quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cúpulas


Cúpulas de monumentos russos.
Admiráveis!

IRRA!!!!!!!!


Irra!!!
Onde pára a oposição?!
Nos últimos dias a questão dos mega-agrupamentos de escolas esteve na ordem do dia.
Em Cabeceiras não foi excepção.
Depois de o Ministério da Educação ter anunciado a intenção de fundir os agrupamentos de escolas com as escolas secundárias, mesmo não sendo o caso em Cabeceiras, por concordância da Câmara Municipal, foi dada indicação para a fusão do Agrupamento de Escolas do Arco com o de Refojos.
Uma enormidade...
No entanto, durante estes dias nem uma palavra se ouviu da oposição.
Que os responsáveis autárquicos não reajam publicamente a esta questão é normal.
Há muito que desejavam o controlo do agrupamento do Arco. Recorde-se o que aconteceu nas últimas eleições para Presidente do Conselho Executivo, há anos.
Mas que a oposição não tenha nada a dizer é que me custa.
Será que as populações atingidas (Arco, Faia, Basto, Cavez, Pedraça, Vilar de Cunhas, Gondiães) e os profissionais dos estabelecimentos daquelas áreas não merecem uma palavra de solidariedade?
Estão à espera de quê?
Que venha ainda alguém do poder dizer que resolveu a questão?
Irra, isto já chateia!!!!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Segurança rodoviária 2


Mais um exemplo de confusão rodoviária...
Há cada uma?!
Só gostava de saber como conduzir naquele emaranhado de motos...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Desemprego aumenta


Tenho dedicado bastantes post's à questão do desemprego, já que o considero o maior flagelo para um trabalhador, nos dias de hoje.
Quem tem emprego contribui para a riqueza nacional, mas assegura também a sua própria riqueza e independência: um salário.
Quando perde o emprego fica numa situação de vida precária, sem rendimentos e agora sem esperança de voltar ao mundo do trabalho. Um drama!
No nosso concelho, os índices de desemprego não cessam de aumentar.
Segundo os dados de Maio e publicitados pelo Correio do Minho, "os desempregados registados pelo IEFP subiram nos concelhos de Cabeceiras de Basto, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Vila Verde".
Ainda recentemente, um periódico local, fazia uma vasta abordagem sobre as medidas de combate ao desemprego no concelho, que a autarquia já vem desenvolvendo há tempos.
Das duas uma ou as medidas são poucas ou são erradas, já que os dados registados vêm mostrando um sucessivo aumento do desemprego.
Aliás, já Vítor Pimenta, num post do seu blog, anotou a necessidade de se conhecerem os resultados de um projecto de desenvolvimento empresarial.
Tenho para mim, é minha opinião, que não há medidas de combate ao desemprego. O que há é mecanismos de apoio à economia, aos investidores.
Não há desenvolvimento económico num clima de instabilidade, de falta de confiança no mercado.
E cá pelos nossos lados não há políticas estáveis, uma linha de orientação definida e assumida, a não ser a de uma forte intervenção municipal em todas as áreas de actuação.
Parafraseando, novamente, Vítor Pimenta, "por outro lado, a Câmara Municipal é actualmente a maior entidade empregadora do concelho, com gastos absurdos com pessoal que em nada resolvem a notável burocracia e a confusão de alguns serviços e dos licenciamentos. Há também a cultura generalizada de que os Paços do Concelho são a origem e a solução dos problemas, agravando-se o sentimento controleiro e de triagem pessoalizada em tudo o que é vida económica e empresarial do concelho. Isto asfixia a livre iniciativa e entorpece qualquer investimento e avanço sociológico, pelo factor psicológico per si.
Neste sentido, é preciso bem mais e melhor do que se tem feito para modificar estes resultados. E isso, como se pode constatar, não passa por mais estradas, edifícios ou a contratação avulsa de gente, mas sim por um progressivo esvaziamento do peso da Câmara Municipal na vida socioeconómica e cultural cabeceirense e uma mudança do paradigma de actuação."
Aqui está o verdadeiro motivo do nosso esvaziamento económico e social.
Ali radicam o desemprego, a emigração, a desestruturação familiar, o abandono dos lugares serranos, a perda de empresas.
Se a tudo isto se juntar uma profunda crise económica internacional, temos um situação complicadíssima.
Razão pela qual lhe dedico particular atenção.

Segurança rodoviária 1


E ainda falam em segurança rodoviária?!
Aqui nem há acidentes.
Como não sei!!!!

domingo, 27 de junho de 2010

A morte de Saramago


Morreu Saramago e ainda ecoam comentários sobre o seu funeral.
Melhor seria que se falasse da obra e da pessoa de Saramago.
Mas os portugueses têm a mania de falar do acessório.
Que interesse tem se o Presidente da República foi ou não ao seu funeral?
Todos sabemos que se tivesse estado presente, os mesmos que hoje o criticam estariam também a verberar a sua presença.
Por isso, o que verdadeiramente se torna importante é reflectir sobre os contributos que Saramago deu a Portugal e à sua Língua.
Não sou um apreciador do escritor e muito menos do seu posicionamento filosófico e político.
Mas não deixo de lhe reconhecer méritos como escritor e coerência intelectual.
Já não direi o mesmo quanto a algumas das suas atitudes.
Como entender os ataques que fez a Portugal, quando por cá os dirigentes políticos não o apreciavam e disso deram nota?
Como entender o seu exílio voluntário em Espanha, como acto de hostilidade para com a sua Pátria?
Mas quando teve problemas com o fisco espanhol, lá voltou a Portugal...
Mal-grado todas estas questões, Saramago é um símbolo nacional da nossa literatura.
Como tal tem um lugar na nossa História.

sábado, 26 de junho de 2010

Começaram as obras!

