Pela Liberdade! Como sempre na batalha pela Liberdade (de expressão) e pela Democracia. Mais um desafio a vencer!
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
O carrossel
Deve ter sido um suplício, mesmo para quem já está habituado à velocidade do quotidiano citadino da capital.
Mais ainda agravado pelo carrossel de protestos que dia-a-dia se vão seguindo, contra as medidas adoptadas pelo(s) Governo(s).
Assim tem sido ao longo das décadas.
Em Lisboa desaguam todas as manifestações de protesto.
Todas com alguma razão. Umas mais do que outras. Mas todas em defesa de alguns direitos ou regalias.
Numa altura em que tudo está em causa, maiores são as probabilidades do desencanto, do protesto.
Há meses os professores, ontem os enfermeiros, hoje os "homens dos carrosséis", amanhã...
Diz o ditado que "em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
Bem se pode aplicar aos dias de hoje.
À falta de pão (euros) todos ralham... razão vai havendo alguma, quando o Estado continua a esbanjar e a deixar que uns quantos sejam os beneficiados do regime.
Enfim, segue o carrossel da vida...
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
O jogo das escondidas
Pelos vistos, os nossos governantes também.
Antes de Setembro, o país era um mar de 'rosas'.
Depois, antes do Natal, apareceram os primeiros números negativos, um défice na ordem dos 8%.
Em Janeiro, com o Orçamento em pano de fundo, o défice do ano anterior passa para a casa dos 9%.
Se o malabarismo das palavras e das promessas eleitorais dos partidos são já penosos para a sociedade, são de todo incompreensíveis e inadmissíveis na boca de um Ministro das Finanças, do Primeiro-ministro ou do Governador do Banco de Portugal.
Estas figuras têm responsabilidades de Estado. Que ultrapassam a mera conjuntura político-partidária.
O que se passou e está a passar é insustentável.
Como fica a credibilidade do nosso país face à comunidade internacional?
Como dizia um responsável de rating internacional, Portugal é um perigo maior do que a Grécia.
Para Sócrates, continuam a ser: "rosas, Senhor!"
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Temos 40% de pobres
Dr. Fernando Nobre
III Congresso Nacional de Economistas
O presidente da AMI, Fernando Nobre, criticou hoje a posição das associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Nacional de Economistas, Nobre considerou "completamente intolerável" que exista quem viva "com pensões de 300 ou menos euros por mês", e questionou toda a plateia se "acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?"
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar "que exista quem viva com 450 euros por mês", apontando que se sente envergonhado com "as nossas reformas".
"Os números dizem 18% de pobres... Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforça e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha..." disse ainda.
"Quando oiço o patronato a dizer que o salário mínimo não pode subir.... algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes... e com razão", salientou Fernando Nobre.
O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma".
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os:
"Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais".
Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros quanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável! Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".
Saudades da Escola
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Leis à portuguesa
Discursando, no início de mais um ano judicial, denunciou muitas das ocasiões em que o 'legislador' não teve a devida atenção à realidade.
Acusou mesmo que o legislador o faz por opção política ou ideológica, ignorando o sentir da sociedade e tentando impor, pela via legislativa, uma diferente conduta social.
Mais uma vez, uma intervenção certa, no momento certo, em local adequado.
Portugal para ser um país desenvolvido tem de ter um sistema judicial adequado. Não um sistema judicial em que as 'leis' se atropelam, violentam as consciências e viabilizam comportamentos sociais inaceitáveis.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Solidariedade na Luz
Um conjunto de estrelas jogaram para angariar fundos destinados a fazer face às graves dificuldades por que passam as vítimas do tremor de terra no Haiti.
Uma enorme tragédia que a todos deve mobilizar.
As contribuições devem ser canalizadas para as entidades de referência (Cruz Vermelha, Unicef, AMI, e outras) porque só com a colaboração de todos se poderá atenuar as dificuldades dos que sobreviveram.
A propósito desta tragédia, vai-se ouvindo um conjunto de enormidades.
Desde as palavras de Chavez, que até acusa os EUA de provocar o sismo, até à descoordenação das forças de apoio no terreno, tudo serve para criticar, em vez de concentrarem forças e energias no apoio e na resolução dos problemas.
