sábado, 31 de julho de 2010

Leituras de verão


O meu plano de leituras continua a bom ritmo.
Depois de "Do Alvão ao Ramelau", seguiu-se "Um sopro de vida".
Diferentes, mas curiosamente ambos com uma grande ligação aos militares. Coincidências...
Fiquei muito agradado com a obra de José Rodrigues dos Santos. Não fiquei admirado, já que tinha lido há uns anos uma outra obra sua.
Agora que estou quase de partida, iniciei a leitura de um autor de que gosto e tenho lido quase toda a sua obra: Konsalik.
Um médico alemão que se dá bem nas artes da escrita.
Entre assuntos médicos, questões políticas e sociais, há sempre um trama passional.
Obras ligeiras de entretenimento.
Desta vez segue-se "Beleza cruel".
Não terei tempo de concluir a leitura, mas ainda há Agosto pelo meio...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Santinha Light


Não há praia onde não apareçam vendedores ambulantes.
Em pleno areal, muitos aí exercem a sua actividade diária a vender bolas de Berlim, bolacha americana, biquínis, relógios, ...
Ao longo dos últimos anos, é sempre com inusitada atenção que vemos chegar o "Santinha Light".
Um vendedor de bolas de Berlim muito especial.
Brasileiro de origem, moreno de natural e da profissão, bem vivido de anos e de experiências.
Carregado como mais nenhum.
Mas o que chama a nossa atenção é a sua indumentária e o seu reportório.
É uma figura, é a "figura da praia".
Tem sempre uma palavra para todos. Um sorriso maroto. Uma piada.
Pelo meio vai vendendo, como nenhum outro, as suas bolas miraculosas segundo o seu pregão:
"Bolinha Santinha Light
A bolinha do sucesso
mantém a beleza natural
emagrece os gordos e
engorda os magros".
Muitas outras características anuncia, de forma mais elucidativa, para todo o tipo de necessidades.
Entre a entrega de uma bola e o arrumar das caixas, lá vai contando a história da sua vida. Uma "estória" de vida ou uma vida numa história.
Sempre uma agradável presença, um espaço de entretenimento.
Todos os dias o "Santinha Light" é um espectáculo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Reunião de família


Ontem, ao jantar, reunimos 17 elementos da família em férias.
Um grupo grande, considerando até o facto de não ter havido qualquer plano colectivo para o gozo de férias.
Tios, irmãos, cunhados, sobrinhos, primos, dos quinze aos setenta anos, desde o Brasil até Cabeceiras, passando por Braga e Fafe.
O "Zé do Peixe Assado" foi o local do encontro.
Amanhã, em Albufeira, teremos direito a um novo encontro, para uma sangria...
As férias vão sendo agradáveis.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Leituras de verão


Tal como referi no meu último post, acabei de ler o livro de José da Costa Oliveira, "Do Alvão ao Ramelau".
Acabei por confirmar a opinião que já tinha emitido.
Gostei, não obstante versar sobre uma realidade bem particular, a tropa nos finais dos anos sessenta.
Iniciei já a leitura de uma outra obra., "A vida num sopro" de José Rodrigues dos Santos.
Muito interessante, agradável de ler, muito atractivo.
É a segunda obra deste autor que leio.
Confirmo a primeira opinião, é para ler!
E assim vão as férias...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

1.º dia de praia


Como já é tradição, a principal actividade de praia é ler.
Hoje, primeiro dia de sol à beira-mar, aproveitando um aprazível e ameno dia de verão, pude continuar a leitura de um livro de um nosso conterrâneo.
Prossegui a viagem "Do Alvão ao Ramelau", de José da Costa Oliveira.
Espero terminar amanhã.
É mais uma obra realista de uma época que nos é contemporânea.
Muitas das pessoas que conhecemos e dos acontecimentos que vivemos, de forma e em momentos distintos das nossas vidas.
Também um documentário exaustivo da vivência militar na década de sessenta.
Um bom livro, na sequência do primeiro.
Mais uma obra que coloca a nossa terra e as nossas gentes em destaque.
Merecedor dos nossos louvores, o autor.

domingo, 25 de julho de 2010

Pôr do Sol


Primeiro pôr do Sol de férias...

sábado, 24 de julho de 2010

Férias


Está calor e é tempo de férias.
Nos próximos dias, é possível que não faça a actualização diária do blogue.
Dependerá da disposição e da disponibilidade.
Bom fim-de-semana e boas férias a quem também está a gozar um merecido tempo de repouso.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Arte e sensibilidade humana

O vídeo abaixo apresentado é da vencedora do programa "Ukraine’s Got Talent", Kseniya Simonova, de 24 anos, desenhando uma série de imagens numa mesa de areia iluminada mostrando como as pessoas comuns foram afectadas pela invasão alemã durante a Segunda Guerra Mundial.
O seu talento, que é claramente diferente, é fascinante de olhar. As imagens, projectadas numa grande tela, levaram várias pessoas do auditório às lágrimas e ela ganhou o primeiro prémio de cerca de £ 75.000,00. Ela começa criando uma cena com um casal sentado, segurando as mãos, num banco sob um céu estrelado. Mas, quando chegam os aviões de guerra, a feliz cena é desfeita.
Ela é substituída por um rosto de mulher chorando, mas quando chega uma criança, a mulher volta a sorrir. A guerra retorna novamente e a artista joga areia formando o caos, de onde o rosto de uma jovem aparece.
Ela rapidamente se transforma numa velha viúva, com o rosto enrugado e triste, antes da imagem se transformar no monumento ao Soldado Desconhecido na Ucrânia.
Essa cena externa fica emoldurada por uma janela, como se o observador estivesse olhando para o monumento de dentro de uma casa.
Na cena final, uma mãe e uma criança aparecem do lado de dentro, com um homem parado do lado de fora da casa, pressionando sua mão sobre o vidro, dizendo adeus.
A Grande Guerra Patriótica, como é chamada na Ucrânia, resultou na morte de ¼ da população, com 8 a 11 milhões de mortos numa população de 42 milhões de pessoas.