Enfim, as obras no antigo Hospital Dr. Júlio Henriques, da Santa Casa da Misericórdia, começaram.
Parece que finalmente foram ultrapassadas as enormes dificuldades criadas ao longo de meia dúzia de anos, e, finalmente, podemos recomeçar a pensar no "nosso" Hospital.
Certo de que terá no futuro um contexto diferente, será uma Unidade de Cuidados Continuados - UCC, de média e longa duração, e a que lhe ficarão acoplados outros serviços médicos a definir.
É, no entanto, de realçar as potencialidades de que disporá e colocará ao serviço dos cabeceirenses.
Pena é que já não esteja em funcionamento, porque tudo quanto foi apresentado como alternativa e motivo para o indeferimento das obras se traduz num enorme vazio, nada de coisa nenhuma.
Perderam-se anos, não se aproveitaram os recursos financeiros então disponibilizados, durante este tempo os cabeceirenses não puderam beneficiar de um serviço a que tinham direito, deixou de se criar postos de trabalho (mas pelos vistos não são precisos, já existem um número de medidas tomadas para combater o desemprego...), foi riqueza que se perdeu.
A principal, a saúde dos cabeceirenses e o seu bem-estar, que é o essencial quando somos confrontados com a doença ou a fase terminal de vida.
Tudo isto foi negado aos cabeceirenses durante estes anos.
Quem neste período precisou deles tem um crédito, ainda mais elevado, de legítima indignação.
Faço votos que as obras decorram dentro dos prazos estabelecidos e possamos daqui a dois anos já ter todos os serviços em funcionamento.

A música da ondulação

Órgão do Mar, Zadar, Croácia...

Situado na costa de Zadar, uma cidade da Croácia, encontramos o Órgão do
Mar, degraus cravados em rochas que têm no interior um interessante sistema
de tubos que, quando empurradas pelos movimentos do mar, forçam o ar e,
dependendo do tamanho e velocidade da onda, criam notas musicais, sons
aleatórios.
Criado em 2005 ganhou o prémio europeu para espaços públicos (European Prize
for Urban Public Space). O Órgão do Mar recebe turistas de várias partes do
mundo, que vêm escutar uma música original que dá muita paz. O lugar também
é conhecido por oferecer um belo pôr-do-sol, o que agrada ainda mais às
pessoas que visitam a localidade.
Zadar é uma bela cidade do litoral da Croácia e foi duramente castigada
durante a 2ª Guerra Mundial. A criação do Órgão é também uma iniciativa para
devolver um pouco do que o lugar perdeu com tanta destruição e sofrimento.
Veja a estrutura interna das 'escadas'. O detalhe das cordas e notas
musicais, que somadas à energia das ondas, criam sons.
As lacunas no concreto servem para o Órgão 'respirar' e também para levar os
sons criados nas tubulações.

Vamos ouvi-lo?

Aproveitem a música da ondulação do mar!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Involução

De trapalhada em trapalhada

Governo anda de trapalhada em trapalhada a promover a instabilidade nas escolasEmídio Guerreiro defendeu mais estabilidade, mais diálogo e mais exigência nas escolas portuguesas.
O social-democrata considera que a “estabilidade é um bem precioso na política educativa”. Numa Declaração Política sobre Educação, proferida, quarta-feira, o social-democrata assegurou que “todos reconhecemos que um dos problemas mais graves do nosso sistema de ensino prende-se com as constantes mudanças legislativas, com as permanentes oscilações políticas e com a frenética produção normativa”.Na opinião do deputado a “educação é o desafio central do nosso país. O futuro vence-se combatendo a baixa qualificação dos portugueses. Não compreender isto, não promover políticas neste sentido, é continuar a comprometer as próximas gerações. Qualificar não é certificar. Não é promovendo facilitismos que qualificamos os portugueses. Não é um “mero diploma” que nos torna mais competentes, mais qualificados, mais capazes. O percurso que nos leva ao diploma é que é determinante. As nossas escolas têm de ensinar mais e melhor”. “Os jovens no final do seu percurso educativo têm de saber fazer mais e melhor e acreditar que a aprendizagem se prolongará ao longo de toda a vida. Este princípio básico, verdadeiramente nuclear, não é percebido pelo Partido Socialista, como, de resto, o recente exemplo das passagens quase administrativas do 8º para o 10º ano bem evidencia”, acrescentou o parlamentar.Relativamente ao encerramento das escolas com menos de 21 alunos, Emídio Guerreiro mostrou-se surpreso porque “num belo dia, o País acordou com o anúncio de que o Governo iria fechar 900 escolas com menos de 21 alunos. 500 agora e 400 para o ano. Tudo nos era apresentado com grande naturalidade. Tudo parecia ter sido programado com as autarquias e com as famílias”. Contudo, acrescenta o deputado “tudo foi feito à revelia das autarquias e nas costas das famílias. Mais, a decisão nem sequer foi articulada com as escolas. A planificação do próximo ano escolar já estava concluída e não teve em conta estes encerramentos.”O coordenador do PSD na Comissão de Educação questionou se os Mega-Agrupamentos serão a solução para os desafios da escola portuguesa, se “é criando unidades de gestão com n escolas e milhares e milhares de alunos que resolvemos os constrangimentos das nossas escolas”. O social-democrata afirmou que esta não é a solução e criticou a forma como foi decidido, ignorando as Cartas Educativas, os Directores de escolas, os Conselhos Gerais das escolas, os pais e as autarquias. “Não é assim que resolvemos os problemas que existem nas nossas escolas. Não é assim que respondemos à necessidade absoluta de vencer o desafio da qualificação. Não é assim que promovemos uma escola de qualidade mais exigente e rigorosa. Não é assim que criamos confiança nos parceiros decisivos como são as autarquias e os pais”.Ao contrário do que seria recomendado, “o Governo anda de trapalhada em trapalhada a promover de novo uma grande instabilidade nas escolas, e enquanto anda neste pobre registo não faz o que deve, não promove a autonomia das escolas, não cria as condições para que as escolas possam ser o motor da mudança, não promove a alteração curricular que se impõe para que as escolas qualifiquem melhor os nossos jovens, não potencia um clima escolar onde o mérito e o trabalho sejam valores essenciais transmitidos aos estudantes”.Emídio Guerreiro concluiu a sua intervenção frisando que “não é disto que Portugal precisa. Não é isto que os Portugueses querem”. “Por detrás de cada um desses números que estão nas estatísticas oficiais, manipuladas pelo facilitismo do governo, está um jovem que será um adulto amanhã e que tem de vencer os desafios de um mundo cada vez mais exigente. Já se perdeu tempo demais com questões acessórias, é tempo de fazer o que ainda não foi feito”, rematou.In: Newsletter do PSD
Comentário Tem toda a razão. O que se passa no Ministério da Educação é inqualificável.Mas também não se compreende como certas Escolas, pais e encarregados de educação e autarquias se posicionam quanto a esta situação.Nas escolas, os professores estão limitados à sua função profissional, o que não invalida a tomada de posição quanto à forma como se organizam as escolas e são geridas. É a sua profissão que está em jogo. Mas como muitas vezes estes assuntos são descurados, só se acorda quando nos tocam ainda mais de perto.Os pais e encarregados de educação o que pretendem é que os seus filhos estejam ocupados ao longo do dia. Como? Desde que não haja "problemas" e no final do ano passem (têm de passar...), está tudo em perfeita ordem. Em que condições, com que aprendizagens, ... isso já não interessa.Como entender a subserviência das autarquias, enquanto órgãos autónomos, aos ditames administrativos do Ministério da Educação?Como se compreende que se aceite a violação dos estudos e documentos aprovados nos órgãos autárquicos sem que haja uma reanálise da situação e novas deliberações? Das duas uma, ou esses órgãos não servem para nada e então está na altura de serem extintos, ou há subserviências políticas que se têm de repudiar e condenar.A Educação não pode andar ao sabor dos ventos e das conveniências do momento ou de proximidade.A Educação é um desígnio nacional que deve assegurar a todas as crianças e jovens o direito inalienável à Educação. Nesse sentido, só através de um pacto de regime se poderá encontrar e manter a estabilidade do sector. Assim foi nos idos de oitenta, quando se discutiu e aprovou a Lei de Bases do Sistema Educativo. Nessa altura outros eram os protagonistas, pelo que foi possível aprovar essa Lei com maior consenso. Só que nos últimos anos, alguém cheio de inteligência e sensatez, resolveu pôr tudo em causa. Os nossos jovens e o País em geral vão pagar uma factura incomensurável por estas medidas irresponsáveis e inconsequentes.Mas também se torna imperioso que o PSD diga claramente o que fará quando for governo. Não basta dizer que está mal, o que todos já há muito viram que está mal. É preciso ter soluções e apresentá-las.



