Sócrates chegou, conforme o previsto, ao fim do seu ciclo.
De alhada em alhada, de confusão em confusão, de PEC em PEC, cometeu o pecado mortal: excluiu-se, de livre vontade e de forma propositada, do sistema político ao sonegar informação relevante ao Presidente da República, ao Parlamento e ao maior partido da oposição, que até agora lhe sustentou todas as medidas económicas.
Fê-lo para se vitimizar. Fê-lo para fugir às responsabilidades, sem dar essa aparência. Fê-lo porque nunca aceitou assumir os erros e os resultados das políticas que adoptou.
Na hora da despedida, teve os mesmos tiques de arrogância de outrora.
Abandonou o Parlamento em início de debate do PEC. Sendo este um debate decisivo, deixou-o ao Ministro das Finanças, ao Ministro da Presidência, ao Ministro da Economia e ao Ministro dos Assuntos Parlamentares.
Mas mal foi conhecido o resultado, esperado é certo, apressou-se a pedir a demissão ao Presidente da República e, enquanto Primeiro-ministro, vir a público tecer comentários como secretário-geral do PS, vitimizando-se e desviando as culpas para terceiros.
Mal daquele que numa hora destas acha que tem razão, quando todos os outros estão contra.
Que raio de coligação pode haver entre o CDS, o PSD, o Bloco de Esquerda e o PCP, para que todos entendam que o melhor para Portugal é a demissão do Governo Sócrates?
Apenas e só que Sócrates chegou ao fim do seu ciclo de poder...
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