domingo, 31 de outubro de 2010

Happy Halloween

Para a noite de hoje:

Fora com os vendilhões no Templo

Hoje fui à Missa dominical no Mosteiro de S. Miguel de Refojos.
À saída, ainda dentro da Igreja, no átrio, junto às portas, umas meninas entregavam umas folhas, que presumi serem a folha paroquial.
Qual o meu espanto quando verifico que se tratava de pura publicidade da autarquia a mais um "convívio".
Até onde chega a desfaçatez!
Já nem o espaço interno da Igreja escapa.
Será que o adro não é suficiente grande, a Praça da República não é um espaço público, para terem de invadir o espaço interno da Igreja?
Bem precisa se torna a menção bíblica: expulsar os vendilhões do Templo!

sábado, 30 de outubro de 2010

Este país não é para corruptos

Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer

Portugal é um país em salmoura. Ora aqui está um lindo decassílabo que só por distracção dos nossos poetas não integra um soneto que cante o nosso país como ele merece. "Vós sois o sal da terra", disse Jesus dos pregadores. Na altura de Cristo não era ainda conhecido o efeito do sal na hipertensão, e portanto foi com o sal que o Messias comparou os pregadores quando quis dizer que eles impediam a corrupção. Se há 2 mil anos os médicos soubessem o que sabem hoje, talvez Jesus tivesse dito que os pregadores eram a arca frigorífica da terra, ou a pasteurização da terra. Mas, por muito que hoje lamentemos que a palavra "pasteurização" não conste do Novo Testamento, a referência ao sal como obstáculo à corrupção é, para os portugueses do ano 2010, muito mais feliz. E isto porque, como já deixei dito atrás com alguma elevação estilística, Portugal é um país em salmoura: aqui não entra a corrupção - e a verdade é que andamos todos hipertensos.
Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição deDomingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto- é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Schubert "Serenade"

O umbigo do PS

O PS decidiu há meses apoiar a candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República.
Foi uma decisão difícil, já que uma parte significativa do partido e de algumas figuras de proa, a começar em Mário Soares, se lhe opunha.
Teria Sócrates motivos para apoiar Alegre?
Claro que sim. As bases do PS estão fartas das medidas ditas de "direita" que este governo tem executado. (Isto antes da chegada dos PEC's, porque agora já nem sei o que se diga...) Por isso queriam ter alguém que se apresentasse com as bandeiras da "esquerda".
Porém, a Presidência da República não é um cargo da "direita" ou da "esquerda". É um símbolo nacional, que por todos tem de ser respeitado, independentemente do posicionamento ideológico de quem o ocupe.
A Presidência da República deve ser ocupado por quem, em cada momento histórico, pode ser considerado o melhor representante de Portugal.
Foi com base nesse princípio que o PSD já apoiou tão diferentes candidatos como Ramalho Eanes ou Mário Soares.
Mais, o PSD quando apoiou Mário Soares não tinha para isso tão boas razões, como hoje tem o PS de Cavaco Silva.
Mas sobrepunha-se o interesse nacional.
E sempre que assim não foi (ver o caso das candidaturas de Soares Carneiro ou Ferreira do Amaral), os resultados eleitorais foram esclarecedores.
Ora, nesta época de profunda crise, qual é o superior interesse nacional?
Claramente o da estabilidade política, da confiança, do rigor, da competência...
Inequivocamente, Cavaco Silva é esse o garante.
Mas qual é a posição do PS?
Olhar para o seu umbigo e dar apoio a um candidato marginal que começou por ter o apoio do Bloco de Esquerda.
Eis, pois, mais uma manifestação inequívoca do modo como o PS entende o interesse nacional e o subjuga ao interesse partidário.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Governo aprova criação do crime de violência escolar - TSF

Governo aprova criação do crime de violência escolar - TSF

Enfim, passados vários anos desde que este tema foi introduzido na agenda das escolas e do Ministério da Educação, pela Associação Nacional de Professores, a partir das suas linhas SOS Professor, Alunos e Famílias - Bullying, Convivência nas Escolas e Bulialuno, eis que finalmente o Governo aprova a criação de crime de violência escolar.
Para quem ouviu dizer durante anos que os casos de violência nas escolas eram meras excepções sem significado, para quem durante estes anos fez centenas de horas de formação nesta área, para quem durante este período foi atacado, este é um bom motivo para sentir que valeu a pena abraçar esta causa, em prol dos alunos, das famílias, das escolas, do ensino e da educação.
Ainda bem!