Se face a uma catástrofe enorme como esta, há quem defenda que a resposta deveria ser mais rápida e eficaz, o que dizer da situação da CREL em Lisboa?
Um pequeno deslizamento de terras e ninguém sabe quanto tempo vai ser preciso para repor o trânsito naquela via.
Será que estamos pior que o Haiti?
domingo, 24 de janeiro de 2010
Negócios ruinosos...
Recentemente a comunicação social referia:
O ESTÁDIO MUNICIPAL DE BRAGA CUSTA, ANUALMENTE, CINCO MILHÕES DE EUROS À CÂMARA DE BRAGA;O DE COIMBRA 1,5 MILHÃO;O DE LEIRIA 1,2 MILHÃO;O DE FARO E LOULÉ 1,5 MILHÃO.
Obviamente que estes custos são suportados por todos os munícipes, contribuintes forçados a pagar encargos que nunca assumiram.
É fácil gastar, quando depois são os outros a pagar.
Os responsáveis pelas decisões que assumiram estes encargos deveriam ser obrigados a responder pelos seus respectivos custos.
E agora ainda há quem queira avançar para o TGV, novo aeroporto e mais autoestradas e pontes.
É mandar fazer..., os nossos netos talvez paguem a factura, se conseguirem...
Nós já não a iremos pagar!
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Afinal… fechado!
Já lá vai o ano
Afinal… fechado!
O designado internamento anexo ao Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto afinal continua fechado.
Contestação às portagens
Publicado na edição de Janeiro, no jornal "O Basto"
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
"Buraco" nas contas públicas três vezes maior que em 2008 - JN
EDUCAÇÃO em casa... INSTRUÇÃO na escola.
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência
defenderam que o aumento da violência escolar deve-se, em parte,
a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem
a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os
professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de
convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente
educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da
autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um
elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando
Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que
muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa',
sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer
autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos
'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador
quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel
disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa
autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores,
confrontando-os', acusa.
'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de
protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a
harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar',
sublinha.
Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma
escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para
a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente
esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos
alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a
que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das
famílias e da sociedade.
'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma,
recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da
escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e
um privilégio'.
'Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a
disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial
perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais
indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito
pela autoridade dos mais velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de
ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso
leva-os à rebeldia', afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas
em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que
'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as
situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de
privilégios e o alargamento dos deveres.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Desemprego
De regresso...
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
ANP na Madeira

O "jardim" do "Alberto"


Da pérola do Atlântico
domingo, 17 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Défice de responsabilidade
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Clara Ferreira Alves - "Expresso"
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
A Europa dos tansos
Recebi um e-mail com uma situação registada em França, sobre a situação de uma família muçulmana que, por respeito aos seus princípios e em cumprimento das disposições da solidariedade francesa, recebe a módica quantia de 8.947,43 euros mensais.
Esta família constituída pelo chefe de família, duas esposas e oito filhos de cada uma delas.
Obviamente que ninguém trabalha naquela família.
Claro que algumas centenas de famílias de franceses têm de trabalhar e descontar para que a solidariedade funcione e assuma um tão elevado encargo.
Ora esta situação não é exclusiva da França. É um fenómeno na Europa.
Em todos os países se cuida de assegurar as condições de subsistência e de solidariedade para todos, sem cuidar de saber de onde vem o dinheiro necessário para fazer face a uma tão avultada despesa.
Está fora de causa a necessidade de cuidar dos mais carenciados.
Está fora de causa desprezar os idosos ou os que não têm condições físicas ou psíquicas para trabalhar.
No entanto, é impossível continuar com a tentação, ou pior ainda, com o objectivo de acudir a todos os outros.
Cada vez menos pagam, para que cada vez um maior número de pessoas nada faça e nada queira fazer.
Qualquer cidadão verifica a existência de várias oportunidades de trabalho. Porém, poucos as aproveitam. Preferem antes a segurança de uma "esmola" que foi transformada em direito e obrigação social.
