determinar as políticas europeias com reflexo, cada vez mais nítido, nas nossas vidas quotidianas.

Espero que, nestas eleições, o eleitorado comece a punir um poder autoritário e sectário em que o PS, de José Socrates, transformou a governação e as relações políticas, sociais e profissionais.

Nessa perspectiva, espero que o PSD consiga uma vitória eleitoral.

No entanto, não é motivo para deixar de registar o facto de só agora os dirigentes do PSD (quer sejam os locais, os distritais ou os nacionais) se lembrarem dos cabeceirenses e dos seus militantes locais.

O PSD tem vivido entre o silêncio local, a abusiva interferência distrital e a instabilidade nacional, esquecendo-se do essencial, neste caso, os cabeceirenses.

Por isso, nesta fase parece que será difícil fazer campanha eleitoral e apelar ao voto, mas vamos a isso. É por Portugal e pelos portugueses.


Publicado na edição de Maio de 2009

Tribunal - Obras - Desemprego

Tribunal

 

A continuidade do Tribunal em Cabeceiras de Basto foi um processo complexo que, desde 2006, congregou a vontade e o empenho das forças políticas e dos agentes judiciários locais.

Entretanto, o novo edifício foi construído e nesta semana entrou em funcionamento.

É uma boa obra e com inegável interesse para o concelho.

Depois de muito tempo em precárias condições, eis que o Tribunal da Comarca passa a deter condições dignas, o que se louva.

Como diz o ditado “não há mal que nunca acabe”.

 

Obras

 

Por falar em obras, o nosso concelho tem passado ao longo dos últimos anos pela realização de várias obras públicas.

Está em vias de conclusão, talvez espere apenas a inauguração, a nova ligação à A7, entre o Arco de Baúlhe e a Cal, em Basto (Santa Senhorinha).

Como cabeceirense fico satisfeito por ver a concretização de investimentos na nossa terra.

No entanto, não é pelas obras realizadas que o nosso concelho tem resistido melhor à crise e particularmente ao desemprego.

 

Desemprego

 

Torna-se urgente reflectir sobre a realidade local do desemprego.

No último ano, a taxa de desemprego subiu e reflecte com maior intensidade a crise que se vive um pouco por toda a parte.

O nosso concelho está a desertificar-se, já que não havendo condições de trabalho local, há que as procurar noutras paragens.

Assim, aos poucos, temos vindo a empobrecer, a emigrar, a perder “massa crítica”.

A par do desemprego, outros indicadores devem merecer atenção.

Estamos mais ricos? Há melhores condições de saúde? Subimos nos rankings da educação? Há mais apoios sociais? Tem-se desenvolvido harmoniosamente e de forma sustentável o concelho?

A sociedade civil não pode alhear-se destes problemas.

É o futuro dos nossos filhos que está em causa.

Alguém questionava num grupo de amigos: os nossos pais deram-nos condições para que nós tivéssemos um futuro melhor do que o deles e conseguiram; nós estamos certos que vamos deixar um futuro melhor aos nossos filhos?


Publicado na edição de Março de 2009

Silêncios

Manuela Ferreira Leite instituiu aquilo que hoje se designa de “política do silêncio”. Contudo há diferentes silêncios.

Silêncio 1 – A moda pegou no PSD e de Lisboa disseminou-se à maioria das distritais e secções concelhias do partido. Não se ouvem as vozes regionais e locais. A líder “fala” sozinha e normalmente os que falam é para dizer mal dela. Por cá, depois de ser derrubada uma direcção local conhecida (nas estruturas distritais) por “falar demais”, depois de um ano de ausência de protagonistas, eis que uma nova gestão chegou, mas há dois meses que se mantém em silêncio. Nada há a criticar, nada há a sugerir, nada!…

Silêncio 2 – A oposição, em Cabeceiras, era tida como irreverente, até porque também pontificava a CDU e a voz incómoda do seu líder local. Agora, no mais ensurdecedor silêncio. Será que o PSD tinha razão quando, em tempos, criticou um certo aproximar de posições com o poder? Silêncio que precisa de ser quebrado.

Silêncio 3 – O mesmo acontece com a Rádio Voz de Basto. Hoje um órgão de comunicação social que não tem qualquer papel activo na discussão dos problemas do concelho, da região e do país. Não numa perspectiva político-partidária, mas numa função cívica que o seu estatuto de órgão de comunicação social exige.

Silêncio 4 – O silêncio percorre também o partido do poder. Não que estejam calados. Bem pelo contrário! Aliás, até têm uma política de oposição à oposição (mesmo que digam que ela não é digna de registo). Porém, falam de tudo quanto não é essencial: casamentos gays, eutanásia, aborto. São questões “fracturantes de esquerda”, para encobrir o silêncio (e a falta de medidas concretas) que fazem sobre os verdadeiros problemas do país: o desemprego, a miséria social (para onde está a ser arrastada uma parte considerável da dita classe média), a violência, a insegurança, a falta de cuidados de saúde, a falta de políticas sociais, … Pela nossa terra, sentimos também estes e outros problemas. Sentimos também o silêncio e a falta de respostas.

