Hoje passei por duas situações que são antagónicas.
De manhã, participei na apresentação pública da Avaliação Externa do Agrupamento de Escolas do Arco.
Isto é, transpor para a opinião pública aquilo que será efectuado em termos de avaliação daquele Agrupamento de Escolas, procurando envolver assim a comunidade.
É um acto de abertura, de transparência, de participação.
É o corolário de uma política de intervenção cívica, de respeito pelos diferentes agentes locais.
É uma ocasião de partilha de opiniões e de liberdade de expressão.
É levar à prática a democracia e a liberdade.
De tarde, estive no Tribunal de Cabeceiras de Basto, enquanto testemunha, num processo movido contra um cidadão cabeceirense, o conhecido Prof. Alexandre Vaz.
A comunidade cabeceirense conhece bem o Prof. Alexandre Vaz. Um Homem das Letras, um Homem da Cultura Cabeceirense, um Homem inconformado com as realidades do nosso concelho, hoje como ontem.
O motivo de tal processo, um artigo de opinião, publicado no jornal "O Basto", onde era feita uma análise crítica à sociedade cabeceirense.
Qual o crime então?
Pelos vistos, apenas, o direito à própria opinião, o direito ao livre pensamento, o direito à livre expressão.
Grave mesmo, a discordância quanto ao estado do concelho.
Enfim, duas posturas antagónicas de encarar a vida pública, que a todos diz respeito.
Enquanto a "escola" promove a participação, a cooperação, o sentido crítico, a análise e a reflexão, na política prevalece o poder (seja ele qual for), o conformismo, o seguidismo.
Espero que do exemplo das "escolas" frutifiquem posturas de liberdade, de democracia, de livre expressão, de participação cívica, de humanismo.
Já é tempo de se viver em paz!
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