terça-feira, 5 de março de 2013

Dividir ou unir?


Os últimos tempos têm sido conturbados para os lados do PS.
António José Seguro lançou-se numa campanha desenfreada contra o Governo, na ânsia de o derrubar e já previa eleições, para as quais até reclamava a maioria ao eleitorado.
No entanto, no delírio desse cenário, apareceu António Costa a desafiar a sua liderança e a mostrar publicamente as profundas divergências e divisões no seio do PS.
À boa maneira socialista, rapidamente os sinos tocaram a rebate e, de reunião em reunião, promoveram uma solução de consenso, que deixaram um líder mais enfraquecido e uma oposição interna mais desacreditada.
Enquanto isso, o país precisa de políticas ativas para a saída da crise, sendo que o PS se alheia desse processo, já que mais uma vez tem de olhar primeiro para dentro de si mesmo, para a preparação do seu congresso e para a eleição dos seus dirigentes.
É assim, infelizmente a política à portuguesa, primeiro o partido, depois o país.
Hoje no PS, como antes no PSD.

As guerras no interior do PS não são só a nível nacional.
Também um pouco por todos os lados, aparecem divergências em torno das candidaturas autárquicas.
Em vários concelhos surgem divisões profundas no seio do PS (Braga, Matosinhos, Fafe, Vizela, Santo Tirso, de entre muitos outros).
Umas que se resolvem, com maior ou menor entendimento, mas em muitos deles parece acontecer um cenário novo de duas candidaturas socialistas, uma a oficial, outra a dos dissidentes.
Em Cabeceiras parece ser essa também a situação.
Oficialmente o partido apresenta a candidatura de China Pereira, enquanto as bases descontentes do PS mobilizam-se para promover a candidatura de Jorge Machado.

Conforme já referi anteriormente, o PSD e o CDS/PP (salvo duas exceções desde 1979) sempre se uniram para apresentar uma candidatura abrangente, que alargue o leque da representatividade da sociedade cabeceirense, com a inclusão de personalidades não enquadradas partidariamente, mas que assumem um programa de mudança, um projeto novo e alternativo para Cabeceiras, em prol dos Cabeceirenses.
Enquanto o PS se divide e gere os seus problemas internos, a coligação Cabeceiras + Futuro assume como central responder a cinco objetivos essenciais para os Cabeceirenses: criar mais emprego, promover mais solidariedade e mais saúde, gerar mais desenvolvimento e fomentar mais cidadania.
O desenvolvimento da nossa terra e o bem-estar dos Cabeceirenses só será possível não no seio da divisão, mas na procura da união, da união de esforços, da união de vontades, na união de um projeto que ponha Cabeceiras acima dos interesses individuais ou partidários.
Porque é nisso que acredito, é que me envolvo e assumi liderar esse projeto.

Texto publicado na edição de Fevereiro de "O Basto"