domingo, 27 de fevereiro de 2011

Congresso dos TSD

Terminou hoje o XII Congresso dos TSD, realizado na Régua, com a eleição dos órgãos da estrutura e a sessão de encerramento presidida pelo líder do PSD, Passos Coelho.
Do acto eleitoral realizado, resultou a eleição de Pedro Roque para novo secretário-geral dos TSD, substituindo, ao fim de 26 anos, Arménio Santos.
Na sua lista inclui-se Serafim Rebelo do Secretariado de Braga.
Na sua lista para o Conselho Nacional, encabeçada por João Dias da Silva, foram eleitos Mário Leite e Francisco Xavier, também em representação do Secretariado de Braga.
Na lista B, o Secretariado de Braga tinha também dois companheiros, um de que não retive o nome e o meu amigo Adelino Silva, mas que não obtiveram eleição directa.
A sessão de encerramento foi marcada pela homenagem a Arménio Santos, que cessou funções, e pelo discurso de Passos Coelho.
Discurso em que respondeu a Sócrates dizendo que a "estabilidade é um instrumento e não um fim" e disse não entender porque é que o Governo continua a "desviar recursos na economia para o que não é necessário e não manda parar, enquanto vai a tempo, aquilo que pode consumir mais recursos no futuro e custar mais emprego em Portugal.
O concelho de Cabeceiras de Basto esteve representado na delegação do Secretariado de Braga pelos congressistas Mário Leite e Francisco Magalhães.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Congresso dos TSD



Este fim-de-semana decorre o XII Congresso dos TSD, no Peso da Régua.
Aqui estou em representação do Secretariado Distrital de Braga.
Tive a oportunidade de usar da palavra para pedir que o Congresso reflicta sobre os problemas dos trabalhadores e dos portugueses em geral: o desemprego, a educação, a saúde, a crise económica; mas que se afirme a alternativa com propostas credíveis, propostas objectivas, metas alcançáveis.
Só assim os portugueses poderão confiar em nós e consubstanciar a alternativa que se exige.
Só assim Portugal pode vencer.
Portugal tem de vencer!

O flagelo continua

O desemprego continua a aumentar no nosso concelho, ao contrário do que acontece na maioria dos concelhos do distrito.
Infelizmente, para nós cabeceirenses, o flagelo continua.
Com ele, aumentam as dificuldades, muitas famílias caminham a passos largos para a miséria.
É este o presente que nos venderam como um excelente futuro.
É deste presente que caminhamos para um futuro preocupante.
Ou mudamos de rumo ou então vamos cair mesmo no precipício.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Asininos têm casa nova no Centro Hípico de Cabeceiras de Basto

A Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto construiu um espaço para albergar os asininos no Centro Hípico.
As instalações agora construídas permitem acolher estes animais em melhores condições e com mais segurança, contribuindo simultaneamente para a valorização destes animais, vulgarmente designados de burros, que é actualmente uma espécie protegida.
Motivo de grande atracção, a sua presença no Centro Hípico de Cabeceiras de Basto, tem despertado a
curiosidade de crianças e adultos.
No Centro Hípico de Cabeceiras de Basto os visitantes podem ainda dar uma voltinha de burro, desfrutando do magnífico espaço onde se encontram também diversos exemplares de cavalos das raças garrana e lusitana.
TV Minho - 02/24/2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

GRÁFICOS QUE ILUSTRAM A SITUAÇÃO ACTUAL

1) A média do crescimento económico é a pior dos últimos 90 anos

Fonte: Santos Pereira (2011)

2) A dívida pública é a maior dos últimos 160 anos

Dívida pública portuguesa em % do PIB, 1850-2010

Fonte: Santos Pereira (2011)

3) A dívida externa é, no mínimo, a maior dos últimos 120 anos (desde que o país declarou uma bancarrota parcial em 1892)

Dívida externa bruta em % do PIB, 1999-2010

Fonte: Santos Pereira (2011)

4) O desemprego é, no mínimo, o maior dos últimos 80 anos. Temos 610 mil desempregados, dos quais 300 mil são de longa duração

