domingo, 31 de janeiro de 2010

Espectacular!!!!

Porque hoje é Domingo...

sábado, 30 de janeiro de 2010

O carrossel

Lisboa viveu hoje algumas dificuldades de trânsito, motivadas pela manifestação dos proprietários dos carrosséis que organizaram um protesto com as viaturas em marcha lenta.
Deve ter sido um suplício, mesmo para quem já está habituado à velocidade do quotidiano citadino da capital.
Mais ainda agravado pelo carrossel de protestos que dia-a-dia se vão seguindo, contra as medidas adoptadas pelo(s) Governo(s).
Assim tem sido ao longo das décadas.
Em Lisboa desaguam todas as manifestações de protesto.
Todas com alguma razão. Umas mais do que outras. Mas todas em defesa de alguns direitos ou regalias.
Numa altura em que tudo está em causa, maiores são as probabilidades do desencanto, do protesto.
Há meses os professores, ontem os enfermeiros, hoje os "homens dos carrosséis", amanhã...
Diz o ditado que "em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
Bem se pode aplicar aos dias de hoje.
À falta de pão (euros) todos ralham... razão vai havendo alguma, quando o Estado continua a esbanjar e a deixar que uns quantos sejam os beneficiados do regime.
Enfim, segue o carrossel da vida...

Pensamentos

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O jogo das escondidas

Todos os putos gostam de jogar às escondidas.
Pelos vistos, os nossos governantes também.
Antes de Setembro, o país era um mar de 'rosas'.
Depois, antes do Natal, apareceram os primeiros números negativos, um défice na ordem dos 8%.
Em Janeiro, com o Orçamento em pano de fundo, o défice do ano anterior passa para a casa dos 9%.
Se o malabarismo das palavras e das promessas eleitorais dos partidos são já penosos para a sociedade, são de todo incompreensíveis e inadmissíveis na boca de um Ministro das Finanças, do Primeiro-ministro ou do Governador do Banco de Portugal.
Estas figuras têm responsabilidades de Estado. Que ultrapassam a mera conjuntura político-partidária.
O que se passou e está a passar é insustentável.
Como fica a credibilidade do nosso país face à comunidade internacional?
Como dizia um responsável de rating internacional, Portugal é um perigo maior do que a Grécia.
Para Sócrates, continuam a ser: "rosas, Senhor!"

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Temos 40% de pobres

  

 
 
 Dr. Fernando Nobre

 
 "Temos 40% de pobres"
  III Congresso Nacional de Economistas
 O presidente da AMI, Fernando Nobre, criticou hoje a posição das associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Nacional de Economistas, Nobre considerou "completamente intolerável" que exista quem viva "com pensões de 300 ou menos euros por mês", e questionou toda a plateia se "acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar "que exista quem viva com 450 euros por mês", apontando que se sente envergonhado com "as nossas reformas". 
"Os números dizem 18% de pobres... Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforça e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%é outra coisa que me envergonha..." disse ainda. 
"Quando oiço o patronato a dizer que o salário mínimo não pode subir.... algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes... e com razão", salientou Fernando Nobre.
O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto"Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma". 
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: 
"Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais". 
Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros quanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável! Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".

SEM COMENTÁRIOS!!!!!!

Saudades da Escola

A edição de Janeiro do jornal Arco-Íris, do Agrupamento de Escolas do Arco, publica dois textos em que sou visado, os quais aqui reproduzo.




Este, manifestamente, graças à bondade do amigo Telmo Bértolo, a quem agradeço a deferência.
Agradecimento extensivo à equipa redactorial do jornal.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Leis à portuguesa

Cavaco Silva, enquanto Presidente da República, fez hoje uma análise muito caústica do processo legislativo em Portugal.
Discursando, no início de mais um ano judicial, denunciou muitas das ocasiões em que o 'legislador' não teve a devida atenção à realidade.
Acusou mesmo que o legislador o faz por opção política ou ideológica, ignorando o sentir da sociedade e tentando impor, pela via legislativa, uma diferente conduta social.
Mais uma vez, uma intervenção certa, no momento certo, em local adequado.
Portugal para ser um país desenvolvido tem de ter um sistema judicial adequado. Não um sistema judicial em que as 'leis' se atropelam, violentam as consciências e viabilizam comportamentos sociais inaceitáveis.

Pensamentos


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Solidariedade na Luz

Esta noite a Luz encheu, não para ver o Benfica, mas para se solidarizar com o povo Haitiano.
Um conjunto de estrelas jogaram para angariar fundos destinados a fazer face às graves dificuldades por que passam as vítimas do tremor de terra no Haiti.
Uma enorme tragédia que a todos deve mobilizar.
As contribuições devem ser canalizadas para as entidades de referência (Cruz Vermelha, Unicef, AMI, e outras) porque só com a colaboração de todos se poderá atenuar as dificuldades dos que sobreviveram.

