Referia em artigo
anterior que “o nosso concelho precisa de
uma nova oportunidade para o desenvolvimento. Cabeceiras precisa de ter uma
Câmara aberta aos munícipes, uma gestão solidária e respeitadora dos direitos
dos trabalhadores e dos utentes, que valorize a democracia e a liberdade. Uma
gestão que defina e partilhe um Plano de Desenvolvimento, integrado e
sustentável, que valorize os recursos locais, que aposte nos cabeceirenses”.
O centralismo da
gestão autárquica tem vindo a reduzir o já estreito caminho do desenvolvimento.
As sociedades evoluídas
só crescem com a liberdade empresarial, onde existam condições de liberdade de
escolha, liberdade de instalação, liberdade de contratação. Onde a
administração gere os procedimentos administrativos com rapidez e sem grandes
burocracias e custos.
Querer colocar na
órbita da autarquia a cultura, o desporto, a educação, o apoio social, a saúde,
a economia, mais não é do que voltar às políticas antigas do centralismo que já
hipotecaram o passado e nos comprometerão o futuro.
Alguns projetos, já
falados há demasiados anos, vão-se diferindo de ano para ano, de mandato para
mandato. O pior é que nunca aparecem e já lá vão dezoito anos.
Vejamos os exemplos
do hipermercado, do centro para inspeções de automóveis, do hotel, da criação
de novas empresas, da central de biomassa.
Verificámos que o tão
badalado interposto comercial de carnes, para tratar um dos produtos de
excelência da nossa terra, mesmo que fortemente financiado pelo erário público,
nunca chegou a cumprir o seu desígnio.
Os produtos locais só
têm espaço no nosso mercado local, já que nunca houve uma política da sua
promoção e comercialização em contextos nacionais e internacionais.
A utilização das
nossas comunidades de emigrantes poderia ser um meio para a sua divulgação e
comercialização, gerando negócios, gerando riqueza, gerando emprego,
valorizando o que é nosso.
Continuar a apostar
na estratégia do cuco, pôr os ovos nos ninhos dos outros, normalmente não é um
bom caminho. Já assim foi no passado recente, que após alguns anos de trabalho
para empresas externas ficámos sem trabalho, sem riqueza.
E nós temos cá tanta
coisa que pode constituir a nossa riqueza no futuro.
Mas só uma sociedade
civil forte, com a iniciativa privada empenhada se alcançará o desenvolvimento
para Cabeceiras.
Precisa-se de uma
gestão para a autarquia que queira promover este novo paradigma de
desenvolvimento ao serviço dos cabeceirenses, porque pelo caminho que trilhámos
ao longo dos últimos mandatos não vamos lá.
ER
311 está um perigo
Durante uma dúzia de anos andámos a
lamentar o estado da ER 311, entre Refojos e Lodeiro d’Arque. Do traçado
daquela estrada, em área do nosso concelho, aproveitava-se o do Pinheiro a
Fojos.
Ao longo de já longos
meses, a Câmara Municipal resolveu instalar o sistema de saneamento entre o
acesso a Cucana e o Pinheiro, esburacando a faixa direita do sentido
descendente.
Temos agora aquele
troço de estrada, do melhor que ainda havia, todo esburacado e propiciador de
graves riscos rodoviários.
Pelo facto de ter
chovido pouco, a estrada resistiu melhor ao inverno, já que não houve
infiltrações de água. Mas para a segurança rodoviária e para a conservação
daquela via, exige-se a sua célere reparação.
NOTA: Na última edição alertava para a possível
perda de parte da receita dos fundos comunitários para a obra da Escola Básica
e Secundária de Cabeceiras de Basto. Infelizmente, segundo notícias vindas a
público, a Comissão Europeia confirmou essa situação. Má notícia mesmo.
Para a edição de "O Basto", de Março
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