Conta-se uma anedota de alentejanos, em que dois compadres estavam deitados à sombra de uma figueira. Do alto da figueira, caiu um figo na boca de um dos compadres, que nada faz para o comer. Pergunta-lhe o outro, “então compadre não come o figo?”, ao que aquele lhe responde “estou à espera que caia outro para o empurrar”.
Ora, pela nossa terra, parece que se está à espera que algo caia do céu.
A oposição, nomeadamente o PSD, não obstante as múltiplas situações a merecer análise e soluções, nada diz e nada faz.
Como se entende que com o agravar sistemático do desemprego no concelho não haja uma palavra sobre o assunto? Não se reflicta sobre as suas origens, se apresentem soluções?
Como se compreende a passividade quanto ao que se passa com as obras no anexo do Centro de Saúde e a falta de cumprimento das promessas feitas quanto ao internamento?
Como se justifica que continue uma política de desordenamento urbanístico sem que não se debata a questão e se antecipem soluções?
Como é possível que ocorra mais uma alteração à carta educativa, com o enceramento do Agrupamento de Escolas do Arco, causando inevitáveis prejuízos para toda aquela comunidade escolar, que abrange meio concelho, sem que se vislumbre a mais ténue tomada de posição? Será que concordam? Ou estão contra? Ninguém sabe!
Ninguém sabe o que fazem, o que querem, o que propõem, o que desejam…
Como esperam conquistar o apoio dos cabeceirenses para lhes proporcionar uma alternativa, quando se sabe que em 2013 irá ocorrer uma mudança de liderança política nas hostes do poder?
Creio que não é à espera que “caia outro figo para empurrar o primeiro”…
Texto para a edição electrónica do jornal "O Basto"
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