Por este caminho, virámos uma Europa de tansos, antes de nos enterrarmos numa Europa de tesos.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
"Casamento" entre homossexuais - 3
"Boa noite,
- Agradeço desde já o envio do seu email, pedindo desculpa por só agora ter tido oportunidade para lhe responder, no entanto não quis deixar de o fazer pois entendo que quando a sociedade civil se interessa por questões que são debatidas na Assembleia da República, a democracia está mais viva e mais participativa.
- Quero no entanto transmitir-lhe a minha opinião sobre a matéria em causa - Casamento de pessoas do mesmo sexo -, e o sentido de voto que tive sobre o assunto na passada sexta feira.
- Votei contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, não por uma questão de descriminação para com as pessoas que têm uma orientação sexual diferente da generalidade da população, mas porque entendo que tal como foi sempre foi pedido ao longo de dezenas de anos, por estes grupos homossexuais e seus apoiantes, o direito á diferença, e diga-se em abono da verdade sempre negada, agora não faz qualquer sentido que esses grupos não queiram assumir essa mesma diferença, pretendendo um casamento igual aqueles que são diferentes em questões de orientação sexual.
- Votei contra, pois a instituição secular designada por casamento, foi ao longo de muitos anos uma instituição considerada retrógrada e ultrapassava com a qual esses grupos não se identificavam.
- Votei contra porque é uma lei que em meu entender é inconstitucional, que viola claramente o artº8 (Direito Internacional) da Constituição, aos quais Portugal está vinculado às normas constantes de convenções internacionais, como é o caso do Tratado Europeu dos Direitos do Homem. E viola o artº13 (Princípio da Igualdade) no qual ninguém pode ser prejudicado, privado de qualquer direito pela sua orientação sexual. Esta lei ao não permitir a adopção de crianças por parte dos casais homossexuais, está claramente a discriminar este grupo.
-Votei contra, porque sou claramente contra a adopção de crianças por estes grupos. A solução encontrada pelo Partido Socialista é hipócrita e sem sentido, este partido apresenta-se como não tendo mandato para permitir a adopção por parte destes grupos, e cria um imbróglio jurídico sem sentido, que provavelmente só terá solução com a permissão a adoptar pelos casais homossexuais.
- Votei contra, porque entendo que quando se pede á sociedade civil que seja mais participativa nas questões do País, logo no momento em que esta se mobiliza de uma forma tão expressiva, recolhendo cerca de noventa e três mil assinaturas, os partidos da esquerda fazem de conta que este grupo tão significativo não existe e chumba a proposta apresentada para que houvesse um referendo sobre este assunto.
- Votei, pelas razões apresentadas, favoravelmente a possibilidade de se efectuar o referendo.
- Votei também favoravelmente o projecto que contemplava a União Civil Registada, já que a esquerda não permitiu que o referendo se realizasse, esta seria a lei que melhor interpretava o sentimento dos Portugueses, e também o meu. Pois resolvia a questão da discriminação existente para com os homossexuais, mas tratando situações diferentes de forma igualmente diferente.Com esta união os direitos dos homossexuais estariam assegurados, não existiriam inconstitucionalidades e impedia-se a adopção, que tal como já referi sou totalmente contra.
- Não sei se esta minha resposta vai ao encontro do que estaria a espera, no entanto peço-lhe que a respeite tal como eu respeito a opinião contrária.
- Em todo o caso continuo receptivo para continuar a contar com o seu contributo noutras matérias que entender por pertinentes.
Com estima,
Altino Bessa"
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
A dívida
Portugal é apontado como o país europeu com maior dívida externa.
Este facto não pode mais ser escamoteado.
A crise internacional não é a causa dos nossos problemas, como também a dissipação dessa crise não vai resolver os nossos problemas internos, antes pelo contrário deixará à vista a profundidade do buraco em que estamos metidos.
O Presidente da República, por diversas vezes, alertou para a situação da sustentabilidade das nossas finanças públicas, mas sem êxito.
Porém, a sua mensagem de Ano Novo foi veemente e foi secundada, quase pela unanimidade, dos economistas, empresários, banqueiros, homens de negócios.
