terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Na cauda...


Hoje é domingo e acabo de ver os resultados do fim-de-semana desportivo, ao nível dos clubes do nosso concelho.
Os principais clubes, o Atlético Cabeceirense e o Desportivo do Arco, disputam a última divisão da AF de Braga (2.ª), juntamente com o GD de Cavez e o S. Nicolau de Basto, enquanto o Águias de Alvite, milita na divisão superior (1.ª).
Com profunda apreensão verifico que os nossos representantes no futebol federado se atolam na cauda das classificações.
No final da primeira volta, o Águias de Alvite está no limiar da descida, podendo na próxima época regressar à 2.ª divisão, juntando-se aos restantes clubes.
Olhando para aquela divisão, verifica-se que os três últimos classificados são, respetivamente, Desportivo do Arco, Atlético Cabeceirense e S. Nicolau de Basto. O Cavez ainda se encontra em oitavo lugar, a meio da tabela.
Nenhum deles, claramente em situação de discutir uma posição cimeira, pelo que impossibilitados de subir. Verifica-se, pois, que a política definida e executada ao longo dos últimos anos só tem servido para degradar a situação dos nossos clubes, com os resultados que estão à vista.
Não é por falta de investimento. Basta ver o mapa dos subsídios atribuídos pela autarquia. As contas de 2010, registam os seguintes valores:
                - Atlético Cabeceirense – 50.000 €
                - Desportivo do Arco – 38.700 €.
Como se compreende a atual situação?
Quem decide não sabe o que está a fazer? O que está a financiar?
Quais são os critérios para os apoios?
Em contrapartida, como se verifica, os clubes mais pequenos vivem com parcos apoios (G. D. Cavez – 7.750 €, aos outros não especificado).
E como entender que o único clube a militar numa divisão nacional, em futsal, a Contacto pague muito mais à Emunibasto do que os apoios que recebe da autarquia?

Algo está muito mal na área do desporto em Cabeceiras.
É o que dá a politização (partidarização) do desporto.
Redunda em maus resultados desportivos e péssimos efeitos na gestão dos clubes.
Pelo meio, deixam-nos, a todos nós Cabeceirenses, tristes pela imagem que de nós damos.
Cabeceiras de Basto não merecia esta sorte.
Até porque podemos fazer melhor, muito melhor.  


Publicado na edição online de "O Basto"

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