sábado, 11 de julho de 2009

Atendimento hospitalar


Não apareci ontem por aqui...
Julguei que tinham sentido a minha falta, mas às tantas não...
Ontem tive de sair para uma reunião, que virou duas e pelo meio um acidente com um familiar que teve de ir para o hospital.
E é deste caso que quero hoje falar.
O meu sogro caiu em casa e teve de ser socorrido no Hospital de S. Marcos em Braga.
Nada de muito grave, mas sempre complicado para uma pessoa de 81 anos e com outros problemas de saúde.
À partida havia necessidade de ser suturado com alguns pontos, na cabeça, o que aconteceu com alguma rapidez, cerca de 45 m., mas depois veio um exame complementar. Havia que fazer uma TAC. Coisa que numa hora e pouca resolveu. Tudo parecia correr bem...
Começou então o martírio da espera. Sim, martírio para o próprio e para quantos lidaram com a situação. Cerca de três horas para que houvesse um médico para ver o exame e emitir o respectivo relatório.
No Hospital não havia médico para o efeito. Tinha de se recorrer à telemedicina e enquanto isso fica-se a fazer número no corredor da urgência, sujeito a apanhar vírus de outras doenças, sem condições para quem está fragilizado, para quem lá trabalha, para quem está a acompanhar.
É infelizmente o tratamento que nós cidadãos, que pagamos impostos, recebemos quando precisamos de recorrer aos hospitais, principalmente quando são os maiores.
Ao fim de seis horas o caso estava resolvido. Podia regressar a casa. Bastava o que tinha feito na primeira hora... as outras são para esquecer.

2 comentários:

  1. Boa noite professor. Lamento a demora no atendimento, que efectivamente me parece exagerada para os dias que correm. De facto a eficiência no atendimento por parte dos serviços de saúde deixa muito a desejar. Há ainda um trabalho longo pela frente que passa por várias reformas estruturais. Se por um lado, o encerramento de alguns serviços de urgência tenha feito sentido pela incapacidade que tinham em dar resposta aos actuais modelos de urgência/emergência médica, assim como pela sua indevida utilização por parte dos utentes, para efeitos que não eram efectivamenente enquadrados no caráter de uma urgência, por outro, contribuiu para um congestionamento dos serviços que ficaram responsáveis pela cobertura às populações que ficaram sem as ditas urgências. Básicamente o trabalho que está agora a ser feito, como por exemplo: o alargamento da rede de emergência médica (INEM), a criação das USF´s (Unidades de Saúde Familiares), a melhoria e alargamento dos meios tecnológicos e infra-estructuras dos actuais serviços de saúde, etc, deveria ter sido efectuada anteriormente ao encerramento de alguns serviços. Em paralelo as populações têm de compreender que urgências não é o mesmo que consultas médicas. Certamente que viu ontem, muitos utentes na urgência de São Marcos em situaçãoes de doença não enquadradas no carácter de urgência/emergência. Este uso indevido por parte dos utentes contribui largamente para o congestionamento deste tipo de serviços. Há ainda outra problemática que se prende com a triagem efectuada à entrada do serviço (Triagem de Manchester), que pelo seu mecanismo e critérios de aplicação pode levar a um inadequado estabelecimento de prioridades no atendimento.
    Embora não sendo conhecedor do caso em particular, há ainda uma possibilidade para essa demora, que é o facto de estarmos num período de férias, em que os serviços se encontram a funcionar com um número inferior de recursos humanos. Contudo, 6 horas é muito tempo.


    E resta-me desejar as melhoras ao seu sogro.

    ResponderEliminar
  2. Agradeço duplamente a sua mensagem, pelos esclarecimentos e pelos votos de melhoras.

    ResponderEliminar