A notícia ontem conhecida do agravamento do risco da dívida pública portuguesa causou um turbilhão político.
Hoje, reuniram de emergência o Primeiro-Ministro e o Ministro das Finanças, antes de o líder da oposição, o Presidente do PSD, ser recebido pelo chefe do executivo.
Urgia uma demonstração inequívoca do compromisso nacional em satisfazer junto da comunidade internacional os objetivos do PEC.
Finalmente (?!!!), o Governo e José Sócrates caíram das nuvens.
Afinal, Portugal está numa situação deveras complicada.
Como dizia Belmiro de Azevedo, "quem gasta mais do que o que tem, arranja problemas".
Ora, há muito que se vinha a conhecer este trágico cenário.
A ex-líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, passou dois anos a denunciar este drama. De pouco lhe valeu e muito menos a nós contribuintes.
Apertámos o cinto durante a legislatura anterior, para que esta terminasse em descalabro, só e apenas para que o PS e Sócrates ganhassem as eleições.
Volvidas que estas foram, novas e mais duras medidas terão de ser tomadas para reequilibrar as contas públicas.
Mais uma vez, os mesmos de sempre, são chamados a pagar aquilo que outros gastaram e tinham como objectivo gastar.
É tempo de dizer basta.
É tempo de pousar os pés na terra e parar com as megalomanias das grandes obras, dos projectos faraónicos, só possíveis no sonho dos loucos.
Portugal está a caminho da bancarrota e é necessário a concertação de todos para a evitar.
Mas com isso não se pode iludir as responsabilidades das políticas seguidas pelos governos socialistas de Guterres e de Sócrates.
Políticas idênticas à do governo socilalista espanhol, que curiosamente hoje mesmo foi vítima de igual recomendação negativa da agência de rating.
É preciso outro caminho.
Ter uma política social é criar as condições para criar riqueza, desenvolver o mercado de trabalho, captar recursos humanos e financeiros, ser criativo, apostar na modernização e na internacionalização.
Ter uma política social não é distribuir dinheiro e benesses, aos mais pobres ou aos mais ricos, muito menos quando ele não abunda.
Tantas vezes aqui referi este cenário. Eu que nem sou economista..., mas pelos vistos, infelizmente, estava certo, ao contrário das doutas opiniões de quem nos governa.
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