terça-feira, 4 de janeiro de 2011

10 Ideias que nos mudarão a vida - 2


2. UMA HORA ENTRE TÓQUIO E NEW YORK
O jactot mais veloz - o avião espia SR-71- atinge uma velocidade de Mach 3.3. Mas a nova geração de motores scramjet promete romper todas as barreiras de velocidade com marcas desde sete (Mach 7) a 18 vezes a velocidade do som. A tecnologia destes motores permite que o ar seja comprimido e aquecido antes de ser misturado com o hidrogénio. Esta combustão gera um impulso extremamente potente e deixa apenas un rasto de vapor de água. Com Mach 8, uma viagem entre Tóquio e New York duraria 70 minutos. Em Dezembro, a Nasa realizará a primeira prova do X-51A, desenvolvido pela Boeing e que voará a Mach 5.

A agência espacial dos USA desenvolve outro projecto com a empresa Virgin Galactic, pelo que se espera que os primeiros modelos comerciais capazes de levar satélites à órbita terrestre comecem a operar em 2015, enquanto que os desenhos para seis ou 10 passageiros iniciarão os seus voos em 2020. A Rússsia e a sua companhia estatal UABC planeia o primeiro modelo de 200 passageiros, que viajará entre Moscovo e New York em 45 minutos.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

10 Ideias que nos mudarão a vida - 1


1. PETRÓLEO CRIADO EM LABORATÓRIO: O NOVO OURO NEGRO

"Petróleo 2.0". Assim se conhece a iniciativa da empresa LS9, dos USA., cujos cientistas alteraram genes de microorganismos para que excretem crude. Trata-se de bactérias E. coli, às quais se alterou o ADN para que gerem este composto, o qual é ligeiramente diferente dos ácidos gordos que estes organismos normalmente produzem.
Trata-se de
uma fonte renovável de combustível, pelo que os planos da empresa incluem uma fábrica comercial em 2011. De forma similar, a empresa espanhola Bio Fuel System (BFS) também criou um petróleo biológico e renovável. Neste caso, utilizam-se células de microalgas marinhas que se alimentam de luz solar, CO2, fósforo e azoto. Em cilindros de três metros de altura, concentram-se à razão de 200 milhões por centímetro cúbico,dividem-se constantemente, gerando uma biomassa similar à que 200 milhões de anos deu origem ao petróleo. Diferente do crude normal, esta versão não tem enxofre nem metais pesados ou cor negra. BFS tem várias plantas de produção deste "biopetróleo" e a meta futura é começar a instalar centrais termoeléctricas que forneçam electricidade a 3.000 vivendas cada uma.

O fato usado do presidente

Três dias antes do Natal, assistia calmamente ao Telejornal da RTP1
quando vi a grande notícia da noite. Entre os atentados em Bagdade e
as agências de rating, uma voz off anuncia o que as câmaras filmam: o
presidente da maior empresa pública portuguesa a levar dois saquinhos
de papel com roupa usada e um brinquedinho (usado) para uns caixotes
de cartão, cheios de coisas usadas para oferecer no Natal. Fiquei
comovida. Que imagem de boa pessoa, que gesto bonito: pegar num
fatinho usado do seu guarda-vestidos que deve ter uns 200 e num
pequeno brinquedo de peluche, e depositar tudo no caixote de cartão
para posteriormente ser redistribuído? À administração da empresa?
Não, a notícia explica que é para oferecer aos pobrezinhos, que estão
a aumentar com a crise. A RTP, Telejornal à hora nobre, filma o
comovente gesto. Em off, o locutor explica o sentido dizendo que
alguém vai ter no sapatinho um fato de marca. Olhando para os sacos de
papel, percebe-se que esse alguém também receberá umas meias usadas e
talvez mesmo uma camisa de marca usada.

Primeiro, pensei que estava a dormir e um pesadelo me fizera voltar ao
tempo de Salazar, à RTP a preto e branco ou à série da Rita Blanco
«Conta-me como foi».