Para ter uma noção mais exacta do que foi este percurso, podem consultar o arquivo da ANP sobre a matéria em http://www.anprofessores.pt/portal/PT/582/PAGID/1/default.aspx e

De mentira em mentira até chegar o FMI!


Quando Sá Carneiro morreu no ainda «misterioso acidente» de Camarate, abriu-se diante de Pinto Balsemão o labirinto habitual da política portuguesa: ele era o sucessor
natural, mas a complicada teia das ambições, invejas e traições, dentro e fora do seu partido, não lhe deu sossego. Balsemão foi vencendo as conspirações, mas acabou por
se demitir. Aí nasceu a célebre frase “de vitória em vitória até à derrota final”.
Ocorre-me a lembrança a propósito do Orçamento para 2011, que não me atrevo a analisar como especialista (que não sou), mas que seguramente vou amargar como
aposentado neste Portugal financeiramente amordaçado (assim escreveria, noutros tempos, o patriarca Soares).
Também agora poderemos dizer que vamos de mentira em mentira até à bancarrota. Ainda há pouco mais de um mês, o ministro das Finanças (que desilusão!) garantia
que as contas seguiam em linha com o previsto, ao mesmo tempo que o primeiro-ministro (que confirmação!) vociferava contra aqueles a quem chamava catastrofistas ou
alarmistas, consoante a arrogância do momento. Era o tempo em que Portugal chegou a ser chamado por Sócrates campeão europeu do crescimento...
Foi por este caminho de falsidades que os portugueses foram conduzidos ao maior suplício dos tempos modernos. Aprovem lá o Orçamento, abram as portas ao FMI - mas
não deixem sem castigo (político e não só) os responsáveis por estes crimes.
É que já basta!
António Freitas Cruz - Cronista©JN, in Povo Livre

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cavaco Silva candidato

Finalmente, Cavaco Silva anunciou a sua recandidatura à Presidência da República.
Nada que não estivesse previsto, que há muito não se soubesse, mas que só agora foi definitivamente confirmado.
Cavaco Silva completa o seu primeiro mandato, fiel ao compromisso que assumiu com os Portugueses: ser o fiel zelador das normas constitucionais que jurou cumprir, exercer as suas funções de forma independente das forças políticas e partidárias, preservar a estabilidade política e ter uma postura de solidariedade institucional com o Governo.
Se as duas primeiras condições até nem seriam de difícil cumprimento, a convivência com um governo e com um primeiro-ministro que andaram de "trapalhada" em "trapalhada" (o que diria Sampaio?!!!), foi um exercício deveras difícil, que podia ter comprometido as restantes.
Mas Cavaco Silva sempre foi fiel ao seu compromisso.
Obviamente que não se lhe podia pedir que apoiasse todas as ideias e propostas do Governo, mas nunca deixou de promulgar os documentos que o governo lhe propôs para assinatura.
Por várias vezes, chamou a atenção dos portugueses para os perigos das medidas que estavam a ser aprovadas, mas nunca promoveu o contra-poder. Sempre exigiu que esse papel fosse desenvolvido e assumido pelos partidos políticos.
Ao apresentar a sua recandidatura, podemos apontar-lhe muitos defeitos, aqueles que decorrem de não vermos feito aquilo que cada um de nós desejaria, mas não podemos deixar de reconhecer que ele fez tão somente aquilo que prometeu a todos os portugueses.
Só por isso já valeu a pena.
Saber que ainda há políticos que sabem cumprir o seu papel e a sua palavra.
Por isso e por muito mais, terá o meu apoio.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nova tecnologia

Quando este modelo chegar a Portugal, Sócrates vendê-lo-á, aos milhões, a Chavez...

domingo, 24 de outubro de 2010

"Há mais vida para lá do Orçamento!"


"Há mais vida para lá do Orçamento" foi a frase emblemática do então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, quando Manuela Ferreira Leite, Ministra das Finanças do Governo de Durão Barroso, procurou começar a endireitar as finanças públicas depois do pântano criado pela governação do Eng. Guterres.
Com aquela frase, Sampaio faltou à solidariedade institucional que se lhe exigia e às responsabilidades que a situação, já naquela altura, reclamava.
Hoje, volvida meia dúzia de anos, vemos quanto certa eram as posições do governo da altura e particularmente da sua ministra das finanças.
Fica, agora claro, que o desequilíbrio financeiro vem de trás e que sempre houve uma postura "socialista" que não só o ampliou, como não permitiu que fosse estancado em devido tempo.
Por uma razão diametralmente oposta, Cavaco Silva, enquanto Presidente da República, fruto de uma firma solidariedade institucional com o Governo de Sócrates, deixou que este, desmesuradamente e sem controlo, fizesse chegar ao ponto de ruptura a nossa situação financeira.
Curiosamente, vemos agora, aqueles que outrora tiveram uma atitude laxista e perdulária, preocupados com a actual situação.
Lágrimas de crocodilo...