quinta-feira, 24 de junho de 2010

Matemática maravilhosa...

S. João

Ontem foi noitada de S. João, pelo que não andei por aqui.
A cidade de Braga registava uma enchente. Até parece que a crise ainda cá não chegou.
Por um lado ainda bem...
Os festejos de S. João caracterizam-se pelas sardinhadas e pimentos assados, os manjericos, o alho porro. As marchas e uma noitada de múltiplas farras.
Ao longo dos últimos anos, uma nova tradição: os martelinhos.
Porém, este ano, as vuvuzelas e as gaitas invadiram os festejos.
Barulho, muito barulho...
Bem sei que estamos no Mundial de futebol, que as vuvuzelas são a sua imagem de marca, mas não havia necessidade de fazer das festas um enorme estádio.
De resto, a tradição manteve-se...

terça-feira, 22 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A sociedade é assim

Azulejo explicativo!!!!

Em crise

Em crise

Quando chegam os ventos de uma crise, seja ela qual for, os mais desprotegidos são aqueles que mais sofrem.

Sempre assim foi e é natural que assim seja.

É assim com as pessoas, como o é com as organizações e os países.

Quando nos Estados Unidos da América começaram a surgir os primeiros problemas financeiros, a Europa começou a temer o pior. Como habitualmente…

A crise instalou-se na Europa. Era suposto que os países mais pequenos e mais susceptíveis da abertura dos mercados tomassem de imediato medidas para anteciparem os seus efeitos devastadores.

Mas não. A Grécia, a Espanha e Portugal continuaram alegremente a resvalar no plano inclinado de um défice galopante, de um endividamento desmesurado, de um consumismo injustificado.

Em vez de falarem verdade aos seus cidadãos, de assumirem um estado de emergência, em vez de pensarem em poupar, de tomar medidas de contenção, os governos destes países continuaram a alhear-se da realidade.

Em poucos meses, estes países viram disparar o desemprego e um conjunto de restrições que os mercados impuseram, mesmo a quem sempre os negou.

Diz o ditado que quem não tem dinheiro não tem vícios.

Ora, nós, portugueses, passámos os últimos quinze anos a gastar o que não tínhamos, a gastar por conta, a aumentar a dívida externa.

Agora, não temos quem nos empreste, ou melhor para nos emprestarem temos de pagar muito mais caro. Neste caso, como se costuma dizer, sai mais cara a salsa que o peixe.

Assim sendo, ficamos com a mão no ar, mas deixou de aí cair nem que seja uma pequena esmola.

É certo que a crise é um fenómeno global. Todos os países são atingidos. Só que uns mais do que outros. Como sempre, os mais pobres e carecidos são os mais atingidos. São os que mais devem, são os que mais gastam, são os que mais sofrem.

E muitos de nós portugueses sofrem mesmo muito!

Acabou a época

Terminou a época desportiva. Os clubes de futebol da nossa terra tiveram uma época pouco favorável. O Atlético Cabeceirense arrastou-se, durante toda a época, acumulando derrotas e dezenas de golos sofridos. O Desportivo do Arco ainda almejou a subida de divisão, mas claudicou nas últimas jornadas. Alvite, Cavez e S. Nicolau fizeram campeonato modesto, mas dentro daquilo que são, também, as suas expectativas.

O que não se compreende é o que se passa com o Atlético Cabeceirense. Mesmo sendo apoiado financeiramente pela Câmara Municipal, apresenta dificuldades financeiras e viu-se obrigado a jogar com jogadores da casa, nomeadamente juniores.

Parece estarem a colher os frutos de uma política desportiva que teve outras cambiantes ao longo dos últimos anos.

A Contacto, em futsal, depois de fazer uma primeira volta de luxo e terem assegurado a manutenção, que era o objectivo, desleixou-se e perdeu muitos pontos.

Aprende-se a jogar e a ganhar, mas também se aprende a perder…

Publicado na edição de Junho de "O Basto"


domingo, 20 de junho de 2010

O ministério anti-professor


O ministério da educação já não existe na realidade. Os pedagogos da 5 de Outubro só existem no mundo do humor. E, no meio deste humor involuntário, lá vão destruindo a figura do "professor".


I. Nas últimas semanas, o humor do ministério da educação começou no grau de exigência das provas de final de ano. Numa prova do 6.º ano, os alunos foram confrontados com este desafio brutal: ordenar palavras por ordem alfabética. Repito: a prova era para o 6.º ano. Uma prova de matemática, também do 6.º ano, tinha perguntas complicadas como esta: "quantos são 5 + 2?". Tal como disse a sociedade portuguesa de matemática, 14 perguntas deste teste de aferição do 6.º ano poderiam ter sido respondidas por alunos da primária. Em nome das suas estatísticas, os pedagogos da 5 de Outubro estão a destruir qualquer noção de empenho e rigor. Isto até seria cómico, se não fosse realmente grave.