A artista Kseniya Simonova diz:
“Acho bastante difícil criar arte usando papel e lápis ou pincéis, mas usar areia e os dedos está além do meu entendimento. A arte, especialmente quando a guerra é usada como tema, chega a levar as pessoas às lágrimas. E não existe maior elogio do que este.”


Clique no link abaixo:

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pobreza


Ontem tive de deambular pela cidade de Braga.
Fiquei espantado!
Os arrumadores de carros são agora aos magotes.
Onde, ainda há meses, havia um ou dois arrumadores, vi ontem sete.
Quase de cem em cem metros, lá estava um ou uma a aconchegar o parqueamento das viaturas.
Sinal evidente de pobreza social e económica.
Sinal do agravamento da crise, do agravamento da miséria.
Sinal bem evidente do quanto o discurso do Governo e do Primeiro-Ministro está em desacordo com a realidade que apregoam.
Pelos vistos, não é por falar em "estado social" que se combate a pobreza.
É com medidas concretas que criem riqueza.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Como vai a nossa sociedade...









Quino, o sempre mordaz autor da "Mafalda", desiludido com o rumo deste século XXI, no que respeita a valores e educação, desenha estes sugestivos cartoons ... dá que pensar mesmo ...


terça-feira, 20 de julho de 2010

Transporte escolar


Se tivesses este meio de transporte, irias à Escola?

Los Pinas, Colômbia

Cada ida para a escola é uma emoção….

Nos últimos 200 anos, na remota aldeia de Los Pinas, localizada na densa selva colombiana, as únicas duas ligaçoes com a civilizaçao acabaram por se resumir a uma caminhada traiçoeira de 2 horas ou a uma descida heróica de 1 minuto através de um primitivo sistema de cabos suspenso a 365 metros de altura, percorrendo 805 metros do desfiladeiro a uma velocidade de 13m/s, dependendo da carga transportada.
O sistema possui 2 cabos, um para levar os habitantes e outro para os trazer de volta, podendo transportar consigo diversos tipos de fornecimentos... Parece que ainda ninguém sabe o peso limite suportado pelos cabos, o que só pode ser interpretado como um bom sinal!

É só apreciar...




segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sá Carneiro


Homenagem na data do aniversário do seu nascimento.

Lá fora aposta-se no regresso a escolas mais pequenas


Na Finlândia, só três por cento dos estabelecimentos têm mais de 600 alunos

Ao contrário de Portugal, lá fora aposta-se no regresso a escolas mais pequenas

Em Nova Iorque, a taxa de sucesso entre os alunos que foram transferidos para escolas mais pequenas é superior à dos que permanecem nos velhos estabelecimentos.

A criação de grandes agrupamentos escolares que irá começar a tomar forma em Portugal no próximo ano lectivo está em queda noutros países, que já viveram a experiência e tiveram maus resultados. Na Finlândia, a pequena dimensão é apontada como uma das marcas genéticas de um sistema de ensino que se tem distinguido pelos seus resultados de excelência.

Em Portugal, para já, os novos agrupamentos, que juntam várias escolas sob uma mesma direcção, terão uma dimensão média de 1700 alunos, in- dicou o secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata. O número limite fixado foi de três mil estudantes.

Em Nova Iorque, o mayor Michael Bloomberg tem vindo a fazer precisamente o oposto. Desde 2002 foram fechados ou estão em processo de encerramento 91 estabelecimentos. Entre estes figuram mais de 20 das grandes escolas públicas secundárias da cidade, que foram substituídas por 200 novas unidades. Nas primeiras chegavam a coabitar mais de três mil alunos. Nas novas escolas, o número máximo vai pouco além dos 400.

Em algumas das grandes escolas que fecharam portas eram menos de 40 por cento os alunos que tinham êxito nos estudos. No conjunto das escolas da cidade, esta percentagem é de 60 por cento, mas entre os estudantes que estão nas novas unidades já subiu para os 69 por cento, revela um estudo financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, divulgado no final do mês passado.

A fundação criada pelo dono da Microsoft tem sido um dos parceiros da administração do mayor Bloomberg na implementação da reforma lançada há oito anos. O estudo, desenvolvido pelo centro de investigação MDRC, abrangeu 21 mil estudantes, dos quais cerca de metade está já a frequentar as novas escolas. Uma das conclusões: entre estes, a taxa de transição ou de conclusão dos estudos é superior em sete pontos à registada entre os alunos inquiridos que frequentam outros estabelecimentos de ensino.

