Os últimos tempos têm
sido conturbados para os lados do PS.
António José Seguro lançou-se
numa campanha desenfreada contra o Governo, na ânsia de o derrubar e já previa
eleições, para as quais até reclamava a maioria ao eleitorado.
No entanto, no
delírio desse cenário, apareceu António Costa a desafiar a sua liderança e a
mostrar publicamente as profundas divergências e divisões no seio do PS.
À boa maneira
socialista, rapidamente os sinos tocaram a rebate e, de reunião em reunião,
promoveram uma solução de consenso, que deixaram um líder mais enfraquecido e
uma oposição interna mais desacreditada.
Enquanto isso, o país
precisa de políticas ativas para a saída da crise, sendo que o PS se alheia
desse processo, já que mais uma vez tem de olhar primeiro para dentro de si
mesmo, para a preparação do seu congresso e para a eleição dos seus dirigentes.
É assim, infelizmente
a política à portuguesa, primeiro o partido, depois o país.
Hoje no PS, como
antes no PSD.
As guerras no
interior do PS não são só a nível nacional.
Também um pouco por
todos os lados, aparecem divergências em torno das candidaturas autárquicas.
Em vários concelhos
surgem divisões profundas no seio do PS (Braga, Matosinhos, Fafe, Vizela, Santo
Tirso, de entre muitos outros).
Umas que se resolvem,
com maior ou menor entendimento, mas em muitos deles parece acontecer um
cenário novo de duas candidaturas socialistas, uma a oficial, outra a dos
dissidentes.
Em Cabeceiras parece
ser essa também a situação.
Oficialmente o
partido apresenta a candidatura de China Pereira, enquanto as bases
descontentes do PS mobilizam-se para promover a candidatura de Jorge Machado.
Conforme já referi
anteriormente, o PSD e o CDS/PP (salvo duas exceções desde 1979) sempre se
uniram para apresentar uma candidatura abrangente, que alargue o leque da
representatividade da sociedade cabeceirense, com a inclusão de personalidades
não enquadradas partidariamente, mas que assumem um programa de mudança, um
projeto novo e alternativo para Cabeceiras, em prol dos Cabeceirenses.
Enquanto o PS se
divide e gere os seus problemas internos, a coligação Cabeceiras + Futuro
assume como central responder a cinco objetivos essenciais para os
Cabeceirenses: criar mais emprego, promover mais solidariedade e mais saúde,
gerar mais desenvolvimento e fomentar mais cidadania.
O desenvolvimento da
nossa terra e o bem-estar dos Cabeceirenses só será possível não no seio da
divisão, mas na procura da união, da união de esforços, da união de vontades,
na união de um projeto que ponha Cabeceiras acima dos interesses individuais ou
partidários.
Porque é nisso que acredito, é que me envolvo e assumi liderar esse
projeto.
Texto publicado na edição de Fevereiro de "O Basto"