quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Conversas ocultas

A última saga da nossa Justiça dá-se pelo nome de "Face Oculta".
Mais uma mega-operação que apanha na rede uns "tubarões" da sociedade económica, empresarial e política.
Pelos vistos e porque presumo que os inspectores da Judiciária e os magistrados, que acompanham a operação, não são idiotas, o nosso primeiro-ministro, José Sócrates é também escutado em telefonemas que originam a extracção de certidões para abertura eventual de novos procedimentos.
Ora chegados aqui, eis que voltamos ao filme do costume.
As escutas são ilegais e vai daí o Eng. Pinto de Sousa está inocentado por força das normas jurídicas.
Mas o que está verdadeiramente em causa não é saber se o Eng. Pinto de Sousa é ou não agente de um crime tipificado na Lei.
O que aqui fica em causa é saber se o primeiro-ministro, José Sócrates, é agente activo num processo de corrupção.
E quanto a isso não podem subsistir dúvidas.
Havendo ou não lugar à intervenção judicial, é urgente saber qual a actuação de José Sócrates e daí retirar as consequências políticas.
Aquilo que não pode acontecer é que este processo se transforme em "conversas ocultas".

Tentações...


O respeito pelos Professores

«Sin vosotros, maestros y maestras, profesoras y profesores, sin el esfuerzo que día a día entregáis y enseñáis a la sociedad española, no habríamos podido llegar hasta aquí. Y no podemos construir un mejor futuro sin vosotros.»


Extracto da carta enviada pelo Primeiro Ministro espanhol aos Professores


Enquanto por cá o investimento na Educação passa pelo cimento e pelo lucro da 'obra pública', na nossa vizinha Espanha, o governo socialista aposta nas pessoas, nos professores.
É uma pequena diferença, que faz toda a diferença.
Façamos votos que a nova equipa ministerial inverta esta situação.
Parece estar a começar melhor...


terça-feira, 10 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

POBRES DOS NOSSOS RICOS



 A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.

Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.

Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro, ou que pensa que tem.. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos". Aquilo que têm, não detêm.

Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas.
Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram.
Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem (...)


 MIA COUTO

domingo, 8 de novembro de 2009

A beleza do fundo do mar...



A beleza do fundo do mar...





Retirado do Youtube, de JuanAlfonsoSan

sábado, 7 de novembro de 2009

Terceira via

O diferendo entre o Governo e os Professores precisa de uma solução.
Por certo não se encontra no mesmo contexto em que foi gerada a "guerra", independentemente de alguns dos protagonistas já serem outros.
Os professores precisam de ver reconhecido o valor da sua função, a função docente.
De nada valerá querer alterar o modelo de avaliação se não se entender que primordial é a definição de um Estatuto da Carreira Docente dignificante.
É preciso também alterar a organização do sistema educativo, evitando que o Governo seja ao mesmo tempo empregador e regulador do sistema.
Cada vez mais se reconhece a necessidade da auto-regulação da profissão, enquanto forma de responsabilização pública pelo exercício de uma das mais exigentes profissões.
É uma terceira via que urge percorrer.
Queiram-na os professores e os poderes públicos.