Uma escala mais humana

Até 2014 terão passado à história dez por cento dos estabelecimentos com piores resultados. O objectivo fixado por Bloomberg duplica a meta estabelecida pela administração de Obama, que no ano passado desafiou os estados a fecharem cinco por cento das suas escolas mais fracas. No âmbito do novo programa Race to the top, lançado para combater o insucesso escolar, aos estados com melhores estratégias e resultados serão garantidos mais fundos para a educação.

Mas o objectivo não é só fechar as escolas com milhares de alunos e substituí-las por unidades com uma dimensão mais humana - embora este enfoque na "personalização" seja considerado vital. A mudança de escala está também a ser acompanhada pela implementação de novos currículos, pela fixação de um corpo docente mais qualificado e por uma maior autonomia das escolas.

Esta aposta em escolas mais pequenas, mais bem qualificadas e com maior autonomia faz também parte das prioridades do novo primeiro-ministro conservador britânico, David Cameron, o que, a ser levado por diante, constituirá uma profunda inversão da tendência registada na última década no Reino Unido. O número de escolas com mais de dois mil estudantes quase quadruplicou e cerca de 55 por cento das secundárias têm mais de 900 alunos.

Com esta dimensão, a função dos docentes passou frequentemente a ser mais a de "apagar fogos" do que a de ensinar, constata-se num documento elaborado pela organização de professores Teach First.

Aumentar permite poupar

Um estudo elaborado há uns anos pelo EPPI-Centre, de Londres, com base nas experiências dos países da OCDE, concluía que os alunos tendem a sentir-se menos motivados nas escolas maiores e que os professores se sentem menos felizes com o ambiente vivido nestas.

Ao invés dos resultados obtidos em Nova Iorque, no que respeita às escolas secundárias concluía-se, em contrapartida, que os resultados dos alunos tendem a ser melhores em escolas maiores. O que era justificado pela existência nestes estabelecimentos de corpos docentes com mais valências. Por outro lado, o aumento da dimensão traduz-se numa redução do que o Estado tem de despender por cada aluno. Em Portugal, no ensino não superior, esta factura rondará os três mil euros por ano.

Em Portugal, a par com a concentração de agrupamentos, irão também ser encerradas as escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos. A lista das que fecharão no próximo ano lectivo deverá ser conhecida esta semana. Desde 2000 já fecharam portas 5172 escolas deste nível de ensino.

A ministra da Educação justificou esta medida dizendo que se pretende garantir que todas as crianças beneficiem "de escolas com os requisitos que a educação do século XXI exige". Na Finlândia, quase não existem escolas com menos de 21 alunos, mas 40 por cento têm menos de 50 estudantes e são apenas três por cento as que vão além dos 600. Outra norma obrigatória: para chegar à sua escola, as crianças não podem ser obrigadas a deslocar-se mais do que cinco quilómetros. Por cá, serão cada vez mais os alunos que terão de percorrer uma distância quatro vezes superior a esta.n

Clara Viana

Público

domingo, 18 de julho de 2010

Sentido crítico


A nossa cultura actual leva-nos cada vez mais a consumir, seja o que for, sem o devido sentido crítico.
Entra-se num supermercado e somos levados a comprar os mais diferentes produtos, mesmo que eles não nos façam qualquer falta.
Passamos horas a fio ligados à TV, sem reconhecer que o aparelho tem um botão que liga e desliga. Não nos questionamos com o teor do que vemos, do que ouvimos...
A juventude curte a net e os telemóveis, onde depauperam o seu tempo a jogar os jogos mais idiotas ou em infindáveis troca de sms, sem acautelarem a sua sanidade intelectual.
A nossa sociedade de consumo exacerbado, consumiu-nos em primeira linha o sentido crítico.
Na escola, desde os primeiros anos, os professores têm como objectivo desenvolver o sentido crítico, mas a escola da vida rapidamente o destrói.
Mas para quem tem algum sentido crítico, reconhece as tristes figuras que vemos ou ouvimos nos órgãos de comunicação social quando questionados sobre os mais diferentes assuntos.
Ora, quando leio algumas notícias sobre a nossa terra, também fico aterrado.
É que quem conhece o que se passa, quem conhece os antecedentes, os percursos, como entender certas afirmações, como compreender certas mensagens que se querem fazer passar?
Só com sentido crítico se pode saber ler, ouvir e ver o que nos rodeia.

sábado, 17 de julho de 2010

A Obesidade Mental - Andrew Oitke


O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity»,
que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais
em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o
conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema
da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos
do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação
e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de
preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que
de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos
tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas
e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas
e realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as
revistas e romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se
comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a
dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados,
videojogos e telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina,
romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam
depois uma vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os
Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de
reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das
realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e
manipular.»
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade
fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para
que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes
realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a
cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil,
paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da
civilização, como tantos apregoam.
É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»

Por João César das Neves - 26 de Fev 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Discriminação positiva


Estes dias, a propósito das SCUT's muito se tem falado de necessidade de efectuar uma discriminação positiva para os utentes de certas vias rodoviárias.
Custa-me a entender a manifesta discriminação negativa a que a nossa região continua a ser votada.
Como entender que sendo "Basto" a região mais pobre de Portugal e da Europa, não seja contemplada com quaisquer medidas ditas de discriminação positiva.
Desde logo, e a propósito, no pagamento das portagens da A7.
Mas também num outro vasto conjunto de medidas impulsionadoras de desenvolvimento, como por exemplo incentivos fiscais para a instalação de empresas, manutenção de serviços públicos, isenção ou redução de taxas e demais encargos burocráticos.
Só assim, se criariam mais algumas condições geradoras de sinergias evolutivas.
Mas aquilo que nos toca, é sempre a implementação das medidas mais penalizadoras.
Veja-se agora o caso dos mega-agrupamentos de escolas.
No distrito de Braga, praticamente só nos concelhos de Basto é que a DREN impõe a fusão de agrupamentos.
Só em Cabeceiras e Celorico, fundem-se cinco agrupamentos.
Logo mais uma discriminação, só que, como sempre, negativa.
É este o nosso triste fado!