Nobel da Química 2010


Acaba de ser nomeado o Nobel da Química 2010:

Depois do átomo e da descoberta do neutrão, do protão, do fotão, do electrão, do quark, do fermião, do busão, do gluão, José Sócrates Pinto de Sousa acaba de descobrir o pelintrão, um corpo sem massa nem energia que suporta toda a carga .

sábado, 23 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Hoje comemora-se o DIA MUNDIAL DO CAPS LOCK

AS CONVENÇÕES INTERNÁUTICAS PODEM HOJE SER COLOCADAS DE LADO E NINGUÉM PODERÁ LEVAR A MAL SE ESCREVER COM CAPS LOCK (LETRA MAIÚSCULA OU CAIXA ALTA) UM QUALQUER 'OLÁ' NUM EMAIL OU NUM PROGRAMA DE CONVERSAÇÃO.

Hoje assinala-se o Dia Mundial do Caps Lock, aquela tecla que à esquerda do teclado de um computador transforma qualquer letra em maiúscula. Apesar de se assinalar duas vezes por ano - a outra data é a 28 de Junho -, o 22 de Outubro está convencionado desde 2000, quando se estabeleceu que todos deveriam escrever com caixa alta neste dia.

A verdade é que este tão mal fadado tipo de caracter, que nem as contas de emails aceitam nas suas palavras-passe, em qualquer nota no Facebook, numa mensagem no Twitter ou conversa no Messenger, é indício de má-disposição, gritaria ou ainda, em casos extremos, um murro na cara.

'Caps' significa em inglês maiúsculas e é uma abreviação de capitals (maiúsculas) e 'Lock' tranca. Isto é, a tecla que tranca o texto em letras maiúsculas.

COMEMORE-SE ENTÃO ESTE DIA USANDO E ABUSANDO DA CAIXA ALTA.

JN, 16h52m
NUNO MIGUEL ROPIO

Formação de Professores

Quase metade dos cursos de formação de professores com média de 11 valores
Quem pode foge da carreira docente; os que não que não conseguem melhor escolhem os cursos menos exigentes, avisam os especialistas em educação
Um bom professor faz toda a diferença em qualquer escola do mundo. Só por isso faz sentido que apenas os melhores candidatos sejam admitidos no ensino. Não é o que aconteceu este ano em Portugal. Os resultados da primeira fase de acesso ao ensino superior mostram que um em cada três cursos de formação de docentes teve uma nota mínima de acesso a rondar os 10 valores. Em quase metade das licenciaturas de Educação Básica (45%), o último classificado obteve uma média de 11 valores.

Dos 20 cursos de educação básica oferecidos nos politécnicos e universidades do país, só três cursos atingem uma média superior a 12 valores e em apenas 15% das licenciaturas (três cursos), a nota mínima é superior a 14 valores. "São maus resultados, mas não surpreendem", diz Manuel Santana Castilho, professor da Escola Superior de Educação de Santarém. Estamos perante uma carreira com as mais "elevadas" cargas horárias da União Europeia e os salários médios mais baixos da OCDE.

Qual é portanto o candidato que procura uma profissão que oferece menos que muitas outras? A resposta é óbvia: "Os que não conseguem melhor vão para os cursos menos exigentes", defende o analista educacional. E, quem pode, foge das escolas que "nos últimos cinco anos" se tornaram nos lugares menos apelativos para os estudantes que se candidatam ao ensino superior.

Os resultados deste ano são preocupantes e podem ser ainda mais a curto ou médio prazo, avisa o dirigente da Associação Nacional de Professores, João Grancho: "Cada vez mais a profissão de docente tenderá a não conseguir atrair os melhores." A exposição negativa a que os professores estão sujeitos, a instabilidade nas escolas, a precariedade, o desemprego ou o pouco reconhecimento social são os motivos para afastar os alunos com as melhores médias, defende o presidente da ANP. Não é por acaso que a União Europeia recomenda a todos os países membros para adoptarem políticas que tornem mais atractiva esta profissão: "A qualidade de um professor tem um grande impacto no insucesso e abandono escolar", relembra João Grancho.

Selecção rigorosa. Ter uma classificação elevada não é porém garantia para formar um bom professor, alertam os especialistas em educação. E é por isso que os cursos devem estar sujeitos a uma selecção rigorosa. Não basta avaliar os conhecimentos que os candidatos adquiriram no ensino básico e secundário, adverte Luís Picado presidente do Instituto Superior de Ciências Educativas: "Há outras competências que deverão ser exigidas, como por exemplo as aptidões interpessoais, emocionais e motivacionais."