A propósito desta tragédia, vai-se ouvindo um conjunto de enormidades.
Desde as palavras de Chavez, que até acusa os EUA de provocar o sismo, até à descoordenação das forças de apoio no terreno, tudo serve para criticar, em vez de concentrarem forças e energias no apoio e na resolução dos problemas.

Se face a uma catástrofe enorme como esta, há quem defenda que a resposta deveria ser mais rápida e eficaz, o que dizer da situação da CREL em Lisboa?
Um pequeno deslizamento de terras e ninguém sabe quanto tempo vai ser preciso para repor o trânsito naquela via.
Será que estamos pior que o Haiti?

domingo, 24 de janeiro de 2010

Espectacular!!!!





Negócios ruinosos...



Recentemente a comunicação social referia:


O ESTÁDIO MUNICIPAL DE BRAGA CUSTA, ANUALMENTE, CINCO MILHÕES DE EUROS À CÂMARA DE BRAGA;O DE COIMBRA 1,5 MILHÃO;O DE LEIRIA 1,2 MILHÃO;O DE FARO E LOULÉ 1,5 MILHÃO.


Obviamente que estes custos são suportados por todos os munícipes, contribuintes forçados a pagar encargos que nunca assumiram.
É fácil gastar, quando depois são os outros a pagar.
Os responsáveis pelas decisões que assumiram estes encargos deveriam ser obrigados a responder pelos seus respectivos custos.


E agora ainda há quem queira avançar para o TGV, novo aeroporto e mais autoestradas e pontes.
É mandar fazer..., os nossos netos talvez paguem a factura, se conseguirem...
Nós já não a iremos pagar!

sábado, 23 de janeiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Afinal… fechado!

Já lá vai o ano

O tempo passa com enorme velocidade. Antigamente, os dias pareciam que não tinham fim. Os meses custavam a passar. Um ano era uma eternidade. Hoje, na lufa-lufa de uma vida agitada, tudo passa a correr. A vida, as amizades, o trabalho, o tempo. 2009 terminou quase sem se dar por isso e o primeiro mês de 2010 está indo. Qualquer dia estamos outra vez no Natal. Porém, os nossos problemas e as nossas preocupações mantêm-se, se não mesmo vão aumentando. Para lá de uma grande crise económica, da qual destaco o desemprego, a pobreza e a dívida pública, acresce uma profunda crise de valores e uma crise de conhecimento. A pior coisa que existe é a ignorância. E com ignorância aceita-se tudo. O “bem” e o “mal”, sem distinção. Daí, o degradar-se alegremente o nosso património cultural, social e até económico. Foi assim no ano que terminou. Agravou-se já nestes poucos dias do novo ano. Que futuro estamos a construir para os nossos filhos? Que sociedade, que cultura, que conhecimento lhes queremos legar?

Afinal… fechado!

O designado internamento anexo ao Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto afinal continua fechado.
Contrariando a promessa feita, de abertura até ao final do ano de 2009, aquela infra-estrutura mantém-se fechada.
Pior, segundo se consta, não abrirá nas condições que tinham sido anunciadas, já que o Ministério da Saúde não o autoriza.
Aliás, sempre se soube que aquela obra não reunia as condições de inclusão no Plano Nacional de Saúde.
Pena que se tenha teimado numa aposta falhada e se tenha inviabilizado a solução que tinha sido alcançada.
Como no ditado, mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
Mas neste caso, os cabeceirenses estão a ver os dois a voar…

Contestação às portagens

O Governo está a prever a inclusão de portagens nas SCUT’s, no âmbito do Orçamento para 2010, seguindo assim o caminho que o PSD já queria fazer há um bom par de anos atrás e que na altura teve enorme contestação, particularmente vinda do lado do PS. Hoje, face aos graves desequilíbrios das contas públicas, e passadas que estão as eleições, há que fazer o inevitável. Logo, os autarcas de alguns municípios servidos pelas principais SCTU’s do norte, com o presidente de Vila do Conde à cabeça, vieram a terreiro contestar a introdução das portagens. O Governo, pressionado pelos autarcas do partido socialista, já veio dizer que o assunto terá de ser estudado e que podem vir a ser dadas condições especiais para os utentes regulares das regiões abrangidas. E nós, os utentes da A7 e os autarcas da região, não fazemos nada? Já tenho escrito muito sobre esta questão e não me canso de salientar a grave e injustificada discriminação com que estamos a ser tratados. A região de Basto é a região mais pobre de Portugal e da Europa. Contudo paga portagens e proporcionalmente das mais caras. Onde estão os autarcas da região a defender os seus munícipes e os interesses das suas terras? Não conheço qualquer posição destes, nem nenhuma acção pública de contestação a uma situação que é escandalosa.

