“A má educação consiste especialmente nos maus exemplos.”
Marquês Maricá
Há quem fique admirado com o facto de se investir nas infraestruturas educativas e os resultados escolares não evoluírem de idêntico modo.
Porém, o processo educativo depende também e de forma essencial do factor humano.
Não esqueço a resposta dada por uma aluna à Ministra da Educação, quando esta a questionou sobre o que gostava mais da nova escola - "a professora".
Ora, também de pouco vale o exemplo do(s) Professor(es) quando a sociedade e os diferentes poderes dão um exemplo diferenciado.
De que valerá ao Professor defender o primado do conhecimento, do bom comportamento, do respeito, da dignificação humana, quando os alunos sabem que independentemente das qualificações académicas os empregos e as melhores oportunidades são para os "boys" e as "girls" dos partidos?
Para quê investir no conhecimento, na disciplina, se são os mais ignorantes e arruaceiros que levam a melhor vida?
Para quê o respeito e a dignidade, se os aldrabões, os mentirosos, os falsários são aqueles que chegam mais longe nas suas carreiras, têm melhor nível de vida e se tornam o exemplo para a sociedade?
Qual é hoje o sentimento de um jovem que tem de se esforçar por ter uma nota elevada para entrar no curso que ambiciona na universidade, quando sabe que ao lado há outros jovens que lá chegam sem pegar num livro, só porque frequentam as "novas oportunidades"?
São estes exemplos, maus exemplos, que mais (des)educam.
Depois admiram-se dos resultados...
Sem comentários:
Enviar um comentário