II. Há dias, o humor chegou à própria arquitectura das escolas. Um génio da "Parque Escolar" decidiu que a sala de aula já não pode ser o centro da escola, porque isso representa o passado, porque isso representa um ensino centrado, imaginem, no professor. A "Parque Escolar" quer "uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo projectos". (EU ATÉ CONCORDO COM ISTO, DESDE QUE Alguém expliQUE) à "Parque Escolar" que uma escola não é um campo de férias. Alguém tem de explicar à "Parque Escolar" que o centro da escola é mesmo o professor. O aluno está na escola para aprender (É, ALIÁS, A SUA PROFISSÃO E O FUTURO DE PORTUGAL DEPENDERÁ DESTES ALUNOS).

III. Já agora, aproveitando esta onda de humor involuntário produzida pela pedagogia pós-moderna, eu queria deixar uma proposta à "Parque Escolar" e ao ministério: que tal acabar de vez com o professor? Que tal substituir o professor porbabysitters? Porque nesta escola "moderna" os professores são isso mesmo:babysitters. Uma salva de palmas para a 5 de Outubro.

Expresso - 10-06-2010

De Riga

Edifício de arquitectura árabe
As praças estão ocupadas por múltiplas esplanadas
Fachada de edifício recuperado segundo o estilo "arte nova"

Edifício no centro da cidade (de dia e à noite)
Anoitecer (22H53)


Como o prometido é devido, aqui ficam algumas fotos de Riga (Letónia).

sábado, 19 de junho de 2010

Terras de Barroso ou de Basto?


Noutros tempos, a Vila de Salto, do concelho de Montalegre, esteve para ser integrada no concelho de Cabeceiras de Basto.
Assim era a vontade das suas gentes.
Em meados do século passado, a freguesia de Salto foi até uma das mais caridosas para o cortejo de apoio à construção do Hospital Dr. Júlio Henriques, na vila de Refojos de Basto.
Ficam aqui registos encontrados em: lllustração Portugueza, empresa do Jornal O Século, ed. com.; Chaves, José Joubert, ed. lit., N.º 559 pag.7 de 6 de Novembro de 1916


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Exemplo positivo


Os Encontros de Educação que se realizaram em Montalegre tiveram lugar no Multiusos daquela vila.
Um equipamento moderno, bem planeado, com múltiplas valências e espaços adequados.
Um excelente auditório.
Quão diferente do edifício multiusos do nosso concelho e da dispersão de locais entre os diferentes centros de interesse.
Lá denota-se planeamento, visão integrada, aplicação criteriosa de recursos.
Por cá, denota-se gestão à vista, flutuação de critérios.
Resultado, independentemente dos avultados investimentos e de sucessivas obras públicas, continuamos com um concelho sem infraestruturas básicas fundamentais: um centro de exposições e um auditório / sala de espectáculos (usa-se o pavilhão gimnodesportivo ou os fundos do mercado - multiusos, que não reúnem as condições adequadas para qualquer dos fins em causa).
E como não fomos capazes de gerir os recursos existentes em época de "vacas gordas", como será em época de "vacas magras"?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Riga, uma cidade a rejuvenescer


Hoje tive o prazer de visitar a cidade de Riga.
Riga é a capital da Letónia, uma jovem república, que obteve a independência depois de longos anos sob o antigo regime do poder soviético.
Esta cidade tem ainda particularidades desse tempo, nomeadamente o rigor e a falta de ostentação que geralmente surgem a ocidente.
No entanto, nas zonas novas e de reconstrução verifica-se já uma assinalável mudança.
Aliás, mesmo na zona mais central, predomina a designada "arte nova", dando à cidade um ar de modernidade e de inovação.
A cidade é limpa e asseada, não há demasiado trânsito, mas o parque automóvel é de elevada qualidade.
As praças estão cheias de bares e há grande animação nas ruas.
O jantar foi servido num restaurante típico, no Lido Recreation Centre, um mega empreendimento de recreação, animação e restauração.
Na culinária sobressai o salmão e demais peixes salgados ou fumados. Mas também as carnes.
Uma diversidade enorme que aguça o apetite (mas quem precisa disso?) e o gosto por experimentar uma forma diferente de cozinhar.
Uma agradável experiência depois de um dia de trabalhos intensos.
As questões da mobilidade dos recursos humanos dos profissionais de saúde na União Europeia mereceram alargado debate. Os problemas das migrações entre estados começam a originar desequilíbrios quer nos países de acolhimento, quer nos países de origem. E o que se passa com os profissionais da saúde é idêntico ao que ocorre com outros profissionais como sejam os professores, engenheiros, ... Todos quantos têm uma qualificação superior. Todos eles entram num amplo mercado de oferta e procura, com tudo o que acarreta de oportunidades de progressão, mas também de incerteza e de instabilidade social, económica e cultural.
Enfim, uma nova abordagem do problema, para o qual a Comunidade Europeia já aprovou recentemente uma proposta no sentido do estabelecimento de um código de ética, para os serviços públicos, no âmbito da contratação de profissionais de outros estados.
Questões que merecem nos centros de decisão europeus novas abordagens, enquanto nós vamos continuando com os folhetins socratianos.
As fotos, agora já são muitas, ficarão para mais tarde...

EN 311


Por ocasião da minha deslocação a Montalegre, pude verificar o estado lastimável em que se encontra a EN 311, entre a vila de Refojos de Basto e Lodeiro de Arque.
Aliás, colega amigo doutras paragens, também me fez referência ao estado da estrada.
Uma estrada que devia ter sido devidamente reparada há alguns anos, mas que desde o fim das respectiva obras sempre deu origem às mais variadas críticas e queixas.
O piso apresenta graves problemas.
A sinalização é deficiente (salvaguardando é certo a sua destruição ao longo dos tempos...).
Em muitos locais fazem falta rails de protecção.
As valetas ou não existem ou estão ocultadas por lamas e vegetação.
Enfim, uma estrada que devia ser estruturante, logo de elevada qualidade, mas que mais parece um caminho rural.
Razão pela qual seria normal que se apurassem responsabilidades.
Porque estes resultados só podem decorrer de uma atitude de incompetência ou de má-fé.
Uma ou outra sujeita a escrutínio e responsabilidades.
Será que neste país não existem entidades que zelem pelo cumprimento dos contratos, pela verificação dos resultados que decorrem da aplicação de centenas ou milhões de euros do erário público?
É que quem ali passa todos os dias são vítimas diárias da incompetência e da irresponsabilidade, já que circulam numa via cheia de ratoeiras e de perigos.
Por outro lado, ali foram gastos muitas centenas de milhar de euros e desse investimento não resulta o produto final com a qualidade que se exige. Torna-se necessário voltar a fazer tudo de novo (ou quase tudo). E donde virá a verba para duplicar o investimento, em época de crise?
E tudo isto é mais contrastante quando nos extremos concelhios da EN 311, em Montalegre e Fafe, a estrada continua com um perfil e estado de conservação muito satisfatórios.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Saudação