Carta Educativa


Carta Educativa

Faz agora quatro anos que os órgãos autárquicos aprovaram a Carta Educativa para o concelho de Cabeceiras de Basto.

A sua aprovação decorreu de um pretenso estudo, elaborado por uma entidade externa, nos moldes requeridos pelo Ministério da Educação.

O projecto de carta educativa para o nosso concelho mereceu desde logo várias críticas e até alterações antes da sua homologação pelo Ministério da Educação.

Porém, era desde logo evidente que o nosso concelho não comportava, nem a curto nem a médio prazo, sete centros ou pólos escolares, como aí era referido.

Era já manifestamente evidente que dois centros escolares de média dimensão seriam suficientes e obviamente seriam sedeados em Refojos e no Arco de Baúlhe. Só que esta solução era inconveniente para algumas outras freguesias (nomeadamente as de maioria socialista), como Cavez, Faia, Outeiro, Painzela ou Cabeceiras de Basto (vulgo S. Nicolau).

Mal se começou a querer executar o previsto na referida carta educativa, logo a autarquia alterou a localização do centro escolar previsto para Lameiros e passou-o para junto do pavilhão gimnodesportivo.

O processo de encerramento de escolas e de transferência de alunos segue uma política discricionária, o que foi patenteado na mudança dos alunos de Basto (S. Senhorinha), Passos e Petimão para a escola da Faia, como se se tratasse de um ajuste de contas políticas, face aos resultados das eleições de 2005 para as Juntas daquelas Freguesias.

Entretanto, no processo eleitoral para o Conselho Executivo do Agrupamento do Arco de Baúlhe, uma disputa acirrada proporciona uma derrota política ao poder socialista.

Estava traçado, também, o destino daquele Agrupamento.

Hoje, quando o Ministério da Educação pretende poupar dinheiro e “fundir” os agrupamentos, logo o poder político local lhe dá total apoio. Consegue assim pela via administrativa o que nunca conseguiu pela manifestação democrática da vontade dos intervenientes.

Ao deixar encerrar o Agrupamento do Arco, a autarquia não só não cumpre o aprovado na Carta Educativa, como não respeita as decisões dos órgãos locais. Pelos vistos de nada servem o Plano Director Municipal, a Carta Educativa, os estudos feitos.

Mais, de nada servem o executivo e a assembleia municipal que votaram estes documentos.

Assim sendo, também podemos dispensar esses órgãos. Podem igualmente ser extintos e “fundidos” com outros quaisquer. Sempre se poupavam também mais uns cobres aos nossos bolsos de contribuintes.

Portagens

Por falar em nos andarem a meter a mão no bolso, vem a propósito a questão das portagens. Muitas vezes tenho chamado a atenção para esta questão.

Estamos numa das zonas mais desfavorecidas de Portugal e da Europa. No entanto, para a nossa região não há “discriminação positiva”. Pagamos como os outros.

Contudo, para regiões muito mais ricas, o PS pretende medidas de excepção, benefícios para os utentes regulares, descontos, enfim procuram ainda não perder muitos votos…

Mas pelos nossos lados, só o Presidente da Câmara de Ribeira de Pena veio reclamar publicamente.

Que interesses ou prioridades estão por trás do silêncio dos outros?

Publicado na edição de Julho de "O Basto"

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Manifestação 2

Cartaz da manifestação de ontem.

Unidade de Internamento


Foi hoje, finalmente, inaugurado a Unidade de Internamento de Cabeceiras de Basto.
Segundo notícias que vieram no Público e no Guimarães Digital, fica-se a saber que aquele edifício construído para o "internamento" do Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto, afinal será uma unidade de convalescença do Centro Hospitalar do Alto Ave, que integra os hospitais de Guimarães e de Fafe.
Segundo noticia o Público, desconhece-se qual o estatuto desta unidade, porque não se integra no actual Sistema Nacional de Saúde, e levanta dúvidas quanto à existência dos recursos técnicos e humanos necessários e adequados à sua função.
De qualquer dos modos, a existência de mais um serviço de utilidade pública na nossa terra é sempre bem vindo.
No entanto, que não seja apenas uma réplica aos serviços que a Santa Casa da Misericórdia se apresta a disponibilizar, prejudicando mais uma vez a verdadeira existência de uma Unidade de Cuidados Continuados e da prestação de serviços médicos integrados nos serviços de saúde que está a implementar.
Enfim, hoje consumou-se, mesmo que em moldes diferentes, um sonho autárquico de dezasseis anos. É fruto não do empenho e satisfação das necessidades dos cabeceirenses, mas da teimosia em fazer vingar um projecto que não tem sustentabilidade e só servirá marginalmente as necessidades dos cabeceirenses.
Mas foi conseguido, sabe-se lá com que custos...
Custa é acreditar que não seja possível manter mais um ano (ou muitos mais) o Agrupamento de Escolas do Arco.
São estas contradições que custam a entender.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Manifestação

