Nestes dias, correm ventos de mudança.
Depois de muitos anos de imobilismo, presos por preconceitos ideológicos, por interesses, apenas por preguiça de pensar e de agir, chegamos a um ponto de ruptura.
Ou mudamos ou somos obrigados a mudar.
Acabou-se o dinheiro e não há mais para continuar na mesma.
Pensar que tudo pode manter-se, o nível de vida, o consumismo, o esbanjamento, é pura ilusão, é somente acabar na mais dura miséria.
Mas foi este o caminho iniciado há já algum tempo e que a última meia dúzia de anos se encarregou de agravar e mostrar quanto é errado o percurso tomado.
Uma pessoa, uma família, um País só é sustentável se tiver equilíbrio nas suas contas. Gastar mais do que o que ganha, o que produz, nunca poderá levar ao enriquecimento e à melhoria da qualidade de vida.
Melhor…, pode por algum tempo, mas depois seguir-se-á um penoso trajecto de consolidação, de pagamento de dívidas, verificando-se que de nada valeu o querer dar um passo maior do que as pernas.
É assim em todo o lado. E os financiadores, sejam eles quais forem, nunca o são por amizade, caridade ou justiça social. São-no no exercício de uma actividade que se pauta apenas pelo lucro, quanto maior melhor.
O desgoverno de José Sócrates, durante seis anos, aumentou a dívida em cerca de 80 mil milhões de euros. Dinheiro que não tinha, dinheiro que não produzimos, dinheiro que temos de pagar, acrescidos dos inevitáveis juros e a taxas que se foram agravando ao longo dos tempos.
Chegámos à beira da bancarrota. Como disse o Ministro das Finanças, “já não há dinheiro” a partir de Maio.
Pois agora, também é chegado o momento de os portugueses afirmarem a sua vontade, exercer o seu direito de voto e dizer a José Sócrates que para ele “NÃO HÁ MAIS VOTOS”.
Só com uma mudança clara de opção política, de responsáveis e com uma nova maioria, Portugal poderá iniciar o longo calvário da recuperação.
Se assim não for… mal de nós!
Falar verdade
Como estamos em campanha eleitoral, parece que tudo é permitido.
Diz-se uma coisa e o seu contrário, com a mesma cara e o mesmo despudor.
Tivemos já no passado o exemplo de que as mentiras se sobrepuseram à verdade. Hoje parece que se quer continuar pelo mesmo caminho.
De nada vale o apelo feito pelo Presidente da República e pelos seus antecessores que pediram coerência e verdade no discurso político nesta campanha eleitoral.
Só com verdade, com clareza se podem fazer escolhas conscientes e responsáveis.
Espero que neste período de campanha ainda seja possível ouvir a verdade da situação do nosso país, que com verdade nos sejam apresentadas as medidas que realmente pensam aplicar, que com a verdade os portugueses possam escolher o melhor para Portugal.
Publicado na edição de Maio de "O Basto"
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