Portugal só pode progredir com uma economia sustentada, com as contas públicas equilibradas.
Os portugueses desta geração têm gasto as economias dos nossos antepassados, os recursos do presente, e ainda o produto do trabalho dos nossos filhos e netos.
Que futuro lhes vamos legar?
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
É preciso que se saiba...
"... se os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham pouco mais de
metade (55%) do que se ganha na zona euro, os nossos gestores recebem, em
média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"
(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/08)
E são estas vozes que chamam a nossa atenção porque "os portugueses gastam acima das suas possibilidades".
Problemas na A7
Hoje estava de regresso de Braga e vinha a ouvir na rádio que o troço entre Fafe e Cabeceiras estava encerrado.
Achava estranho, já que até Fafe nada fazia prever essa situação.
Quando ali cheguei não havia nenhuma restrição, embora uma viatura da GNR estivesse parada algumas centenas de metros antes da saída para Fafe.
Porém, à medida que subia para a zona da Lameira, verifiquei que a neve começava a cair e a via estava bem branquinha.
Logo que se iniciava a descida, uma viatura estava a ser auxiliada, já que tinha ido parar à valeta.
A descida foi feita com mil cuidados, na maior parte do espaço, circulando-se por uma só faixa de rodagem, aberta pelos camiões ou jipes.
Em sentido contrário, a circulação fazia-se também com grande cuidado e já perto da Gandarela, verifiquei que um limpa-neves fazia esse percurso.
Um pouco mais tarde, voltei para Braga, fazendo o percurso inverso. Não obstante a existência de uma faixa de rodagem praticamente limpa, o trajecto foi feito com muita precaução e com vasta demora.
Os cerca de vinte quilómetros entre as saídas de Fafe e do Arco de Baúlhe, percorri-os aproximadamente numa hora, em cada sentido.
Registo também que, na segunda viagem, verifiquei que andavam a deitar sal na via.
Aparentemente tudo estava a funcionar e desta vez a A7 não fechou de facto durante a tarde. Com mais ou menos condicionalismos esteve aberta e permitiu a circulação de numeroso tráfego.
Contudo, não se compreende como um pequeno nevão (comparado com outros de anos anteriores ou os que ocorrem em muitos outros países) criam tamanha confusão e restrições numa via de perfil de auto-estrada.
Será que só é auto-estrada para cobrar as portagens?
Será que o limpa-neves não conseguiria fazer o seu papel com outra eficiência num percurso de apenas vinte quilómetros?
Hoje são previsíveis estas inclemências climatéricas, como não tomar medidas atempadas e adequadas às necessidades?
Mas também não posso deixar de anotar a falta de civismo e de respeito, de muitos automobilistas, que conduzem de forma a causar perigo e transtorno àqueles que de forma cuidada e zelosa procuram fazer as suas viagens em segurança.
Uns param para tirar fotografias, outros ultrapassam pela direita ou pela esquerda, serpenteando pela fila de trânsito, outros metem-se sem cuidar de saber da sua própria segurança e da dos outros…
A irresponsabilidade, a falta de educação também se vê bem espelhada nestas circunstâncias.
Esperemos que amanhã as estradas estejam transitáveis para que todos as possam percorrer em segurança.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Cai leve, levemente…
Aqui ficam duas fotos tiradas pelo meu amigo Francisco Pacheco, em Refojos de Basto e Abadim.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Desemprego
O HORROR DO VAZIO
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Enfim, o acordo!
Já esta madrugada, o Ministério da Educação chegou a um acordo com oito dos sindicatos de professores, que representam a sua esmagadora maioria.
O alcançar deste acordo vem provar que a anterior equipa tinha uma agenda de confronto, de provocação, com clara intenção do desvio das atenções sobre um vasto conjunto de medidas e políticas que foram ganhando espaço, na penumbra das luzes da ribalta.
Os professores ganham assim uma batalha dura e prolongada.
Uma batalha que deixa para trás quatro anos de grande conflitualidade nas escolas.
Foi o período mais negro da vida das escolas desde o "25 de Abril", mesmo de muitos anos antes.
