Chegou o verão, como é natural em cada ano que passa.
Se com a primavera chegam as andorinhas, com o verão, Cabeceiras enche-se de jovens, de pessoas de todas as idades.
São os “emigrantes” de todas as paragens que regressam a casa.
Os estudantes que culminaram mais uma ano letivo e vêm gozar as merecidas (ou não) férias.
São os muitos trabalhadores que em férias voltam à sua terra.
São os nossos conterrâneos que de todos os cantos do mundo regressam por escassas semanas ao aconchego do lar e das famílias.
Todo este movimento estival dá cor, movimento, som à pacata e pardacenta vila dos restantes meses.
Como é bela a nossa vila agora!
Há gente, há juventude, há movimento!
As ruas tem peões, as estradas muitos carros, os estabelecimentos comerciais fazem negócios.
Como é triste saber que a nossa terra poderia ser cheia de vida e sobrevive cerca de onze meses na penúria de uns poucos que aqui decidiram (ou se viram obrigados) a ficar.
Chegámos a esta situação devido ao absurdo das políticas de valorização do setor municipal. Tudo tem de ser da câmara: serviços administrativos, escolas, saúde, cultura, associativismo, festas, recreação, empresas (municipais) e até cooperativas.
Mas Cabeceiras tem potencialidades para ser uma terra de progresso e de desenvolvimento.
Precisa é de ter políticas de desenvolvimento para as pessoas, para a iniciativa privada, para a criação de riqueza, para a criação de postos de trabalho.
Uma cultura de liberdade e de democracia, política e económica.
Num momento de profunda crise, numa altura em que se acenam com nuvens negras para o futuro, é importante pensar e potenciar a esperança.
Cabeceiras pode e deve caminhar num novo rumo.
Cabeceiras tem futuro, porque os cabeceirenses sempre foram pessoas de sucesso em todo o mundo. Sê-lo-ão também na sua própria terra.
É altura de começar a mudar, rumo a um novo horizonte.
É altura de construir um projeto de futuro, para que Cabeceiras não seja grande e atrativo só no verão.
E com isto deixo uma saudação especial a todos quantos nestes dias por cá passam e incentivo-os a colaborar nesse novo projeto, de modo a que possam investir na sua terra, possam cá viver com regularidade, possam contribuir para engrandecer e desenvolver a terra que é de nós todos.
Boas férias para todos!
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.
Publicado na edição online de "O Basto"
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