Deixei para publicação um post sobre os alunos de leste.
Ora é exactamente aí que me encontro.
Depois de uma escala em Londres, rumei a Riga, capital da Letónia, par participar em mais um colóquio da CESI - Academia Europa, em representação da Associação Nacional de Professores.
Queria compartilhar as primeiras fotos que recolhi.
Contudo, um lamentável equívoco, fez com que deixasse em casa um dos cabos de ligação ao computador e fiquei sem possibilidade de transferir as fotos da máquina.
Ficarão para depois...

Por que razão os alunos do Leste Europeu têm bom desempenho escolar?


Por que será que o insucesso escolar entre os alunos dos países do
Leste Europeu a residirem em Portugal é residual?

Para responder a esta pergunta, não posso deixar de repescar esta
conversa publicada no ProfBlog em 13 de Fevereiro de 2009:

Fui, esta tarde, à reprografia da escola e encontrei uma funcionária nova.

Perguntei: "É brasileira?"

Ela respondeu: "sou moldava".

"E onde é que aprendeu a falar tão bem o português?"

Ela: "Eu? Sozinha!"

"Tem filhos?"

"Dois. Estão na escola".

"Gosta da escola portuguesa?", perguntei.

"Muito diferente da Moldávia. Em Portugal não há respeito pelos
professores e a escola ensina pouco. Nada exigente", respondeu.

"Por que razão os alunos do Leste têm tão bons resultados?", perguntei.

"Muito trabalho em casa. Duas horas por dia de estudo. É pena aqui os
professores não passarem trabalhos para casa. Alunos portugueses não
respeitam os professores. Os nossos respeitam. Damos valor à escola",
acrescentou.

Há 5 variáveis que estão presentes nos alunos do Leste Europeu a
residirem em Portugal e que estão ausentes dos lares de muitos
famílias de alunos lusos: trabalho, esforço, responsabilidade,
respeito e expectativas.

Podem forrar de mármore as paredes das escolas, cobrir as secretárias
com computadores da última geração e colocar professores de apoio em
todas as salas de aula. Se estas 5 variáveis não estiverem presentes,
os alunos não aprendem.

O problema do mau desempenho dos alunos portugueses - um facto sempre
confirmado pelos resultados do PISA - tem uma razão e apenas uma
razão: falta de gosto pelo trabalho, desprezo pelo esforço, falta de
responsabilidade e de respeito e expectativas baixas.

Enquanto estas variáveis não forem introduzidas nas mentes dos pais e
dos alunos, não há metodologia, recursos materiais e professores
capazes de resolver o problema.

O meu caso pessoal e o de muitos outros portugueses da minha geração
confirma a tese. Perdi o meu pai aos 4 anos de idade. A minha mãe
exercia uma profissão que a mantinha fora de casa 8 horas por dia,
seis dias por semana. Aos 8 anos de idade, fui para um colégio
interno. E fui sujeito a uma forte disciplina e a um calendário de
estudo rígido: 3 horas de estudo diário, incluindo sábados e domingos.
Foi o que me valeu. Foi aí que ganhei resiliência, coragem, gosto pelo
trabalho, capacidade de sacrifício, responsabilidade, respeito e
expectativas elevadas. Sem essas variáveis, teria sido um zé-ninguém,
tal como vão ser os jovens a quem as políticas educativas privam
da presença daqueles valores.

09 Maio, 2010 Publicada por Ramiro Marques

terça-feira, 15 de junho de 2010

Cabeceirense vence Concurso Mundial de Música


Mais uma boa notícia para Cabeceiras de Basto.
Uma nossa conterrânea venceu Concurso Mundial de Música.
O melhor é ver a notícia aqui.
Parabéns à Adriana Ferreira e a todos quantos têm contribuído para este êxito.

Aeródromo ou hipódromo?



Há longos anos que a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto deu início às obras daquilo que veio a designar por aeródromo, em Abadim.

O projecto nasceu, segundo dizem, da necessidade de haver um local de apoio ao combate de fogos florestais pelos meios aéreos.

Foi com base nesse pressuposto que foi ignorada a falta de estudo de impacto ambiental, de violação da Reserva Ecológica Nacional (REN) e que o Exército Português ali investiu muito trabalho.

Durante os muitos anos de obras, se questionou sobre o projecto da obra, o seu orçamento, as suas efectivas finalidades.

A tudo isso, sempre a autarquia reagiu com o silêncio.

Até que, depois de uma modificação profunda do local, lá aparece uma pista de 700 m de comprimento, por 25 m de largura, conforme consta de informação disponibilizada em site de aeronavegação - http://www.pelicano.com.pt/zp_cabeceirasdebasto.html.

O impacto ecológico e visual é muitíssimo mais vasto, conforme se pode verificar na foto que ilustra este trabalho.

Mas qual não é o nosso espanto quando depois de inaugurado o referido aeródromo, este se transforma, por artes mágicas, em hipódromo municipal.

Lá se vê (na fotografia também) a delimitação da pista para as corridas de cavalos.

Afinal em que é que ficamos: temos um aeródromo ou um hipódromo?

Será compatível este duplo estatuto?

Será que a ideia do aeródromo só serviu de “lebre” para justificar a obra e depois de feita mudou de finalidade?

Não será de questionar, agora mais do que nunca, onde estão os estudos indispensáveis a estas obras, o estudo de impacto ambiental e o parecer da REN, bem assim dos respectivos projectos e orçamentos?

Não questiono o papel importante que esta(s) infra-estrutura(s) podem ter para um concelho como o nosso, mas têm de ser devidamente estuda(s), planeada(s) e executada(s), sob pena de não conseguirem atingir os objectivos.

Objectivos que estão em causa em várias vertentes.

Que meios de apoio existem no local?

Como será possível aí os instalar, quando a área está na REN?

Como serão rentáveis estes investimentos para quem os quisesse fazer?