Razão para o especialista em Psicologia da Educação sublinhar também o papel das escolas de ensino superior: "Cabe às universidades seleccionar e, também, identificar durante o processo formativo aqueles que não demonstram as competências necessárias. Um bom professor ensina o que sabe mas também ensina a pessoa que é." Não havendo selecção, formação e avaliação adequadas, é "toda a credibilidade e futuro da profissão, bem como a qualidade da educação, que ficam comprometidas", explica o presidente da Associação Nacional de Professores. Repensar as condições de admissão é por isso urgente se quisermos sair dos "últimos lugares da Europa", remata Santana Castilho.

por Kátia Catulo , jornal i, publicado em 22 de Outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A Sucessão

A Sucessão

Há um ano atrás ocorreram as eleições para as autarquias locais. Passou o primeiro ano, pelo que já só faltam três.

Daí, o ter começado o processo de sucessão na equipa do poder, já que o líder verá terminado o seu longo mandato.

Como em todas as organizações, o processo de sucessão é um filme de terror ou de faca e alguidar, tais são as manobras, as jogadas, os interesses em causa.

Aqui não foge à regra.

A sucessão do actual líder deveria por força de razão estar assegurada pelo seu número dois e braço direito de há muitos anos a esta parte, o Dr. Jorge Machado.

Seria o candidato natural por várias ordens de razão:

- É, há longos anos, vereador e vice-presidente da Câmara, o que lhe dá um conhecimento ímpar da situação da autarquia e do concelho;

- Foi um executor meticuloso da política definida pelo líder;

- Sempre lhe foi fiel;

- Demonstrou (para quem não o conhecia) inegáveis qualidades de trabalho, dedicação e competência;

- Assumiu a ligação ao partido;

- Foi “carne para canhão” em muitas das causas abraçadas pelo poder;

- Foi destacado para encabeçar projectos relevantes para o concelho e para as suas instituições (Fundação Gomes da Cunha e Bombeiros), com resultados muito positivos.

O Dr. Jorge Machado alia ainda indubitável inteligência, que colocou ao serviço da autarquia e do PS, na sua actividade autárquica e associativa.

Por tudo isto, esperar-se-ia uma sucessão natural.

Contudo, o líder parece ter uma outra estratégia.

Como entender que na recente presença da RTP no nosso concelho, no programa “Verão Total”, participassem inúmeros convidados, representantes de um vasto leque de instituições e o Dr. Jorge Machado tenha sido esquecido, mesmo quando se tratou de representar as instituições que dirige?

Comenta-se, ainda por aí, que nos últimos tempos tem sido arredado do círculo de poder, mantendo-se apenas no exercício de funções para não criar problemas.

Sinais inequívocos de que há uma outra agenda, uma outra solução, alguém que seja ainda mais permeável.

Mau sinal para os cabeceirenses. Sinal que se privilegiam mais os interesses pessoais e partidários do que os interesses do concelho.

Nada que não estivesse escrito nas estrelas, como em devido tempo se previu…

Estado Social

Não sabemos onde se meteu o Governo defensor do “estado social” dos últimos meses.

Passou a assumir o desastre social: o desemprego e o seu aumento futuro, o corte de abono de família, o corte nos subsídios sociais, o aumento dos impostos, o corte nos salários, o fim dos medicamentos gratuitos, a redução dos investimentos, …

Afinal a estratégia seguida serviu apenas e só para ganhar as eleições de há um ano.

Perdeu-se o País por uma dúzia de anos!

Publicado na edição de Outubro de "O Basto"

terça-feira, 19 de outubro de 2010

RELÍQUIA...

Vale a pena ver. Eis o valor de um acervo cultural. É um túnel do tempo! 4 dias depois boa parte, senão a totalidade dessas pessoas estavam mortas e a cidade em ruínas.
Para os cinéfilos, segue o que talvez venha a ser o mais antigo filme já produzido (1906)!!

São cenas filmadas a partir de um "cable car" na Market Street, em San Francisco, California.(o primeiro filme, então, foi feito sobre trilhos!)

É surpreendente a quantidade de automóveis que já existiam àquela época.

E quantas imprudências se cometiam, nas barbas dos policiais
(Provavelmente, nem havia Leis de Trânsito...)!!

O trânsito era caótico com a convivência, não tanto harmoniosa, entre pedestres, bicicletas, charretes, automóveis, cable car, bondes, etc.

