domingo, 6 de junho de 2010

Impregnar as escolas de valores cristãos

Hoje voltei a Fátima. Assisti a uma missa na Capelinha das Aparições celebrada por um padre inglês em língua inglesa. A capelinha estava repleta de ingleses, jovens, de meia idade e idosos. Não há sítio mais belo para participar numa missa do que a Capelinha das Aparições. Tenho a sorte de viver a 20 minutos de Fátima. Vou lá com frequência. É um lugar especial.
Na homilia, o padre inglês falou da importância da pertença a uma comunidade com valores ancorados numa forte tradição. Só a pertença a uma comunidade forte, ancorada em valores concretos, pode gerar as virtudes da coragem, compaixão, justiça, empenhamento, compromisso, respeito, obediência e responsabilidade sem os quais a educação e a escola são territórios impossíveis. Sem pertença a uma comunidade forte não é possível educar.
A homilia do padre inglês fez-me recordar os males das nossas escolas públicas de grandes dimensões, as escolas que servem de modelo ao Governo no processo em curso de criação de mega-agrupamentos e extinção das pequenas comunidades escolares.
As escolas de grandes dimensões - digamos, com mais de 700 alunos - dificilmente são comunidades ancoradas em valores concretos e numa tradição forte e coerente.
O que falta à escola pública é precisamente a noção de comunidade com valores concretos ancorados numa forte tradição.
Como cristão católico, a minha opção vai para a tradição cristã, com os seus valores eternos e imutáveis, as suas narrativas e o espírito de comunhão que só uma comunidade forte pode oferecer. Mas numa sociedade pluralista como a nossa é importante que coexistam nas comunidades escolares as várias tradições e narrativas com expressão entre os portugueses e estrangeiros residentes.

Ramiro Marques

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