Taxa de desemprego em Portugal, 1932-2010

Fonte: Santos Pereira (2011)

5) Voltámos à divergência económica com a Europa, após décadas de convergência

PIB per capita português em % do PIB per capita da Europa Avançada

Fonte: Santos Pereira e Lains (2010)

6) Vivemos actualmente a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos

Emigração portuguesa (milhares de pessoas), 1850-2008

Fonte: Santos Pereira (2010)

7) Temos a taxa de poupança mais baixa dos últimos 50 anos

Taxa de poupança bruta, 1960-2010

Fonte: AMECO, Santos Pereira (2011)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Governo português contra a defesa dos cristãos

Quando ouvimos notícias sobre atentados contra cristãos, sofremos e, muitas vezes, revoltamo-nos ao saber que foram mortos cobardemente por ódio à fé, enquanto rezavam, como aconteceu recentemente no Iraque e no Egipto.

Entre nós – no Ocidente - não há perseguição aberta nem martírios frequentes, mas muitos cristãos sofrem certa pressão e discriminação: ao nível da opinião pública, nos programas de ensino impostos pelo Governo, na legislação sobre saúde, sobre a família e a vida humana... Enfim, cada um de nós é capaz de enunciar já hoje um ou outro caso.
Às claras, ou veladamente, a violência e intolerância contra os cristãos é sempre condenável. Claro! Foi o que também achou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália ao propor, esta semana, à UE, uma declaração conjunta para condenar a perseguição religiosa anti-cristã.
A proposta italiana teve o apoio da grande maioria dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União, mas foi bloqueada por cinco países: Portugal, Espanha, Luxemburgo, Irlanda e Chipre. E, por isso, não se chegou a acordo.
Ficamos, pois, a saber que o Governo de Portugal é líder na Europa contra a defesa dos cristãos.

Aura Miguel, RR on-line 04-02-2011 09:45

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Liberdade e independência

Não podemos afirmar a nossa dignidade sem liberdade e independência.
A liberdade interior, que é bem mais importante do que a liberdade exterior, consiste em possuir um coração puro que não cede a influências e a pressões.
A independência é, antes de mais, seguir uma lei própria, ser autónomo nas decisões e opções que vamos fazendo e que configuram a nossa vida.
Não é fácil em muitas situações ser livre e independente, todos nós conhecemos exemplos disso mesmo, mas é indispensável e devemos contribuir para que outros o consigam ser.

Li isto, hoje, no corpo de um e-mail.
Achei interessante para compartilhar e vem a propósito...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Assumo o desafio!

Ao longo dos últimos meses, tenho vindo a publicar alguns textos onde abordo a situação interna do PSD em Cabeceiras de Basto e a necessidade da sua reorganização, para poder apresentar, aos cabeceirenses, um projecto alternativo em 2013.

Referi aqui neste mesmo espaço, na edição anterior, que o mandato dos actuais órgãos “foram tempos de ausência, de falta de iniciativas, de silêncios (quantas vezes cúmplices com o poder), de ausência de projecto, de medidas, de propostas. Assim e com estes protagonistas, o PSD não pode almejar a ser alternativa, não estará seguramente à altura dos desafios que temos pela frente. Já é tempo, mais do que tempo, de se encontrar uma solução.”

Estávamos nas vésperas das eleições presidenciais, nas quais esperava, como veio a acontecer, a vitória de Cavaco Silva, como um primeiro passo, ao qual se deverá seguir uma vitória nas legislativas (antecipadas) e depois nas autárquicas, que terão lugar em 2013.

Nessa mesma ocasião, mantive alguns contactos com vários militantes e responsáveis partidários, no sentido de os sensibilizar para a urgência de uma solução.

Como então referi, considero que o PSD desapareceu da cena política concelhia, deixando de cumprir o seu papel de oposição, mas deixando, também, de discutir o futuro do partido e do concelho, em diálogo com os próprios militantes e de promover a alternativa de poder autárquico que se deseja.

