quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Encerramento do SAP?

Encerramento do SAP?

Li, num jornal local, o seguinte: “Na oportunidade, o Eng. Joaquim Barreto, afirmou: «a retirada ou a redução de serviços públicos do interior do país, justificam esta decisão de criar esta Cooperativa. … Estamos preparados para assumir outras responsabilidades, se essa for a melhor solução para as populações, nomeadamente ao nível da gestão dos serviços de saúde” e o Dr. China Pereira congratulou-se com esta decisão de criação de um Régie Cooperativa, salientando que ela pode vir a ser alternativa ao eventual fecho do Serviço de Atendimento Permanente”.

Estas afirmações ocorreram no lançamento da nova entidade “a Basto Vida – Serviços de Acção Social e Cuidados de Saúde, uma Cooperativa de Interesse Público de Responsabilidade Limitada, cujo capital social está repartido entre a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, com 80%, e os restantes 20%, por outros cooperantes singulares ou colectivos”.

Ora um jornal normalmente tão bem informado e expressando afirmações de oradores tão conhecedores daqueles meandros, só pode pré-anunciar o encerramento (para breve?) do Serviço de Atendimento Permanente – SAP, isto é a designada urgência hospitalar que há anos é assegurado pelos serviços do Centro de Saúde em Cabeceiras de Basto.

Aqui chegados urge perguntar: os responsáveis da autarquia e o directório do PS irão voltar aos comícios, às manifestações, para protestar contra o encerramento do SAP?

Ou agora já pode uma qualquer entidade, uma cooperativa (ao que nós chegámos!), criada nos meandros políticos, servir para substituir um serviço que se exigia do Sistema Nacional de Saúde?

Como sempre afirmámos, o encerramento do SAP é inevitável. Tal como tem vindo a acontecer por muitos concelhos, do norte ao sul do país.

O que estava em causa era encontrar uma solução para os problemas que se colocavam ao nosso concelho e que mitigasse os efeitos negativos das medidas legislativas adoptadas, que foram aprovadas, no início desta década, para a área da saúde.

Entenderam de forma diferente, prejudicando o concelho e os cabeceirenses.

Como sempre, a realidade escreve a história certa, independentemente das vontades de quem tudo faz para a contrariar.

Boas Festas

E já estamos no fim de mais um ano. Ano difícil.

Ano em que muitas desgraças assolaram o mundo. Não esqueço a tragédia da Madeira, por nos ser mais próxima.

Mas este ano ficará marcado, fundamentalmente, pelos efeitos da grave crise económica e financeira da Europa e, para nós particularmente, a de Portugal. O desemprego, o corte nos apoios sociais, o corte de vencimentos, o aumento de impostos, a degenerescência do poder político, atulhado de escândalos, são o reflexo dessa mesma crise.

Que nesta época natalícia, as bênçãos de Deus nos ajudem a suportar as agruras destes difíceis dias e sejam alento para o novo ano, que, como sempre, esperamos que seja melhor do que o anterior, mesmo que nada o augure.

Desejo a todos os leitores Boas Festas e Bom Ano de 2011.

Publicado na edição de "O Basto", em Dezembro de 2010

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