domingo, 8 de agosto de 2010

O calor e os fogos


O verão é tempo de calor. Disso ninguém duvida.
No entanto, os últimos tempos têm feito subir o mercúrio dos termómetros bem acima do que é usual.
Com o calor, vêm os fogos florestais.
Até há poucos dias, a nossa zona tinha sido imune a grandes fogos, mas neste fim-de-semana a coisa complicou-se.
É a tragédia do costume.
A norte e ao centro, Portugal arde todos os anos, destruindo o nosso bem mais precioso: as florestas.
Muitas vezes, acresce ainda avultados prejuízos patrimoniais: casas, alfaias agrícolas, viaturas, animais, rações.
Também algumas vidas humanas, perdas insuperáveis.
Já era tempo de se debelar este estado das coisas.
Primeiro pela prevenção, prevenção eficaz e consistente, depois por adequados meios, que tivessem em conta a real situação das diferentes regiões do país.
Normalmente não acontece nem uma nem outra das coisas.
Sei também que não é fácil satisfazer estas duas condições.
E enquanto assim for, continuaremos a confrontarmo-nos com mais fogos, mais prejuízos e mais perdas humanas.
E assim alegremente vamos desperdiçando as nossas riquezas.
Quando Portugal for um deserto, daqui a alguns anos, aqueles que cá estiverem procurarão outras paragens...

(Não me constou que a pista de aeronaves de Abadim tenha servido para apoio ao combate aos fogos florestais. Das duas uma, ou não foi feita para isso ou então não está a servir o fim para que foi criada. Em qualquer dos casos, uma situação que não se compreende.)

Sem comentários:

Enviar um comentário