terça-feira, 30 de junho de 2009

Um dia difícil!


Hoje foi um dia verdadeiramente difícil.
Para além das muitas horas de trabalho, muitos contactos para complementar os que já ontem tinha efectuado e uma reunião em Braga que já acabou depois da meia-noite.
Hoje tinha de tomar uma decisão difícil.
Recebi inequívocas atitudes de solidariedade e de apoio. Muitos incentivos.
Agradeço sinceramente a vossa amizade e as disponibilidades manifestadas.
Mesmo sabendo que a conjuntura é complexa, há que pensar nos Cabeceirenses e na nossa Terra em primeiro lugar.
Sá Carneiro sempre defendeu: primeiro Portugal, depois a social democracia.
Contudo, nada resiste à forma como alguns dirigentes nos tratam.
Se vier a propósito, voltarei ao assunto.

domingo, 28 de junho de 2009

Fechou a Casa do Benfica!



Segundo me informaram, encerrou a Casa do Benfica em Cabeceiras de Basto. Ontem fui lá e de facto estava fechada.
Tantos sacrifícios para a criar, tanto trabalho para a fazer crescer e dignificar, para em pouco mais de um ano, após a renovação dos órgãos sociais, a ver encerrada.
Como em tudo, as obras ficam com quem as pratica.
Como então tive a oportunidade de dizer nos órgãos próprios, quem semeia ventos, colhe tempestades.
Agora, aqueles que lançaram o divisionismo, promoveram complicações e sustentaram outros interesses alheios à Casa, podem agora estar contentes. Conseguiram os seus intentos.
Mais uma vez Cabeceiras revela o seu lado mais negativo, não valoriza as suas instituições e acaba por desbaratar o seu património.
Pela minha parte fiz o que tinha a fazer: conseguir todas as condições para a criar e a dignificar.

sábado, 27 de junho de 2009

Rede Social(ista)


Desde há um ano, altura em que Manuela Ferreira Leite iniciou a sua campanha para a liderança do PSD, que as questões sociais têm vindo a ganhar uma maior projecção.
Claro que a par do empobrecimento contínuo, do desemprego, das doenças, que grassam na nossa sociedade, exige-se que quem governe tenha uma visão mais humanista, mais solidária, mais social.
Manuela Ferreira Leite centrou a sua mensagem, o seu programa, a sua acção na denúncia da falta de apoio social àqueles que mais precisam.
Hoje, o discurso político de todas os partidos e dos seus líderes é marcado por afirmações e propostas nesta área.
Contudo, se olharmos para trás, não tinham já sido anunciados e lançados projectos e medidas para combater as necessidades sociais?
Afinal, foram ou não implementadas essas medidas?
Para onde foram os milhões de euros anunciados?
Sim, perguntas, porque na realidade não vemos os efeitos.
Uma das medidas mais sonantes tinha sido a criação de uma Rede Social que, presumivelmente, coordenaria e estruturaria as diferentes ofertas sociais a nível local, regional e nacional.
Se na teoria esta medida até podia ser ajustada, na prática nem sempre assim aconteceu.
Vejamos o caso do nosso concelho.
Como se compreende que a Santa Casa da Misericórdia tenha sido marginalizada neste processo? Deve ser caso único a nível nacional.
Como se entende que o Núcleo da Cruz Vermelha do Arco de Baúlhe, que já desenvolve um vasto serviço social, tenha sido preterido como parceiro local, no domínio do apoio social , em detrimento de uma associação recreativa, até então sem qualquer acção social?
Como se entende, hoje, o bloqueio que a Câmara Municipal fez, há meia dúzia de anos atrás, à criação da Unidade de Cuidados Continuados a instalar no antigo edifício do Hospital?
Quem foi prejudicado por isso: os Cabeceirenses ou a Santa Casa?
Claramente os Cabeceirenses!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sócrates ...


Sócrates e a mosca
"As semelhanças entre Sócrates e Obama são cada vez maiores.
Obama matou uma mosca durante uma entrevista;
Sócrates deu uma entrevista em que parecia uma mosca morta."

Ricardo Araújo Pereira
Visão, 25/06/09, citado em Sol, 26/06/09


Sócrates e a imprensa
"... Sócrates tem um conceito restrito e utilitário da liberdade de imprensa e independência da informação. Vê qualquer crítica ao seu desempenho ou à sua pessoa como uma injúria, qualquer apreciação negativa do Governo socialista como uma ofensa, quaisquer factos incómodos e mal esclarecidos do seu passado como calúnias. É a lógica, simplista e redutora, mas útil.
E a entourage socratista não tem pruridos nem escrúpulos em utilizar o poder na aplicação desse conceito. Pressionando e condicionando accionistas, receitas de publicidade, financiamentos na banca. Ameaçando com processos judiciais. Sabem-no bem os responsáveis do Sol, do Público ou da TVI.
..."
Excerto do artigo Dito e Feito, de José António Lima, jornal SOL, de 26/06/09


Comentário

Este estilo socrático há muito que está assumido noutras paragens e com outros protagonistas.
Todos nós os conhecemos...

