sexta-feira, 20 de maio de 2011

Se assim não for… mal de nós!

            Nestes dias, correm ventos de mudança.
            Depois de muitos anos de imobilismo, presos por preconceitos ideológicos, por interesses, apenas por preguiça de pensar e de agir, chegamos a um ponto de ruptura.
            Ou mudamos ou somos obrigados a mudar.
            Acabou-se o dinheiro e não há mais para continuar na mesma.
            Pensar que tudo pode manter-se, o nível de vida, o consumismo, o esbanjamento, é pura ilusão, é somente acabar na mais dura miséria.
            Mas foi este o caminho iniciado há já algum tempo e que a última meia dúzia de anos se encarregou de agravar e mostrar quanto é errado o percurso tomado.
            Uma pessoa, uma família, um País só é sustentável se tiver equilíbrio nas suas contas. Gastar mais do que o que ganha, o que produz, nunca poderá levar ao enriquecimento e à melhoria da qualidade de vida.
            Melhor…, pode por algum tempo, mas depois seguir-se-á um penoso trajecto de consolidação, de pagamento de dívidas, verificando-se que de nada valeu o querer dar um passo maior do que as pernas.
            É assim em todo o lado. E os financiadores, sejam eles quais forem, nunca o são por amizade, caridade ou justiça social. São-no no exercício de uma actividade que se pauta apenas pelo lucro, quanto maior melhor.
            O desgoverno de José Sócrates, durante seis anos, aumentou a dívida em cerca de 80 mil milhões de euros. Dinheiro que não tinha, dinheiro que não produzimos, dinheiro que temos de pagar, acrescidos dos inevitáveis juros e a taxas que se foram agravando ao longo dos tempos.
            Chegámos à beira da bancarrota. Como disse o Ministro das Finanças, “já não há dinheiro” a partir de Maio.
            Pois agora, também é chegado o momento de os portugueses afirmarem a sua vontade, exercer o seu direito de voto e dizer a José Sócrates que para ele “NÃO HÁ MAIS VOTOS”.
            Só com uma mudança clara de opção política, de responsáveis e com uma nova maioria, Portugal poderá iniciar o longo calvário da recuperação.
            Se assim não for… mal de nós!

Falar verdade

Como estamos em campanha eleitoral, parece que tudo é permitido.
Diz-se uma coisa e o seu contrário, com a mesma cara e o mesmo despudor.
Tivemos já no passado o exemplo de que as mentiras se sobrepuseram à verdade. Hoje parece que se quer continuar pelo mesmo caminho.
De nada vale o apelo feito pelo Presidente da República e pelos seus antecessores que pediram coerência e verdade no discurso político nesta campanha eleitoral.
Só com verdade, com clareza se podem fazer escolhas conscientes e responsáveis.
Espero que neste período de campanha ainda seja possível ouvir a verdade da situação do nosso país, que com verdade nos sejam apresentadas as medidas que realmente pensam aplicar, que com a verdade os portugueses possam escolher o melhor para Portugal.

Publicado na edição de Maio de "O Basto"

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