A última saga da nossa Justiça dá-se pelo nome de "Face Oculta".
Mais uma mega-operação que apanha na rede uns "tubarões" da sociedade económica, empresarial e política.
Pelos vistos e porque presumo que os inspectores da Judiciária e os magistrados, que acompanham a operação, não são idiotas, o nosso primeiro-ministro, José Sócrates é também escutado em telefonemas que originam a extracção de certidões para abertura eventual de novos procedimentos.
Ora chegados aqui, eis que voltamos ao filme do costume.
As escutas são ilegais e vai daí o Eng. Pinto de Sousa está inocentado por força das normas jurídicas.
Mas o que está verdadeiramente em causa não é saber se o Eng. Pinto de Sousa é ou não agente de um crime tipificado na Lei.
O que aqui fica em causa é saber se o primeiro-ministro, José Sócrates, é agente activo num processo de corrupção.
E quanto a isso não podem subsistir dúvidas.
Havendo ou não lugar à intervenção judicial, é urgente saber qual a actuação de José Sócrates e daí retirar as consequências políticas.
Aquilo que não pode acontecer é que este processo se transforme em "conversas ocultas".
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