Como já referi, numa outra ocasião, a actividade ali desenvolvida só serve os interesses de pessoas de fora do concelho, os vendedores ambulantes.

Publicado na edição online de "O Basto"


segunda-feira, 14 de junho de 2010

4L no Paris-Dakar



Nos tempos em que a 4L dava cartas em ralis!
Terceiro lugar no Paris - Dakar de 1980

Obra d' "arte"


Em Agosto do ano passado, chamei aqui a atenção para a necessidade de serem reparadas as escadas que se situam no cimo da R. N.ª Sr.ª dos Anjos, no acesso pedonal para o cemitério e para os diferentes serviços que hoje existem em Vinha de Mouros.
Em Março deste ano, voltei ao assunto.
Agora que a Câmara Municipal resolveu fazer obras, há que lhe dar valor.
E compreende-se a demora.
O estudo arquitectónico e de enquadramento paisagístico exige tempo...

Tábuas novas em estacas velhas
Depois, qualquer meio-dia de trabalho dá para renovar as velhas escadas e colocar novas tábuas e estacas.
O que para assim ser, há muito que podia estar feito.
O que para assim ser, nada resolve...
Mas, não se pode dizer que nada foi feito.

Areia, inclinação forte, irregularidades do terreno
Continuo a lamentar por quem tem de lá passar!
Os perigos continuam e escorregar é o que está mais certo...
Prender o sapato no bordo das tábuas, acontece a qualquer um.
As responsabilidades da falta de segurança de quem serão?...

domingo, 13 de junho de 2010

Dignificação da profissão docente


Também a intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Fernando Rodrigues, teve alguns momentos de interesse.
Registei três:
- Quando analisou o custo de um aluno nas escolas de Montalegre: oito mil euros ano.
De facto não é usual fazer-se contas a quanto custa um aluno nas nossas escolas. Depois quando somos confrontados com esses valores até nos arrepiamos. Como pode uma sociedade investir tanto em cada um dos nossos alunos e depois ser tão ligeira na avaliação dos resultados? Uma reprovação corresponde a um gasto supérfluo de oito mil euros (mil e seiscentos contos). Ou ainda quando alunos vão progredindo sem o correspondente nível de conhecimentos.
- Depois quando analisou a tendência para uma maior municipalização da educação.
A actual responsabilidade pelas actividades de enriquecimento curricular, ao que juntou o desporto escolar e até federado, a gestão do pessoal não docente, a participação nos órgãos das escolas, os transportes escolares, a biblioteca municipal e a sua relação com as bibliotecas escolares. Uma atitude responsável, não intrusiva na vida e gestão escolar, mas indiciadora de um novo contexto a que as escolas e os professores devem estar atentos.
- Por fim, um claro e inequívoco apoio aos professores.
Alertou para os problemas com que hoje se confrontam os professores, nomeadamente face aos ataques de que foram vítimas quanto ao seu estatuto e à sua dignidade profissional. Apelou a uma atitude mais responsável e de respeito para quantos dedicam a sua vida a ensinar e a educar. A dignificação da profissão docente é um imperativo para que a Escola, a Educação e o Ensino sejam efectivamente tidos em consideração na sociedade e os alunos tenham sucesso.
Esta intervenção, para além de longa, teve estas mensagens, e talvez outras, que a justificaram.
É bom saber que ainda há autarcas que reflectem sobre a verdadeira realidade das suas terras e deixam para trás os auto-elogios ou a enumeração exaustiva das obras realizadas.
Só a verdadeira reflexão transforma o conhecimento em desenvolvimento, conforme referiu o Governador Civil do Distrito de Vila Real.

sábado, 12 de junho de 2010

Ensinar a economia local


"Quando vinha para aqui, vi nos campos umas vacas. Pensei se nas escolas se ensinava quanto é que aquelas vacas contribuíam para a economia familiar dos seus alunos."
"Mais à frente, vi uns porcos e reflecti se as escolas ensinavam aos alunos a decomposição daqueles animais em presuntos, em chouriças e quanto isso se traduzia em euros, no orçamento familiar."
Eis duas citações, transcritas de memória, do discurso do Sr. Governador Civil do Distrito de Vila Real, no encerramento dos Encontros de Basto e Barroso.
Uma ideia perpassa do seu discurso, a necessidade da ligação da escola ao meio.
Mais, a importância da escola numa educação e de um ensino virado para a realidade e a valorização local.
Um discurso riquíssimo de conteúdo.
Já que se torna cada vez mais necessário mostrar a realidade aos nossos alunos, quando eles cada vez mais vivem na ilusão de um mundo virtual.
Torna-se necessário mostrar aos jovens as diferentes oportunidades de vida.
O empreendedorismo existe em todo o lado e em todas as actividades.
Os nossos pais e avós viveram da agricultura, da vida do campo, aproveitando os recursos naturais.
Hoje, com os conhecimentos que as escolas podem transmitir, também será possível aproveitar esses recursos de forma ainda mais eficaz e rentável.
Mas há que o demonstrar aos jovens.
E os exemplos apresentados são evidentes.
Há que olhar à nossa volta e transformar a vida do dia-a-dia em oportunidades de aprendizagem. Há que valorizar os recursos locais. Há que dar sentido às opções de vida das nossas comunidades.
Há que pensar que a Educação é um processo de aprendizagem para a vida.
Fico grato pelos ensinamentos daquela brilhante intervenção.

Feira Medieval e Quinhentista


O Agrupamento de Escolas do Arco tem a decorrer a II Feira Medieval e Quinhentista.
Depois do êxito da primeira edição há dois anos, recriam na Rua do Arco um cenário medieval de uma feira.
A feira foi aberta com a leitura da carta de feira, da varanda da Casa do Povo.
Seguiram-se várias actuações dos alunos das várias escolas do Agrupamento.
À noite, o programa teve a actuação do grupo musical "Al Medievo" e duas brilhantes encenações dos alunos da EB 2, 3 do Arco.
Depois da sentença do auto-de-fé, foi queimada a "bruxa", mas também a "queimada tradicional" aqueceu as gargantas de quantos puderam assistir ao espectáculo.
Mais uma notável iniciativa do Agrupamento de Escolas do Arco, que mobiliza todos os seus estabelecimentos de ensino, com o que isso representa de envolvimento das comunidades locais.
Pena é que num concelho tão carente de iniciativas sócio-recreativas e de carácter educativo, muitos dos principais responsáveis se alheem destas iniciativas e não lhes dediquem a atenção e o empenho que merecem.
Merecem pelo significado que têm, merecem pelas dinâmicas que mobilizam, merecem pela qualidade que apresentam.
Pela minha parte só tenho que saudar a direcção do Agrupamento e todos os professores, funcionários, alunos e encarregados de educação que conseguem idealizar e executar uma iniciativa com esta envergadura e qualidade.
As centenas de pessoas, que durante a tarde e a noite estiveram presentes, testemunham quão justas e merecidas são as palavras de elogio à organização.
Hoje, sábado, entre as dez e as dezoito horas e trinta, muito há ainda para apreciar.
Lá estaremos...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

No fim de ano lectivo...