Aproxima-se, pois, a ocasião de o PSD se assumir como alternativa e para isso é absolutamente essencial que o partido esteja reorganizado, os militantes se revejam numa nova equipa, num programa de acção e que seja apresentado um projecto para o concelho que dê respostas aos múltiplos problemas que os cabeceirenses sentem.

Já lá vão, porém, três semanas sem que haja nota de qualquer evolução na situação interna do PSD.

Sempre assumi a responsabilidade e as consequências das minhas ideias e das minhas propostas. E por isso tenho pago um preço bem alto. Não é agora, num momento absolutamente decisivo, que vou remeter-me ao silêncio ou à inacção.

E nessa conformidade, decidi assumir o compromisso de apresentar uma candidatura aos órgãos da Secção do PSD de Cabeceiras de Basto.

Desta decisão dei conhecimento ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral e solicitei-lhe a marcação da respectiva assembleia-geral eleitoral.

Dou ao partido uma alternativa, uma opção de escolha.

Apresentarei uma nova equipa e um novo projecto, para construir a alternativa em que se possam rever os cabeceirenses, em 2013.

Não posso ser mais claro, mais objectivo, mais positivo.

Aguardarei o veredicto dos militantes.

Assumo o desafio!

Publicado na edição de Fevereiro de 2011 de "O Basto"

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ausência...



Nos próximos dias vou estar afastado do computador.
Por isso os habituais post's vão rarear.
O fim-de-semana será dedicado ao início do engarrafamento do vinho.
Por isso já sabe, se quiser bom vinho verde tinto, ADEGA DOS LEÕES estará disponível a partir de sábado.
Apareçam...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A crise acentua-se

Não obstante as múltiplas intervenções governativas em defesa da evolução positiva da economia portuguesa, dia após dia, múltiplos indicadores vêm demonstrar exactamente o contrário. Nada que seja novidade neste primeiro-ministro e governação socialista.
O Governador do Banco de Portugal veio agora confirmar que Portugal está em situação de recessão.
Os indicadores do desemprego registam o valor mais elevado, 11,1%.
As taxas de juros da dívida pública continuam em valores proibitivos.
Naquilo que é a vida real, aquela que nos entra directa e quotidianamente no bolso, os combustíveis aumentam sucessivamente, pagamos mais IRS, mais IVA, mais taxas, tarifas mais elevadas, mais portagens, ...
Recebemos menos ordenado, temos menos serviços de saúde, de educação, menos apoio social.
Enfim, a crise acentua-se.
O Governo vai resistindo entre o complexo sistema político.
Os portugueses vão pagando e sofrendo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

CARTA DO ZÉ AGRICULTOR

A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbasa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.

"Prezado Luis, quanto tempo.
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do
Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio. "


(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)

Reproduzo o texto que me chegou em e-mail, tal como vem escrito, em português do brasil.Quanto ao conteúdo, só se prova que a "asneira" é universal...Tal como no Brasil, em Portugal a agricultura sofre dos mesmos males e os "ecologistas" são os mesmos idealistas.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Espectacular!!!


Um belo espectáculo!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A esperança egípcia

Hoje vivi um dia muito intenso e só ao início da noite tive conhecimento do abandono do poder de Mubarak.
Tomei conhecimento da alegria e da esperança do povo egípcio numa nova governação, que seja mais livre, mais democrática, mais justa e que propicie mais riqueza e desenvolvimento.
Belas ideias que são compartilhadas por quase todos em momentos de transcendência colectiva.
Assim foi também, aqui, em Portugal, em 25 de Abril de 1974.
Volvidos que estão trinta e seis anos, continua-se a comemorar a data, continua-se a defender os seus ideais.
Porém, a realidade está mais próxima da miséria, da opressão e da revolta que grassa no Egipto.
Uma nação, um povo, não vive apenas de ideais, de idealismos.
Espero que o futuro reserve uma melhor sorte ao povo egípcio.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Não é possível mudar a Educação com “reformas”; é necessária uma “revolução”

Com a devida vénia, publico o texto do Dr. Fernando Ilídio Ferreira, que merece a nossa leitura e meditação.


