Na edição de Janeiro, escrevi que o futuro dos portugueses tinha de passar pela mudança dos agentes do poder socialista, instalados há cerca de quinze anos nas cadeiras do poder.
Concluía então: “Por isso, temos de dar passos seguros e firmes de mudança.
Agora e já, reeleger Cavaco Silva como Presidente da República, depois mudar de maioria política e de Governo, finalmente reconquistar a Câmara Municipal.
Estes são os objectivos claros e cruciais para começar já o futuro, quer em favor da juventude, quer em favor dos mais idosos, quer em favor dos mais desprotegidos.
Este é o desafio que a todos nós se coloca. Depois de tantos anos de ilusões, de mentiras, de incumprimento das promessas feitas, não nos resta outra alternativa.”
Cinco meses volvidos, parece até pouco tempo, o essencial deste vaticínio já se confirmou.
Cavaco Silva foi reeleito, José Sócrates demitiu-se, a Assembleia da República foi dissolvida, houve eleições e há uma nova maioria para governar Portugal. Nos próximos dias, talvez quando este artigo vier a público, haverá já um novo Governo.
Como escrevi, “E chegados onde chegámos, temos de viver o presente, mas pensar no futuro, temos de encontrar um novo rumo, novos protagonistas, novos projectos.
Não para gerir o presente, não para nos acomodarmos e sobreviver, mas para promover políticas que permitam encarar o futuro com maior tranquilidade. Temos de preparar o futuro para os nossos filhos e para os nossos netos.”
Vitória histórica em Cabeceiras
O PSD obteve uma vitória clara e expressiva nas eleições legislativas do passado dia 5 de Junho.
Venceu no País, venceu no distrito de Braga e venceu em Cabeceiras de Basto.
Em Cabeceiras, a vitória é histórica. A última tinha ocorrido com Cavaco Silva, em 1991, há vinte anos, e ainda quando Mário Campilho liderava a Câmara Municipal. Desde aí, somaram-se cinco derrotas eleitorais, mesmo quando o PSD ganhou, em 2002, com Durão Barroso, a nível nacional e distrital.
Estes resultados demonstraram a firme vontade de mudança dos portugueses.
Mas os resultados de Braga e de Cabeceiras de Basto são ainda mais significativos, porquanto a distrital do PS e o nosso concelho são, de há já muitos anos, liderados pelo mesmo protagonista.
Daí o mito da sua invencibilidade, da sua força, do seu prestígio.
Mas como sempre, os grandes mitos têm “pés de barro”, como os outros. Lá vem o dia e o cântaro quebra. Foi desta vez e de uma assentada só: no concelho e no distrito.
Estes resultados vêm também acalentar o objectivo que apontava aqui, no início do ano, mudar também no concelho.
Agora o desafio é ainda mais estimulante.
O PSD tem de saber interpretar os sinais que estes resultados transmitem e construir um projecto novo, aberto à sociedade, partilhado e com respostas para os desafios que se colocam ao nosso concelho.
Se assim acontecer, Cabeceiras também vai mudar em 2013.
Publicado na edição de Junho de "O Basto"
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