Mas não, eu estava acordada e a ver o presidente da EDP no Telejornal
da RTP 1 (podem ver o filme na net) posar sorridente para as câmaras,
a levar um saquinho a um caixote, que não era de lixo, mas de oferta.
Por acaso, estava à porta da EDP a RTP a filmar o gesto. Iam a passar
e filmaram, certamente, porque para os pobres os fatos em segunda mão
de marca assentam como uma luva. Um velhinho num lar de Vila Real
vestido Rosa & Teixeira sempre é outra coisa. Ou o homeless na sopa
dos pobres com Boss faz outra figura, ou o desempregado com Armani
numa entrevista do fundo de desemprego... Mentalidade herdada do
Estado Novo, foi a minha primeira análise, teorizando imediatamente
que os ricos em Portugal, os que recebem prémios de milhões em
empresas públicas e ordenados escandalosos e que puseram o mundo e o
país como se vê, são os mesmos com a mesma mentalidade salazarenta.
Mas nem é verdade, pois, mesmo nesse tempo, as senhoras do regime
organizavam enxovais novos nas aulas de lavores do meu liceu para dar
no Natal aos pobres que iam nascer.

Tantos assessores de imprensa na EDP, tantos assessores na Fundação
EDP, milhões de euros gastos em geniais campanhas de marketing, tantas
cabeças inteligentes diariamente pagas para vender a imagem do
presidente da EDP, tudo pago a preço de ouro, e não concebem nada
melhor do que mandar (!?) filmar, no espaço do Telejornal mais
importante do país, um gesto indigno, triste, lamentável, que
envergonha quem vê. Não têm vergonha? Não coraram? E a RTP que
critérios usa no Telejornal para incluir uma notícia?

Há uns meses escrevi ao presidente da EDP e telefonei-lhe mesmo, a
pedir ajuda da empresa para reparar a velha instalação eléctrica,
gasta pelo uso e pelo tempo, de uma instituição, onde vivem 40 adultas
cegas e com deficiências e que têm um dos mais ricos patrimónios
culturais do país. A instituição recebeu meses depois a resposta: a
Fundação EDP esclarecia que esse pedido não se enquadrava nas suas
atribuições. Agora percebi. Pedia-se fios eléctricos, quadros
eléctricos novos e lâmpadas novas. Devia-se ter escrito ao senhor
presidente da maior empresa (pública) portuguesa, com os maiores
prémios de desempenho, cujo vencimento é superior ao do presidente dos
Estados Unidos, para que oferecesse uma lâmpada em segunda mão, que
ainda acendesse e desse alguma luz. Talvez assim mandasse um dos seus
motoristas, com um dos geniais assessores de imprensa e um dos
fantásticos directores de marketing, avisar a RTP (a quem pagamos uma
taxa na factura da luz) para virem filmar a entrega da lâmpada num
saquinho de papel.

2011 anuncia-se um ano duro para os portugueses e sê-lo-á tanto mais
quanto os responsáveis pelo estado a que se chegou não saírem da nossa
frente.
Opinião, por ZITA SEABRA in Jornal de Notícias, 26.12.2010

domingo, 2 de janeiro de 2011

Os básicos

Escrevi há tempos, em plena euforia com os resultados do PISA, que os nossos alunos estavam menos burros, mas continuavam burros.

O Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação veio agora confirmá-lo: depois de uma análise exaustiva a 1700 escolas, parece que os alunos do 8º ao 12º ano não sabem raciocinar nem escrever. Segundo o GAVE, as nossas ‘crianças’ são incapazes de estruturar um texto; explicar um raciocínio com lógica; utilizar linguagem rigorosa; e, Deus meu, utilizar diferentes conceitos da mesma disciplina. Por outras palavras: as nossas ‘crianças’ são capazes de exercícios elementares, como acontece com alguns símios de laboratório; mas o passo final para o conhecimento humano está-lhes interdito.