Observe que os bondes que cruzam a rua já possuem tração elétrica!

No final da rua, existe um prédio que está lá até hoje, pois trata-se do terminal de passageiros da Baía de San Francisco.

O filme, após muita polêmica, teve identificada a sua origem, bem como a data de sua produção:

É um filme produzido em 14 de abril de 1906, 4 dias antes do grande terremoto que acabou com a cidade de San Francisco. O filme foi embarcado para New York, num trem, para ser processado, daí ter sido poupado daquela tragédia.
Clique em:
http://www.youtube.com/watch_popup?v=NINOxRxze9k

Pensamento do dia


"A monarquia fez Portugal e criou um Império;

a República acabou com o Império e está em

vias de acabar com Portugal."

Carlos Azeredo (General)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Valores mínimos

Cabeceiras de Basto inscreve duas obras no valor global de 101 mil euros: requalificação da EB 2,3 de Cabeceiras (19 mil euros) e instalação do tribunal judicial (81 mil euros).
O Orçamento de Estado para 2011 é madastro para o nosso concelho.
Desta feita só duas pequenas parcelas.
Quanto à EB 2 e 3 de Cabeceiras, a verba é insignificante. Não sei se dará para as exigências da obra.
Quanto ao Tribunal, que já está instalado, dê para suprir o que porventura esteja em atraso.
Parece que é desta que também, entramos na época das "vacas magras".
Mal para os cabeceirenses que tantas dificuldades sentem e muitas mais virão a sentir.

sábado, 16 de outubro de 2010

Sócrates contra Sócrates

Não há melhor do que as palavras do próprio para se descrever.

Momentos

Nuno Rocha está de parabéns com esta curta metragem de grande
qualidade.

*Numa noite normal com o passado largado da memória, um homem reencontra, no
lugar a que chama casa, lembranças de um tempo que viveu. Fragmentos de pura
felicidade e instantes de sublime partilha, surgem como apontamentos de
esperança de um presente que não voltará a ser o mesmo.*

Ranking das Escolas

"No fundo da tabela geral com piores resultados está uma escola pública, a secundária Dr. João Brito Camacho, em Almodôvar. E nas privadas, o estabelecimento com piores resultados foi o Externato S. Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto. Aqui, a média não passou dos 8 valores."
in: IOL Diário online, 15-10-2010

Infelizmente está aqui reflectido o investimento que se fez ao longo dos últimos anos na educação no nosso concelho.
Dados a exigir muita reflexão e medidas a adoptar.
Claro está que se exige uma mudança clara de paradigma, de projecto, de modo de viver.
Mudança a mais para quem nos leva pelo caminho que aqui nos conduziu...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O mundo não é maternal...


É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto.

Quando se é adolescente pensa que viveria melhor sem ela, mas é erro de cálculo.

Mãe é bom em qualquer idade.

Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.

O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos.

O mundo quer defender o seu, não o nosso.

O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro.

Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividado por 20 anos. O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro,

que a gente tenha boa aparência,

e estoure o cartão de crédito.

Mãe também quer que a gente

tenha boa aparência, mas está mais preocupada com o nosso banho, com os nossos dentes

e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba.

O mundo nos olha superficialmente.

Não consegue enxergar através.

Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento.

O mundo quer que sejamos lindos,

Sarados e vitoriosos, para enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta.

O mundo não tira nossa febre,

não penteia nosso cabelo,

não oferece um pedaço de bolo feito em casa.

O mundo quer nosso voto

mas não quer atender nossas necessidades.

O mundo, quando não concorda com a gente,

nos pune, nos rotula, nos exclui.

O mundo não tem doçura, não tem paciência,

não pára para nos ouvir.

O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa e qual é o nosso grau de instrução, mas não sabe nada

dos nossos medos de infância,

das nossas notas no colégio,

de como foi duro arranjar o primeiro emprego.

Para o mundo, quem menos corre, voa.

Quem não se comunica se trumbica.

Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

O mundo não quer saber de indivíduos,

e sim de slogans e estatísticas...

Mãe é de outro mundo.

É emocionalmente incorreta:

exclusivista,

parcial,

metida,

brigona,

insistente,

dramática,

chega a ser até corruptível

se oferecermos em troca alguma atenção.

Mãe sofre no lugar da gente,

se preocupa com detalhes

e tenta adivinhar todas as nossas vontades,

Enquanto que o mundo propriamente dito

exige eficiência máxima,

seleciona os mais bem dotados

e cobra caro pelo seu tempo.

Mãe é de graça!!!

Texto de Martha Medeiros adequado ao dia de hoje…

em homenagem à minha MÃE!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Arte maravilhosa...

