sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Afinal… fechado!

Já lá vai o ano

O tempo passa com enorme velocidade. Antigamente, os dias pareciam que não tinham fim. Os meses custavam a passar. Um ano era uma eternidade. Hoje, na lufa-lufa de uma vida agitada, tudo passa a correr. A vida, as amizades, o trabalho, o tempo. 2009 terminou quase sem se dar por isso e o primeiro mês de 2010 está indo. Qualquer dia estamos outra vez no Natal. Porém, os nossos problemas e as nossas preocupações mantêm-se, se não mesmo vão aumentando. Para lá de uma grande crise económica, da qual destaco o desemprego, a pobreza e a dívida pública, acresce uma profunda crise de valores e uma crise de conhecimento. A pior coisa que existe é a ignorância. E com ignorância aceita-se tudo. O “bem” e o “mal”, sem distinção. Daí, o degradar-se alegremente o nosso património cultural, social e até económico. Foi assim no ano que terminou. Agravou-se já nestes poucos dias do novo ano. Que futuro estamos a construir para os nossos filhos? Que sociedade, que cultura, que conhecimento lhes queremos legar?

Afinal… fechado!

O designado internamento anexo ao Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto afinal continua fechado.
Contrariando a promessa feita, de abertura até ao final do ano de 2009, aquela infra-estrutura mantém-se fechada.
Pior, segundo se consta, não abrirá nas condições que tinham sido anunciadas, já que o Ministério da Saúde não o autoriza.
Aliás, sempre se soube que aquela obra não reunia as condições de inclusão no Plano Nacional de Saúde.
Pena que se tenha teimado numa aposta falhada e se tenha inviabilizado a solução que tinha sido alcançada.
Como no ditado, mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
Mas neste caso, os cabeceirenses estão a ver os dois a voar…

Contestação às portagens

O Governo está a prever a inclusão de portagens nas SCUT’s, no âmbito do Orçamento para 2010, seguindo assim o caminho que o PSD já queria fazer há um bom par de anos atrás e que na altura teve enorme contestação, particularmente vinda do lado do PS. Hoje, face aos graves desequilíbrios das contas públicas, e passadas que estão as eleições, há que fazer o inevitável. Logo, os autarcas de alguns municípios servidos pelas principais SCTU’s do norte, com o presidente de Vila do Conde à cabeça, vieram a terreiro contestar a introdução das portagens. O Governo, pressionado pelos autarcas do partido socialista, já veio dizer que o assunto terá de ser estudado e que podem vir a ser dadas condições especiais para os utentes regulares das regiões abrangidas. E nós, os utentes da A7 e os autarcas da região, não fazemos nada? Já tenho escrito muito sobre esta questão e não me canso de salientar a grave e injustificada discriminação com que estamos a ser tratados. A região de Basto é a região mais pobre de Portugal e da Europa. Contudo paga portagens e proporcionalmente das mais caras. Onde estão os autarcas da região a defender os seus munícipes e os interesses das suas terras? Não conheço qualquer posição destes, nem nenhuma acção pública de contestação a uma situação que é escandalosa.

Publicado na edição de Janeiro, no jornal "O Basto"


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