Publicado na edição de Janeiro, no jornal "O Basto"


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

"Buraco" nas contas públicas três vezes maior que em 2008 - JN

"Buraco" nas contas públicas três vezes maior que em 2008 - JN

Cada dia que passa mais negro vai ficando o horizonte.
Até às eleições foi Verão. Depois Inverno.
Só chovem desgraças...

EDUCAÇÃO em casa... INSTRUÇÃO na escola.


Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência
defenderam que o aumento da violência escolar deve-se, em parte,
a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem
a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os
professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de
convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente
educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da
autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um
elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando
Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que
muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa',
sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer
autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos
'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador
quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel
disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa
autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores,
confrontando-os', acusa.
'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de
protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a
harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar',
sublinha.
Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma
escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para
a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente
esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos
alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a
que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das
famílias e da sociedade.
'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma,
recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da
escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e
um privilégio'.
'Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a
disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial
perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais
indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito
pela autoridade dos mais velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de
ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso
leva-os à rebeldia', afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas
em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que
'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as
situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de
privilégios e o alargamento dos deveres.


"O Homem não sabe mais que os outros animais; sabe menos.
Eles sabem o que precisam saber. Nós não"...
FERNANDO SAVATER (Filósofo)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Desemprego


Mensalmente tenho vindo a acompanhar o fenómeno do desemprego no distrito de Braga, particularmente através das notícias do Correio do Minho sobre o tema.
Conheceram-se agora os dados do mês de Dezembro.
Segundo a notícia publicada, o desemprego diminuiu no distrito de Braga.
Contudo em Cabeceiras continua a aumentar.
É este o desenvolvimento sustentado da nossa terra, sempre para pior.
Infelizmente!

De regresso...

Depois de um pequeno contratempo, uma varia no avião, o que atrasou a partida mais de duas horas, cá estou de volta.
Já sem tempo, nem paciência para um post novo.
Mesmo assim, fica o registo.
Amanhã ainda coloco aqui uma foto...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ANP na Madeira

Funchal - zona do Lido

A Associação Nacional de Professores está a diligenciar no sentido de criar uma delegação regional na Região Autónoma da Madeira.
Fruto de contactos estabelecidos com sócios aqui a trabalhar e em resultados do empenhamento pessoal de uma Conselheira Nacional da ANP, foi possível reunir com diferentes responsáveis locais, propiciando as condições para que a ANP atinja os seus objectivos.
Por isso aqui ando neste espaço tão belo e tão bem cuidado.

O "jardim" do "Alberto"



Há já um par de anos que não vinha à Madeira.
Naquela altura já achei que o arquipélago era um espaço de desenvolvimento e de bem-estar.
Estes anos volvidos, a evolução é enorme.
Muito melhores condições de mobilidade, mais construção, melhor parque habitacional.
Por toda a ilha da Madeira, boas condições no parque escolar, nos espaços públicos, na rede de transportes, nos equipamentos sociais.
Pode-se dizer que gastam muito dinheiro, ... mas vêem-se os resultados.
No 'contnente' pagamos cada vez mais impostos e as obras nem sempre se Vêem ao serviço dos seus utilizadores, mas dos seus promotores.
É essa a grande diferença.
Quanto às outras (diferenças), são iguais em todo o lado!

Funchal ao entardecer...

Da pérola do Atlântico



Estou com algumas dificuldades de comunicação desde a pérola do Atlântico.
Por isso ontem não consegui colocar o post que desejava e hoje ainda não o consegui fazer.
De qualquer modo, estou por aqui...


domingo, 17 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Pensamentos


Défice de responsabilidade

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto  final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada. 


Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.




Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.



Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.


Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

                                           Clara  Ferreira  Alves - "Expresso"



quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A Europa dos tansos



Recebi um e-mail com uma situação registada em França, sobre a situação de uma família muçulmana que, por respeito aos seus princípios e em cumprimento das disposições da solidariedade francesa, recebe a módica quantia de 8.947,43 euros mensais.
Esta família constituída pelo chefe de família, duas esposas e oito filhos de cada uma delas.
Obviamente que ninguém trabalha naquela família.
Claro que algumas centenas de famílias de franceses têm de trabalhar e descontar para que a solidariedade funcione e assuma um tão elevado encargo.
Ora esta situação não é exclusiva da França. É um fenómeno na Europa.
Em todos os países se cuida de assegurar as condições de subsistência e de solidariedade para todos, sem cuidar de saber de onde vem o dinheiro necessário para fazer face a uma tão avultada despesa.
Está fora de causa a necessidade de cuidar dos mais carenciados.
Está fora de causa desprezar os idosos ou os que não têm condições físicas ou psíquicas para trabalhar.
No entanto, é impossível continuar com a tentação, ou pior ainda, com o objectivo de acudir a todos os outros.
Cada vez menos pagam, para que cada vez um maior número de pessoas nada faça e nada queira fazer.
Qualquer cidadão verifica a existência de várias oportunidades de trabalho. Porém, poucos as aproveitam. Preferem antes a segurança de uma "esmola" que foi transformada em direito e obrigação social.
Por este caminho, virámos uma Europa de tansos, antes de nos enterrarmos numa Europa de tesos.