O acordo alcançado vai de encontro às propostas apresentadas pela ANP à Ministra da Educação e que rapidamente foram também assumidas e bem pelos sindicatos.
O Estatuto da Carreira Docente continuará a ser renegociado em muitas outras áreas, para além da estrutura da carreira e do processo de progressão e avaliação.
Façamos votos que o espírito de negociação que o ME continue e seja possível resolver ainda alguns dos problemas que hoje mais preocupam os professores nas escolas: a burocracia, os horários de trabalho e de reuniões, a reformulação dos currículos, o estatuto do aluno e definição do tipo de escola que queremos para os nossos filhos.
É tempo de haver harmonia, consensos alargados.
Os nossos filhos e netos agradecerão.
Portugal só tem futuro com uma Educação e um Ensino de exigência e de qualidade.
"Casamento" entre homossexuais - 2
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Pelos noticiários
Os noticiários de hoje trataram dois factos que considero dignos de registo:
- Uma carga policial sobre os "homens" dos carroceis. Deve ter sido uma acção democrática, porque desta vez não vimos os "homens de esquerda" vir a terreiro questionar a actuação das forças policiais. Como tudo é diferente quando estão uns certos senhores no poder... Lembram-se do que disseram noutros tempos? A memória é curta, principalmente quando não lhes interessa...
- Depois, uma reunião dos autarcas dos municípios servidos pela A28, numa manifestação contra as portagens. Curiosamente nunca vi idêntica tomada de posição dos autarcas da região mais pobre da Europa a contestar o valor das portagens da A7. Os responsáveis dos municípios ricos recusam-se a pagar. Os dos pobres estão calados. Mas cada um tem o que merece!...
Recordar...
Recordar é viver!
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
"Casamento" entre homossexuais
O PS e o Governo resolveram concluir o ano de 2009 com a aprovação da legislação que permite o "casamento" entre homossexuais.
É uma questão dita fracturante, sendo que toda a sociedade tem uma palavra a dizer.
Publico de seguida três e-mails trocados sobre o assunto, com a devida autorização do autor.
De: Dr. Francisco Fraga
Para: vários deputados da Assembleia da República
"Senhor(a) Deputado(a)
Nos próximos dias, a Assembleia da República vai debater e votar a proposta de lei do Governo e dois projectos de lei, visando instituir o chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Venho por este meio pedir-lhe que vote contra estes textos legislativos e que se associe, assim, ao movimento social de defesa do casamento e da família.
É minha convicção que a sociedade portuguesa conta com que as suas deputadas e os seus deputados saberão estar ao seu lado, rejeitando uma intromissão política imposta de cima para baixo na esfera mais íntima das instituições sociais. E, nessa medida, saberão proteger a instituição histórica e natural do casamento, como união de homem e mulher, criadora de família.
Além disso, independentemente da posição individual de cada deputado ou deputada, pedimos-lhe que afirme a necessidade de que, por elementar respeito pelos valores da democracia, uma decisão sobre esta matéria só poderia ser tomada depois de um amplo debate e um voto claro por parte de todos os portugueses, o que nem um, nem outro ocorreram, como é sabido.
Com os melhores cumprimentos,
Francisco Castro Fraga - Advogado"
Resposta da Deputada Ana Drago (BE)
"Caro Francisco Fraga,
No seu texto, enviado igualmente por outros cidadãos, fica por explicar porque é que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um ataque em relação à instituição do casamento e à família.
Porque a família deve ser espaço de amor, solidariedade e autonomia de quem a constrói, cada um de nós deve ter a liberdade – e o direito – de a construir de acordo com a sua vontade, nos moldes que entender, sem ser considerada uma “família de segunda”, com “direitos de segunda”. O que é natural é que as pessoas saibam viver com a diferença das escolhas e das vidas dos outros; o que é salutar é olhar a igualdade de direitos como justiça, e não como uma ameaça.
O debate sobre esta matéria já decorre há vários anos – agora chegou o momento de acabar com a menorização e discriminação das pessoas que decidiram escolher alguém do mesmo sexo para constituir família.
