quarta-feira, 24 de junho de 2009

Trabalho vs Vida familiar


Participei no Colóquio da Academie Europe da CESI – Confederação Europeia dos Sindicatos Independentes sob o lema “Worklife Balance – Equilíbrio entre a Vida Profissional e a Vida Privada “.

Numa sociedade cada vez mais exigente e absorvente, em que os valores da economia e das finanças se sobrepõem aos valores das pessoas, exige-se reflexão e soluções.

Analisar e debater o que se vai fazendo, na Europa dos 27, sobre este tema, foi uma jornada interessante. Talvez um pouco lírica de mais. A realidade obriga-nos a ser mais realistas.

Dizia um dos conferencistas que assumir o direito à licença de parentalidade exigia coragem. Eu diria que, no mundo actual e no contexto nacional, é uma verdadeira loucura.

No entanto, não posso deixar de reflectir que os custos dos efeitos do stresse (calculado já em 70% das baixas médicas na Europa), nas vidas pessoais e profissionais daqueles que são afectados pela conflitualidade da relação profissional com a vida familiar, são incomensuravelmente maiores do que o ajuste e negociação de políticas de concertação social que levem à criação de condições condignas do exercício das funções de cada um de nós.

O futuro exige de todos nós, trabalhadores, entidades empregadoras (privadas ou públicas), organizações sindicais ou profissionais, poderes públicos, um esforço no sentido de conceberem e implementarem medidas que assegurem uma relação de equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar.

Uma não é independente da outra. Por isso, há que investir nesta área.

Voltarei ao assunto…


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