quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Chegou o S. Miguel


Depois de passadas as festa em honra de N.ª Sr.ª dos Remédios, no Arco de Baúlhe, que decorreram com brilho assinalável, como de costume, chega o S. Miguel na vila sede do concelho, como agora se usa referir.

São dois momentos altos do concelho. Milhares de forasteiros “invadem” a nossa terra para participar nestes festejos.

É um mês que ainda regista um considerável movimento humano, depois do período de verão em que os emigrantes enchem a nossa comunidade e antes de ficarmos num enorme deserto, no período de inverno.

Como bons anfitriões deveríamos receber com dignidade aqueles que nos visitam.

Mas nem sempre isso acontece.

O que dizer a um forasteiro que procura uma casa de banho pública? Não há!

O que dizer a um feirante que aqui acampa durante dias e quer tomar um duche? Não há!

Sei que se improvisa nas casas de banho dos estabelecimentos comerciais. Sei que os Bombeiros deixam usar as suas instalações, mas nada disto é explícito, sei que nada disto é aconselhável, sei que não passa de um remedeio.

Quando nos querem fazer passar por uma terra desenvolvida, como aceitar condições do terceiro mundo?

Depois mesmo, o que nós precisamos é de uma chuvinha no fim da festa, para lavar e limpar as ruas e os passeios.

E nos dias de hoje nada disto é difícil de suprir.

Já agora, também, um apontamento quanto ao programa das festas.

O S. Miguel é a festa do concelho. Deve ter dimensão e dignidade. Algo que não está no programa deste ano.

Sabemos que não há eleições por perto e o dinheiro está caro, mas não podemos aceitar que ao longo do ano se gaste o que se torna necessário no programa que devia enaltecer o nosso concelho.

Daqui a pouco, até há outras festas mais importantes do que a do S. Miguel.

Ao que nós chegámos!



Desporto local

Nesta época do ano, arranca também o futebol federado.

Na presente época, vive-se uma situação inédita: há um clube que joga numa divisão acima do Atlético Cabeceirense, clube até aqui mais representativo do concelho.

Enquanto o Atlético e o Desportivo do Arco desceram de divisão, da primeira para a segunda, o Alvite subiu da segunda para a primeira.

Cavez e S. Nicolau farão companhia ao Atlético e ao Arco.

Nestes anos, muito dinheiro correu para os cofres de alguns clubes. Todos os argumentos eram bons: apoio às camadas jovens, manutenção dos campos, apoio para atividades.

No entanto, não se vê o resultado da formação, o estádio municipal está depauperado, e os resultados desportivos são maus.

Julgo que é de repensar a política seguida também no desporto. Ao fim destes anos todos, estamos, neste caso também, em pior situação.

Enquanto isso, outros conseguem resultados positivos e não têm apoios significativos.

Algo vai mal no desporto local!



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.
Publicado na edição de "O Basto", de Setembro

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