Os últimos tempos têm sido difíceis e sinceramente
não é clara a forma como se pode resolver os problemas a curto prazo.
Seria leviano afirmar que estamos a
avistar o
oásis, mas temos de pensar positivo.
Os momentos de crise constituem-se como
janelas de oportunidades. Há sempre novos desafios, novas ideias, novas necessidades,
são ocasião de mudança.
E a mudança permite evoluir, leva à inovação,
promove a depuração de erros e agita a acomodação.
Perante este cenário de crise, exige-se
responsabilidade, rigor, seriedade.
Porém, temos assistido à desculpabilização, à
demagogia e ao incentivo ao facilitismo.
Só que esse não é,
nem nunca será,
o caminho.
Por aí voltaremos ao passado que nos
arruinou. E temos de ser claros, a situação que vivemos não é de hoje, da
responsabilidade deste Governo.
Estamos tão só a pagar a factura de quem
gastou sem olhar a quem e quando iria pagar.
Como me dizia alguém, com
responsabilidades nesses tempos, “o povo queria coisas e nós demos-lhas, ele
bem sabia que algum dia havia de as pagar”.
E é isso que hoje acontece. Paga-se
a factura, mas agravada com juros exorbitantes. Estes são hoje o quarto “ministério”,
isto é os juros consomem a quarta maior fatia do orçamento.
Mas mesmo assim, tem havido a procura de
justiça social. As pensões mais baixas serão aumentadas. Mantêm-se
a generalidade dos benefícios sociais para os mais desfavorecidos.
É a classe média, é a generalidade
dos trabalhadores por conta de outrem que é a mais sacrificada. Naturalmente,
cada vez mais insatisfeitos e revoltados os portugueses.
Porém, onde estão alternativas para
fazer face a seis mil milhões de euros de juros por ano?
Muito se fala, muito se critica,
muito se injuria, mas as propostas não aparecem e os paliativos que recomendam
não servem para coisa nenhuma.
Urge mudar de atitude.
Pensar que seremos capazes de vencer
a crise, que esse desafio passa pelo trabalho, pela produtividade, pelo rigor,
pelo empenhamento pessoal e colectivo.
Quando invetivamos os países ricos que
nos apoiam, esquecemos que os seus povos estão a trabalhar para criar riqueza
nas suas nações. Pelos vistos, para eles próprios e para acudir aos outros.
Os portugueses darão a volta à
situação, tal como o fizeram ao longo da sua quase milenar História, com uma
mudança de atitude, com coragem e com determinação.
Por Portugal e por todos nós!
Aproxima-se o
Natal e este deve ser o último texto antes das festividades, pelo que não quero
deixar de expressar a todos os leitores os meus votos de Santas Festas e
desejar um Ano Novo melhor para todos.
Texto para a edição de Novembro de "O Basto"
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