Acredite que lhe escrevo isto sem arrogância: a felicidade dos outros nunca nos ofende ou ameaça.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Drago"
Réplica do Dr. Fraga
"Sr.ª Dr.ª Ana Drago
A sua argumentação não me convence porque:
- deve ser tratado de forma diferente aquilo que é diferente - e diferença não significa menoridade ou "estatuto de segunda": homens e mulheres, pelo facto de (felizmente) serem diferentes, não são inferiores um ao outro, nem nenhum deles tem qualquer estatuto de menoridade;
- se cada um de nós pode ter a liberdade de construir a sua família de acordo com a sua vontade, qual o motivo pelo qual não de admite também a poligamia ou a poliandria? Ou até hipóteses mistas: dois homens e três mulheres ou vice-versa? Se eles entendem que é assim que querem construir o seu "espaço de amor, solidariedade e autonomia" porque não dar-lhe também foros de legalidade?
- pessoalmente não me sinto nada me ameaçado pelo casamento de homossexuais - como também não o sentiria se fosse aprovado o casamento poligâmico ou poliândrico: a questão não pode colocar-se dessa maneira, como é óbvio; mas confesso que sinto alguma irritação pelo ar de superioridade intelectual e moral com que os seus defensores apresentam a questão;
- não creio que os homossexuais tenham nada a ganhar com esta solução e com este debate: posso estar enganado - oxalá esteja - mas tudo isto pode acabar por voltar-se contra eles;
- finalmente: porque não aceitam o referendo? os Estados Unidos, uma democracia sólida, com mais de 200 anos fê-lo ainda recentemente; não é exactamente para este tipo de questões - ditas fracturantes - que ele deve existir? Ou será que temem o veredicto do povo português?
Os melhores cumprimentos
Francisco Castro Fraga"
Contributos para uma discussão que tem de ser feita e antes de uma decisão que cabe a todos nós.
ORAÇÃO POR NÓS!
"Senhor, viemos diante de Ti neste dia, para Te pedir perdão e para pedir a tua direcção.
Sabemos que a tua Palavra disse: 'Maldição àqueles que chamam "bem" ao que está "mal“, e é exactamente o que temos feito.
Temos perdido o equilíbrio espiritual e temos mudado os nossos valores.
Temos recompensado a preguiça e chamámo-la de "Ajuda Social".
Temos matado os nossos filhos que ainda não nasceram e temo-lo chamado “a livre escolha".
Temos abatido os nossos condenados e chamámo-lo de "justiça".
Temos abusado do poder e temos chamado a isso: "Política".
Temos cobiçado os bens do nosso vizinho e a isso temo-lo chamado "ter ambição".
Temos contaminado as ondas de rádio e televisão com muita grosseria e pornografia e temo-lo chamado "liberdade de expressão".
Oh Deus!, olha no profundo dos nossos corações; purifica-nos e livra-nos dos nossos pecados.
Amen.
domingo, 3 de janeiro de 2010
O último adeus...
O Mário Gonçalves, da Ponte de Cavez.
O Mário que foi um dos nossos ídolos como futebolista no Atlético.
Por causa dele (e de muitos outros das nossas terras) fazíamos romaria para o campo das Pereiras.
O Mário foi meu colega quando entrei para a escola, estava ele no último ano da primária.
Um conterrâneo, um colega, um amigo.
Muito novo ainda, a morte levou-o para que não sofresse mais.
Que Deus o tenha perto de si.
Até um dia!
sábado, 2 de janeiro de 2010
O País não pode esperar...
A mensagem de Ano Novo do Presidente da República é digna de registo.
Ainda há no nosso sistema político quem se torne um referencial em quem se pode confiar.
Cavaco Silva veio colocar as questões nos seus lugares.
Chamou as coisas pelos nomes.
Colocou à evidência as fragilidades do momento.
E evidenciou a legitimidade do governo para exercer o seu mandato.
Há que adequar a sua prática política, às condições que o eleitorado lhe concedeu, para que consiga as medidas concretas e fazer face aos problemas existentes.
Essa é a responsabilidade do governo. Não vale a pena ignorar.
Os próximos tempos ditarão o caminho que o governo vai escolher: governar ou confrontar.
O País não pode esperar...