"A escola é uma instituição educativa; uma comunidade democrática de aprendizagem. Neste sentido, qual é a sua missão, o seu objectivo, o seu desafio? É “combater a violência” ou “promover a convivência"? Talvez para muitos pareça apenas uma questão de terminologia mas, na minha perspectiva, estamos perante diferentes racionalidades e, até, paradigmas em relação ao modo como encaramos e lidamos com a mudança dos processos de ensino e da aprendizagem.

Ao ler vários documentos de escolas - projectos educativos, regulamentos internos, e outros – deparo-me, frequentemente, com expressões como: “combater o insucesso”, “combater o abandono”; “lutar contra a indisciplina”; “combater a violência”, “combater o "bullying", etc. Claro que a utilização destas expressões é, quase sempre, inconsciente. O problema é que, em Educação, tal como noutras áreas, não podemos perder a consciência e a lucidez. O fenómeno de “naturalização” de um determinado tipo de linguagem, que está patente no uso frequente de expressões como as que mencionei acima, parecem revelar que a Escola está a inspirar-se mais nos modelos militares e policiais – o que transparece, desde logo, na “linguagem bélica” utilizada - lutar, combater, etc. - em vez de se inspirar em perspectivas educacionais tão importantes como as de John Dewey, Celestin Freinet, Paulo Freire e de muito outros, as quais apontam caminhos alternativos, baseados nos valores da democracia, liberdade, cooperação, convivência , entre outros.

Enquanto instituição e organização educativa, a Escola é (deveria ser) um espaço de paz e tranquilidade propícios ao trabalho e à convivência, entre alunos, professores e demais actores educativos locais. Sem estas condições, os professores podem "ensinar" e os alunos "aprender" muitas "matérias", sobretudo para tirarem boas notas nos exames, mas não aprendem o que é mais importante na vida, nas múltiplas dimensões que lhe dão sentido: cognitivas, sociais, estéticas, éticas, afectivas, emocionais, etc. Sem um ambiente onde se respire tranquilidade, a escola não tem condições para promover a reflexão, a concentração, a meditação, o espírito crítico, a criatividade, o gosto pelo esforço e pelo trabalho bem feito.

Temos passado por várias reformas educativas ao longo das últimas décadas. No entanto, a minha perspectiva é de que já não vamos lá com "reformas" e muito menos com "medidas" legislativas avulsas que obrigam os professores a despenderem quase todo o tempo na leitura e interpretação de decretos-lei, despachos, portarias, circulares, etc., em vez de orientarem o tempo – um dos bens mais preciosos que temos, hoje - e a energia para trabalharem e conviverem com os alunos. Portanto, defendo que em Educação, não precisamos de mais reformas mas de uma revolução! Uma revolução que não seja arrogante, que não pretenda inventar tudo de novo, atribuindo, apenas, nomes diferentes às coisas - como tem acontecido nas sucessivas reformas educativas e curriculares - mas uma revolução que, com humildade e sensibilidade, nos permita aprender com o legado educacional do século XX e até de séculos anteriores. Do meu ponto de vista, questionar e superar a mentalidade dominante em Educação, fortemente influenciada pela lógica da “engenharia” (engenharia curricular, engenharia da formação, etc.) - lógica projectada ansiosamente no futuro e geradora de um défice de presente e de um desprezo pelo passado - sugiro duas metáforas alternativas para uma "revolução da educação”: a metáfora da "arqueologia" e a metáfora da "agricultura". Podemos organizar uma "tertúlia" para aprofundarmos e debatermos estas questões.

Fevereiro de 2011

Fernando Ilídio Ferreira

Universidade do Minho – Instituto de Educação"

Vaga de frio...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Portugal

Portugal, desde o séc. XX, tem estado sujeito a dois lemas:

No Estado Novo (1926-1974), o lema era : "Deus, Pátria e Família!"

Nesta pseudo- democracia pós 25 de Abril, o lema tem sido praticamente igual, apenas aumentou em uma só letra....

