sábado, 29 de janeiro de 2011

A Educação é uma prioridade

Ontem participei no colóquio promovido pelo Gabinete de Estudos da distrital do PSD, que tinha como tema "A Educação em Portugal – Uma Visão Prospectiva".
Foi uma iniciativa muito interessante e muito participada, já que a instabilidade se reinstalou nas escolas. Esse facto leva os professores, mas agora também os pais, a estarem mais despertos para a realidade escolar.
Curiosamente, hoje, o primeiro-ministro e todo o governo envolveram-se numa mega-operação de inaugurações de estabelecimentos de ensino.
Mais uma vez, o governo entende que a melhoria do ensino, que a educação evolui na razão directa das obras realizadas.
Quanto engano!
A única coisa que evolui é a conta bancária das empresas envolvidas nessas obras, para não falar de outros eventuais co-beneficiários.
Como foi concluído, ontem, o que se torna necessário é apostar nas pessoas.
Definir o que se espera da Escola. Definir os objectivos, os meios e o modo como atingi-los.
É imperioso redefinir a Lei de Bases do Sistema Educativo, num processo partilhado e assumido pelos principais agentes políticos e educativos.
É imperioso cumprir a Constituição, permitindo de facto a livre escolha da Escola e que cada Escola possa livre e autonomamente ter o seu Projecto Educativo.
Essas liberdade e autonomia devem ser consubstanciadas na liberdade de criar o seu próprio projecto educativo, de ter autonomia administrativa, pedagógica e financeira.
Sem isso, o futuro da Educação e do Ensino estará comprometido.
Não é por construir mais escolas, inundá-las de "Magalhães", que se inverte a situação.
Como pano de fundo, exige-se rigor e qualidade, nos actos de ensinar, mas também de aprender.
Os recursos que se dizem que se investem na Educação não podem continuar a ser esbanjados para o futuro de Portugal e dos jovens portugueses.
Como diz José Sócrates (e nós todos), "a Educação tem de ser uma prioridade". Mas tem de ser de facto e não apenas nas suas palavras ocas e nos seus actos que a negam.

1 comentário:

  1. Pois...
    Os sucessivos governos têm tido uma paixão desmedida pela educação. Alguns acordam muito tarde para a dita paixão. Foi o caso da equipa socretina!
    Mas eu iria apelidar estas recorrentes paixões como (e vão ter de me perdoar a expressão) "tesão de mijo".
    Tão rapidamente chega como de repente não acontece nada. Já foi...

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