Em sentido contrário...


Já aqui referi que participei num colóquio da CESI e sobre ele expressei algumas das ideias centrais.
Hoje gostaria de reflectir sobre uma das intervenções de François Ziegler, Administrator to the European Commission, DG Employment, Social Affairs and Equal Opportunities (designação oficial da sua função na Comissão Europeia), que defendeu que mais de 40% das decisões políticas são hoje tomadas a nível europeu, que o papel dos parceiros sociais é fundamental e têm mais poderes do que a própria Comissão Europeia, em questões sociais, em virtude do sistema de negociação e aprovação de recomendações.
Ora, nesta linha de actuação, a Europa dos 27 discute e aprova o reforço das medidas de apoio às famílias para que possam acompanhar os seus filhos na escola e na vida quotidiana.
Discutem e aprovam medidas como a licença parental, o trabalho em horários reduzidos, horários flexíveis, auto-organização de horários.
Vão mais longe e sustentam o dever social das próprias empresas no sentido de elas próprias criarem sistemas de apoio, nomeadamente através da criação de creches, infantários, escolas, cantinas, centros de convívio, sempre no sentido de apoiar as famílias enquanto pedra basilar da sociedade e da educação dos seus filhos.
Em Portugal, vamos em contramão, vamos em sentido contrário.
O Ministério da Educação, o Ministério da Segurança Social, o Primeiro Ministro lançam e apregoam a "Escola a tempo inteiro", como forma de agradar aos pais e aliviá-los do peso da responsabilidade diária e permanente de assegurar o acompanhamento e a educação dos seus filhos.
Se possível, a "escola" deveria funcionar até o dia todo. Os pais ficavam livres dos filhos...
Ao irmos em sentido contrário, já está a custar-nos muito, mas daqui a alguns anos iremos pagar um factura brutal.
É lamentável que sejamos tão cegos, que não queiramos ver...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A letargia do PSD concelhio


Tenho publicado já alguns post's sobre a situação do PSD em Cabeceiras.
De facto, tenho dificuldade em responder às múltiplas perguntas que vários cabeceirenses (e não só) me fazem sobre o futuro próximo do partido na nossa terra, já que ele representa, para nós militantes e para os cidadãos, a alternativa ao poder instalado.
Estamos a cerca de três meses do acto eleitoral autárquico (11 de Outubro segundo se consta) e a Comissão Política da Secção não convoca os militantes para:
1.º - dar a conhecer o que tem andado a fazer desde que foi eleita, já lá vão mais de seis meses;
2.º - apresentar as propostas que tem (projecto eleitoral e listas);
3.º - abrir o debate entre os militantes (já que espero que os militantes não tenham de discutir o futuro do seu partido à mesa do café, não é que isso não seja uma prática corrente de alguns...).
Será esta situação normal?
Há ou não uma solução?
Não é com dúvidas que se resolvem os problemas.
Exige-se uma rápida clarificação!
Quer apareça da CPS ou da distrital, que neste caso e mais uma vez ignora e isola o nosso concelho.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Trabalho vs Vida familiar


Participei no Colóquio da Academie Europe da CESI – Confederação Europeia dos Sindicatos Independentes sob o lema “Worklife Balance – Equilíbrio entre a Vida Profissional e a Vida Privada “.

Numa sociedade cada vez mais exigente e absorvente, em que os valores da economia e das finanças se sobrepõem aos valores das pessoas, exige-se reflexão e soluções.

Analisar e debater o que se vai fazendo, na Europa dos 27, sobre este tema, foi uma jornada interessante. Talvez um pouco lírica de mais. A realidade obriga-nos a ser mais realistas.

Dizia um dos conferencistas que assumir o direito à licença de parentalidade exigia coragem. Eu diria que, no mundo actual e no contexto nacional, é uma verdadeira loucura.

No entanto, não posso deixar de reflectir que os custos dos efeitos do stresse (calculado já em 70% das baixas médicas na Europa), nas vidas pessoais e profissionais daqueles que são afectados pela conflitualidade da relação profissional com a vida familiar, são incomensuravelmente maiores do que o ajuste e negociação de políticas de concertação social que levem à criação de condições condignas do exercício das funções de cada um de nós.

O futuro exige de todos nós, trabalhadores, entidades empregadoras (privadas ou públicas), organizações sindicais ou profissionais, poderes públicos, um esforço no sentido de conceberem e implementarem medidas que assegurem uma relação de equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar.

Uma não é independente da outra. Por isso, há que investir nesta área.

Voltarei ao assunto…