"Adeus Pátria e Família!"

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Reciclar, proteger a floresta

Apostar na Educação

Um país é seguramente mais rico e desenvolvido quanto mais “instruída” for a sua gente.

Para isso, torna-se necessário investir na “Educação”, como meio de assegurar níveis de instrução cada vez mais elevados, mas exigentes, mais rigorosos.

Tem sido assim em todos os países do mundo, que apresentam resultados positivos.

Em Portugal, dizem as estatísticas, que cada vez se gasta mais na rubrica da educação, mas não se conseguem os resultados que se desejam.

Ora alguma coisa tem de estar mal. Ou os números ou os resultados não são fiáveis. Ou até os dois, já que o mal pode estar no percurso realizado.

Vejamos então…

Nós por cá, de facto, temos vindo a “gastar” muito com a educação. Mas fazemo-lo de forma errada. Apostamos em cimento, em papel, em máquinas. Não apostamos essencialmente nos jovens, nem nos professores…

O dinheiro que se gasta vai direitinho para as grandes negociatas das obras e dos equipamentos. Serve apenas para enriquecer os homens dos negócios, não para responder às necessidades dos alunos.

Para haver mais e melhor educação, mais e melhor ensino, é preciso apostar na juventude e nos professores.

E isso passa por mais autonomia das escolas para, em tempo útil, responder adequadamente aos problemas que surgem. Quando aparece um aluno com dificuldades, tem de haver uma resposta imediata e ajustada. De nada vale um longo e penoso processo administrativo, para que um ou dois anos mais tarde seja encontrada uma qualquer resposta para aquele caso. Nessa altura, a pretensa solução encontrada já de nada serve, muitas vezes só vem agravar o problema.

E isso passa por uma cultura de exigência e de rigor. De nada vale falar-se desses princípios se depois o percurso de vida assenta em práticas de favor, do designado “factor C(unha)” e da permissividade. Os jovens apreendem muito bem e rapidamente estas “lições de vida”.

Passa, também, pelos Professores. Pela sua formação, pela sua motivação, pelas suas condições de trabalho, pela autoridade que lhe é conferida. Ora por cá, tudo isto fica muito aquém do mínimo exigível.

Logo, se assim é, como se podem esperar bons resultados, independentemente dos gastos feitos na área da educação?

Só que para mudar este estado das coisas, a Educação não pode continuar a ser a “arma de arremesso” de lutas políticas, não pode ser o “circo” mediático que serve apenas para distrair o povo da crise, do desemprego, do aumento dos impostos, da miséria, enfim do estado a que chegámos.

É urgente e fundamental apostar na Educação, de forma séria, rigorosa e exigente.

Publicado na edição online de "O Basto" - Fevereiro

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Que Parva que eu Sou - Deolinda


Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

A letra de "Que Parva que eu Sou" encontra-se já reproduzida em numerosos blogues e até sites de forças partidárias, prometendo dar que falar nos próximos tempos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Humor à italiana...

Humor à italiana...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Evolução do conhecimento: Uma abordagem pós-moderna (ou será contemporânea?...)

Em 2045, num qualquer hospital perto de si

- Então o que se passa?

