quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Acabar com a “gordura do Estado”


Com a assinatura, pelo Governo de José Sócrates, do acordo com a “troika”, Portugal ficou obrigado a um conjunto de medidas que, quem quer que fosse, teria de cumprir para contar com mais uns milhares de milhões de euros, fundamentais ao dia-a-dia dos portugueses.
Nesse acordo estava o aumento de impostos, mas estava também o corte nas despesas do Estado, que aliás todos reclamavam, mas que se evitava por todas a formas.
Enquanto o PS de Sócrates (e pelo que parece o de Seguro também – as propostas que apresenta não servem os objetivos a que se propõem) procurou fugir sempre ao cumprimento das suas obrigações e manter o sorvedouro de dinheiros públicos, o PSD prometeu cortar nas “gorduras de Estado”.
O atual Governo ainda não tem três meses de exercício, mas já se lhe exige medidas de há décadas. Mas não é por isso que elas não vão sendo tomadas.
É certo que teve de usar o aumento de impostos para fazer face aos buracos que foram surgindo. Muitos que estavam escondidos na administração do Estado, também os da Madeira, veremos se não virão alguns dos Açores.
Mas, em pouco tempo, o Governo fez o levantamento de uma série de estruturas, cargos dirigentes e despesas supérfluas de que pode abdicar.
No Conselho de Ministro de ontem, aprovou o Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado – PREMAC, no qual são identificados os organismos e os dirigentes que vão ser extintos e reconvertidos, permitindo uma redução de 27% no número de dirigentes superiores e intermédios, num esforço sem precedentes.
Claro que agora virão sempre dizer que se vai contribuir para o desemprego, que é mais uma medida cega e economicista, e demais adjetivações demagógicas.
No entanto, são as medidas que há muito se exigiam para o saneamento da nossa economia. São medidas essenciais ao cumprimento dos nossos objetivos, que o anterior Governo (não esquecer) acordou com a “troika”.
Não tendo independência económica e financeira, estamos nas mãos dos nossos credores.
Não foi o PSD que levou o país à bancarrota em seis anos. Mas é o PSD, como tem sido ao longo destes anos de democracia, que tem de fazer as reformas que se exigem, que promove a reestruturação do Estado, que proporciona o equilíbrio das contas públicas.
O PSD cumpre assim o seu desígnio, cumpre as promessas que fez, e procura tirar Portugal da profunda crise em que se encontra.
Assim seja capaz de o fazer, sob pena de todos nós perdermos muito mais ainda.

Publicado na edição online de "O Basto"

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