Hoje à tarde, as comunidades de quatro Agrupamentos de Escolas do distrito de Braga manifestaram-se nas imediações da DREN - Direcção Regional de Educação do Norte.
Nem sei bem por onde começar...
Não sei se hei-de levar esta questão pelo lado sério, se pela brincadeira em que se tornou...
Este processo apareceu sem ser anunciado, sem ser negociado, sem haver qualquer informação.
Era uma medida imediata para conter custos, que se aplicaria a todos os agrupamentos de escolas, a uns no próximo ano lectivo, aos outros no que se lhe vai seguir.
Seria um processo "imperativo", mas que dependia do acordo com as autarquias.
Rapidamente, o processo ficou na estaca zero.
A grande maioria das autarquias não deram o seu aval a tal medida, até porque lhes competem já elevadas responsabilidades e as escolas e os agrupamentos não funcionam sem a colaboração autárquica.
Chegados aqui, verifica-se que praticamente só o Agrupamento de Escolas do Arco é que tem aval para ser "fundido".
Situação ingrata..., pelo que há de lhe juntar os demais agrupamentos do concelho de Celorico.
Por que não os de Fafe ou Guimarães?
Enfim, no âmbito da DREN apenas cerca de uma vintena de agrupamentos é "fundida".
E é com estes resultados que o Sr. Director Regional se acha convicto da sua acção e da justeza das suas posições.
Porque será que praticamente a região de Basto contribui com um quarto dos encerramentos?
A manifestação não teve, como aliás era evidente, nenhum resultado prático.
Mas teve a virtude de afirmar a clara oposição a "políticas" que nada têm de educativas e de defesa dos interesses dos alunos e das suas famílias.
Mais um ataque, às escolas e à educação, sem sentido, mas com evidentes consequências...

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a

Pensamento divulgado em 1931 por Adrian Rogers

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931

terça-feira, 13 de julho de 2010

Portugal, uma praça para o mundo

PORTUGAL, UMA PRAÇA PARA O MUNDO from Anze Persin on Vimeo.



Filme divulgado no pavilhão de Portugal na Expo 2010, em Xangai.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Acrobacias



Espectáculo... espectacular!!!!

Empurrar o figo


Conta-se uma anedota de alentejanos, em que dois compadres estavam deitados à sombra de uma figueira. Do alto da figueira, caiu um figo na boca de um dos compadres, que nada faz para o comer. Pergunta-lhe o outro, “então compadre não come o figo?”, ao que aquele lhe responde “estou à espera que caia outro para o empurrar”.

Ora, pela nossa terra, parece que se está à espera que algo caia do céu.

A oposição, nomeadamente o PSD, não obstante as múltiplas situações a merecer análise e soluções, nada diz e nada faz.

Como se entende que com o agravar sistemático do desemprego no concelho não haja uma palavra sobre o assunto? Não se reflicta sobre as suas origens, se apresentem soluções?

Como se compreende a passividade quanto ao que se passa com as obras no anexo do Centro de Saúde e a falta de cumprimento das promessas feitas quanto ao internamento?

Como se justifica que continue uma política de desordenamento urbanístico sem que não se debata a questão e se antecipem soluções?

Como é possível que ocorra mais uma alteração à carta educativa, com o enceramento do Agrupamento de Escolas do Arco, causando inevitáveis prejuízos para toda aquela comunidade escolar, que abrange meio concelho, sem que se vislumbre a mais ténue tomada de posição? Será que concordam? Ou estão contra? Ninguém sabe!

Ninguém sabe o que fazem, o que querem, o que propõem, o que desejam…

Como esperam conquistar o apoio dos cabeceirenses para lhes proporcionar uma alternativa, quando se sabe que em 2013 irá ocorrer uma mudança de liderança política nas hostes do poder?

Creio que não é à espera que “caia outro figo para empurrar o primeiro”…


Texto para a edição electrónica do jornal "O Basto"

domingo, 11 de julho de 2010

Política


Os nossos amigos brasileiros conseguem comparações interessantes.

Mas por cá, é mais ou menos na mesma... talvez pior em alguns casos.

sábado, 10 de julho de 2010

Cabeceirenses pagam portagens e líderes do PS estão calados!

Os últimos dias têm sido marcados pela questão das portagens e das SCUT’s, isto é auto-estradas sem custos para os utilizadores.

O PS, depois de ter prometido manter as SCUT’s, veio agora a público defender a introdução de portagens nessas auto-estradas, assegurando apenas manter esse benefício para as zonas mais desfavorecidas.

Esperava-se que os responsáveis locais, nomeadamente o Presidente da Câmara Municipal e líder distrital do PS, o Presidente da Assembleia Municipal e líder do PS local, e a deputada do PS eleita em representação deste concelho viessem a público reclamar esse estatuto para a A7, a auto-estrada que serve o nosso concelho, a região de Basto e fará a ligação, por Trás-os--Montes, a Espanha, porquanto Cabeceiras de Basto e toda esta vasta região é uma das mais desfavorecidas de Portugal e da Europa.

Aliás, já deveriam ter tido essa postura aquando da sua abertura, em vez da festa e do folclore da inauguração.

Porém, continua um pesado e ensurdecedor silêncio!