Isto, ao contrário do que sucedeu com o PISA, não mereceu do governo um comentário. O que se compreende: os nossos governantes, a começar pelo líder da banda, são também um produto do analfabetismo e da lassidão que reinam no sistema de ensino. Confrontados com o relatório do GAVE, o mais certo é não saberem lê-lo ou interpretá-lo.

Por:João Pereira Coutinho

in: Correio da Manhã

10 Ideias que mudarão a vida

O mundo está em permanente evolução.
O Homem está em constante inovação.
Nos próximos dias deixarei aqui
É uma nova visão do Mundo, das nossas capacidades.
É uma revolução silenciosa, de que nos vamos apercebendo aos poucos.
Este é um trabalho que tem origem em:
Obrigado por nos desvendar o futuro!

Para cumprir calendário

Já decorreram os dez debates para as eleições do Presidente da República e ainda não expressei qualquer comentário sobre eles, principalmente porque fui dos muitos que não lhes prestei grande atenção.
Acompanhei mais pelos resumos e comentários que fui encontrando na net e nos jornais.
Também, pelos vistos, não trouxeram nada de particularmente novo.
Aliás, as novidades surgiram do lado que menos se esperava, Cavaco Silva, que enquanto candidato se sentiu muito mais livre para expressar aquilo que sente e não se coibiu de afirmar que não gosta do orçamento, que não compete ao PR avaliar politicamente a acção do Governo, que a sua campanha vai gastar muito menos do que é o limite legal.
Naquele que se esperava ser o debate decisivo, entre Cavaco e Manuel Alegre, acabou de facto por ser lapidar.
Comentarista e apoiantes de Alegre vieram reconhecer que o seu candidato não estava à espera de um Cavaco tão combativo e ele não foi capaz de dar a melhor resposta.
Diz o ditado que pela boca morre o peixe.
Como é que alguém que não é capaz de estar à altura das circunstâncias num debate, espera que se lhe reconheça capacidade para estar à altura das duras e difíceis funções do mais alto magistrado da nação?
Fica tudo dito, pelos próprios.
Não era preciso tanto. Todos nós já sabíamos que nestas eleições o vencedor era conhecido à partida. Mas também não era preciso demonstrar tanta incompetência, tanto desconhecimento, das funções e das implicações do exercício presidencial.
Não é por acaso que surgiram tantos candidatos, apenas e só para se darem a conhecer, exibir a sua vaidade, fazer o frete partidário, ter tempo de antena para as suas agendas políticas pessoais ou partidárias. O resultado nunca esteve em causa, senão os candidatos e as prioridades seriam outros.
Venha lá o dia 23, porque este interlúdio é apenas para cumprir calendário.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Ano Novo, Vida Nova

Um novo Ano começou.
Tudo quanto passou é passado. Estamos na altura de perspectivar o futuro, se bem que dele não somos senhores.
Diz o ditado: ano novo, vida nova.
Terá de ser este o nosso entendimento, quando sabemos que muitas e más medidas vão cair sobre as nossas cabeças.
Crise, desemprego, miséria, fome, são vocábulos que estão a entrar no quotidiano das nossas vidas e das conversas.
Necessidade de contenção, controlo de custos, poupar, medidas que se nos exigem.
E no meio de todo este cenário dramático, ainda vemos o (des)Governo aprovar aumentos com retroactivos, nos Açores atribuição de bónus, no grande capital a distribuição de lucros antecipados para fugir ao fisco.
Situações escandalosas...
Exige-se, neste início de ano, rigor e coerência nas acções de todos, para fazer face ao momento difícil que vivemos.
Ao Governo que governe; à oposição que crie as condições para que rapidamente o substitua, acabando com a incompetência que nos tem arruinado; às empresas que ajudem, em espírito solidário; às entidades de solidariedade social que saibam estar atentas às situações dramáticas que sabemos existir, envoltas na vergonha de quem nem quer dar a conhecer a sua miséria. Aos cidadãos que assumam as suas responsabilidades também e saibam ser rigorosos, exigentes e coerentes, que sejam solidários.
Um Bom Ano para todos!