Crianças artistas e críticos "analfabetos"...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os submarinos de Sócrates...


Intervenção de Passos Coelho em Rio Maior.

Os submarinos de Sócrates...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Realismo

Entrevista realista sobre o estado da nossa Nação.
A não perder...


"Uma barraca com um submarino à porta!"

Espectacular!!!!


Visitem:

Eu Renuncio

Eu Renuncio

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Cortejo etnográfico


Eis aqui um vídeo a partir de fotos do cortejo etnográfico realizado por ocasião das Festas de S. Miguel, numa boa iniciativa de Miguel Batista.

domingo, 10 de outubro de 2010

O desassossego habitual

Findo o mês de férias, Agosto, inicia-se o ano escolar.

Como habitualmente, o ano escolar começa em sobressalto. São as instalações que não estão prontas, é a colocação de professores, é a falta de pessoal não docente, é o crescente aumento do custo dos livros e materiais escolares, são os problemas dos horários, …

Há, enfim, razões diversas para que cada um dos intervenientes no processo escolar possa reclamar.

São os pais, os professores, os alunos, as autarquias e até o próprio Ministério da Educação.

Verdadeiramente um cenário muito pouco educativo.

Por isso compartilho aqui duas questões.

Por que será que em Portugal o início do ano escolar é sempre esta balbúrdia e nos outros países europeus não há destas situações?

Encontraremos no planeamento e na estabilidade normativa as principais razões para isso. Mas, nós, por cá, gostamos de mudar tudo todos os anos. Mudar tudo à última da hora e consequentemente mudar para pior e com resultados cada vez mais dramáticos.

Por que razão nos preocupamos tanto com as questões materiais (instalações, equipamentos, …) e ignoramos quase completamente o que é relevante: as aprendizagens dos alunos, a pedagogia?

Sim, porque vemos muitos pais, professores, autarcas, responsáveis do sistema educativo preocupados com as questões tangíveis do sistema, mas ignoram as consequências deste estado permanente de coisas no desenvolvimento das funções pedagógicas das escolas e dos educadores, com os irreparáveis danos para as aprendizagens dos alunos e para a formação cívica dos jovens.

Este ano, como nos anteriores (e dramaticamente como nos futuros, por este caminho) o ano escolar arrancou, de norte a sul, com a balbúrdia do costume.

Publicado na edição online de "O Basto", Out/2010

(mas destinado à edição de Setembro, que por culpa própria não foi enviado dentro do prazo)

sábado, 9 de outubro de 2010

2020 – Que futuro?

Todos nós conhecemos como o nosso concelho tem sido governado ao longo dos últimos anos, reconhecendo-se uma assinalável falta de diálogo ou consenso com as diferentes opiniões, quer das oposições, quer da sociedade civil.

A orientação política seguida baseou-se fundamentalmente na realização de obras públicas (mercado, piscinas, estradas, centrais de camionagem, centro de saúde, tribunal, pavilhões gimnodesportivos, de entre outras).

No entanto, quase dezassete anos depois, o nosso concelho não está mais rico e mais desenvolvido. O desemprego aumenta drasticamente; o abandono das povoações serranas faz-se sentir no isolamento dos mais idosos que ainda aí ficam; a população concelhia centra-se no eixo Refojos – Arco gerando uma macrocefalia na zona sul do concelho; há uma diminuição do número de crianças e jovens; a melhoria da rede viária serviu para facilitar a saída da população local e a deslocação dos agentes que aqui trabalham; o comércio sofre profunda crise; a agricultura, não obstante todos os serviços e associações do sector aqui sedeados, tem empobrecido e está ao abandono; foi encerrado o hospital e os serviços de saúde não garantem a satisfação das populações.

Por outro lado, verificou-se um desenvolvimento urbanístico nas vilas de Refojos e do Arco, que parece dar uma nova imagem aos nossos centros urbanos, mas que, por falta de um projecto integrado e sustentado, não veio proporcionar mais atractividade, mais movimento, mais vida e mais beleza.

Enfim, as “muitas obras”, que o poder tanto elogia, não satisfazem as pessoas.

Os cabeceirenses, já está visto, não vivem destas “obras”.

Hoje, os jovens cabeceirenses sentem de forma desmesurada os reflexos desta política: as escolas aparecem nos lugares menos agradáveis dos rankings, não há saídas profissionais, não há centros de convívio, de cultura, de recreação, não há empregos especializados, não há condições de fixação.

Os mais idosos precisam ainda de mais apoio, mais acompanhamento, de acesso a mais cuidados de saúde.