Pensamentos


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"Casamento" entre homossexuais - 3

Reproduzo a seguir a cópia do e-mail de Altino Bessa, deputado do CDS/PP, a Francisco Fraga, sobre a questão do casamento entre homossexuais, que este me facultou.

"Boa noite,
- Agradeço desde já o envio do seu email, pedindo desculpa por só agora ter tido oportunidade para lhe responder, no entanto não quis deixar de o fazer pois entendo que quando a sociedade civil se interessa por questões que são debatidas na Assembleia da República, a democracia está mais viva e mais participativa.
         - Quero no entanto transmitir-lhe a minha opinião sobre a matéria em causa - Casamento de pessoas do mesmo sexo -, e o sentido de voto que tive sobre o assunto na passada sexta feira.
         - Votei contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, não por uma questão de descriminação para com as pessoas que têm uma orientação sexual diferente da generalidade da população, mas porque entendo que tal como foi sempre foi pedido ao longo de dezenas de anos, por estes grupos homossexuais e seus apoiantes, o direito á diferença, e diga-se em abono da verdade sempre negada, agora não faz qualquer sentido que esses grupos não queiram assumir essa mesma diferença, pretendendo um casamento igual aqueles que são diferentes em questões de orientação sexual.
         - Votei contra, pois a instituição secular designada por casamento, foi ao longo de muitos anos uma instituição considerada retrógrada e ultrapassava com a qual esses grupos não se identificavam.
         - Votei contra porque é uma lei que em meu entender é inconstitucional, que viola claramente o artº8 (Direito Internacional) da Constituição, aos quais Portugal está vinculado às normas constantes de convenções internacionais, como é o caso do Tratado Europeu dos Direitos do Homem. E viola o artº13 (Princípio da Igualdade) no qual ninguém pode ser prejudicado, privado de qualquer direito pela sua orientação sexual. Esta lei ao não permitir a adopção de crianças por parte dos casais homossexuais, está claramente a discriminar este grupo.
         -Votei contra, porque sou claramente contra a adopção de crianças por estes grupos. A solução encontrada pelo Partido Socialista é hipócrita e sem sentido, este partido apresenta-se como não tendo mandato para permitir a adopção por parte destes grupos, e cria um imbróglio jurídico sem sentido, que provavelmente só terá solução com a permissão a adoptar pelos casais homossexuais.
          - Votei contra, porque entendo que quando se pede á sociedade civil que seja mais participativa nas questões do País, logo no momento em que esta se mobiliza de uma forma tão expressiva, recolhendo cerca de noventa e três mil assinaturas, os partidos da esquerda fazem de conta que este grupo tão significativo não existe e chumba a proposta apresentada para que houvesse um referendo sobre este assunto.
          - Votei, pelas razões apresentadas, favoravelmente a possibilidade de se efectuar o referendo.
          - Votei também favoravelmente o projecto que contemplava a União Civil Registada, já que a esquerda não permitiu que o referendo se realizasse, esta seria a lei que melhor interpretava o sentimento dos Portugueses, e também o meu. Pois resolvia a questão da discriminação existente para com os homossexuais, mas tratando situações diferentes de forma igualmente diferente.Com esta união os direitos dos homossexuais estariam assegurados, não existiriam inconstitucionalidades e impedia-se a adopção, que tal como já referi sou totalmente contra.   
         - Não sei se esta minha resposta vai ao encontro do que estaria a espera, no entanto peço-lhe que a respeite tal como eu respeito a opinião contrária.
         - Em todo o caso continuo receptivo para continuar a contar com o seu contributo noutras matérias que entender por pertinentes.
         Com estima, 

         Altino Bessa"

Pensamentos


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A dívida

Definitivamente a questão da dívida externa portuguesa assumiu a premência e o relevo a que tem direito.
Portugal é apontado como o país europeu com maior dívida externa.
Este facto não pode mais ser escamoteado.
A crise internacional não é a causa dos nossos problemas, como também a dissipação dessa crise não vai resolver os nossos problemas internos, antes pelo contrário deixará à vista a profundidade do buraco em que estamos metidos.
O Presidente da República, por diversas vezes, alertou para a situação da sustentabilidade das nossas finanças públicas, mas sem êxito.
Porém, a sua mensagem de Ano Novo foi veemente e foi secundada, quase pela unanimidade, dos economistas, empresários, banqueiros, homens de negócios.
Portugal só pode progredir com uma economia sustentada, com as contas públicas equilibradas.
Os portugueses desta geração têm gasto as economias dos nossos antepassados, os recursos do presente, e ainda o produto do trabalho dos nossos filhos e netos.
Que futuro lhes vamos legar?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Pensamentos


É preciso que se saiba...