Os interesses partidários e a fidelidade ao Governo socialista exigem, destes líderes, um comprometedor alheamento.

Os Cabeceirenses e todos os utentes desta região recordarão sempre esta atitude, todas as vezes que ao passar a portagem paguem a taxa que só se deveria aplicar aos utilizadores das regiões mais desenvolvidas, isto é aos mais ricos, e com alternativas, de acordo com a opinião do próprio Primeiro Ministro.

Cabeceiras continua a ser um concelho pobre, cada vez mais despovoado, com mais desemprego (que pelos vistos já chega a todo o lado), mas os nossos governantes nada dizem quanto à aplicação destas taxas lesivas dos interesses dos Cabeceirenses e da própria economia da região.

O PSD defende que Cabeceiras deverá apostar em projectos que potenciem os recursos locais, nomeadamente na área do turismo, a qual tem de contar com vantagens acrescidas.

A auto-estrada é uma oportunidade, se não continuar a ter um pesado custo para a economia local.

O PSD não deixará de defender os interesses dos Cabeceirenses.


Este foi o comunicado emitido pela Comissão Política do PSD de Cabeceiras de Basto, em 9-Nov-2006.
Quão actualizado está nos dias de hoje, mesmo volvidos quase quatro anos.
Pena é que ninguém, hoje, diga ou faça alguma coisa por esta causa.
Pela minha parte aqui fica o alerta e o protesto.

Eterno humor de Chaplin...


Eterno humor de Chaplin...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dançar em qualquer idade



A dançarina tem a bonita idade de 92 anos.
Quem diz que a idade é um obstáculo a viver bem a vida?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Escola de hoje


Este não é ainda o cenário pelos nossos lados, mas já falta pouco.
Os exemplos vão começando a aparecer e a ficar cada vez mais perto.
Será isto que nós pretendemos?


Pelo Arco


A 19 de abril, deixei aqui um post sobre as eleições na ARCA.
Volvidos dois meses e meio, veio-se a saber que aqueles que perderam as eleições interpuseram uma providência cautelar, para impedir a consumação do acto eleitoral.
Sabe-se que tiveram uma derrota também no Tribunal. A providência cautelar foi indeferida.
As coisas não lhes andam a correr nada bem lá pelo Arco...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Bilhar


Para os amantes do bilhar; espectacular!

terça-feira, 6 de julho de 2010

As árvores morrem de pé


Acabei de participar na última actividade promovida pelo Agrupamento de Escolas do Arco, que também é o meu agrupamento.
Por uma pretensão economicista surgiu, da noite para o dia, num destes dias de verão, a ideia de juntar, de fundir, os agrupamentos de escolas.
Mesmo sem ter qualquer dos objectivos propostos em vista, desde logo se colocou o encerramento do agrupamento do Arco e a sua fusão com o de Refojos, como um dado adquirido.
Aliás, o próprio presidente da Câmara transmitiu à sua directora que foi posto perante o encerramento do agrupamento este ano ou para o ano. Por isso considerou que o deveria ser já feito.
Chegados aqui, podem-se fazer algumas perguntas:
- Porquê tanta pressa?
- O que é que ganha o concelho com esta medida?
- Como irão ser compensadas as famílias por uma deslocação maior para resolverem as questões na sede que agora passará a ser em Refojos?
- Como se entende esta medida, numa ocasião em que em Refojos a escola ainda está em obras e não está nas melhores condições para incorporar um agrupamento inteiro? Aliás, nem condições tem para albergar e agrupar em centros educativos todos os seus alunos.
- Como se compreende que num concelho que mantém aberto um SAP (urgência), um tribunal, uma ECAE (Equipa de Apoio às Escolas) e outros serviços que têm vindo a fechar em todo o país e não consegue manter em funcionamento um Agrupamento de escolas?
- Será que o Presidente da Câmara está a perder poder?
- Ou não o quer usar?
- Ou será mesmo que o usou para proceder-se ao encerramento?
Perguntas que têm de ter resposta clara e concisa.
Porque entendo que fundir os dois agrupamentos não traz qualquer benefício para o rendimento escolar dos alunos, não melhora a qualidade do ensino, não há ganhos na relação entre as escolas e a comunidade, bem pelo contrário.
Por outro lado, a vila do Arco deixa de contar com um dos serviços que melhor interpretava o sentido de ser "arcoense", bem patenteado em múltiplas actividades que envolviam a comunidade.
Relembro os antigos desfile de vestido de chita, a feira medieval, as marchas populares, os desfiles de carnaval, ...
Por outro lado, este enceramento vem, mais uma vez, adulterar a carta educativa do concelho.
Como se entende a aceitação desse facto sem que os diferentes órgãos que a aprovaram se pronunciem?
Sim, nós cidadãos deste concelho queremos saber com rigor quem são os eleitos que votam a favor do encerramento do Agrupamento do Arco.
Queremos saber quais são os vereadores e os deputados da assembleia municipal que apoiam esta medida.
Porque a culpa não pode ficar solteira, fruto de uma decisão que se procura que não se saiba bem quem a tomou, quem a decidiu e quem a apoiou.
Esta questão exige rigor e clareza.
Como diz o ditado, à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecê-lo.
Mas aqui parece que temos gato escondido com rabo de fora.