Se muito foi feito, pelos vistos muito mais e melhor devia ter sido conseguido.

Se o poder se acha satisfeito, os cabeceirenses precisam de um novo projecto, por um novo patamar de desenvolvimento.

Temos de entender a nossa terra no horizonte da próxima década. Como queremos Cabeceiras em 2020? Que objectivos queremos atingir? Que políticas temos de adoptar?

Esta é uma questão que nos diz respeito a todos nós e não apenas aos que nos governam.

Não haverá futuro sustentado se não houver um projecto equilibrado, integrado, que preserve a nossa identidade e aproveite os nossos recursos.

Para isso é necessário um compromisso de diálogo, de partilha, de discussão, de assunção de desafios.

Porém, do poder não podemos esperar esta abertura e esta capacidade de colocar Cabeceiras e os cabeceirenses em primeiro lugar.

Das oposições também nada tem brotado.

O CDS/PP e a CDU são partidos eleitoralmente marginais. O PSD tem vindo a seguir o mesmo caminho, esquecendo-se do essencial: dos cabeceirenses.

É altura da sociedade civil encontrar, aqui como a nível nacional, a resposta para a profunda crise económica, social e política que se vive.

Nós, cabeceirenses, temos de construir o nosso futuro.

Esse é o dever que temos para com os nossos filhos!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Exemplo da Suécia

Os bons exemplos da Suécia, não são seguidos em Portugal.
Até há deputados que se queixam dos cortes adoptados...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A felicidade exige valentia

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela
vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa - 70.º aniversário da sua morte

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dia Mundial do Professor

Hoje, 5 de Outubro, comemorou-se em Portugal os cem anos da instauração da República.
Uma data significativa pelos valores que lhe eram essenciais: o poder democrático, a liberdade, o desenvolvimento do ensino e da cultura, de entre outros.
Contudo, a I República pouco durou, já que dos ideais rapidamente se passou à mesquinhez dos interesses e ao radicalismo de posições.
Seguiu-se a ditadura, pautada pelo ataque ao ensino e à cultura.
Hoje, volvidos cem anos, passamos também por um novo ataque às liberdades, ao ensino e à cultura.
Não sei se vamos ou não a caminho de mais um período de ditadura, mas sei que não é este o caminho que deveríamos seguir.
Comemora-se, igualmente hoje, o Dia Mundial do Professor.
Uma data que ficou ofuscada pelas comemorações do centenário republicano em Portugal, mas que teve o indelével registo da UNESCO, como é habitual.
É que não há liberdade, democracia, solidariedade, sem educação e sem cultura.
Cabe às Escolas, e nestas aos Professores, o papel fundamental de criar as condições essenciais ao ensino, à educação e à cultura.
Mas em Portugal, pelo contrário, pretende-se fazer isso sem os professores e muitas vezes, até, contra os professores.
No Dia Mundial do Professor temos de elevar a nossa voz, para defender a nossa profissão, mas sobretudo para defender os princípios republicanos e almejar os objectivos a que se propuseram em 1910 os instauradores do novo regime.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O valor das qualificações


Numa sociedade em crise, diz-se que as qualificações de cada um são um elemento de salvaguarda e de vantagem competitiva.
Por isso, há de qualificar milhares ou milhões de cidadãos através das Novas Oportunidades.
Nem vale a pena falar deste famigerado projecto.
Por outro lado, todas as organizações e sectores profissionais apostam na requalificação dos seus quadros, na avaliação de desempenho, como elementos essenciais ao desenvolvimento e progresso individual e do grupo em que se inserem.
O Ministério da Educação, de há muitos anos a esta parte, embarcou igualmente neste processo.
Abanou com a cenoura de uma progressão mais vantajosa na carreira profissional dos professores, pô-los a fazer sucessivas formações contínuas, cursos de especialização, complementos de formação, mestrados, doutoramentos.
Para quê?
Para continuarem nas mesmas escolas, com os mesmos alunos, com as mesmas faltas de recursos, com a mesma organização funcional, com uma cada vez maior centralidade do ministério, com maior dependência e controlo.
Muitos professores embarcaram neste processo imbuídos de bons objectivos, de boas ideias, diria mesmo de boa-fé.
Outros, talvez os mais sensatos, fizeram-no só e apenas para ganhar mais uns cobres no fim do mês.
Qual o resultado?
Para as escolas e para os alunos não se vislumbram melhoras directamente relacionáveis.
Mas para os professores, fora o maior ou menor aumento salarial obtido, perderam a sua dignidade, sujeitaram-se a ser apelidados de ignorantes e incapazes, necessitados permanentemente de formação. Enfim, uns "burros".
É um pouco assim que muitos daqueles que investiram tempo, esforço e até muito dinheiro na sua formação, quanta dela muito especializada, hoje se sentem.
O que dirá, por exemplo, um professor que neste processo até entendeu obter o mestrado ou o doutoramento em novas tecnologias de informação e comunicação e que no final é colocado, lá na escola, a transportar computadores, cabos e a reparar software, de sala em sala?
Terá sido para isto que se promoveu tanta formação?
Será que a qualificação dos recursos humanos serve apenas para desqualificar a função docente?


domingo, 3 de outubro de 2010

Será a nossa sina?