É preciso que se saiba...

"... se os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham pouco mais de
metade (55%) do que se ganha na zona euro, os nossos gestores recebem, em
média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/08)

E são estas vozes que chamam a nossa atenção porque "os portugueses gastam acima das suas possibilidades".

Problemas na A7

Dia de neve é sempre dia de problemas na A7.


Hoje estava de regresso de Braga e vinha a ouvir na rádio que o troço entre Fafe e Cabeceiras estava encerrado.

Achava estranho, já que até Fafe nada fazia prever essa situação.

Quando ali cheguei não havia nenhuma restrição, embora uma viatura da GNR estivesse parada algumas centenas de metros antes da saída para Fafe.

Porém, à medida que subia para a zona da Lameira, verifiquei que a neve começava a cair e a via estava bem branquinha.

Logo que se iniciava a descida, uma viatura estava a ser auxiliada, já que tinha ido parar à valeta.

A descida foi feita com mil cuidados, na maior parte do espaço, circulando-se por uma só faixa de rodagem, aberta pelos camiões ou jipes.

Em sentido contrário, a circulação fazia-se também com grande cuidado e já perto da Gandarela, verifiquei que um limpa-neves fazia esse percurso.

Um pouco mais tarde, voltei para Braga, fazendo o percurso inverso. Não obstante a existência de uma faixa de rodagem praticamente limpa, o trajecto foi feito com muita precaução e com vasta demora.

Os cerca de vinte quilómetros entre as saídas de Fafe e do Arco de Baúlhe, percorri-os aproximadamente numa hora, em cada sentido.

Registo também que, na segunda viagem, verifiquei que andavam a deitar sal na via.

Aparentemente tudo estava a funcionar e desta vez a A7 não fechou de facto durante a tarde. Com mais ou menos condicionalismos esteve aberta e permitiu a circulação de numeroso tráfego.

Contudo, não se compreende como um pequeno nevão (comparado com outros de anos anteriores ou os que ocorrem em muitos outros países) criam tamanha confusão e restrições numa via de perfil de auto-estrada.

Será que só é auto-estrada para cobrar as portagens?

Será que o limpa-neves não conseguiria fazer o seu papel com outra eficiência num percurso de apenas vinte quilómetros?

Hoje são previsíveis estas inclemências climatéricas, como não tomar medidas atempadas e adequadas às necessidades?

Mas também não posso deixar de anotar a falta de civismo e de respeito, de muitos automobilistas, que conduzem de forma a causar perigo e transtorno àqueles que de forma cuidada e zelosa procuram fazer as suas viagens em segurança.

Uns param para tirar fotografias, outros ultrapassam pela direita ou pela esquerda, serpenteando pela fila de trânsito, outros metem-se sem cuidar de saber da sua própria segurança e da dos outros…

A irresponsabilidade, a falta de educação também se vê bem espelhada nestas circunstâncias.

Esperemos que amanhã as estradas estejam transitáveis para que todos as possam percorrer em segurança.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Cai leve, levemente…


Assim começa a balada da neve.


Assim hoje aconteceu desde manhã. A neve caiu, caiu, cobrindo a paisagem de uma alvura entrecortada com o cinzento das nuvens, o verde dos pinheiros e as diferentes cores das casas.

Uma paisagem sempre maravilhosa.

Os amantes da fotografia puderam registar momentos inesquecíveis.

Aqui ficam duas fotos tiradas pelo meu amigo Francisco Pacheco, em Refojos de Basto e Abadim.



sábado, 9 de janeiro de 2010

Desemprego


A situação do desemprego em Portugal é por demais preocupante.
Quando já nos vêm dizer que a crise está a passar, que o pior já foi, que a economia está a melhorar, o desemprego continua a crescer.
Novo máximo, 10,3%, no final de Novembro.
Como se poderá pensar no fim da crise, com indicadores como este?
Verifica-se mais uma vez que os nossos governantes e o director do Banco de Portugal nos têm andado a enganar.
A nossa crise é bem mais profunda e complexa do que a crise internacional.
Vai perdurar, podendo mesmo agravar-se, para além do que possa acontecer nos nossos vizinhos europeus.
Os maus hábitos, a tendência para esconder a realidade, a tentativa de manutenção do poder a qualquer custo, mesmo que isso coloque milhares de pessoas na miséria, estão a levar-nos para um beco sem saída.
É tempo de os responsáveis e de nós todos entendermos o que se está a passar.
É tempo de encarar os problemas.
É tempo de unir esforços, poupar, equilibrar as contas públicas, pessoais e familiares...
Por tudo isto, não se compreende a dita "agenda" do PS e do Governo. A não ser que seja a aplicação dura e pura do "dividir para reinar".