Da autoria de Antero Valério, postado no blogue de Paulo Guinote


Conselho Chinês

Carta Municipal de Desenvolvimento Local


A intervenção do Sr. Governador Civil do Distrito de Vila Real, Alexandre Chaves, nos Encontros de Educação, em Montalegre, é digna de registo.
Por dois motivos, em especial, que abordarei em dois post's diferentes.
Primeiro
Falou da Educação como um factor de desenvolvimento local.
Integrou a Educação num contexto mais vasto de relacionamento inter-pares locais, consubstanciado numa carta municipal de desenvolvimento local.
Carta essa que terá de contar com a participação democrática de todos os agentes locais, nos quais se incluem, com propriedade, as escolas.
Porque é nas escolas que está grande parte do conhecimento, da cultura, da inovação, dos projectos de desenvolvimento.
Mas também porque o desenvolvimento passa pela definição colectiva de um plano, de uma estratégia, de recursos humanos e materiais, que devem integrar uma acção sustentada e assumida num documento que designou de carta municipal de desenvolvimento local.
Que visão tão aberta, tão pluralista, tão democrática, tão desenvolvimentista.
Quão longe de outras mentalidades que imperam por aí, que tudo se resume a lideranças individualistas e monolíticas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Faz hoje trinta anos!


Também será digno de registo que, hoje, o BIC - Boletim Informativo de Cavez faz trinta anos.
Então, a 10 de Junho de 1980, nascia um pequeno jornal local.
Eram obreiros de tão inédita iniciativa, em Cavez, eu próprio, o meu irmão José Francisco , e os meus colegas professores Albino Barroso da Silva, José Manuel Borges Machado e seu irmão Jorge Agostinho.
Os cinco asseguraram durante um ano a edição fotocopiada do jornal.
Depois, passou a edição impressa em tipografia. Hoje edita-se em formato de revista, já a cores.
Primeiro fui eu o seu director. Seguiu-se o Albino. Hoje, e já há longos anos, lidera o José Manuel.
Para ele o meu tributo enquanto último garante da perserverança do projecto.
Trinta anos é muito tempo.
Tempo em que outros projectos editoriais nasceram ou morreram.
O BIC terá também o seu tempo, mas continua a ter espaço e utilidade.
Em dia de aniversário, parabéns e desejos de muitos e bons anos de vida!

Dia de Portugal


10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Um dia que deve servir para reflectir sobre a nacionalidade, o patriotismo, a nossa cultura.
Um dia que geralmente passa pelo meio do feriado nacional e das cerimónias protocolares cada vez mais ignoradas pela sociedade.
Porém, no actual contexto, uma ocasião especial para o mundo político continuar o jogo de empurra de responsabilidades sobre a crise com que nos deparamos.
O Presidente da República apelou à coesão social, à concertação, ao entendimento, à cooperação, não obstante ter deixado um aviso sério, Portugal vive um momento insustentável.
É nestas circunstâncias que temos de ancorar a razão de sermos portugueses e de encontrar soluções, por muito que nos custem, para defender a nacionalidade.
Camões aparece aqui como um elemento simbólico da nossa cultura, autor da gesta portuguesa, referência maior da nossa literatura.
Comunidades Portuguesas, povo anónimo da nação portuguesa espalhada pelos cinco continentes.
Portugal somos todos nós, aqui e no Mundo.

Basto e Barroso

Maqueta do Mosteiro de Refojos,
patente na exposição de trabalhos do Externato S. Miguel de Refojos
- trabalho de área de projecto de um grupo do 12.º ano

O Centro de Formação de Basto alargou, no âmbito da reorganização da rede de centros de formação, a sua área de influência a Montalegre e Baixo Barroso.
Por esse facto, os tão afamados Encontros de Basto, este ano tiveram lugar em Montalegre, sob a designação de Encontros de Educação Basto e Barroso.
Tive o privilégio de ter participado, ontem, no programa dedicado às questões das tecnologias de informação e comunicação em educação, em torno do Plano Tecnológico na (e para a) Educação, da Formação à sua Utilização em Segurança.
Assisti a várias intervenções de relevo e acutilantes para a vida das escolas e para as actividades dos seus professores. Não menos importantes para os pais e para todos os utilizadores, enquanto sujeitos activos de uma actividade com riscos cada vez mais sofisticados.
Mais uma vez o Centro de Formação está de parabéns pela brilhante realização, bem assim todos quantos nela colaboraram.
Quando tiver acesso às respectivas conclusões, tomarei a iniciativa de aqui as postar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Humor


Para descontrair...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Serenata do Fado



No passado sábado, participei no jantar / lançamento do duplo CD de Fados, do Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho.
Este álbum resulta de dois espectáculos que tiveram lugar no Teatro Circo, em Braga, em 2008 e 2009.
Foi um interessante evento, onde reinou a boa disposição e se ouviu cantar o fado.
O CD é um produto de elevada qualidade.
Mesmo não sendo especialista na área, recomendo-o a quem gostar de Fado.
Fado que acaba de ser proposto como Património Mundial da UNESCO.
Aqui fica a sugestão.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Acrobacias