Os vendilhões de ideias , os burros, o mercado de acções e a crise


Anda aí a circular um email interessante para a compreensão da crise financeira.
Passo a citar:

Os vendilhões de ideias , os burros, o mercado de acções e a crise:

Certo dia, numa pequena e distante vila, apareceu um homem a anunciar que compraria burros a 5 euros cada.

Como havia muitos burros na região, todos os habitantes da pequena vila começaram a caça ao burro.
O homem acabou por comprar centenas e centenas de burros a 5 euros.
Quando os habitantes diminuíram o esforço na caça, o homem passou a oferecer 10 euros por cada burro.

Toda a gente foi novamente à caça, mas os burros começaram a escassear e a caça foi diminuindo.

É então que o homem aumenta a oferta para 25euros por burro, mas a quantidade de burros ficou tão reduzida que já
não compensava o esforço de ir à caça.

O homem anunciou então que compraria os burros a 50 euros, mas que teria que se ausentar por uns dias e deixaria o seu assistente responsável pela compra dos burros.

É então que, na ausência do homem, o assistente faz esta proposta aos habitantes da pequena vila:
- Sabeis dos burros que o meu patrão vos comprou? E se eu vos vendesse esses burros a 35 euros cada?

E assim que o meu patrão voltar vós podeis vendê-los a ele pelos 50 euros que ele oferece, e ganhais uma pipa de massa!!!

Que acham?
Toda a gente concordou.

Reuniram todas as economias e compraram as centenas de burros ao assistente por 35 euros cada um.

Os dias passaram e eles nunca mais viram o homem nem o seu assistente - somente burros por todo o lado !

Entendem agora como funciona o mercado de acções e porque apareceu a crise?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nos dias que correm...


Este desenho animado é curto, VALE A PENA VER!!!.

Ganhou o prémio de melhor desenho latino-americano.

Basta clicar no link abaixo (sem medo, não tem vírus):

domingo, 4 de julho de 2010

As escolas matam a criatividade


Ken Robinson afirma que as escolas matam a criatividade.

Um vídeo de uma conferência que é muito interessante.

Podem ver com as legendas em português bastando chamá-las em languages


sábado, 3 de julho de 2010

Não é apenas um filme! É a realidade pura e dura!

Um Filme a que todos devíamos assistir! É Brutal!

Uma das maiores empresas de marketing do mundo, resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drástico em Inglaterra.

Depois desta mensagem, 40% da população, deixou de usar drogas e de consumir álcool pelo menos nas datas comemorativas, não temos este tipo de iniciativas em Portugal.

Para pensar e reflectir!!!...

A ver antes de cada festa!!!


Quem nos defende?!

SCUT: Pagamento de autoestradas divide autarquias com poder de compra abaixo da média nacional

O presidente de Ribeira de Pena defende que o Governo deveria reavaliar o pagamento de portagens pelo seu concelho por ter um poder de compra abaixo da média nacional, uma posição contrária a outros autarcas na mesma situação.

O governo propôs terça feira a isenção de portagens para 46 municípios servidos pelas sete SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador) por apresentarem um nível de poder de compra abaixo da média nacional (inferior a 100), segundo o índice de poder de compra concelhio publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com este estudo, apenas 39 dos 308 concelhos do país superavam em 2007 o poder de compra per capita médio nacional, pelo que muitos dos municípios com baixo poder de compra pagam já portagens nas autoestradas que nunca foram SCUTS.

Este é o caso de Ribeira de Pena, Anadia, Castro Verde, Montemor-o-Novo e Ourique, entre outros contactados pela agência Lusa.

“Eu continuo a dizer que o Governo deveria ter um conceito de justiça bastante apurado e deve refletir e rever a situação dos concelhos que estão a pagar, tal como Ribeira de Pena, Cabeceiras, Celorico e Mondim de Basto, que são concelhos dos mais pobres”, disse à Lusa o presidente de Ribeira de Pena, Agostinho Alves Pinto (PPD/PSD).

O autarca considera que “a discriminação negativa” do seu concelho “começou logo no início”, quando se colocou a situação de pagar portagem na A7, altura em que se manifestou “no sentido de poderem isentar toda a zona de Basto”, à semelhança do que acontecia no Algarve.

Já o autarca de Anadia, Litério Marques (PSD), gostava de poder pagar portagens no seu concelho, que é atravessado pela A1, mas não tem um nó de acesso a esta autoestrada - embora ele “tenha sido prometido por sucessivos governos e inscrito em PDM”.

“As pessoas do meu concelho, que também estão abaixo desse índice, não vão ter esse [isenção de pagamento] nem nenhum outro benefício. O único benefício que eu pedia era o de criarem aqui um nó de acesso para que os cidadãos não tenham de se deslocar aos concelhos de Oliveira do Bairro ou da Mealhada para poderem entrar na autoestrada e pagar portagens”, considerou Litério Marques.

Salientando que o seu concelho tem boas acessibilidades, quer por autoestrada quer por estradas nacionais e regionais, Carlos Pinto de Sá (CDU), autarca de Montemor-o-Novo, servido pela A6 (Lisboa - Madrid) considera que o preço elevado da portagem desta autoestrada tem “um custo tremendo” para a cidade.

“Um conjunto de utilizadores para fugir às portagens vêm para as estradas nacionais, o que faz com que suportemos no centro da cidade a passagem da maior parte do trânsito, nomeadamente os pesados de mercadorias”, explicou.

