quarta-feira, 11 de maio de 2011

Resumo do debate de Passos Coelho

terça-feira, 10 de maio de 2011

Portugal estava em situação de "pré-ruptura financeira"


Cada vez fica mais claro que José Sócrates nos levou para o abismo, com a sua teimosia e obstinação pelo poder.
Como pode Portugal continuar a ser governado por quem nos desgovernou?
Está na Hora de Mudar!
A única verdadeira alternativa é Passos Coelho e o PSD.
De outro modo nada se muda. Ficamos com Sócrates a continuar a dar os passos finais para o abismo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

"Pacote da troika é atestado de incompetência ao Governo de Sócrates" - Renascença

NÃO SOU EU QUE DIGO!!!!!
É LER E OUVIR....

"Pacote da troika é atestado de incompetência ao Governo de Sócrates" - Renascença


PIG

Sócrates acusado no FT de fazer discurso enganador sobre pacote de ajuda

A gestão da crise por Portugal tem sido “apavorante”, e o anúncio por José Sócrates do acordo alcançado com a EU-FMI é um “ponto alto do lado tragicómico da crise”, segundo um artigo de opinião publicado no Financial Times de ontem.
<p>“Não se pode dirigir uma união monetária com pessoas como o sr. Sócrates", diz Munchau</p>
“Não se pode dirigir uma união monetária com pessoas como o sr. Sócrates", diz Munchau
 (Reuters/ cedida pelo Governo)
José Sócrates é acusado de ter escolhido atrasar o pedido de assistência financeira “até ao último minuto” e o seu discurso de que o acordo pacote português é melhor do que o grego e o irlandês e que não seria muito doloroso não é verdade, na opinião de Wolfgang Münchau, um dos colunistas de longa data do diário financeiro britânico.

Münchau assinala que o pacote de ajuda a Portugal contém “cortes selvagens” de despesa, congelamentos nos salários do sector público e pensões, aumentos de impostos e a previsão de dois anos de recessão “profunda”, o que em sua opinião desautoriza o discurso de Sócrates.

“Não se pode dirigir uma união monetária com pessoas como o sr. Sócrates, ou com ministros das Finanças que espalham rumores sobre uma cisão” da moeda única, diz ainda.

Munchau, um alemão que fez a sua carreira no FT e acompanhou o lançamento do euro, diz também que “uma união monetária sem uma união política simplesmente não é viável” e que a crise da moeda europeia é uma crise política.

09.05.2011 - 11:41 Por PÚBLICO

domingo, 8 de maio de 2011

O acordo

Os últimos dias têm sido passados entre conversas sobre o acordo a estabelecer entre Portugal e a “troika” financeira internacional.
Muito se falou do que seria necessário, do que viria a ser conseguido, das medidas que seriam impostas.
Mas penso que não se falou o suficiente, nem o necessário, para saber o quanto nós precisamos e das razões dessa necessidade.
Foi preciso virem os economistas estrangeiros fazer as contas cá dentro, para sabermos o que andava escondido pelos cantos.
Foi preciso serem estrangeiros a dizer, “preto no branco”, que se gastou muito mais do que se devia, que o pedido de ajuda já devia ter sido feito há mais tempo, que o atraso no pedido de ajuda custará muitos milhões de euros, …
Até aqui, quem dissesse isso em Portugal era contra o País, era quase um traidor.
Mas falta ainda conhecer-se de facto muitos dos dados agora obtidos.
No entanto, sabe-se já que, nos seis anos de (des)governo de José Sócrates, a dívida pública contraída é idêntica à de todos os outros governos do país, ao longo de cerca de trinta e um anos. Um verdadeiro tsunami económico.
Sabe-se que nos últimos anos nada foi feito para suster as despesas públicas, bem pelo contrário, enquanto se extorquiu cada vez mais os cidadãos.
Sabe-se que temos mais de seiscentos mil desempregados. Ainda se lembram da promessa de cento e cinquenta mil novos empregos?!
Sabe-se que a emigração é um fenómeno só comparado ao dos anos sessenta do século passado.
Sabe-se que povoamos os primeiros lugares dos piores indicadores e os últimos dos bons.
Mau de mais para ser verdade.
Verdade nua e crua que nos procuraram esconder, entre fantasias delirantes e propaganda mediática.
Desta verdade resultou o acordo.
Acordo que nos vai sair bem caro, muitos, muitos milhões de euros…
Muito tempo, mais de uma década, em que ficaremos reféns dos compromissos assumidos.
Dificuldades acrescidas para todos.
Mas os mais desfavorecidos serão sempre aqueles que mais sofrerão.
É, enfim, o resultado das políticas sociais de Sócrates.
E como dizia um amigo meu, nós vamos deixar um País pior aos nossos filhos…

Editado na versão online de "O Basto", Maio/2011

Se querem ajudar a destruir o resto deste País, votem novamente nele!





