quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mudar de atitude


Os últimos tempos têm sido difíceis e sinceramente não é clara a forma como se pode resolver os problemas a curto prazo.
Seria leviano afirmar que estamos a avistar o oásis, mas temos de pensar positivo.
Os momentos de crise constituem-se como janelas de oportunidades. Há sempre novos desafios, novas ideias, novas necessidades, são ocasião de mudança.
E a mudança permite evoluir, leva à inovação, promove a depuração de erros e agita a acomodação.
Perante este cenário de crise, exige-se responsabilidade, rigor, seriedade.
Porém, temos assistido à desculpabilização, à demagogia e ao incentivo ao facilitismo.
Só que esse não é, nem nunca será, o caminho.
Por aí voltaremos ao passado que nos arruinou. E temos de ser claros, a situação que vivemos não é de hoje, da responsabilidade deste Governo.
Estamos tão só a pagar a factura de quem gastou sem olhar a quem e quando iria pagar.
Como me dizia alguém, com responsabilidades nesses tempos, “o povo queria coisas e nós demos-lhas, ele bem sabia que algum dia havia de as pagar”.
E é isso que hoje acontece. Paga-se a factura, mas agravada com juros exorbitantes. Estes são hoje o quarto “ministério”, isto é os juros consomem a quarta maior fatia do orçamento.
Mas mesmo assim, tem havido a procura de justiça social. As pensões mais baixas serão aumentadas. Mantêm-se a generalidade dos benefícios sociais para os mais desfavorecidos.
É a classe média, é a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem que é a mais sacrificada. Naturalmente, cada vez mais insatisfeitos e revoltados os portugueses.
Porém, onde estão alternativas para fazer face a seis mil milhões de euros de juros por ano?
Muito se fala, muito se critica, muito se injuria, mas as propostas não aparecem e os paliativos que recomendam não servem para coisa nenhuma.
Urge mudar de atitude.
Pensar que seremos capazes de vencer a crise, que esse desafio passa pelo trabalho, pela produtividade, pelo rigor, pelo empenhamento pessoal e colectivo.
Quando invetivamos os países ricos que nos apoiam, esquecemos que os seus povos estão a trabalhar para criar riqueza nas suas nações. Pelos vistos, para eles próprios e para acudir aos outros.
Os portugueses darão a volta à situação, tal como o fizeram ao longo da sua quase milenar História, com uma mudança de atitude, com coragem e com determinação.
Por Portugal e por todos nós!

Aproxima-se o Natal e este deve ser o último texto antes das festividades, pelo que não quero deixar de expressar a todos os leitores os meus votos de Santas Festas e desejar um Ano Novo melhor para todos.

Texto para a edição de Novembro de "O Basto"