domingo, 6 de setembro de 2009

Liberdade de imprensa


Está visto que a campanha eleitoral vai ter mais um caso para fazer distrair as atenções do que é mais importante.
Creio que era de todo o interesse para o país e para os portugueses que, na campanha eleitoral para as legislativas, se discutisse em profundidade as questões da economia.
Vivemos muito acima das nossas possibilidades. Gastamos o que temos, o que não temos e hipotecamos os nossos netos.
Fazia todo o sentido que se desse a conhecer aos portugueses os contornos desta realidade, para que se escolhessem os caminhos mais adequados.
Mas não.
Teima-se em questões laterais, questões menores.
Claro que algumas dessas questões têm um profundo significado e alcance.
Pôr em causa a liberdade de imprensa é pôr em causa a liberdade, valor essencial da nossa Constituição, valor supremo da democracia, pedra angular do "25 de Abril".
É o que se passou na TVI.
Ninguém está à espera que o PS e José Sócrates venham a reconhecer que fizeram pressões junto da PRISA. Bem como esta o venha a confirmar.
Mas que uns e outros já deram muitos sinais disso é inequívoco.
Como dizia Jerónimo de Sousa, 'à mulher de César não basta ser séria, é preciso também que o pareça'.
E em política o que parece é.
Assim sendo, o PS e Sócrates bem podem negar, bem podem dizer que não há provas, bem podem fazer-se de vítimas, mas verdadeiramente são os carrascos da liberdade de imprensa e da democracia.

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