Acrobacias fabulosas num circo coreano




domingo, 6 de junho de 2010

Impregnar as escolas de valores cristãos

Hoje voltei a Fátima. Assisti a uma missa na Capelinha das Aparições celebrada por um padre inglês em língua inglesa. A capelinha estava repleta de ingleses, jovens, de meia idade e idosos. Não há sítio mais belo para participar numa missa do que a Capelinha das Aparições. Tenho a sorte de viver a 20 minutos de Fátima. Vou lá com frequência. É um lugar especial.
Na homilia, o padre inglês falou da importância da pertença a uma comunidade com valores ancorados numa forte tradição. Só a pertença a uma comunidade forte, ancorada em valores concretos, pode gerar as virtudes da coragem, compaixão, justiça, empenhamento, compromisso, respeito, obediência e responsabilidade sem os quais a educação e a escola são territórios impossíveis. Sem pertença a uma comunidade forte não é possível educar.
A homilia do padre inglês fez-me recordar os males das nossas escolas públicas de grandes dimensões, as escolas que servem de modelo ao Governo no processo em curso de criação de mega-agrupamentos e extinção das pequenas comunidades escolares.
As escolas de grandes dimensões - digamos, com mais de 700 alunos - dificilmente são comunidades ancoradas em valores concretos e numa tradição forte e coerente.
O que falta à escola pública é precisamente a noção de comunidade com valores concretos ancorados numa forte tradição.
Como cristão católico, a minha opção vai para a tradição cristã, com os seus valores eternos e imutáveis, as suas narrativas e o espírito de comunhão que só uma comunidade forte pode oferecer. Mas numa sociedade pluralista como a nossa é importante que coexistam nas comunidades escolares as várias tradições e narrativas com expressão entre os portugueses e estrangeiros residentes.

Ramiro Marques

sábado, 5 de junho de 2010

Acabou a brincadeira, sr. engenheiro


Situação é séria e pede patriotismo acima da politiquice: José Sócrates tem de abdicar das suas obras faraónicas. O país não aguenta mais essas brincadeiras. Aliás, acabou a brincadeira. I. Por que razão Manuela Ferreira Leite ganhava os debates com José Sócrates? Porque Manuela Ferreira Leite falava da realidade, enquanto o primeiro-ministro navegava na fantasia. Agora, a fantasia esfumou-se, e a realidade, diagnosticada por Manuela Ferreira Leite, está aí: a dívida está a apertar, e o país está a chegar ao ponto de colapso. Porque, de facto, ninguém lá fora acredita em nós. E há razões para isso. Que legitimidade pode ter um Governo que insiste no plano de grandes obras públicas no actual cenário? II. Tal como salienta o professor de economia Álvaro Santos Pereira, o Governo tem de apresentar um conjunto de medidas imediatas no sentido de conter a desconfiança internacional. A primeira dessas medidas já devia ter sido apresentada há meses: acabar com os planos de obras públicas; acabar com a loucura do TGV e do aeroporto. Mais: a médio prazo, tem de acabar esta ideia de que o investimento público - financiado pela dívida - é o motor da economia. Até porque os credores internacionais estão fartinhos de financiar o socialismo português, e estão desconfiados que esse socialismo luso não vai gerar dinheiro suficiente para Portugal honrar seus compromissos. E os credores têm razão: Portugal está em crise económica há mais de 10 anos. Há mais de 10 anos que Portugal diverge da média europeia. III. Em anexo, o Governo, apoiado pelo PSD e CDS (o BE e o PSD que fiquem a brincar aos 1976) deve dizer que errou ao anunciar que iria cortar o défice em apenas 1% neste ano. Como José Gomes Ferreira tem dito inúmeras vezes na SIC, é um absurdo esta ideia de começarmos a poupar apenas para o ano. Os cortes na despesa têm de ser feitos já. "Isto é p'ra ontem".


Henrique Raposo (www.expresso.pt)9:00 Quarta-feira, 28 de Abril de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Colegas antigos

Hoje tive o grato prazer de rever o meu amigo Manuel Rodas, colega de turma da Escola do Magistério Primário de Braga, que já não via desde o fim do curso, em 1974.
Colega comum, a sempre amiga Maria do Céu, deu-me conta que o Rodas estava em Braga e, assim sendo, não pude deixar de me juntar a um pequeno grupo de antigos colegas de turma: o Manuel Rodas, a Maria do Céu, o Alberto Vilela, o Manuel Sá e o José Manuel, que aproveitaram esta passagem do Rodas, por Braga, para nos revermos.
Numa amena cavaqueira, naquele que na altura era o "nosso" café, o Café Avenida, hoje o McDonald's, e depois com uma bica no Astória, revimos alguns dos momentos que vivemos, mesmo ali ao lado, na nossa Escola, histórias dos nossos percursos profissionais, enfim, fazer um pouco da nossa "história comum" e das nossas vidas.
Um convívio que me encheu de felicidade, até porque não pude participar no almoço de confraternização dos colegas de ano, que se realizou, também em Braga, no passado dia 22 de Maio.
Posteriormente editarei alguma foto do encontro, logo que o Rodas mas envie.
Até um novo encontro...

O consabido ladrão


O consabido ladrão

Às vezes as manchetes mentem sem querer. No Público de anteontem era "Ninguém sabe dos gravadores que o deputado do PS tirou a jornalistas". Não é possível que ninguém saiba. Alguém sabe onde estão os gravadores que Ricardo Rodrigues roubou ao meu amigo Fernando Esteves da Sábado. Mais do que uma só pessoa, se calhar. Ninguém é que não é, de certeza.
A única coisa que sabemos é que os gravadores foram roubados pelo cidadão Ricardo Rodrigues. Não eram gravadores que lhe pertencessem. Roubou-os. Falar em "acção directa" é um ultraje. Qualquer roubo, qualquer assassinato, qualquer violação, qualquer cuspir de tremoços é uma acção directa. É tudo uma questão de propriedade. Não do que é próprio e do que é decente - o sentido piroso da propriedade - mas do facto de os objectos pertencerem a quem os pagou. Ricardo Rodrigues foi um ladrão. Roubou objectos que não lhe pertenciam. O resto é conversa.
Mesmo que Ricardo Rodrigues não tivesse dito nada (ou tivesse dito tudo), nem o silêncio nem o que disse justifica o roubo. A liberdade de expressão é uma coisa. O roubo de canetas e megafones é outra.
Para mais, há um roubo intelectual. É muito menos grave - mas é mais revelador. O ladrão Ricardo Rodrigues roubou os gravadores. Mas também quis roubar as perguntas de Fernando Esteves. Só lhe faltou roubar o vídeo - mas todos os ladrões são incompletos.
Ricardo Rodrigues pode ser inocente de tudo. Menos de uma coisa. É ladrão. É ladrão. É ladrão.

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Miguel Esteves Cardoso
Público

de 26.05.2010


quinta-feira, 3 de junho de 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vamos lá poupar...


“Não sei para que é que querem gastar dinheiro no TGV se podem perfeitamente oferecer um Porsche a cada português gastando menos”.

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Luís Campos e Cunha, ex-Ministro das Finanças