O HORROR DO VAZIO


O HORROR DO VAZIO
Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido. Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia. Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte. No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche. A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado. Sócrates e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro. Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida. O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer. Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos. O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido. Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã. E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos.



Mário Crespo




sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Enfim, o acordo!



Já esta madrugada, o Ministério da Educação chegou a um acordo com oito dos sindicatos de professores, que representam a sua esmagadora maioria.
O alcançar deste acordo vem provar que a anterior equipa tinha uma agenda de confronto, de provocação, com clara intenção do desvio das atenções sobre um vasto conjunto de medidas e políticas que foram ganhando espaço, na penumbra das luzes da ribalta.
Os professores ganham assim uma batalha dura e prolongada.
Uma batalha que deixa para trás quatro anos de grande conflitualidade nas escolas.
Foi o período mais negro da vida das escolas desde o "25 de Abril", mesmo de muitos anos antes.
O acordo alcançado vai de encontro às propostas apresentadas pela ANP à Ministra da Educação e que rapidamente foram também assumidas e bem pelos sindicatos.
O Estatuto da Carreira Docente continuará a ser renegociado em muitas outras áreas, para além da estrutura da carreira e do processo de progressão e avaliação.
Façamos votos que o espírito de negociação que o ME continue e seja possível resolver ainda alguns dos problemas que hoje mais preocupam os professores nas escolas: a burocracia, os horários de trabalho e de reuniões, a reformulação dos currículos, o estatuto do aluno e definição do tipo de escola que queremos para os nossos filhos.
É tempo de haver harmonia, consensos alargados.
Os nossos filhos e netos agradecerão.
Portugal só tem futuro com uma Educação e um Ensino de exigência e de qualidade.

"Casamento" entre homossexuais - 2


Na passada segunda-feira, publiquei um post com o título em epígrafe que mereceu citação e comentário no blogue de Vítor Pimenta, O Mal Maior, sob o título A Semântica (do Casamento).
O autor dos textos que publiquei, o Dr. Francisco Fraga, entendeu também replicar, pelo que passo a transcrever o seu texto.
"A resposta de Vítor Pimenta - cuja existência saúdo: é sempre bom sabermos que somos lidos e respondidos - merece-me os seguintes comentários:
- não sou actor da política local, muito embora, se o fosse, tal não envolvesse qualquer descrédito, como é óbvio;
- a questão do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo não é, obviamente, uma questão semântica;
- como aliás se intui das suas palavras é, antes, uma questão de posição sobre uma determinada realidade fáctica: são diferentes ou são iguais as situações de uniões entre um homem e uma mulher, ou entre dois homens ou duas mulheres; o Direito deve considera-lás iguais ou diferentes?
- o Direito, objectivamente considerado, é património da sociedade que visa regular: seja ela a própria sociedade global (é o caso, por exemplo, da declaração universal dos direitos do homem), seja nacional (as leis que regem um determinado país), regional (as leis próprias de uma região) ou até local (as posturas municipais, por exemplo). Já os direitos subjectivos são da titularidade daqueles a quem o ordem jurídica os confere: se a lei me confere o direito de propriedade sobre uma coisa, eu sou titular desse direito (sou seu dono exclusivo). Segundo creio, o seu raciocínio confunde uma realidade com a outra.
- Obviamente progenitores são os pais, os avós, os bisavós: a progenitura concretiza-se no acto da procriação e estabelece uma relação indestrutível entre o pai ou mãe e o filho; os pais são progenitores dos filhos, os avós dos pais, os bisavós dos avós e assim sucessivamente até ao início dos tempos (na Bíblia esse início, pelo menos o da raça humana, é configurado pelas figuras de "Adão e Eva", eles próprios progenitores de Caim e Abel);
- Perguntar-se-á: se o casamento é a união de duas (e porque não de mais?) pessoas porque terão de ser de sexo diferente? A existência de regulamentação jurídica da situação matrimonial tem que ver fundamentalmente com a protecção dos elos mais fracos que a compõem: os filhos. Tal regulamentação seria desnecessária - na sua maior parte - se a ligação se fizesse apenas entre duas pessoas adultas. Ora a mãe natureza fez com que os filhos nascessem da relação entre um homem e uma mulher: essa é uma indicação preciosa que não pode ser destruída por qualquer argumentação racional, por mais apurada que seja;
- a sua argumentação quanto ao referendo levaria , pura e simplesmente, à sua abolição; mas ele é um precioso instrumento de democracia directa, adoptado por muitos países de grandes credenciais democráticas (Estados Unidos, Suíça, países nórdicos, etc); e o tema em é o típico e o mais adequado para o referendo. De outra maneira: é uma elite pseudo intelectual que impõe ao país conceitos e práticas que ele pode não querer.
- tenho as minhas dúvidas que a legalização dos casamentos de homossexuais seja um contributo para acabar com a homofobia: temo que seja precisamente o contrário!"

