Hoje, questiona-se o que é a independência, quando queremos viver num mundo global, determinado apenas e só pelas relações do poder económico.
Comemorar a restauração da independência parece até um acto surreal, quando Portugal depende cada vez mais, cada dia que passa, dos parceiros europeus, das economias emergentes.
Como há ainda motivos para a comemorar?
Nós portugueses continuamos apenas a olhar pelo retrovisor, centrando-nos no passado.
Esquecemo-nos de prestar atenção ao presente e preparar o futuro.
Hipotecando, segundo a segundo, a nossa independência.
Este é um dos feriados (e dos motivos) que não se justifica.
Não tem sentido prático, não tem significado na relação que hoje existe entre as nações e os estados, é um absurdo na situação económica que vivemos.
Não é preciso comemorar a restauração da independência para se afirmar o formalismo da independência de Portugal, que já remonta ao séc. XII, descontando o período Filipino.
A nossa independência devia afirmar-se pela capacidade de gerir os nossos recursos, as nossas capacidades, o nosso património, com rigor, com sensatez.
E não desbaratando-os ao bel-prazer de um punhado de políticos, que nem me atrevo a adjectivar.
Eu acredito em Portugal e nos portugueses.
Queiramos nós todos fazer o mesmo e arrepiar caminho, para recuperar a nossa Independência.
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