Acompanhei mais pelos resumos e comentários que fui encontrando na net e nos jornais.
Também, pelos vistos, não trouxeram nada de particularmente novo.
Aliás, as novidades surgiram do lado que menos se esperava, Cavaco Silva, que enquanto candidato se sentiu muito mais livre para expressar aquilo que sente e não se coibiu de afirmar que não gosta do orçamento, que não compete ao PR avaliar politicamente a acção do Governo, que a sua campanha vai gastar muito menos do que é o limite legal.
Naquele que se esperava ser o debate decisivo, entre Cavaco e Manuel Alegre, acabou de facto por ser lapidar.
Comentarista e apoiantes de Alegre vieram reconhecer que o seu candidato não estava à espera de um Cavaco tão combativo e ele não foi capaz de dar a melhor resposta.
Diz o ditado que pela boca morre o peixe.
Como é que alguém que não é capaz de estar à altura das circunstâncias num debate, espera que se lhe reconheça capacidade para estar à altura das duras e difíceis funções do mais alto magistrado da nação?
Fica tudo dito, pelos próprios.
Não era preciso tanto. Todos nós já sabíamos que nestas eleições o vencedor era conhecido à partida. Mas também não era preciso demonstrar tanta incompetência, tanto desconhecimento, das funções e das implicações do exercício presidencial.
Não é por acaso que surgiram tantos candidatos, apenas e só para se darem a conhecer, exibir a sua vaidade, fazer o frete partidário, ter tempo de antena para as suas agendas políticas pessoais ou partidárias. O resultado nunca esteve em causa, senão os candidatos e as prioridades seriam outros.
Venha lá o dia 23, porque este interlúdio é apenas para cumprir calendário.
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