quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Faz falta um projecto, uma missão



Um país, uma terra só dá um salto qualitativo quando tem pela frente um projecto ambicioso, uma missão.
Na nossa terra temos gerido os recursos, os orçamentos, os empréstimos, os subsídios e apoios de forma pontual, sem um objectivo, um rumo, sem a verdadeira dimensão de um projecto de futuro.
Agora, em plena campanha eleitoral, só conheço um programa eleitoral, o do PS.
A coligação "Pela nossa Terra" apresentou apenas umas "linhas orientadoras", que necessitam de ser desenvolvidas e aprofundadas.
Quanto ao programa da CDU, não tive acesso a qualquer documento.
Contudo, não reconheço nos documentos que analisei um verdadeiro projecto.
O que entendo por um projecto?
Entendo que deve ser um documento orientador, que determine uma missão, que defina os objectivos e uma estratégia, que enumere as principais linhas da sua concretização.
Ora no caso do PS, aquilo que vemos é um enumerar de coisas, sem uma linha orientadora comum, sem um sentido estratégico e não apontando metas nem um objectivo final concreto.
É mais um plano plurianual de actividades, onde em jeito de 'menu' há lá de tudo.
No caso da coligação, a ambiguidade é ainda maior. Há apenas ideias gerais.
Cabeceiras de Basto precisa verdadeiramente de 'mais e melhor'.
Precisa de um efectivo projecto que anuncie um novo estádio de desenvolvimento no final da década.
Os cabeceirenses precisam de saber o que é que os poderes públicos (enquanto decisores finais) pretendem para o concelho, quer em termos de infra-estruturas, em termos de iniciativas públicas e privadas, qual(is) a(s) área(s) central(is) de actuação que potencie os recursos existentes.
É preciso que se saiba com que recursos, com que meios, em que prazo se vai realizar o projecto.
O concelho só se desenvolve com as pessoas e para as pessoas.
De outro modo, o nosso concelho continuará uma terra adiada.
Vai-se fazendo o que calha, o que se pode, o que mais interessa em cada momento. 
Não há objectivos estabelecidos e quantificados.
Não há um plano estratégico e de prioridades.
Não há uma missão, um desígnio para uma geração.
Nada disto nos é dito. 
Nem tão pouco prometido!...
Não admira, também.
Foi assim no passado.
É assim no último acto de uma geração de poder.
Façamos votos, que dia 12 de Outubro comece a germinar uma nova geração de poder.

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