sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O exagero do poder socialista



Hoje não será o dia ideal para dizer isto, mas no campeonato de futebol luso, o Benfica é apontado como o rolo compressor das defesas adversárias.
Ao nível da política local, o PS é também uma máquina demolidora.
Está no poder há longos anos, tem um líder que partilha múltiplas responsabilidades públicas e partidárias, dispõe de uma máquina política e partidária eficiente.
Nos antípodas, estão o PSD e o CDS. Há longo tempo afastados do poder, sem lideranças fortes e sem o designado "aparelho político".
Assim, a luta autárquica é ainda mais desnivelada do que o combate entre David e Golias.
Contudo, a máquina socialista resolveu fazer uma das mais imponentes campanhas eleitorais de que há memória: cartazes sem conta, site a condizer, sessões públicas e comícios.
Aproveitamento das festas da Senhora dos Remédios e do S. Miguel até à exaustão.
Poder-se-á dizer que o PS usa a "bomba atómica" contra um adversário com muitas fraquezas.
Aliás, esta campanha socialista constitui uma afronta, em período de enorme crise.
Já o Presidente da República tinha alertado para a necessidade de contenção nos gastos das campanhas eleitorais.
Porém, por cá, há um desmesurado exagero socialista.


Depois de ter escrito este post e enquanto não tive oportunidade de o editar, acabei por ler a crónica de José António Saraiva, "Política a sério", da edição de hoje do semanário "Sol".
Referindo-se à campanha eleitoral para as legislativas refere:
«Depois, o PS tem a máquina mais poderosa que hoje existe, cheia de dinheiro e disposta a actuar sem quaisquer escrúpulos.
Algum pudor que existia na política, não atacando pessoalmente os adversários nem organizando cabalas em tempo eleitoral, perdeu-se.
A máquina do PS é completamente despudorada, destituida de princípios e recorre a tudo.
Instrumentaliza jornalistas, usa golpes baixos, aproveita todos os delizes dos adversários para fazer jogadas rasteiras.
E alguns dirigentes nacionais prestam-se a isso, dando o seu rosto e a sua voz (ou vozeirão) a essas campanhas sujas.»
Vem a propósito...

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