Mais do que o índice de poder de compra, para este autarca o critério para o pagamento ou isenção das SCUT deveria ser o da “existência de alternativas válidas”, considerando que “em todo o lado onde não há alternativas válidas não tem razão nenhuma a introdução de portagens, porque isso afeta e contribui para o despovoamento dessas regiões”.

O presidente de Castro Verde, António Colaço (CDU), destaca que o aumento da riqueza ou a chegada de novos investimentos ao seu concelho não foram afetadas positiva ou negativamente pelo pagamento de portagens, porque “existem muitas alternativas” para o trânsito local e a A2 serve apenas “para ir ao Algarve ou a Lisboa”.

Pedro do Carmo (PS), autarca de Ourique, considera que o seu concelho, também servido pela A2, é um “exemplo do que deveriam ser” as acessibilidades no resto do país, porque existem boas alternativas quer à A2 quer no acesso a Espanha.

“A diferença entre ir a Lisboa pela A2 ou pelo IC1, em termos de tempo, é apenas mais cerca de meia hora pela via alternativa, onde não se paga”, explicou.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Comentário
Li este artigo no Correio do Minho e dei comigo a questionar-me: quem nos defende em Cabeceiras de Basto?
Sim, porque pelos vistos só o presidente da câmara de Ribeira de Pena é que protesta.
Haverá no país região mais pobre do que a nossa?
Não, não há, segundo os estudos e estatísticas oficiais.
Então como se entende que nós continuemos a pagar, a pagar bem caro, as portagens e agora andam a arranjar "descontos", "benesses", para os residentes em zonas muito mais ricas e desenvolvidas do que a nossa?!
Bem faz o presidente de Ribeira de Pena em protestar.
Gostava de ver os outros da região fazer o mesmo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Saramago, o último intelectual marxista


Morreu José Saramago e com ele morreu o último de muitos que, ao longo do século XX, se comprometeram com o comunismo e encontraram na ideologia marxista o sentido da sua escrita ou da sua arte. O seu nome junta-se ao de Gorki, Aragon, Picasso, Jorge Amado ou Paul Éluard, uma lista enorme de intelectuais que passaram pelas fileiras dos partidos comunistas. Saramago foi, como homem e como escritor, um empenhado militante da ideologia que abraçou e que lhe marcou sempre a vida e a escrita. A ideologia enquanto visão global do homem, da sociedade, da religião que Marx e Engels teorizaram e que Lénine, Mao, Brejnev ou Fidel, entre outros, levaram à prática.

Olhando para a vida e a escrita de José Saramago, o que mais impressiona é o facto de ele ter vivido e visto o comunismo ruir na URSS e nos países do bloco de Leste, como a RDA, a Hungria, a Checoslováquia, a Roménia, a Albânia, entre muitos outros, e ter silenciado esse facto. Confrontar-se com o sofrimento daqueles povos, já não nos relatos de Sakharov ou de Soljenítsin, mas nas imagens dos directos das televisões e passar ao lado da alegria com que abraçaram a liberdade.

Nem o confronto directo com o balanço dramático das vítimas dos que se libertaram do comunismo o fez alguma vez ter escrito ou dito qualquer palavra. O silêncio de quem usa a escrita é mais visível. Os seus gestos foram de quem passava ao lado: logo a seguir à queda do muro de Berlim, candidatou-se nas listas do Partido Comunista à autarquia de Lisboa. Que balanço faria dos anos de comunismo e do sofrimento das pessoas que viveram na pele um dos dois grandes horrores do século XX?

Saramago não passou, que se leia em nenhum dos seus textos, por qualquer crise. Não lhe doeu, não se interrogou, não sofreu com o terrível juízo que a história fez, sem remissão nem perdão, do totalitarismo comunista.

De Saramago, mesmo quando o comunismo foi julgado pela História, não se conhece nenhum sobressalto, nenhuma angústia. Muitas vezes me interroguei se seria uma total e completa insensibilidade moral?

É certo que, ao longo do século XX, muitos dos intelectuais marxistas viveram mergulhados na ideologia totalitária e nunca olharam à sua volta. Não foram todos, claro. Uns sobressaltaram-se logo em 1917, outros com o Pacto Germano-Soviético, na invasão da Checoslováquia, ou da Hungria, ou na chacina do Camboja, ou na loucura da Revolução Cultural Chinesa.

José Saramago não. Viveu e morreu mergulhado num mundo que ruiu à sua volta e cujo dramático balanço foi feito com muita dor. Sem uma palavra, sem uma linha, sem uma lágrima por quantos (milhões) de pessoas, de famílias, de gente, de operários, camponeses ou intelectuais que, ao longo do século XX, morreram e sofreram em nome do comunismo por todo o lado onde o marxismo passou da revolução ao Poder.

Nem um gesto teve quando lhe pediram apoio os dissidentes cubanos presos por Fidel. Nem mesmo quando Susan Sontag o confrontou com esse facto. Uma única dúvida subsiste, porém, quando se observa que visitou Cuba diversas vezes, mas nunca foi à Rússia libertada, apesar de ter sido convidado a lançar os seus livros e a debatê-los numa universidade de Moscovo - aí o confronto com a história seria certamente impossível de ignorar e de silenciar. Um confronto que, reconheço, é muito difícil de viver.

Zita Seabra

JN - 2010.06.27

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O piano


Artes mágicas...