Afinal seria bom haver um debate sério na sociedade sobre o tema.
Há muito para dizer e há protagonistas para o efeito.
Que pena que este poder "socialista" coarcte as liberdades (dos cidadãos e dos próprios deputados do seu grupo parlamentar), exija a obediência cega e imponha normas que o seu próprio eleitorado não sustenta.
Começou hoje uma nova etapa...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Para a sua segurança


Um pequeno vídeo que pode ajudar à sua segurança rodoviária.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pelos noticiários



Os noticiários de hoje trataram dois factos que considero dignos de registo:
- Uma carga policial sobre os "homens" dos carroceis. Deve ter sido uma acção democrática, porque desta vez não vimos os "homens de esquerda" vir a terreiro questionar a actuação das forças policiais. Como tudo é diferente quando estão uns certos senhores no poder... Lembram-se do que disseram noutros tempos? A memória é curta, principalmente quando não lhes interessa...
- Depois, uma reunião dos autarcas dos municípios servidos pela A28, numa manifestação contra as portagens. Curiosamente nunca vi idêntica tomada de posição dos autarcas da região mais pobre da Europa a contestar o valor das portagens da A7. Os responsáveis dos municípios ricos recusam-se a pagar. Os dos pobres estão calados. Mas cada um tem o que merece!...

Recordar...

Um pequeno vídeo que recorda a cidade de Braga, como eu ainda a conheci...
Recordar é viver!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Casamento" entre homossexuais



O PS e o Governo resolveram concluir o ano de 2009 com a aprovação da legislação que permite o "casamento" entre homossexuais.

É uma questão dita fracturante, sendo que toda a sociedade tem uma palavra a dizer.

Publico de seguida três e-mails trocados sobre o assunto, com a devida autorização do autor.



De: Dr. Francisco Fraga

Para: vários deputados da Assembleia da República

"Senhor(a) Deputado(a)

Nos próximos dias, a Assembleia da República vai debater e votar a proposta de lei do Governo e dois projectos de lei, visando instituir o chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Venho por este meio pedir-lhe que vote contra estes textos legislativos e que se associe, assim, ao movimento social de defesa do casamento e da família.

É minha convicção que a sociedade portuguesa conta com que as suas deputadas e os seus deputados saberão estar ao seu lado, rejeitando uma intromissão política imposta de cima para baixo na esfera mais íntima das instituições sociais. E, nessa medida, saberão proteger a instituição histórica e natural do casamento, como união de homem e mulher, criadora de família.

Além disso, independentemente da posição individual de cada deputado ou deputada, pedimos-lhe que afirme a necessidade de que, por elementar respeito pelos valores da democracia, uma decisão sobre esta matéria só poderia ser tomada depois de um amplo debate e um voto claro por parte de todos os portugueses, o que nem um, nem outro ocorreram, como é sabido.

Com os melhores cumprimentos,
Francisco Castro Fraga - Advogado"

Resposta da Deputada Ana Drago (BE)

"Caro Francisco Fraga,

No seu texto, enviado igualmente por outros cidadãos, fica por explicar porque é que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um ataque em relação à instituição do casamento e à família.

Porque a família deve ser espaço de amor, solidariedade e autonomia de quem a constrói, cada um de nós deve ter a liberdade – e o direito – de a construir de acordo com a sua vontade, nos moldes que entender, sem ser considerada uma “família de segunda”, com “direitos de segunda”. O que é natural é que as pessoas saibam viver com a diferença das escolhas e das vidas dos outros; o que é salutar é olhar a igualdade de direitos como justiça, e não como uma ameaça.

O debate sobre esta matéria já decorre há vários anos – agora chegou o momento de acabar com a menorização e discriminação das pessoas que decidiram escolher alguém do mesmo sexo para constituir família.

Acredite que lhe escrevo isto sem arrogância: a felicidade dos outros nunca nos ofende ou ameaça.

