De bolsos vazios
Durante anos seguidos foram vivendo acima das suas possibilidades, gastando o que não tinham, nem produziam, e aumentando o endividamento.
A crise internacional, que afectou todas as economias, mais acentuou a situação.
Ao contrário do que o poder socialista procura fazer crer, Portugal não está no bom caminho, nem tão pouco tem vindo a tomar as medidas que façam retomar o reequilíbrio orçamental.
A apresentação do PEC vem demonstrar isso mesmo, com clareza.
São precisas medidas que contrariam tudo quanto foi prometido e que era negado ainda há pouco mais de dois meses.
E as soluções passam, essencialmente e mais uma vez, pelo aumento da carga fiscal sobre os cidadãos e as empresas.
Isto é, o governo gasta e esbanja, mas depois vem ao nosso bolso buscar mais uns euros para equilibrar as suas contas.
Ora esta medida funciona bem à primeira vez, funciona mais uma ou outra vez, mas de tanto meter a mão no bolso, só encontra os bolsos vazios.
E nessa ocasião, a situação é preocupante. Nem o estado resolve o problema das suas contas públicas, nem os cidadãos conseguem viver dignamente.
Por isso registamos os mais escandalosos índices de desemprego, de pobreza, de criminalidade, de fecho de empresas, de corrupção, …
É tempo de se falar verdade aos portugueses. É tempo de tomar medidas adequadas na contenção dos (grandes) gastos públicos, é tempo de moralizar a gestão das contas do estado.
É tempo de se respeitar os cidadãos, já que estes são legitimamente obrigados a contribuir para o orçamento nacional, mas têm também o legítimo direito de exigir que a sua contribuição seja devidamente utilizada por quem tem o dever de governar.
Confiança na Justiça
No entanto, numa análise mais atenta, verificamos que a grande maioria dos processos são investigados, julgados e obtêm uma sentença que transita em julgado.
Esta situação verifica-se na generalidade dos processos comuns e em múltiplos processos, mesmo que complexos.
Porém, esta regra parece criar a excepção quando pelo meio aparecem figuras ligadas ao PS. Vejamos o que se passa com os processos Casa Pia, Face Oculta e outros.
Não se percebe que a PJ faça um tão bom trabalho na investigação de todo o tipo de casos e seja dada como incompetente nestes. Não se percebe que os Tribunais se vejam incapacitados para resolver estes casos, quando não manifestaram idêntica dificuldade para julgar outros.
E o pior que pode ocorrer é perder-se a confiança na Justiça.
Publicado no jornal "O Basto" na sua edição de Março de 2010
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