O grande maestro, José Sócrates Pinto de Sousa
Frederico II, O Grande, rei da Prússia, disse que "a trapaça, a má fé e a duplicidade são, infelizmente, o carácter predominante da maioria dos homens que governam as nações". José Sócrates Pinto de Sousa, o grande maestro, ilustra-o. Na farsa de Matosinhos, a que o PS chamou congresso, usou bem a batuta da mistificação e deu o tom para o que vai ser a sua campanha: ilibou-se de responsabilidades pela crise e condenou o PSD; tendo preparado, astutamente, a queda do Governo, ei-lo, agora, cinicamente, a passar para o PSD o ónus da vulnerabilidade que nos verga. Como a memória é curta e o conhecimento não abunda, os hesitantes impressionam-se com o espalhafato e o discurso autoritário, ainda que recheado de mentiras. Porque em tempo de medo e de apreensão, a populaça não gosta de moleza. 
O aviso fica feito: não menosprezem as sondagens. Urge clarificar e não ser ambíguo. Eu não vou ser.


1. Na segunda metade de 2009, as escutas do caso Face Oculta trouxeram à superfície a teia subterrânea que preparava a aquisição da Media Capital pela PT. Objectivo? Condicionar a orientação noticiosa da TVI, afastar José Eduardo Moniz e calar Manuela Moura Guedes. Que mão segurou a batuta deste tenebroso conúbio entre a política e o dinheiro? Este é um, apenas um episódio, de uma longa série de acções para calar a opinião livre e subjugar o espaço público, que o grande maestro protagonizou. José Manuel Fernandes, Henrique Monteiro e Mário Crespo, entre outros, denunciaram-nas, sem peias.
Se não vos assusta o poder hegemónico e incontestável, voltem a votar nele. Se vos chega uma democracia amordaçada, escolham-no uma vez mais.


2. Para encontrar alguma analogia com a cadeia de escândalos que envolveram José Sócrates, temos que ir à Itália de Berlusconi. Na nossa História não há precedente que lhe dispute tamanho mar de lama. Da licenciatura na Independente às escutas oportunamente silenciadas pelo Supremo Tribunal de Justiça, passando pela saga escabrosa dos engenprojectos de haria da Guarda, os mistérios dos apartamentos da Braamcamp e os inarráveis processos Cova da Beira e Freeport, saiu sempre judicialmente ileso, o grande maestro. Como Il Cavaliere
Se isso vos chega e querem manter um primeiro-ministro que se julga ungido de clarividência única, medíocre e incompetente, que vos mente sem rebuços, teimosamente cego, presumido omnisciente e contumaz calcador de todos os escrutínios morais, só têm que esperar até 5 de Junho. Votem nele.


3. As obras públicas entranharam em Sócrates, compulsivo, a ideia que criam emprego. Viu-se com os vários estádios do Euro 2004, que nos custaram milhões e qualquer dia serão destruídos sem glória nem uso. Estamos por ora salvos da loucura do TGV e das imprudências, dadas as circunstâncias, do aeroporto e da terceira ponte sobre o Tejo. 
Mas se quiserem a megalomania de volta, mais Magalhães a pataco, quadros interactivos inúteis e escolas novas destruídas para que o grande maestro inaugure outras mais modernas, é só votar nele, já em Junho.


4Sócrates foi, durante os seis anos da sua governação, o grande maestro da táctica para esconder os números do endividamento externo e a realidade do défice e das contas públicas. Depois de utilizar irresponsavelmente o Orçamento de Estado de 2009 para colher benefícios eleitorais, negou sempre que a crise financeira nos tocava. Desorçamentou e manipulou contabilisticamente as contas do Estado, até ao limiar da bancarrota e ao pedido de assistência financeira, que humilha Portugal. 

Se querem ajudar a destruir o resto, portugueses, votem nele, uma vez mais.



5. Enxerguem-se, portugueses: se somarmos à actual dívida pública a dívida das empresas públicas, chegamos a125 por cento do PIB (o nosso PIB anda pelos 172 mil milhões de euros); a este número, medonho, somem mais 60 mil milhões, a pagar pelos nossos filhos e netos, que o grande maestro foi comprometendo em parcerias público/privadas, com as empresas do regime; quando, em 2005, arrebatou a batuta, o grande maestro encontrou6,6 por cento de taxa de desemprego; agora, em 2011, o grande maestro abandonou à sua sorte uma triste banda de quase 700 mil desempregados11,1 por cento de taxa de desemprego, a pior desde que há registos em Portugal; estamos no "Top Ten" dos países mais caloteiros do mundo (100 por cento do PIB de dívidas das famílias portuguesas, mais 150 por cento do PIB de dívidas das empresas lusas, tudo por volta de 430 mil milhões de euros); temos a maior vaga de emigração de licenciados de todos os tempos, a segunda pior taxa de fuga de cérebros no universo da OCDE e a terceira no que toca ao abandono escolar. 

Se este painel factual não vos belisca, votem nele. Ofereçam-lhe uma batuta vitalícia e entronizem-no, até que o céu vos caia em cima. 


6. Esclareçamos que a assistência financeira apenas nos tira a corda do pescoço nos próximos dois a três anos, na medida em que nos assegura honrarmos os compromissos da divida pública. Mas não resolve o problema do crescimento económico, que supõe outra política.

Se acreditam que o vosso coveiro pode ser o vosso salvador, votem no grande maestro e enterrem-se sozinhos, que ele já está, obviamente, protegido e salvo, pronto para a sua antecipada reforma dourada, que nenhuma troika cortará. 

(Santana Castilho - In Público, 27-04-2011 )