- Senhor doutor, tenho aqui uma dor muito forte, do lado direito do abdómen, por baixo do umbigo. Passei a noite a vomitar.
- Que bom, não sei nada de barrigas, o senhor vai ser um doente muito interessante!
- Como assim, não sabe nada de “barrigas”?!
- Caro amigo, médicos com conhecimento estruturado, de barrigas ou de outra coisa qualquer, já não existem. Isso era antigamente, quando tinham de decorar uma data de coisas. E era logo no primeiro ano. Começavam por uma disciplina a que chamavam “Anatomia”: era um calhamaço inteiro para aprender de cor, imagine-se!
- Então mas isso não é importante?
- Não, de todo! Eles aprendiam de cor mas não percebiam nada do que estavam a ler! Só papagueavam. Sabiam falar-lhe durante horas da aorta ou da veia cava mas se calhar nunca tinham visto nenhuma! E essa quantidade estéril de informação tolhia-lhes o cérebro, por isso praticavam uma medicina muito pouco criativa.
- Então e o sr. doutor, como é que aprendeu medicina?
- Pois aí é que está, eu não aprendi. Não lhe disse já que não percebo nada de barrigas? Mas, mais importante, aprendi a aprender medicina. Ou seja, apesar de não saber nada, sei potencialmente tudo. Já viu a sua sorte em ter vindo bater-me à porta?
- Isso é o que vamos ver... Mas espero que em todo o caso tenha tido bons médicos como professores...
- Médicos a ensinar medicina?! Valha-me Deus, que ideia mais medieval! Não , meu caro amigo, os médicos foram erradicados do ensino da medicina há mais de vinte anos.
- ?!
- Não percebo o seu espanto. Então acha razoável que as aulas sejam leccionadas por médicos enfadonhos, sem competências ao nível dos processos de ensino/aprendizagem, e que se limitam a debitar umas teorias estéreis virados para o quadro? Eram muito pedantes esses professores, achavam-se o centro das atenções. E os alunos, claro, não percebiam nada. E o pior é que todos os dias se tornavam menos criativos, menos espontâneos, menos empenhados... Não, meu amigo, hoje temos um ensino moderno, as coisas já não funcionam assim! No final do século XX assistimos a enormes progressos no campo da pedagogia. Começou-se por dar formação aos professores do Ensino Básico e Secundário. Depois, progressivamente, as novas metodologias começaram a entrar nas universidades. Primeiro de mansinho, com o processo de Bolonha. Isto aconteceu no início do século. Curiosamente, o meu curso, Medicina, ainda foi o que resistiu mais tempo. Mas ninguém pára o progresso, e ainda bem: com a criação das Direcções Regionais do Ensino Superior, por volta de 2025, já ninguém podia leccionar no Superior sem uma forte preparação nas modernas correntes pedagógicas.
- Mas como funcionam?
- Para começar, temos de perceber que o conceito de professor está ultrapassado. Já não existem professores, o que existe são orientadores/facilitadores das aprendizagens. E as aprendizagens dependem do interesse dos alunos. Eu por exemplo sempre me interessei muito por pés, logo os meus orientadores facilitaram-me essa aprendizagem.
- Por pés?!
- Sim, é que gosto muito da bola, sabe? O meu power-point de fim de Mestrado é sobre a relação entre o tendão de Aquiles e a potência de remate. Ficou espectacular, fiz com recurso a uma ferramenta das novas tecnologias, um software de medicina dinâmica...
- Então mas qual é a formação desses “facilitadores das aprendizagens”?
- É muito variada... seguiram um pequeno módulo de três meses sobre medicina propriamente dita. A partir daí, estudaram pedagogia, sociologia, psicologia, administração pública... são umas pessoas muito completas.
- Não sei como é que pessoas com esse perfil “diversificado” o conseguiram avaliar...
- Avaliar?! Decididamente, o meu amigo parece ter vivido no século passado! Há muito que se sabe que a avaliação não ajuda a consolidar asaprendizagens. Muito pelo contrário, até desajuda. Quem estuda tendo em vista um exame não aprende nada. A avaliação foi inventada pelas elites por forma a poderem manter a sua supremacia. Eram uns fascistas, não queriam que os saberes caíssem à rua.
- Por falar em “saberes”, o que me parece é que o senhor doutor não sabe fazer nada...
- Não diga isso caro amigo, vai ver que vai ficar contente com o meu trabalho. Olhe que tirei nota máxima nas disciplinas de Medicina em Contexto e Comunicação da Medicina. Fazia umas redacções muito interessantes.
- Tirou nota máxima? Então não me disse que nunca foi avaliado?
- Pois, mas tivemos todos nota máxima. É natural, não é? Cada ser humano é único. Dentro da especificidade de cada um, todos somos excelentes.
- Senhor doutor, eu não o quero interromper, mas estou mesmo aflito. Será que pode então tratar-me?
- Sim, meu caro senhor, vamos a isso! Ora bem, como lhe expliquei, não sei nada de barrigas, mas daqui a nada já vou saber tudo. Mas antes, vou ter de fazer umas investigações.
- “Investigações”?!
- Sim. Investigações. Não me pergunte porquê, mas essa palavra (tal comoaprendizagens e competências) deve ser usada sempre no plural. Vou usar as investigações para construir o meu próprio conhecimento. Quer conhecimentos mais robustos e genuínos do que aqueles que são construídos pelo próprio sujeito?
- Devo-lhe dizer que começo a ficar desconfiado. Em que consistem essas investigações?
- Ora bem, vou dirigir-me aqui ao meu terminal e interrogar o maior especialista de medicina clínica que existe: a internet. Como disse, isto vai ser mesmo muito interessante.
- A internet?!
- Exactamente! Ninguém sabe mais do que a internet, isso é mais do que óbvio. Hoje tudo está à distância de um clique, não tenho de abrir aqueles livros enfadonhos a preto e branco que conservamos na secção de museologia do hospital, em sinal de aviso às gerações futuras, para que não voltem a cair no erro do culto ao conhecimento estático.
- Então vamos lá.
- Sim, desculpe. Ora bem, deixe-me escrever aqui a minha procura “dor barriga lado direito”. Enter. Pronto, a informação já jorra! Huuumm... pois... tal como suspeitava... sim... sim...
- Já sabe o que tenho?
- Sim, é um problema simples, mas espere um pouco, deixe-me fazer aquicopy-paste para colocar no seu relatório. Agora, para confirmarmos o diagnóstico tenho só de lhe tirar uma radiografia, para ver se aparece uma imagem parecida com esta aqui. Não percebo muito bem o que representa, mas se a sua for igual é porque tem a mesma coisa. A única chatice é que a máquina de raios-X está avariada. Mas não se preocupe, vou já telefonar ao engenheiro biomédico de serviço.