Silêncio quebrado – A Assembleia de Freguesia do Arco de Baúlhe quebrou o silêncio do unanimismo e tomou posição dissonante sobre a construção da barragem de Fridão, no Tâmega. Não me pronuncio sobre a essência da questão, mas é bom ver que ainda há quem não se cale e se acomode, pelos nossos lados. 

Publicado na edição de Fevereiro de 2009

BOM ANO!?

No início de mais um ano, repetem-se as mensagens de Bom Ano, de felicidades e de prosperidades.

Ao começar 2009, estes votos fundam-se mais na esperança, do que na convicção de que assim venha a ser.

Os mais destacados economistas e fazedores de opinião vão alertando para as graves dificuldades que nos esperam.

O Sr. Presidente da República, na sua mensagem de Ano Novo, veio chamar a atenção para as dificuldades que vão surgir, nomeadamente com o desemprego, no pequeno comércio e na agricultura.

Aqui, na nossa terra, predomina o pequeno comércio e a agricultura, e o desemprego já é dos mais elevados do distrito.

E com o badalar do novo ano, somos ainda brindados com o aumento desenfreado dos preços ao consumidor de um conjunto alargado de bens, muitos deles de primeira necessidade, como é o caso da água, da luz, do pão e dos transportes.

Aliás o que dizer do custo das portagens, do nó de Basto e Ribeira de Pena, inseridos numa das regiões mais pobres de Portugal e da Europa, agora mais uma vez aumentado?!

Não admira as sérias preocupações que conscientemente teremos de ter.

Não se compreende, porém, que os poderes instituídos (da governação, da oposição e da sociedade civil) façam um pacto de silêncio sobre o estado de (falta de ) desenvolvimento local, dos problemas que enfrentamos e na procura de soluções.

Por isto, bem precisamos que 2009 seja bem melhor do que se prevê. 


Publicado na edição de Janeiro de 2009

Saudar a Vida e a Amizade

Realizou-se, no dia 9 de Dezembro, uma festa que visou homenagear o Sr. Mário Campilho, por ocasião da celebração do seu 80.º aniversário.

Foi, como disse o Dr. Marques Mendes, “uma realização invulgar” para homenagear um Cabeceirense “invulgar”.

Foi a ocasião de saudar a Vida e a Amizade. De reiterar a consideração que muitos cabeceirenses (e de muitos outros locais do distrito), de todas as condições sociais, económicas e culturais, nutrem por quem ao longo de uma vida se dedicou a muitas causas e granjeou inúmeras amizades.

Como isto é digno e belo, num tempo em que prolifera o individualismo, o despotismo, o culto do poder.

Como foi bom ver reunida uma significativa representação da sociedade cabeceirense que não esquece um Homem que sempre soube dedicar-se à sua terra, às suas gentes e às suas instituições.

Como foi ensurdecedor o silêncio, durante a intervenção de um dos oradores, que expressou o sonho de viver numa sociedade mais fraterna, mais solidária, mais participativa, mais justa, e nos incentivou a sonhar também.

Todos nós sonhamos com um futuro melhor.

Nesta época natalícia, sonhamos com um novo ano mais próspero, com um futuro mais risonho.

Só o conseguiremos se juntos pensarmos primeiro na nossa Terra e nas suas gentes.

Votos de Boas Festas e de um Bom Ano de 2009!

Até ao ano.

_______________________________  

*Declaração de interesses

 

Ao longo de muitos anos tive, a nível local, uma acção cívica e política, que implicou uma exposição pública constante. Por razões de ordem vária, há cerca de um ano, entendi fazer umas “férias”.

Não hipotequei contudo a minha liberdade de expressão, nem o direito de participação social, cultural ou política.

Agora que fui desafiado para uma nova colaboração, quero, em respeito pelos leitores e pelos meus princípios democráticos, estabelecer a declaração de interesses que podem condicionar as minhas opiniões.

Sou professor e desempenho funções directivas na Associação Nacional de Professores – ANP; sou militante de base do PSD e dirigente distrital dos Trabalhadores Social Democratas – TSD; sou sócio de inúmeras instituições do concelho, nas quais não detenho qualquer cargo executivo; sou um Cabeceirense que preza a liberdade, a democracia e a participação cívica.

Por isso, aceitei voltar a partilhar as minhas opiniões, mas não demando que com elas concordem. 


Publicado na edição de Dezembro de 2008

Abertura

Este é "o blogue do Professor" que resulta da participação no jornal "O Basto", com uma coluna mensal com esta designação.
Aqui vão ficando os sucessivos trabalhos publicados, mas também aqui incluirei outros que, por motivos diversos, não possam ser publicados na edição do jornal.
Será assim um espaço de opinião social, económica, política, que espero contribua para a dinamização da participação cívica dos Cabeceirenses.
Desde já disponibilizo este espaço para publicar outras opiniões, mesmo que delas discorde, porque entendo que é na pluralidade da opinião que se enriquece o debate. Por isso, participem com comentários, com textos, imagens, enfim façam também deste espaço um espaço democrático, livre, pluralista e participado.
Reservo apenas o direito de publicação, para evitar eventuais abusos com os quais, de todo, não posso pactuar.