Sócrates ganha, mas perde muito
Ao contrário daquilo que eu defendia, José Sócrates e o PS acabaram por ganhar as eleições, mesmo que com muitas perdas pelo caminho.
A principal consequência foi a perda da maioria no Parlamento, já que ficou sem 24 deputados.
Porém, o povo, na sua decisão democrática, determinou que o PS governe sem maioria; que a maioria só possa ser efectuada à direita com o CDS ou com o PSD; que uma maioria de esquerda tem de contar simultaneamente com o BE e a CDU.
Enfim, um quadro político que exige negociação, entendimento, cooperação.
Condições antagónicas às do mandato anterior.
É a ‘pena’ para quem se portou mal, mas, pelos vistos, não mereceu reprovar segundo a vontade popular.
PS sobe em Cabeceiras
Conforme tinha previsto, o PS ganhou e ampliou a vantagem eleitoral, no nosso concelho.
Já tinha previsto as dificuldades da coligação Pela nossa Terra, enquanto candidatura de oposição. Com a falta de campanha eleitoral mais aumentou a desvantagem.
No entanto, a vitória socialista soube a pouco.
As expectativas e a campanha feita apontavam para uma vitória esmagadora. Contados os votos e os mandatos, o PS apenas ganhou dois deputados na Assembleia Municipal (um ao PSD/CDS e outro à CDU) e recuperou a Junta de Passos.
Pouca uva para tanta parra…
Na coligação PSD/CDS, estão de parabéns Abel Barros e José Joaquim Teixeira que conseguiram aguentar as Juntas de Alvite e Basto (Santa Senhorinha). Domingos Alves mantém-se à frente da Junta de Gondiães, já que nem oposição teve. Luís Miguel Gonçalves e Major Francisco Basto conseguiram aguentar, evitando males maiores.
A CDU não obstante alguns ganhos para a Câmara, perdeu votos para a Assembleia e acabou por perder o mandato que foi de José Manuel Marques. Manteve um mandato na Assembleia de Freguesia de Cabeceiras de Basto (S. Nicolau).
Para o PS começou a última etapa desta geração de poder.
Veremos o que o futuro nos reserva…
PSD ganha
O PSD ganhou as eleições autárquicas, como era esperado.
Teve mais Câmaras e mais Assembleias de Freguesia.
À nossa volta, manteve a liderança em Celorico de Basto e Ribeira de Pena, perdeu em Mondim de Basto e Vieira do Minho.
A nível nacional de registar a vitória em Faro e em Felgueiras, e manteve a liderança em: Porto, Gaia, Sintra, Cascais, Santarém, Coimbra e Viseu, como as autarquias mais emblemáticas.
No distrito de Braga teve profundas derrotas, em Barcelos, Terras de Bouro e Vieira do Minho, o que constitui a prova da errada direcção política de Virgílio Costa à frente da distrital bracarense.
Liberdade de informação e de expressão
Cada publicação tem a sua linha editorial, e cabe à Direcção e à Redacção cumpri-la e fazer cumpri-la.
Os seus comentadores devem ser livres de expressar as suas opiniões, mesmo que discordantes das posições assumidas pela Direcção e Redacção.
É nisto que se vê a liberdade de informação e de expressão.
Pelo que, independentemente de nada ter a ver com o caso, não posso deixar de expressar publicamente, o que já fiz privadamente e na altura própria, junto dos responsáveis: a minha total discordância quanto à manchete e ao respectivo desenvolvimento, da última edição, sobre um processo judicial do Dr. Joaquim Mota e Silva.
Publicado na edição de Outubro de "O Basto"
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