(Passados dez minutos entra o engenheiro)

- Então o que se passa, senhor doutor?
- Queria fazer uma radiografia a este doente, senhor engenheiro, mas a máquina está avariada...
- Que bom! Não sei nada de máquinas de raios-X! Vai ser um serviço muito interessante...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Uma pérola da nossa Terra

A nossa região tem óptimas casas que merecem a visita.
A Casa das Tojeirinhas, mesmo no centro da vila de Arco de Baúlhe, é uma delas.
Agora disponível para o turismo.
Vejam no seu site e sobretudo aproveitem para a usufruir...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Apresentação de "Os amigos do Marco"

Hoje regressei à "minha" Escola, a EB de Pedraça, para na sala onde leccionei durante meia dúzia de anos, apresentar o livro criado a partir de uma actividade levada a cabo para comemorar o Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, em 27 de Outubro de 2009.
A partir de um texto meu, os alunos elaboraram as ilustrações.
Resultou a edição de "Os amigos do Marco".
A apresentação do livro foi promovida pelas Professoras e Educadora da Escola e contou com a presença da Directora do Agrupamento, Dr. Céu Caridade e de Dr.ª Cristina Dias.
Os alunos, também colaboradores da edição, participaram numa leitura colectiva da obra e fizeram a sua exploração.
Por fim, decorreu um lanche com todos os intervenientes.
A partir de hoje, o livro encontra-se disponível nas bibliotecas escolares das Escolas EB 2 e 3 de Refojos e do Arco, bem como da Biblioteca Municipal Dr. António Teixeira de Carvalho.
Está também à venda na Papelaria Cabeceirense, na Praça da República, em Cabeceiras de Basto, para além do site do Sítio do Livro.
Brevemente o livro será apresentado noutros estabelecimentos de ensino, em actividades de animação de leitura.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

