segunda-feira, 26 de março de 2012

Desenvolver Cabeceiras


Referia em artigo anterior que “o nosso concelho precisa de uma nova oportunidade para o desenvolvimento. Cabeceiras precisa de ter uma Câmara aberta aos munícipes, uma gestão solidária e respeitadora dos direitos dos trabalhadores e dos utentes, que valorize a democracia e a liberdade. Uma gestão que defina e partilhe um Plano de Desenvolvimento, integrado e sustentável, que valorize os recursos locais, que aposte nos cabeceirenses”.
O centralismo da gestão autárquica tem vindo a reduzir o já estreito caminho do desenvolvimento.
As sociedades evoluídas só crescem com a liberdade empresarial, onde existam condições de liberdade de escolha, liberdade de instalação, liberdade de contratação. Onde a administração gere os procedimentos administrativos com rapidez e sem grandes burocracias e custos.
Querer colocar na órbita da autarquia a cultura, o desporto, a educação, o apoio social, a saúde, a economia, mais não é do que voltar às políticas antigas do centralismo que já hipotecaram o passado e nos comprometerão o futuro.
Alguns projetos, já falados há demasiados anos, vão-se diferindo de ano para ano, de mandato para mandato. O pior é que nunca aparecem e já lá vão dezoito anos.
Vejamos os exemplos do hipermercado, do centro para inspeções de automóveis, do hotel, da criação de novas empresas, da central de biomassa.
Verificámos que o tão badalado interposto comercial de carnes, para tratar um dos produtos de excelência da nossa terra, mesmo que fortemente financiado pelo erário público, nunca chegou a cumprir o seu desígnio.
Os produtos locais só têm espaço no nosso mercado local, já que nunca houve uma política da sua promoção e comercialização em contextos nacionais e internacionais.
A utilização das nossas comunidades de emigrantes poderia ser um meio para a sua divulgação e comercialização, gerando negócios, gerando riqueza, gerando emprego, valorizando o que é nosso.
Continuar a apostar na estratégia do cuco, pôr os ovos nos ninhos dos outros, normalmente não é um bom caminho. Já assim foi no passado recente, que após alguns anos de trabalho para empresas externas ficámos sem trabalho, sem riqueza.
E nós temos cá tanta coisa que pode constituir a nossa riqueza no futuro.
Mas só uma sociedade civil forte, com a iniciativa privada empenhada se alcançará o desenvolvimento para Cabeceiras.
Precisa-se de uma gestão para a autarquia que queira promover este novo paradigma de desenvolvimento ao serviço dos cabeceirenses, porque pelo caminho que trilhámos ao longo dos últimos mandatos não vamos lá.

           
ER 311 está um perigo
           
Durante uma dúzia de anos andámos a lamentar o estado da ER 311, entre Refojos e Lodeiro d’Arque. Do traçado daquela estrada, em área do nosso concelho, aproveitava-se o do Pinheiro a Fojos.
Ao longo de já longos meses, a Câmara Municipal resolveu instalar o sistema de saneamento entre o acesso a Cucana e o Pinheiro, esburacando a faixa direita do sentido descendente.
Temos agora aquele troço de estrada, do melhor que ainda havia, todo esburacado e propiciador de graves riscos rodoviários.
Pelo facto de ter chovido pouco, a estrada resistiu melhor ao inverno, já que não houve infiltrações de água. Mas para a segurança rodoviária e para a conservação daquela via, exige-se a sua célere reparação.

NOTA: Na última edição alertava para a possível perda de parte da receita dos fundos comunitários para a obra da Escola Básica e Secundária de Cabeceiras de Basto. Infelizmente, segundo notícias vindas a público, a Comissão Europeia confirmou essa situação. Má notícia mesmo.

Para a edição de "O Basto", de Março

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