O S. Miguel acabou.
A feira e festa foram o habitual. Atraíram milhares de forasteiros, houve animação quanto baste, os carroceis e os matrecos deram que fazer à juventude.
A noitada do 28, o verdadeiro arraial, decorreu ao som das concertinas e de um espectáculo musical de cantigas à desgarrada.
Foi uma típica noite de arraial minhoto, de acordo com as tradições antigas do nosso povo.
O dia do padroeiro ficou, como sempre, marcado pela tradicional procissão.
E o povo gostou...
Pena que aqueles que até se pavoneiam nestes espectáculos sejam os mesmos que depois andam a querer fazer da nossa terra uma "cidade média", destruindo o que temos de bom e fazendo perder-se os referenciais das nossas gentes, tipicamente rurais.
Cabeceiras de Basto tem um potencial de crescimento e desenvolvimento ímpar.
É o primeiro concelho rural na transição do litoral para o interior. É, portanto, o que fica mais perto e com melhores acessibilidades às cidades de Fafe, Guimarães, Braga e Porto. Fica perto de muitas outras quer a norte quer a sul.
Se salvaguardar o seu património natural, social, cultural poderá oferecer uma realidade ancestral que os nossos vizinhos já perderam.
Para isso é preciso opções claras e objectivas.
É preciso apostar na criação de infraestruturas que permitam o alojamento na nossa terra, porque não é o turismo de passagem que promove e deixa riqueza.
O S. Miguel demonstrou mais uma vez quanto os nossos valores são valiosos, qual não é a sua capacidade de arrastar forasteiros.
Mas demonstrou também quanto a nossa realidade é incapaz de os aproveitar para fazer desenvolver o nosso concelho.
Acabou-se o S. Miguel, aqui ficamos entregues a nós mesmos, cada vez menos, cada vez mais pobres, cada vez mais desprotegidos.
Será a nossa sina?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bancarrota Sócrates e o Estado Social(ista)


Como estava escrito nas estrelas, há muito, o céu caiu sobre as nossas cabeças.
Já aqui escrevi, e afirmei noutros locais, que era iminente este cenário.
Mesmo não sendo economista, podia adivinhar a situação, tais eram os sinais da crise. Tais eram e continuam a ser os tiques despesistas de quem nos governa. Tais eram os cenários fictícios que nos propunham à consideração.
Ontem, chegou, enfim, o veredicto.
Cortes drásticos nos que estavam mais à mão: os funcionários públicos, os pensionistas, mais todos os cidadãos, através do aumento do IVA.
É este agora o discurso do nosso primeiro. Daquele que, ao longo de 2009, prometeu benesses, prometeu o paraíso. O que distribuiu subsídios, Magalhães, aumentos, negociou a revalorização das carreiras, lançou as megas obras públicas. Daquele que, durante o ano de 2010, se congratulou com os êxitos da nossa economia, que criticava todos quantos punham em causa o estado da nação, que assegurava o cumprimento das medidas orçamentais.
Mas como mero gestor de negócios, sempre que saía do País e era repreendido pela comunidade internacional, chegava cá e adoptava, uma após outra, as medidas que, em Bruxelas ou noutros centros de poder económico, lhe impunham.
Foi assim no PEC I, depois no PEC II, agora na hecatombe do PEC III, e só esperemos que não passe daqui. Nem se imagina o que seria um novo PEC...
Ora, este primeiro foi aquele que nos tem prometido o Estado Social. A defesa dos mais desprotegidos, o direito à saúde e à educação para todos.
Com estas medidas, lá vai o Estado Social pelos ares. Não há dinheiro para coisa nenhuma. Chega-se ao ponto de cortar nos abonos de família, nos apoios sociais.
Agora que eles verdadeiramente fariam falta!
Mas claro, quem esbanjou no Verão, tal como na fábula da cigarra, não guardou paro o Inverno.
E assim, com a bancarrota Sócrates (como o designou António Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo, de ontem) chegámos ao Estado Social(ista), ou seja a miséria para todos.