PSD quer emagrecer o Ministério da Educação

Ontem no Prós e Contras Pedro Duarte abordou este assunto. Hoje encontrei esta notícia que partilho convosco.
Vale a pena reflectir, concordemos ou não.
Uma coisa é certa: este modelo actual não tem resultado, uma mudança pode ser boa.
É claro que depende da mudança...
"Estado. PSD quer emagrecer o Ministério da Educação
O PSD quer um Ministério da Educação (ME) limitado ao papel de regulador do ensino sem funções de gestão das escolas. Depois de, nas jornadas parlamentares do PSD, ontem em Braga, Joaquim Azevedo, ex-secretário do governo de Cavaco Silva, ter defendido que o "Ministério da Educação pode ser implodido sem nenhum problema", ao i, o vice-presidente da bancada parlamentar, Pedro Duarte, explica que o PSD quer "reduzir o monstro burocrático do ME".
De acordo com o deputado, o sistema intermédio, "como as direcções regionais", gera "entropia na educação". Estas estruturas, esclarece, levada a cabo a "redução das competências" defendida pelos sociais-democratas, "extinguem-se por si próprias".
A visão da educação do PSD passa por remeter a tutela a apenas "uma função de regulação e avaliação do sistema" mas "não a de dirigir as escolas".
"Uma verdadeira autonomia das escolas", diz o Pedro Duarte, que concorda com uma avaliação dos professores feita por uma agência independente.
Nas jornadas, o antigo secretário de Estado Joaquim Azevedo tinha defendido que Portugal não precisa dessa administração do ME "para coisa quase nenhuma". O que é necessário, sustentou, é apenas uma agência de apoio às escolas e uma agência de avaliação. "Mais nada". Encolher o peso e influência do ME foi a empreitada que Couto dos Santos quis levar até ao fim enquanto tutelou a pasta da Educação, no governo de Cavaco Silva.
Falhou na missão e hoje culpa os partidos pelo fracasso: "Encontrei demasiadas resistências entre altos funcionários das direcções centrais e regionais, estratificados por todas as forças partidárias.
"O modelo que o antigo ministro ambicionou tinha como finalidade reduzir o ministério a duas funções: "Um ministro e dois staff para gerir o processo legislativo e definir estratégias de médio e longo prazo das políticas educativas seria suficiente." Tudo o resto caberia às escolas, que veriam a autonomia aumentar, e às direcções regionais, que teriam de reduzir a dimensão: "Acabar com os serviços centrais e descentralizar o concurso de professores para um plano regional foram metas que não consegui cumprir."
Hoje é diferente, avisa Couto dos Santos, convencido de que é "agora ou nunca" que a reestruturação deve avançar: "A falta de dinheiro é uma oportunidade única para iniciar o processo, que contudo, não pode ser tão radical como defende Joaquim Azevedo - terá de avançar por fases", remata."...
Agora pensem nisto.
Abraço!
Publicada por Professor Raro

Joaquim Azevedo defende fim da "lógica centralista" na educação

“O Ministério da Educação pode ser implodido", diz o presidente da Universidade Católica do Porto.
O país não precisa do Ministério da Educação e deve acabar com a “lógica centralista”, defende o professor Catedrático da Universidade Católica Portuguesa e presidente do Centro Regional do Porto daquela Universidade.
Convidado das Jornadas Parlamentares do PSD, em Braga, Joaquim Azevedo diz que Portugal não precisa de uma administração “que só na Educação devora um orçamento poderosíssimo”.
“Nós não precisamos dessa administração para coisa quase nenhuma para melhorar a Educação, precisamos para destruir o valor que se cria”, acusa o presidente da Universidade Católica do Porto.
Joaquim Azevedo defende, como alternativa, uma agência de apoio às escolas e uma agência de avaliação.
“O Ministério da Educação pode ser implodido e sem nenhum problema e com resultados muitíssimo melhores para a educação do país. Não há nenhuma dificuldade em fazer isto, desde que seja feito desta maneira”, argumenta.“Não devíamos precisar da OCDE para dizer que estamos melhores ou piores. Nós temos é que, em cada escola, saber se estamos a melhorar ou não estamos a melhorar, e esse caminho só através da autonomia e da contratactualização, e acabar com a lógica centralista”, sublinha.