terça-feira, 24 de novembro de 2009

A (in)Justiça


Os últimos dias têm sido dominados por mais um caso do foro da Justiça.
Já nem é tão pouco a questão de saber se José Sócrates cometeu ou não qualquer crime.
É tão somente saber como funciona ou não a Justiça, o que poderá levar a uma das seguintes hipóteses:
- José Sócrates é inocente, mas não pode ser absolvido; ou
- José Sócrates é culpado e igualmente não pode ser condenado.
Isto porque não havendo escutadas válidas não há processo, não há julgamento, não há sentença.
Ficamos com uma Justiça que nem absolve, nem condena.
Numa situação destas, estamos perante um mundo de injustiças.
E é neste pântano que se geram e propagam os casos de corrupção, de violência, de abuso de poder, ...
Isto tudo perante a calma e o sentido burocrático dos mais altos responsáveis da Justiça e dos poderes políticos.
Enquanto tudo isto, Portugal vai-se afundando nas listas dos países mais corruptos.
E, como venho defendendo, há muito, Portugal vai definhando devido ao mau funcionamento do sistema judiciário, porque, como se costuma dizer, o crime compensa.
Julga tarde, quando ainda julga, julga os casos menores, e transmite uma sensação de impunidade que urge banir.
Depois de todos estes casos em torno do chefe do Governo, o que se exige é que se faça Justiça: se absolva ou se condene. Nunca, que tudo fique na suspeição.


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