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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um vómito

O subsídio de César não foi para os funcionários pobres das ilhas. Foi para aqueles que mais ganham.
Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores, tornou-se o ilustrativo exemplo de como a política, quando já se julga que não pode descer mais baixo, ainda tem mais um degrau para descer no mundo da amoralidade. Os subsídios aos funcionários atingidos pelos cortes nos vencimentos, que segundo ele não ultrapassam três milhões de euros, nem chegam a ser uma medida populista.

Atingem um núcleo restrito de técnicos superiores, chefes de divisão, directores e subdirectores, nos quais se incluem naturalmente o contingente dos seus mais leais serviçais políticos. Os 'boys' de César. Não tem a ver com ultraperiferia nem com a atracção de novos quadros, como alguém argumentou, pois não vai surgir desta decisão cesarista um movimento migratório de quadros técnicos para os Açores. Tem apenas a ver com ambição e perfil de quem nos governa. Tido como um dos eventuais substitutos de Sócrates, o que daqui resulta é que quer atingir Sócrates. Não pela criação de uma política nobre, mas à cotovelada.

O subsídio de César não foi para os funcionários pobres das ilhas. Foi para aqueles que mais ganham, e ao mesmo tempo um valente pontapé no Governo central do seu Partido. Em nome dos Açores? Não. Em nome da Autonomia? Não. Em nome dos interesses estratégicos de César. Um general que não alimenta as tropas corre o risco de deserções.

A sua decisão não foi apenas uma afronta ao Governo da República. É um escárnio sobre os funcionários que nas mesmas condições, em zonas mais pobres do que os Açores, estão comprometidos com o apertar do cinto orçamental. É o desprezo absoluto pela política nacional por troca com os prémios de jogo que decidiu pagar às suas clientelas regionais. Diz que este ano a massa resulta de umas obra num campo de futebol que não se farão. E para o ano? E para o ano seguinte? É claro que acabarão por pagar aqueles que viram no resto do país os seus salários cortados. Não admira pois que esta mediocridade moral nem consiga receber o apoio do seu Partido.

É levar demasiado longe o caciquismo. Aos limites do vómito. Porém, regozija-se o Bloco de Esquerda, o símbolo maior do refilanço pré-juvenil com e sem causas. E.... Manuel Alegre! É doloroso ver um candidato a Presidente da República preso a esta imundície moral por necessidade de votos. Dirão alguns que é coisa menor comparando com os muitos milhões do BPN e de outros imbróglios afins. Seria verdade se o dinheiro fosse a medida de todas as coisas. Mas não é. A maior das medidas é o sentido de Pátria, assumida com elevada responsabilidade e rigor. E isto César não sabe o que é.

Por : Francisco Moita Flores

sábado, 1 de agosto de 2009

Dá que pensar!



Cavaco analisou ontem a decisão do Tribunal Constitucional sobre o Estatuto dos Açores.
Realmente é inconcebível que mais de uma dúzia de artigos de uma só Lei sejam inconstitucionais.
Mais, que essa Lei tenha sido aprovada no Parlamento Regional dos Açores e na Assembleia da República, até por mais de uma vez e sujeita a dois vetos presidenciais.
Como se compreende que os senhores deputados sejam tão incompetentes?
Será que estão a ser pagos só para fazerem disparates?
Se fosse um médico, um professor, um engenheiro (exclui-se o Sócrates) a cometer tantos erros numa mesma situação, o que se diria?
Bem razão tinha e tem o Presidente da República quando chamou a atenção para a necessidade de se legislar com qualidade.
Começa aí o caminho da corrupção, do abuso, da intolerância.
E que dizer ainda da intervenção desrespeitadora de dois órgãos de soberania (Tribunal Constitucional e Presidência da República) pelo deputado Ricardo Rodrigues, do PS Açores?
Esta gente anda de cabeça perdida...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Notícias de hoje


Acaba de ser noticiado que o Tribunal Constitucional considerou várias normas do Estatuto dos Açores inconstitucionais.
Afinal e mais uma vez, o Presidente da República tinha razão para ter vetado duas vezes o diploma e ter feito uma declaração ao país, faz amanhã um ano.
O PS, José Sócrates, Carlos César, mas também os demais partidos com acento na Assembleia da República não ficam bem neste caso.

Fátima Felgueiras foi absolvida do caso dos subsídios ao clube local.
Mais uma vez a Justiça absolve por falta de provas. Ninguém garante que não há crime. Só não há prova...
Quantas investigações deveriam ser feitas um pouco por todo o lado, nesta relação entre autarquias e clubes?

Confirma-se que os doentes que ficaram cegos no Hospital de Santa Maria foram injectados com um produto diferente daquele que era suposto.
Aguardam-se agora mais esclarecimentos.