Com os melhores cumprimentos,
Ana Drago"

Réplica do Dr. Fraga

"Sr.ª Dr.ª Ana Drago

A sua argumentação não me convence porque:
- deve ser tratado de forma diferente aquilo que é diferente - e diferença não significa menoridade ou "estatuto de segunda": homens e mulheres, pelo facto de (felizmente) serem diferentes, não são inferiores um ao outro, nem nenhum deles tem qualquer estatuto de menoridade;
- se cada um de nós pode ter a liberdade de construir a sua família de acordo com a sua vontade, qual o motivo pelo qual não de admite também a poligamia ou a poliandria? Ou até hipóteses mistas: dois homens e três mulheres ou vice-versa? Se eles entendem que é assim que querem construir o seu "espaço de amor, solidariedade e autonomia" porque não dar-lhe também foros de legalidade?
- pessoalmente não me sinto nada me ameaçado pelo casamento de homossexuais - como também não o sentiria se fosse aprovado o casamento poligâmico ou poliândrico: a questão não pode colocar-se dessa maneira, como é óbvio; mas confesso que sinto alguma irritação pelo ar de superioridade intelectual e moral com que os seus defensores apresentam a questão;
- não creio que os homossexuais tenham nada a ganhar com esta solução e com este debate: posso estar enganado - oxalá esteja - mas tudo isto pode acabar por voltar-se contra eles;
- finalmente: porque não aceitam o referendo? os Estados Unidos, uma democracia sólida, com mais de 200 anos fê-lo ainda recentemente; não é exactamente para este tipo de questões - ditas fracturantes - que ele deve existir? Ou será que temem o veredicto do povo português?

Os melhores cumprimentos
Francisco Castro Fraga"


Contributos para uma discussão que tem de ser feita e antes de uma decisão que cabe a todos nós.

ORAÇÃO POR NÓS!






"Senhor, viemos diante de Ti neste dia, para Te pedir  perdão e para pedir a tua direcção.
Sabemos que a tua Palavra disse: 'Maldição àqueles que  chamam "bem" ao que está "mal“, e é exactamente o que temos feito.
Temos perdido o equilíbrio espiritual e temos mudado os nossos valores.

Temos explorado o pobre e temos chamado a isso "sorte".
Temos recompensado a preguiça e chamámo-la de "Ajuda Social".
Temos matado os nossos filhos que ainda não nasceram e temo-lo chamado “a livre escolha".
Temos abatido os nossos condenados e chamámo-lo de "justiça".

Temos sido negligentes ao disciplinar os nossos filhos e chamámo-lo “desenvolver a sua auto-estima”.
Temos abusado do poder e temos chamado a isso: "Política".
Temos cobiçado os bens do nosso vizinho e a isso temo-lo chamado "ter ambição".
Temos contaminado as ondas de rádio e televisão com  muita grosseria e pornografia e temo-lo chamado "liberdade de expressão".

Temos ridicularizado os valores estabelecidos desde há muito tempo pelos nossos ancestrais e a isto temo-lo chamado de "obsoleto e passado".
Oh Deus!, olha no profundo dos nossos corações; purifica-nos e livra-nos dos nossos  pecados.
Amen.



Oração de abertura no Senado de Kansas pelo reverendo Joe Wright.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O último adeus...

Partiu o Mário.
O Mário Gonçalves, da Ponte de Cavez.
O Mário que foi um dos nossos ídolos como futebolista no Atlético.
Por causa dele (e de muitos outros das nossas terras) fazíamos romaria para o campo das Pereiras.
O Mário foi meu colega quando entrei para a escola, estava ele no último ano da primária.
Um conterrâneo, um colega, um amigo.
Muito novo ainda, a morte levou-o para que não sofresse mais.
Que Deus o tenha perto de si.
Até um dia!

sábado, 2 de janeiro de 2010

O País não pode esperar...



Portugal está a viver uma das maiores crises de sempre. Regista o mais elevado nível de desemprego da década. As contas públicas não param de quebrar as barreiras negativas. O endividamento externo ultrapassa já os 100%. Assumem-se questões fracturantes com a leviandade dos irresponsáveis, numa altura em que se torna urgente o empenhamento de todos.
Que futuro se espera de um país assim?

A mensagem de Ano Novo do Presidente da República é digna de registo.
Ainda há no nosso sistema político quem se torne um referencial em quem se pode confiar.
Cavaco Silva veio colocar as questões nos seus lugares.
Chamou as coisas pelos nomes.
Colocou à evidência as fragilidades do momento.
E evidenciou a legitimidade do governo para exercer o seu mandato.
Há que adequar a sua prática política, às condições que o eleitorado lhe concedeu, para que consiga as medidas concretas e fazer face aos problemas existentes. 
Essa é a responsabilidade do governo. Não vale a pena ignorar.
Os próximos tempos ditarão o caminho que o governo vai escolher: governar ou confrontar.
O País não pode esperar...